sexta-feira, 3 de julho de 2015

Tempo estranho. Chuva de grampos

O grampo capaz de abalar as investigações da Lava Jato

publicado em 03 de julho de 2015 às 14:16
grampo
A ESPANTOSA HISTÓRIA DO GRAMPO NA CELA DE YOUSSEF
3 de julho de 2015
Denuncia de agente da Polícia Federal de Curitiba atinge pedra fundamental das investigações da Lava Jato: depoimentos iniciais de doleiro e Paulo Roberto Costa podem ter sido obtidos com auxílio de escuta ilegal
A CPI que apura a Operação Lava Jato ouviu um depoimento estarrecedor na tarde desta quinta-feira. Falando para os parlamentares reunidos numa sessão fechada, o agente da Polícia Federal Dalmey Fernando Werlang contou que:
a) no início do ano passado foi chamado por seus superiores, que determinaram que instalasse um grampo eletrônico numa cela da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, reservada para abrigar um determinado prisioneiro;
b) Werlang fez o serviço e, dias depois, apareceram dois prisioneiros: o doleiro Alberto Yousseff e Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras, os principais delatores da Lava Jato.
c) orientado pelos superiores, todos os dias o agente recolhia um arquivo eletronico do equipamento, para entregar à chefia;
d) duas semanas depois, Alberto Yousseff fez um pequeno escândalo na carceragem: apareceu com o grampo na mão, dizendo que havia encontrado no teto da cela.
e) Yousseff disse , mais tarde, que começou a desconfiar do grampo durante os interrogatórios. Contou que tinha a impressão que os policiais perguntavam coisas que ele tinha conversado com Paulo Roberto Costa na cela.
O caso prometia permanecer como um pequeno segredo entre os agentes e delegados da Polícia Federal que investigam a Lava Jato até que a VEJA publicou uma reportagem a respeito do grampo. A revista não conhecia a história inteira mas a notícia obrigou a abertura de uma sindicância interna. O resultado, explicou Werlang, foi uma história de cobertura, falsa como uma nota de 3 reais. Foi a partir de então, contou o agente, que ele descobriu que havia sido convocado para cumprir uma ordem ilegal — e percebeu que não era a única vez. Na mesma época, lhe pediram para montar um grampo ambiental numa área de convivência da PF de Curitiba, conhecida como “fumódromo.”
A historinha de cobertura dizia que o grampo era muito antigo, e fora instalado quando a mesma cela abrigou outro prisioneiro célebre, o traficante Fernandinho Beira-Mar. Chegaram a dizer que era um equipamento anacrônico, imprestável para ouvir uma conversa entre prisioneiros.
Tudo cascata, explicou o agente Werlang, sem usar essas palavras, claro. Ele conhecia o equipamento usado, que funcionava perfeitamente. Também conhecia o equipamento levado a carceragem para substituir o primeiro para sustentar a cobertura — era novo em folha, e funcionava muito bem.
Mas a confusão estava armada porque logo depois o mesmo Werlang revelou que havia instalado um segundo grampo instalado pelo mesmo agente Werlang, numa área de convivência do local, conhecido como fumódromo.
Após a sindicância que deu em Fernandinho Beira-Mar, abriu-se um inquérito para apurar as responsabilidades dos envolvidos, que até agora não chegou a parte alguma.
Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que não assistiu ao depoimento do agente mas ouviu um relato detalhado, “trata-se uma ilegalidade grave, que deve ser apurada cuidadosamente,” afirma.“Os fatos devem ser checados e, se forem verdadeiros, os responsáveis devem ser investigados e punidos.”
O deputado tem razão. Espera-se, agora, que o responsável pela Policia Federal — o chefe hierárquico é o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo — tome as providências cabíveis ao caso.
Caso tudo fique demonstrado, restará uma questão essencial a Lava Jato: as delações premiadas tiveram início com um crime, cometido pela própria Polícia Federal?
As provas podem ser consideradas válidas, nessas circunstâncias?
A jurisprudência brasileira costuma anular inquéritos realizados nessa situação. Operações que tiveram seus instantes de fama — nunca como a Lava Jato — já terminaram dessa maneira.Com uma longa lista de políticos denunciados por receber pagamentos clandestinos, a Castelo de Areia foi anulada porque se baseava em fontes anônimas. Recentemente, o ministro do STF Luiz Roberto Barroso confirmou a decisão. Outra operação conhecida, Boi Barrica, foi anulada porque se baseava em escuta ilegal.
A escuta ambiental — como se fez na cela de Paulo Roberto e Alberto Yousseff — é permitida por lei desde que autorizada por um juiz.
Caso contrário, fere um direito elementar de toda pessoa acusada — que é o direito de permanecer calada e nada declarar que possa ser usado contra ela. Ninguém pode ser ouvido em conversas privadas pela polícia.
Esta é uma garantia fundamental do Direito brasileiro — está prevista no artigo 5o, da Constituição — e inspirou uma célebre decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, no caso Miranda x Arizona.
Acusado de raptar e estuprar uma adolescente, Ernesto Miranda foi libertado pela Suprema Corte quando se comprovou que, embora tivesse confessado o crime, não fora devidamente protegido de pressões de um interrogatório policial que pretendia “minar sua vontade de resistir.” Lembrando que uma confissão só tem valor quando inteiramente voluntária, quando o acusado tem plena consciência do que está fazendo, os juizes mandaram que Ernesto Miranda fosse solto imediatamente.
Durante o depoimento do agente Werlang, que compareceu ao Congresso em companhia de um delegado da PF de Curitiba, José Alberto de Freitas, os parlamentares da oposição chegaram a fazer uma pergunta curiosa. Quiseram saber se o agente não achava que os chefes que haviam determinado que instalasse a escuta não estavam interessados em provocar um incidente para comprometer a Lava Jato com um ato ilegal, capaz de atrapalhar o andamento dos trabalhos. Werlang disse que não.
O esforço da oposição para minimizar um episódio muito mais grave do que parece é compreensível. Conforme o agente, um dos delegados que determinou que instalasse a escuta foi o delegado Igor Romário de Paula, que costuma dar entrevistas coletivas após as operações da Lava Jato. Outro foi Márcio Anselmo, também delegado.Na reta final da campanha de 2014, os dois se destacaram por manifestações contra o governo Dilma no Facebook, conforme revelou Julia Duailibi em reportagem do Estado de S. Paulo. Ela contou que o delegado Igor Romário participava de um grupo no Facebook chamado Organização de Combate a Corrupção, cujo símbolo é uma imagem distorcida da presidente Dilma, com dentes de vampiro e uma faixa “Fora PT.”Soube-se pela reportagem que, comentando uma notícia que dizia que Lula havia comparado o PT a Jesus Cristo, o delegado Anselmo fez um apelo: “alguém segura essa anta, por favor.”
Embora a Constituição brasileira assegure a todo cidadão o direito a liberdade de expressão, o regimento da Polícia Federal proíbe, por motivos óbvios, manifestações desrespeitosas em relação a autoridades. Sabe-se que o caso provocou a abertura de uma investigação interna mas não há noticia de punição.
O caso relatado pelo agente Werlang envolve uma situação muito mais grave que um ato de desobediência ao regulamento. A escuta não-autorizada é crime, uma violação da intimidade que muitos juristas consideram até mais grave do que grampo telefônico não autorizado, pois envolve a liberdade de uma pessoa comunicar-se com outra, sem uso de qualquer aparelho ou instrumento.
Não custa lembrar que o relato sobre o grampo na carceragem de Curitiba — que precisa ser confirmado por novas investigações — narra uma história bastante conhecida sobre a cadeia de ilegalidades que sempre se produz quando policiais cometem atos a margem da lei e não são investigados corretamente. Ao primeiro crime, que já é grave, segue-se outro — a fabricação de um inquerito fajuto — destinado a esconder o que aconteceu, numa sequência que pode prolongar-se indefinidamente, como sabem todos aqueles que não perderam a memória sobre fatos muito mais graves que marcaram a ações policial-militares do regime de 64, e que ninguém quer que se repitam.
Ninguém quer que se repitam?
Depois do impressionante relato do agente da Polícia Federal, a CPI ouviu um empresário adversário do PT, de Lula, de Dilma — e da democracia — que, depois de pronunciar um discurso raivoso contra o governo, pediu uma intervenção militar no país.
Fonte: VIOMUNDO
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Tempo fechado. Clima de nazifascismo

La democracia extinguirá al capitalismo

03/07/2015 Opinión
El actual sistema capitalista se pone cada vez más en evidencia a sí mismo. 

Democracia y capitalismo son realmente incompatibles. 

Cuanto más nos informamos, cuanto más razonamos, cuanto más analizamos los acontecimientos, más asentamos esta idea básica. El Dios Mercado empieza a ser cuestionado por los humanos, quienes lo crearon y quienes sólo ellos pueden erradicar. Las profundas e irresolubles contradicciones del capitalismo entran en la escena de la historia recurrentemente. Los capitalistas ganan tiempo, eludiendo el posible colapso, pero no pueden evitar que tarde o pronto, dichas contradicciones reaparezcan, de una u otra forma. Ni siquiera cuando un supuesto sistema alternativo fracasa puede el capitalismo afianzarse como el fin de la historia. Hasta el momento, el principal enemigo del capitalismo es el propio capitalismo. Pero éste, probablemente, no caerá por sí solo, y si lo hace, tal vez, arrastre a la humanidad y su hábitat. No podemos arriesgarnos a ello. Debemos derrocarlo cuanto antes.

En este sistema está casi todo del revés. Las personas sirven a la economía, los mercados mandan, se rescata a los banqueros en vez de a los desvalidos, la bolsa cae cuando se da voz al pueblo, la justicia social no es rentable, cuidar el medioambiente es un obstáculo para el necesario continuo crecimiento postulado por los apóstoles capitalistas para eludir el verdadero problema, es decir, el reparto de la riqueza, quienes más responsabilidad tienen son los que menos responden, la justicia protege a los poderosos mientras se ceba con los débiles, se privatizan las ganancias mientras se socializan las pérdidas, pagan menos impuestos quienes más dinero tienen, etc., etc., etc. Poco a poco, las clases populares cuestionan el sistema establecido, pues las necesidades materiales son las que en última instancia mandan, tarde o pronto al ser humano no le queda más remedio que expulsar de su mente las alucinaciones colectivas y someterse a la cruda realidad. El problema es el capitalismo, y no sólo el neoliberalismo.

El sistema capitalista se caracteriza primordialmente por una economía llamada de libre mercado en la cual teóricamente cualquier persona puede emprender un negocio. El problema es que en la práctica la igualdad de oportunidades no existe y la dinámica capitalista hace que el mercado sea cada vez menos libre, acabe dominado por los oligopolios. Las empresas, para sobrevivir en la dura competencia en la que se basa este sistema, tienden a concentrarse. La economía es cada vez más dominada por menos empresas, las cuales se hacen incluso más poderosas que los Estados. En cualquier empresa, desde la más grande a la más pequeña, salvo algunas excepciones, como las cooperativas, no existe la democracia. Las principales decisiones que tienen que ver con la gestión de las empresas son tomadas por unas pocas personas, el resto se limita a obedecer. Por si fuera poco, la democracia política se vacía cada vez más de contenido, las grandes decisiones se toman cada vez más de espaldas al pueblo, éste se limita a depositar un cheque en blanco en las urnas cada x años. Y, lo más dramático, lo más preocupante, el pueblo pocas veces sabe ejercer la poca responsabilidad que se le otorga, vota normalmente en contra de sus intereses, se deja comer el coco fácilmente, se acobarda, se empeña en que otros le saquen las castañas del fuego, prefiere dejarse llevar. En verdad que el problema es del pueblo.

El capitalismo es la dictadura económica. 

Una dictadura sofisticada, elaborada, con apariencias democráticas. La dictadura casi perfecta. La cumbre evolutiva del totalitarismo. No por casualidad los dueños de las “máquinas” generadoras de la riqueza social son quienes acaparan fundamentalmente ésta. Inevitablemente, la riqueza tiende a concentrarse, las crecientes desigualdades sociales son una consecuencia directa de las leyes que rigen la sociedad capitalista. Por consiguiente, la lucha de clases es el motor de la historia. Mientras haya clases sociales, al menos grandes contrastes entre ellas, habrá lucha social. Por supuesto, antes del capitalismo ya existía la lucha de clases, pero la originalidad de este sistema reside en las formas que adopta. El capitalismo se caracteriza por disfrazar la explotación, consigue que los esclavos casi no se percaten de que lo son, casi no sientan las cadenas. Pero, por mucho que las élites capitalistas se esmeren en comer el coco a las masas para aceptar sumisamente el orden establecido, tarde o pronto, poco o mucho, bien o mal, las clases explotadas (al menos una parte de ellas) reaccionan ante el permanente ataque que sufren cuando éste se intensifica. Los capitalistas, adictos al dinero, insaciables, siempre tiran de la cuerda, nunca se conforman con lo logrado, y tarde o pronto, y muy a su pesar, provocan la reacción de los explotados, la cuerda puede romperse. Los ciudadanos corrientes podemos durante cierto tiempo cerrar los ojos, pero la realidad nos desborda, en cierto momento no nos queda más remedio que despertar. Nos abocan a la lucha de clases por mucho que quienes la practican constantemente proclamen que es algo del pasado.

Quienes luchamos contra este absurdo, ilógico y alienante sistema debemos tener muy claro que la alternativa es la auténtica democracia. Sólo cuando tengamos plena libertad para conocer en igualdad de condiciones todo tipo de ideas, sólo cuando todas ellas puedan ser probadas en la práctica (siempre que no atenten contra los más elementales derechos humanos), podremos realmente experimentar suficientemente diversas formas de organizar la economía para resolver los problemas crónicos (que con el capitalismo no sólo no desaparecen, sino que tienden, a la larga, a pesar de ciertos altibajos, a agudizarse) que padece nuestro mundo: el hambre, la pobreza, la violencia, las guerras, el desastre medioambiental,... La clave para que nuestra especie avance definitivamente hacia la verdadera civilización, para que la ley del más fuerte dé paso a la igualdad en las relaciones sociales, sin la cual la libertad es imposible en la vida en sociedad, para que el egoísmo dé paso a la solidaridad, para que los derechos humanos no sean papel mojado, para que la historia avance inexorablemente hacia adelante, sin posibilidad de volver a la Edad Media (por muy tecnológica que sea),…, reside en la democracia real. Sólo cuando el destino de la humanidad esté en manos de toda ella es cuando podremos sobrevivir a nosotros mismos, es cuando espantaremos definitivamente el fantasma de la autoextinción. Por supuesto, esto no podrá lograrse en dos días, pero el inicio del camino hacia una sociedad más justa y libre, más segura, no puede demorarse más. Realmente ya ha empezado. Aunque muy tímidamente aún. Esta titánica labor nos incumbe a todos. Todos somos más o menos responsables, nadie está libre de culpa. Debemos abrirnos de mente. Practicar el pensamiento crítico. Cuestionar y contrastar, ser activos intelectualmente en primer lugar, para serlo también en la práctica cotidiana.

La estrategia a emplear por la izquierda del siglo XXI creo que es clara: atender a las necesidades más básicas de la mayoría social y reivindicar más y mejor democracia, practicándola de camino. Prescindir de etiquetas y centrarse sobre todo en las ideas, en los contenidos, concretar. Teniendo en cuenta los prejuicios de la mayoría de los ciudadanos y dándoles a éstos el mayor protagonismo posible, el cual deberá ir aumentando notablemente en el tiempo. Esta estrategia es la que está posibilitando que se empiecen a abrir las puertas del cambio en algunos países. Aunque, por supuesto, dichas puertas pueden volver a cerrarse. El capitalismo tiene muchas contradicciones insalvables, las cuales representan su talón de Aquiles. Necesita, por un lado, evitar la auténtica democracia, pero, al mismo tiempo, aparentarla. Esta contradicción debe ser explotada todo lo posible por las fuerzas populares en la lucha política. En nombre de la democracia será posible superar la actual falsa democracia en la que se basa la dictadura económica. En primer lugar, pero no en último, forzando a la burguesía a cumplir en la práctica los postulados teóricos de su supuesta democracia lograremos tarde o pronto (siempre que sigamos avanzando en el camino, siempre que el desarrollo de la democracia no se pare, incluso se acelere) que la “democracia” burguesa dé paso a la DEMOCRACIA. No sólo habrá que conseguir una auténtica democracia política sino que la democracia deberá llegar a todos los rincones de la sociedad, especialmente a su centro de gravedad: la economía. Allá donde haya convivencia humana deberá haber democracia.

Cuando la democracia se asiente en la política y en la economía el capitalismo tendrá los días contados. Para ello, una de las primeras labores de cualquier gobierno transformador deberá ser el posibilitar la libre circulación de las ideas, acabar con la manipulación informativa masiva. Con una prensa libre, plural, será posible desintoxicar por completo a la gente de los prejuicios impregnados por las élites capitalistas, impulsar el activismo masivo. La verdad sólo puede abrirse camino enfrentándola abiertamente, en igualdad de condiciones, a la mentira. El pensamiento único se extinguirá cuando las ideas puedan competir libremente entre ellas. Pero, para llegar a esa desintoxicación mental masiva, antes, ahora mismo, cada uno de nosotros, ciudadanos corrientes, debe poner su grano de arena. Incitemos a nuestro alrededor a informarse mejor, a contrastar, a razonar. Sólo será posible transformar el sistema si la gente vota masivamente a otras fuerzas políticas alternativas y se moviliza constantemente en las calles. Pasemos la voz: otro sistema es posiblela alternativa se llama democracia. Sólo entre todos podremos. Con un pequeño esfuerzo de cada uno de nosotros lo conseguiremos. No se trata de que unos pocos se esfuercen mucho sino de que muchos se esfuercen un poco. La historia la hacen los pueblos. Por activa o por pasiva.

3 de julio de 2015

- José López es autor de los libros Rumbo a la democraciaLas falacias del capitalismoLa causa republicanaManual de resistencia anticapitalistaLos errores de la izquierda¿Reforma o Revolución? Democracia y El marxismo del siglo XXI así como de diversos artículos, publicados todos ellos en múltiples medios de la prensa alternativa y disponibles en su blog para su libre descarga y distribución. http://joselopezsanchez.wordpress.com/
http://www.alainet.org/es/articulo/170857
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Fonte: AMERICA LATINA EN MOVIMIENTO
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A TV que deseduca, desinforma, omite, manipula, inventa e ainda prejudica o país

Globo, como sempre, despreza o fã de futebol. Não vai mostrar final da Copa América. Prefere Luciano Huck e novela. Messi, Chile? Os pobres que se virem. E eles estão se virando

1afp3 Globo, como sempre, despreza o fã de futebol. Não vai mostrar final da Copa América. Prefere Luciano Huck e novela. Messi, Chile? Os pobres que se virem. E eles estão se virando...
O Brasil está mergulhado na recessão. Empresas automobilísticas não param de dar férias coletivas. Indústrias de toda espécie aumentam o índice de demissão. Sem imaginação ou projeto efetivo, o governo aumenta impostos. E mexe nos direitos dos trabalhadores. Aposentadoria, seguro-desemprego. Mesmo maquiada, a inflação cresce, o poder de compra cai vertiginosamente. Os governos estaduais e municipais também se mostram sem rumo diante da crise financeira.

"Eu diria que talvez a gente esteja sentindo uma ressaca, que é aquela força que puxa na volta das águas. Essa ressaca afetou a confiança no começo do ano. Mas tem a vantagem de que a ressaca passa. Temos que nos preparar, não podemos deixar o barco bater nas pedras, temos que fazer adaptações", diz o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Quem não tem um amigo, um parente desempregado?

Diante desse quadro tenebroso, o futebol continua dia a dia a perder seu poder de atração. Não há um só jogador, ídolo, no país capaz de levar torcedores rivais no estádio só para observá-lo. Ter o prazer de vê-lo estar em campo. Como acontecia com Rivelino, Pelé, Garrincha, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Raí, Ronaldo e tantos outros.

O último partiu há dois anos. Neymar.

1ae3 Globo, como sempre, despreza o fã de futebol. Não vai mostrar final da Copa América. Prefere Luciano Huck e novela. Messi, Chile? Os pobres que se virem. E eles estão se virando...

As médias de público nos estádios despencaram nas últimas décadas. Para disfarçar, clubes fazem promoções de ingressos. Se agarram aos sócios-torcedores, uma ótima ideia. Mesmo assim, nas novas arenas, os preços estupidamente caros afastam os amante do futebol dos lugares centrais. A imagem de desolação, das cadeiras vazias, passa para quem está assistindo pela tevê a mensagem subliminar: perda de tempo assistir esse jogo.
A audiência do futebol nos últimos dez anos caiu 28% na tevê aberta. Em 2010, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) fez uma pesquisa muito importante. E abrangente.
A televisão é o meio de comunicação de maior abrangência. Segundo o levantamento, ela é assistida por 96,6% da população brasileira. Os canais de televisão aberta são assistidos por 83,5% dos entrevistados. Outros 10,4% assistem, além da TV aberta, canais de TV por assinatura.
3afp 1024x320 Globo, como sempre, despreza o fã de futebol. Não vai mostrar final da Copa América. Prefere Luciano Huck e novela. Messi, Chile? Os pobres que se virem. E eles estão se virando...
No total, os canais abertos são assistidos por 93,9% dos entrevistados. Somente 2,7% afirmaram que assistem apenas canais de TV por assinatura.
Segundo a pesquisa, os telejornais são considerados a programação televisiva mais relevante para 64,6% dos entrevistados. A segunda programação considerada mais importante são as novelas (16,4%). Os programas esportivos aparecem em terceiro lugar, com 7,2% da preferência.
A única forma de ver TV para 54,5% dos domicílios com televisores no Brasil é por meio de um aparelho ultrapassado, que não é mais fabricado. São 34,5 milhões de domicílios no Brasil apenas com TVs de tubo, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ou seja, o Brasil é um país mais pobre do que parece nas grandes metrópoles brasileiras, como São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador...
Diante desse cenário chega a ser absurdo o que acontecerá neste sábado. Mais uma vez a TV Globo despreza os fieis que ainda fazem questão de assistir futebol. Com ótimo trânsito com as principais empresas de marketing esportivo e detentoras das organização das principais competições na América do Sul, como a Traffic e a Torneos y Competencias, a emissora domina o futebol no continente.
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Se associou à Fox e tem a Libertadores e Sul-Americana. E negociou diretamente para ter o direito de mostrar a Copa América.
Mesmo com essa crise absurda do futebol, a Globo usa o critério simplista dos anos 70 da Ditadura Militar. Só falta colocar na tela o slogan "Brasil, Ame-o ou Deixe-o". Porque quando a insegura e fraca Seleção de Dunga foi eliminada da Copa América, a competição deixou de existir. Segunda-feira, o Chile suou sangue para vencer o Peru. Na terça, a Argentina massacrou o Paraguai, que eliminou o Brasil. O time de Messi conseguiu o singelo placar de 6 a 1.
E amanhã, sábado, às 17 horas, Chile e Argentina decidirão o torneio. Os chilenos nunca venceram a competição. Desde 1916 vem a obsessão. Foram quatro vices. Os argentinos a conquistaram pela última vez em 1993, no Equador. Mais do que isso, a bicampeã mundial nunca teve o prazer de ser campeã de competição profissional nenhuma tendo Messi como seu camisa 10.
1reproducao5 Globo, como sempre, despreza o fã de futebol. Não vai mostrar final da Copa América. Prefere Luciano Huck e novela. Messi, Chile? Os pobres que se virem. E eles estão se virando...
Ou seja, atrativos não faltam para animar a modorrenta tarde de sábado. Só que o brasileiro que não tem tevê a cabo não verá esta final. A emissora prefere mostrar Luciano Huck. E a novela das seis.
Como ficam também a Ambev, Itaú, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Vivo, Volkswagen? Patrocinadoras que gastaram mais de R$ 1,3 bilhão para mostrar futebol na emissora? Caladas. Por que bancaram os estaduais, Campeonato Brasileiro, Libertadores, Copa Sul-Americana, Copa do Brasil, jogos decisivos da Champions. E partidas envolvendo a Seleção Brasileira.
Sem o time da CBF, a Globo não precisa mostrar nem final da Copa do Mundo.
É assim que a dona do futebol neste país segue afastando os torcedores. Sem respeito algum. Principalmente os pobres, sem canal a cabo. Sem hipocrisia, a saída, para muitos é a Internet. E ver de maneira pirata, ilegal, criminosa a final Copa América.
Uma pesquisa realizada pela ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e pelo Seta (Sindicato das Empresas Operadoras de TV por Assinatura e de Serviço de Acesso Condicionado) revelou números impressionantes sobre a pirataria na TV paga no Brasil. As imagens roubadas chegam a mais de quatro milhões e duzentos mil brasileiros.
A 'Gatonet' já é terceira 'operadora' no Brasil. Só perde para Net (6,1 milhões) e da Sky (5,1 milhões). Mesmo sendo crime, com até dois anos de cadeia, a adesão à pirataria só cresce no país.
O cenário é caótico. E só deve piorar.
Não é por acaso que, depois de anos e anos, a Coca Cola decidiu não mais patrocinar o futebol na Globo.


Será que a Coca Cola não entende de mercado?
3ae4 Globo, como sempre, despreza o fã de futebol. Não vai mostrar final da Copa América. Prefere Luciano Huck e novela. Messi, Chile? Os pobres que se virem. E eles estão se virando...



 Fonte: R7
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Se não tem jogo da seleção brasileira, não tem transmissão de nenhum outro jogo.

O esporte é ignorado na TV Globo, o que vale é a audiência, independente da qualidade do espetáculo.

O mesmo acontece com os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, que Globo também tem exclusividade.

O desfiles das campeãs, no sábado depois do carnaval, não é mais transmitido por Globo e nem repassado para outras emissoras.

Até mesmo o desfile das escolas de samba  do grupo especial, só começa a ser transmitido por Globo  a partir da segunda escola que entra na passarela, pois para transmitir o desfile da primeira escola, a emissora teria que cortar uma parte do  "programaço" Fantástico - que definha a olhos vistos - , isso no domingo, e também uma parte de suas entediantes e violentas novelas, no caso do desfile de segunda -feira.

É para isso que Globo adquire a exclusividade de transmissões do futebol e dos desfiles escolas de samba ?

Por outro lado, a TV Record quando adquiriu os direitos de transmissão dos jogos olímpicos de 2012 em Londres - incluindo os jogos de inverno de Vancouver em 2010 -, fez algo jamais feito por Globo, ao transmitir em TV aberta os jogos de inverno. Foi sucesso de público e da crítica.

A TV Brasil, que transmite atualmente o mundial feminino de futebol, continua com a transmissão do torneio, mesmo depois da eliminação da seleção brasileira.

O público que aprecia e assiste o futebol em TV aberta, ou o esporte de uma maneira geral, fica condicionado as transmissões de Globo  e as baboseiras, besteiras e idiotices produzidas pela equipe de jornalistas e comentaristas esportivos da emissora.

Emissora que usa o futebol para idiotizar o público, incentivando um nacionalismo infantil e reforçando o que existe de pior em termos de rivalidades , locais e regionais.

Ao ponto em que chegou, algo deve ser feio,  e com urgência, para mudar a realidade das exclusividades de transmissões em TV aberta de eventos esportivos e culturais.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Pela redução da burrice

'Veja' acionada por capa contra jovens

Por Altamiro Borges

Em plena ofensiva reacionária da "bancada do BBB" - bala, boi e bispo - pela redução da maioridade penal, a "Veja" exibiu na semana passada uma capa sensacionalista com quatro menores e a manchete terrorista: "Eles estupraram, torturaram, desfiguraram e mataram. Vão ficar impunes". Nesta terça-feira (30), porém, a edição criminosa sofreu um baque. A Defensoria Pública de São Paulo moveu ação contra a Editora Abril por "violar os direitos dos adolescentes à inviolabilidade de imagem e à privacidade" e por "facilitar a identificação dos rapazes", estimulando represálias e linchamentos.
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"Os Defensores Públicos responsáveis pela ação argumentam que a revista facilitou a identificação dos rapazes, considerando a popularidade e abrangência nacional da revista e os acessos por meios eletrônicos e redes sociais, além do fato de Castelo do Piauí ser uma cidade de apenas 19 mil habitantes. Segundo a ação, o risco de linchamento, devido ao clamor público por justiçamento, já havia feito as audiências de apresentação dos adolescentes serem transferidas para Teresina", explica um dos trechos do release divulgado pelo órgão.

Além de criticar a capa da asquerosa "Veja", afirmando que ela incita o ódio, o órgão decidiu exigir, em medida liminar, a retirada das fotos e das iniciais de nomes e sobrenomes dos jovens publicadas no site da revista e da Editora Abril. A Defensoria Pública ainda solicitou a retratação pública sobre a reportagem e indenização por danos morais. Até agora, o império midiático da famiglia Civita ainda não se pronunciou sobre a sentença. De qualquer forma, o trabalho sujo já foi feito. A capa terrorista da "Veja" serviu de argumento para os defensores da redução da maioria penal e para os golpes do lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal - o novo herói da revista do esgoto.

Fonte: Blog do Miro
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Junião: Lucrando com o crime

publicado em 02 de julho de 2015 às 11:14

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Fonte: VIOMUNDO
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A massa bovina e acéfala que pede a redução da maioridade penal, é apenas massa de manobra para que outros interesses sejam alcançados, como a privatização das prisões.

Prisões privatizadas tem que dar lucro aos concessionários de um sistema prisional, e, assim sendo, qualquer coisa é motivo para colocar as pessoas presas em presídios.

Pessoas pobres, claro.

Vide exemplo dos EUA.

Até mesmo os idiotas que em manifestações pedem a redução da 
maioridade penal, podem, em um regime de prisões privatizadas, serem presos, por exemplo, por atentarem contra a ordem pública.

A burrice que assola uma parcela da classe média e  a quase totalidade das elites, é um poder devastador, incentivada e conduzida pela esperteza de alguns poucos.

O que o país precisa, neste momento, não é a redução da maioridade penal, mas sim a redução da burrice.