segunda-feira, 29 de junho de 2015

Colagens nas tristes tardes de domingo na TV

Marieta Severo e o “sabão” no Faustão. 
Assista o vídeo
29 de junho de 2015 | 09:58 Autor: Fernando Brito




domingao
Imperdível o momento, no programa de ontem do Fausto Silva na Globo, em que, com toda a gentileza, a atriz Marieta Severo dá um “tombo” nas opiniões (seriam opiniões ou script?) do apresentado.

O ex-simpático apresentador do “Perdidos da Noite”, devidamente pasteurizado por décadas de Globo, chamou o Brasil de “país da corrupção, o país da crise, o país do desemprego” e recebeu de volta a visão de que, nos últimos anos, o Brasil foi o país da inclusão social.

Marieta, obvio, não deixou de reconhecer que a crise econômica merece atenção, mas não perdeu de vista o a que se destina o crescimento econômico.

E não é a mais oportunidades de merchandising do Faustão, não é?


Fonte: TIJOLAÇO

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Marieta elogia "Verdades Secretas" e diz que novela "coloca dedo na ferida"

Do UOL, em São Paulo

Cenas de 'Verdades Secretas'
Cenas de 'Verdades Secretas'
Marieta Severo elogiou "Verdades Secretas" e disse que a novela de Walcyr Carrasco "coloca o dedo na ferida" ao denunciar o esquema de prostituição que envolve nos bastidores do mundo da moda. Na trama, modelos são contratadas para encontros sexuais com clientes da Fanny Models, a agência de sua personagem, Fanny Richards.
"O trabalho de nós, artistas, é esse: o de não jogar a poeira para debaixo do tapete, é levantar o tapete, ver, apontar, mostrar a poeira que está ali. Várias vezes, na novela, o [autor] Walcyr [Carrasco] teve o cuidado de falar que não são todas as agências, mas que isso [o 'book rosa'] existe. Algumas fazem. Então, é um alerta para essas garotas que muitas vezes vêm do interior. Faz parte da nossa função apontar, mostrar, denunciar, mas sempre com cuidado de dizer que trata-se de uma profissão digníssima. [Mas] a novela coloca um dedo na ferida", analisou a atriz durante participação no "Domingão do Faustão", deste domingo (28).
Marieta disse também que esperava ficar um tempo sem trabalhar, depois de interpretar por mais de dez anos a personagem dona Nenê em "A Grande Família". "Mas aí, veio o convite irrecusável do Walcyr Carrasco e também achei que não era a minha cara de ficar muito tempo sem trabalhar. E aí, veio a Fanny que não tem família, não cozinha, pede delivery em casa, é apaixonada por um garoto. Ou seja, era um universo tão oposto, que ficou irrecusável. Era um desafio. E estou bastante feliz, porque é uma novela de grande qualidade, de boa história", disse ela.
A atriz, que é citada com carinho por diversos colegas no Projac, recebeu homenagens de Reynaldo Gianecchini, Andréa Beltrão e Marco Nanini. "Quando estreei, você foi uma das primeiras pessoas que me incentivou. Estava começando a carreira, não sabia nada mesmo, e você era de uma generosidade imensa", disse Gianecchini. "A Marieta é uma atriz extraordinária. A parceria com ela é sempre um aprendizado", resumiu Nanini.
Fausto Silva entrou na questão da política e quis saber a opinião de Marieta Severo sobre o "país da desesperança". "Eu sou sempre otimista. Eu não acho que nós somos o país da desesperança, não", discordou ela. "Acho que o país caminhou muito nos últimos anos. Acho que temos uma crise, sim, mas, para mim, uma coisa muito importante  que se chama 'inclusão social', a chamada luta contra a desigualdade. É claro que precisamos estar com uma economia equilibrada. Mas a gente teve muito isso nos últimos anos. É um ponto que fala de maneira muito determinante", finalizou.

Fonte: BOL
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Marieta Severo não segue a boiada !

Existem os tolos pobres que subiram por causa do PT e hoje seguem a boiada.

Da amiga navegante Ana Terra ​Ramos, a propósito do vídeo em que Marieta Severo entuba o ideólogo da Globo, concorrente do Gilberto Freire com “i” (ver no ABC do C Af):
Infelizmente raras são as pessoas que escapam hoje da manipulação da imprensa. A grande maioria, inclusive jornalistas, segue como boi de boiada ​a​ s manchetes ardilosamente elaborada​s​ e estampadas em capas de revistas e jornais.

A cada dia fica mais claro que membros da grande maioria dos partidos políticos estão envolvidos nos casos da operação lavo jato, inclusive gente do Tribunal de Contas da União – TCU. Mas a imprensa conservadora (com muita gente também suja) age seletivamente e escolhe e condena o PT. Ela é dada a generalização.

Os donos dessa imprensa conservadora, muitos sonegadores, sabem, como todos nós sabemos, que no Partido dos Trabalhadores, assim como nos demais, existem pessoas honestas e de bem. Mas eles preferem a generalização com viés fascista ​para atirar pela janela o PT que vem promovendo inclusão social nunca antes vist​a​ no Brasil da Casa Grande.

Existem também os tolos pobres que migraram para a classe média, graças às condições favoráveis criadas pelos governos do PT, mas que agora arrotando ‘riqueza’ e​,​ seguindo na boiada comandada pela elite, querem ver o PT e o seu governo pelas costas.

Não se preocupe, amigo, o tempo passa e os governos trabalhistas passarão e aí a faixa de presidente será passada para outros políticos de outros partidos. Espero que não seja passada para os donos da Casa Grande, porque aí, pobres tolos, a vocês só sobrarão as migalhas.

Na verdade, há muito a elite brasileira vinha procurando se livrar do fardo da corrupção que arrastava desde a implantação da Casa Grande nestas terras. Infelizmente​,​ alguém do PT cometeu a sandice de bebe​r​ da água deles aí​.​

A​gora, eles tentam jogar todo o fa​r​do sobre os ombros surrados do PT e dos seus governos.

É bom não nos encantarmos com o canto da sereia. Isso poderá nos custar muito caro. Vamos fugir dessa boiada, antes que eles nos levem ao abatedouro.

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Tudo aconteceu no Programa de Fausto, na TV Globo, porém as manchetes e os conteúdos nas mídias  foram bem diferentes.

A atriz em questão é funcionária da TV Globo, e devido as cláusulas contratuais tem que comparecer em outros programas da emissora.

Isso acontece com todos os funcionários da emissora.

É comum encontrar artistas da emissora em programas de Fausto, Huck, Angélica, Fátima, Ana Maria, Regina Casé e outros.

E escolha da atriz para participar do programa das tardes de domingo que a Globo oferece para seus envelhecidos e pouco instruídos  telespectadores, não foi por acaso e tem por objetivo alavancar, fazer propaganda de uma novela, claro, da própria emissora , em que a atriz representa um personagem.

Até aí nada de anormal, pois trata-se de uma prática corriqueira da TV Globo para promover os programas da grade da emissora.

Algo como uma narrativa em primeira pessoa onde se processa uma exacerbação do ego institucional.

Em assim sendo, as notícias que aparecem nas mídias devem se restringir aos cadernos de TV.

Um funcionário da TV Globo que participa de um programa de auditório não é notícia.

No entanto, os programas de auditório e de entrevistas de Globo vão além das promoções de outros programas da grade da emissora, principalmente no momento político do país em que Globo tem lado e trabalha ativamente como um ator político em prol dos interesses que representa e defende.

Assim sendo, quando Fausto emite uma opinião sobre o momento político do país , e estando ao lado da atriz, a intenção é a de fazer uma colagem da  opinião  proferida por Fausto na atriz em questão.

Muitos funcionários de Globo, genéricos em sua maioria, aceitam ou são vítimas de tais colagens nos programas da emissora.

Com Marieta Severo a colagem não funcionou e a atriz , independente de sua orientação política, manifestou sua opinião, no caso contrária  a opinião do apresentador.

Esse expediente de Globo é apenas uma prática do protagonismo político da emissora, que se utiliza de todos os programas da grade para doutrinar seu público e divulgar conceitos políticos ,ideológicos e outros.

Com um suposto verniz de entretenimento, os programas da emissora tem outras finalidades, nada inocentes ou ingênuas.

Cabe ainda ressaltar que sempre durante a fala política dos apresentadores dos programas, Fausto, Huck, Angélica, Fátima e outros, vez por outra as câmeras registram , em close, a imagem do convidado como forma de fazer tais colagens.

Recentemente no mesmo programa de Fausto, o apresentador do Jornal Nacional, Willian Bonner , recebeu uma homenagem pelo seu trabalho jornalístico, e para isso, Fausto contou com a presença  da atriz Fernanda Montenegro. 
Uma proposta de colagem.

Bonner, a Fernanda do jornalismo brasileiro, como desejou Globo e certamente seus envelhecidos e pouco instruídos telespectadores assimilaram  sem qualquer tipo de questionamento.

Isto dito,  a opinião de Marieta Severo ganha relevância e passa a ser a notícia como bem apresentados por muitos sites e portais independentes da internete.

Já os veículos da velha mídia  , como o texto acima  do UOL reproduzido  pelo BOL apresentam a novela como manchete e, de passagem, de forma tímida, registram a opinião da atriz.

Nessa linha de entendimento dos fatos, a discussão sobre notícia, manchete vem à tona e revela , de forma escancarada, o papel nocivo e manipulador que a velha mídia exerce na sociedade nesses tempos de crepúsculo da Era da Ignorância.

Assim sendo, vale a pena a leitura do texto a seguir  publicado no OI:

IMPRENSA &; OPERAÇÃO LAVA JATO

Uma imagem reveladora

Por Luciano Martins Costa em 29/06/2015 
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 29/6/2015

Quais são os limites da manipulação da imagem no jornalismo? Num critério aceitável, admite-se que uma fotografia possa ser alterada para compor um infográfico, por exemplo, porque nesse contexto estaria implícito que é apenas uma referência, uma ilustração.
Uma fotomontagem que mostra a cabeça da presidente da República sobre uma bandeja, publicada na coluna de política, como faz o Globo na edição de segunda-feira (29/6), extrapola qualquer limite do bom senso e mostra como os jornais brasileiros se transformaram em grotescos panfletos partidários.
A mídia tradicional do Brasil já teve outros momentos deletérios, como na véspera da eleição presidencial de 2014, quando uma manchete fabricada pela revista Veja ganhou forte repercussão nos principais jornais, e seus efeitos só foram menores pela ação imediata da Justiça Eleitoral.
A fotomontagem publicada pelo Globo revela que não há restrições para a delinquência de jornalistas que se agarram a seus preciosos centímetros de coluna, quando se trata de manipular os fatos em função do projeto de poder em que se engajou a imprensa nos últimos anos. Por outro lado, o episódio revela a distância que separa a estratégia de comunicação do governo petista e a realidade do ambiente comunicacional.
Enquanto o poder Executivo se recusa a colocar na pauta, mesmo em tese, a questão da concentração dos meios informativos, o cartel das empresas hegemônicas distorce de tal maneira as relações institucionais que já não é possível uma análise do conteúdo noticioso e opinativo da imprensa. No entanto, representantes do Planalto seguem propondo um diálogo que já se revelou mais do que improvável.
Em recente encontro com jornalistas em São Paulo, o ministro titular da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Edinho Silva, anunciou que pretende conduzir um “amplo debate” sobre temas centrais que não são contemplados pela mídia massiva. Foi alertado para a inocuidade desse plano, porque a imprensa não quer debater coisa nenhuma.
Na segunda-feira (29), Silva se vê obrigado a enfrentar a denúncia de que teria sido beneficiado por doações ilegais nas campanhas de 2010 e 2014. A acusação é parte dos factoides selecionados pela mídia nas delações de empresário submetido a tratamento coercitivo na carceragem da Operação Lava Jato. O objetivo está explícito na imagem publicada pelo Globo.

Danos colaterais
Transformado em alvo do escândalo, o ministro deve estar se questionando sobre a estratégia de comunicação que imaginou. Pensou estar participando de um jogo com regras definidas, mas acaba de ser apresentado ao fato de que a disputa política não se dá apenas no palco tradicional do Congresso, mas principalmente no gueto reacionário em que se transformaram as principais redações.
Da maneira com vem sendo conduzida, a Operação Lava Jato produz um monstrengo jurídico, pelo qual um grupo de procuradores e policiais federais e um juiz federal de primeira instância determinam uma nova interpretação para a legislação eleitoral. Isso num processo questionável, no qual a suposta verdade é estabelecida pela delação de suspeitos que são privados da liberdade sob a condição de produzir as respostas determinadas pelos inquisidores.
Nesse contexto, todas as doações eleitorais estão sob suspeita, o instituto da doação de pessoas jurídicas passa a ter uma natureza criminosa a priori, e o dinheiro passa a ser carimbado como “legal” ou “ilegal” conforme o candidato ou o partido a que se destinou.
O fato de alguns dos envolvidos na investigação terem um perfil público de militantes radicais contra o atual governo, manifestado em seu ativismo nas redes sociais, é apenas um detalhe do comprometimento dessa operação. Por muito menos, o Supremo Tribunal Federal anulou a Operação Satiagraha, que visava o ex-banqueiro Daniel Dantas e respingava em figuras da política.
Em circunstâncias minimamente funcionais, toda a produção do processo conduzida no Paraná pode acabar esvaziada na Corte Suprema, o que com certeza vai trazer consequências funestas para o sistema da Justiça. Isso porque, até lá, a opinião do público estará contaminada pelo martelar constante do noticiário distorcido.
O ministro Edinho Silva deve estar se dando conta, a esta altura, de que seu partido não enfrenta uma mera “batalha da comunicação”, como disse certa vez a presidente Dilma Rousseff. O que está em curso é uma guerra de extermínio – que será levada adiante pela imprensa, mesmo que os danos colaterais incluam um tantinho de democracia

Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

sábado, 27 de junho de 2015

Atenção, cuidado: jornalismo na velha mídia não existe

A mídia não é inocente

Por Alberto Dines em 23/06/2015 na edição 856
Comentário veiculado no programa de TV do Observatório da Imprensa, exibido em 16/6/2015

Atenção, cuidado: se alguém escrever, tuitar ou lhe disser que a mídia nada tem a ver com o megaescândalo da FIFA & CBF, não acredite. Além disso, é preciso colocar a fonte de quarentena, sob suspeição. Ela não é confiável.

Por mais surpreendentes que sejam as malfeitorias que tomam conta das manchetes há dias, uma evidência começa a consolidar-se: a mídia não é inocente. E quando mencionamos a mídia estamos nos referindo à mídia nacional e à mídia internacional. E quando constatamos que a mídia não é inocente temos a obrigação de estabelecer diferenças – ela poderia ter denunciado a conspiração e abortado o escândalo. Ou simplesmente deixou rolar porque sabia que seria uma das primeiras beneficiadas.

O protagonismo do famoso J. Hawilla não aconteceu por acaso. O ex-jornalista esportivo e agora poderoso marqueteiro, empresário e comunicador é o elo que amarra a mídia ao escândalo. Não há como fugir a isso. Ao batizar o seu grupo com a marca Traffic, inconscientemente caracterizou o objeto do seu negócio: tráfico de influência, fazer favores, cobrar pelos favores, aumentar a rede dos favorecidos e, sobretudo, garantir a impunidade de todos. O tráfico de influência é o garantidor da sobrevivência das máfias e a sociedade não pode conviver com o tráfico de influências nem com máfias.

Para acabar com um final feliz a história da FIFA só tem um desfecho possível: a imprensa colocar-se no banco dos réus. E o jornalista Walter de Mattos Jr, dono do Lance!, dá o exemplo.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Crime de sonegação não é notícia
Por Luís Humberto Rocha Carrijo, no siteOutras Palavras:

O escândalo do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais — Carf –, que pode superar 19 bilhões de reais, recebe uma cobertura muito acanhada da imprensa brasileira, apesar de sua magnitude e implicações de toda ordem. Dentro do ponto de vista jornalístico, não há nada que justifique um tratamento tão desinteressado e desatento por parte das redações. Ao contrário, os vultosos desvios de recursos da Receita, com a participação de personagens graúdos do PIB nacional (bancos e empresas, boa parte, grandes anunciantes), fundamentam os princípios do que é notícia, pelo menos em veículos que praticam jornalismo em sua mais ampla definição - corajoso e isento, dedicado a informar a população.

Inúmeros fatos novos, que merecem uma investigação jornalística profunda, recebem, ao contrário, coberturas episódicas. A imprensa ignora que há o risco de a investigação não chegar a um resultado efetivo. Em operações de caráter semelhante, essa fase já teria resultado em prisões preventivas, por exemplo. A mídia ignora também a inexplicável morosidade do Poder Judiciário, que não autoriza medidas invasivas, a fim de levantar provas contra a corrupção. Dentro dos critérios puramente jornalísticos e de interesse da sociedade, o que diferem os escândalos de corrupção envolvendo políticos, como a Operação Lava Jato, daqueles que atingem apenas empresas, como a Operação Zelotes?

A literatura de comunicação de massa é pródiga em episódios que mostram a imprensa interferindo até em resultados judiciais. Do outro lado da moeda, outros atores atuam com a intenção de esvaziar o “buzz” dos eventos. Há casos de a administração pública agir privando as redações de conteúdo sobre fatos, até levá-los ao esquecimento com a inanição de dados e novidades. No Brasil, é a ausência deliberada de notícias sobre certos temas, como sobre crimes tributários, que leva à inação da Justiça e à consequente impunidade dos envolvidos. Como não é incomodado pela imprensa, o Judiciário continua pouco comovido com o bilionário prejuízo causado por grandes empresas aos cofres públicos. A imprensa, com essa atitude, torna-se cúmplice e comete uma fraude contra sua audiência, tomando empresado a frase do proeminente jornalista Peter Oborne sobre a postura do Daily Telegraph em relação à cobertura noticiosa do Swissleaks.

Enquanto na Suécia os jornais colocam a ética até mesmo acima das leis, no Brasil seus pares usam seu poder seletivo para cobrir fatos conforme interesses políticos e financeiros. A imprensa brasileira, nesse sentido, continua primitiva e longe dos ideais do que seja uma mídia livre e imparcial. O grave é que os veículos passam ao público a percepção de que são fiscais da sociedade, preocupados com o bem-estar e a lisura. Um ato sofisticado de cinismo.

As redes sociais ainda estão longe de ter a força e a influência para mobilizar a sociedade em torno de assuntos áridos. A ação conjunta e contínua de veículos alternativos e blogs de contestação mostra-se, por enquanto, incapaz de provocar uma reação popular e em rede em condições de mudar o estado das coisas. A população reage na medida proporcional em que é vítima direta, aguda, constante, objetiva e simplificada da opressão e da carência. As pessoas, no Brasil, pobres de educação política e leitura, não conseguem fazer conexões tão distantes e complexas.Ou seja, se não está na grande imprensa, é como se não existisse.

Por também serem “invisíveis” para a imprensa, sofrem do descaso público as parcelas mais vulneráveis da sociedade, que saem às ruas em movimentos reivindicatórios por acesso aos bens sociais. Mas como as mobilizações se dão na periferia, longe dos olhos da classe média e da elite, elas são ignoradas pela imprensa, deixando o Estado em situação confortável para manter seu desprezo pelas camadas populares.

* Luís Humberto Rocha Carrijo é editor do Rapport Comunica

Fonte: Blog do Miro
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Lula mostrou o DARF. 

Quem falta mostrar?


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Dia 13 de junho de 2015. Do início do ano até o momento, a sonegação no Brasil chegou a 232 bilhões de reais.
Ou seja, com o valor de 5 meses e meio de sonegação, daríamos para cruzar o país com trens de alta velocidade, e construir ou expandir os sistemas de metrô de todas as capitais brasileiras.
A mídia iniciou nova cruzada contra Lula, porque ele recebeu, limpamente, transparentemente, abertamente, pagamento para as palestras que proferiu no exterior, dentre outras atividades típicas de ex-presidentes e seus institutos.
Lula recebeu pagamentos ligados a algum helicóptero lotado de cocaína?
Não.
Lula recebeu dinheiro público, como recebeu o Instituto FHC – R$ 6 milhões de verba pública para fazer um “acervo”?
Não.
Lula fez aeroporto em terras de sua família, como fez um ex-candidato a presidente da república?
Não.
Lula nomeou sua irmã para gerir as verbas de publicidade de seu governo, como fez o mesmo candidato citado anteriormente?
Não.
Lula encheu seu governo de parentes, como fez o mesmo candidato?
Não.
Neste momento, existem várias operações de grande porte da Polícia Federal investigando gigantescos esquemas de sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Algumas dessas operações investigam empresas de mídia, como é o caso da RBS, a Globo gaúcha.
Apenas uma dessas operações, a Zelotes, investiga desvios que podem chegar a R$ 20 bilhões.
Ontem mesmo foi deflagrada, em São Paulo, uma operação em conjunta dos fiscos federal e municipal, contra 50 escolas privadas da cidade, e algumas faculdades, que não pagavam devidamente seus tributos.
Há uma crise ética no país, sim, e que começa por nossa elite e sua mídia, que sempre fizeram campanha contra o pagamento de impostos, a única fonte de renda do Estado para investir em infra-estrutura, saúde e educação.
É preciso reduzir gastos de alguns setores de Estado. Por exemplo, a farra das ajudas de custo do Judiciário. Por que a mídia não a denuncia? Porque a mídia quer o Judiciário como aliado de classe para ferrar o povo.
A mídia manipula o Judiciário, através de propinas públicas, como é o caso do Prêmio Faz Diferença, ou ameaças veladas e ultra-agressivas, como já assistimos diversas vezes: juízes que não comem na mão da mídia são vítimas de verdadeiras campanhas de difamação.
A CPI da Petrobrás chamou Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, para depor. Ele vai lá mostrar o que já mostrou faz tempo: o Darf de Lula.
Esperamos que os nobres congressistas, diante do exemplo de Lula, cobrem das grandes empresas a mesma transparência e a mesma probidade. Que sejam severos na cobrança dos impostos que pagam seus próprios salários, a verba de seus gabinetes e todos os serviços públicos que o Estado presta ou deveria prestar à população.
Tem uma emissora aí, por exemplo, flagrada roubando centenas de milhões do erário, através de uma “intrincada engenharia financeira” em paraísos fiscais, que até agora não mostrou o seu Darf.
O Brasil está precisando desse dinheiro para investir em sua infra-estrutura e em seus sistemas de saúde e educação.
Fonte: O CAFEZINHO
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Dias e o PiG: o povo não é bobo!
IBOPE comprova: para o PiG quanto pior melhor

De ‏@Tonilinhares_no twitter

Conversa Afiada reproduz artigo de Mauricio Dias, de CartaCapital:
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Maioria de seguidores da Rede Globo é fake

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O twitter audit está tirando a máscara de muito perfil corporativo. A Rede Globo, por exemplo, tem um total de quase 9 milhões de seguidores. Só que mais de 5 milhões são fakes.
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Fonte: O CAFEZINHO
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Nogueira: a Globo caminha para o cemitério

“O fracasso de Babilônia marca o fim da tevê como a conhecemos”
A partir de entrevista do diretor-geral da Globo, Carlos Henrique Schroder, à Folha, Paulo Nogueira, do DCM, escreveu:

O FRACASSO DE BABILÔNIA MARCA O FIM DA TEVÊ COMO A CONHECEMOS

A Globo vive num regime de autoilusão, como se pode verificar pela entrevista com o diretor-geral Carlos Schroder publicada pela Folha.

Perguntaram a Schroder sobre o fiasco da novela Babilônia, que dias atrás cravou 17 pontos no Ibope em São Paulo, um extraordinário recorde negativo na trajetória das novelas da Globo.

Schroder achou vários culpados.

O primeiro deles, naturalmente, é o povo brasileiro, “mais conservador” do que as pessoas imaginam.

Depois, ele citou uma novela da Record e outra do SBT.

Admitiu, ligeiramente, que alguma coisa na trama “não funcionou”.

Schroder só não tocou na maior razão do fracasso: o declínio veloz da televisão como mídia na Era Digital.

Rapidamente, a tevê como conhecemos caminha para o mesmo local reservado a jornais e revistas: o cemitério.

Considere o slogan do aplicativo de vídeos que a Reuters acaba de lançar: “A tevê de notícias para quem não vê tevê”.

O consumo de vídeos está cada vez menos na televisão e cada vez mais na internet.

No campo do entretenimento, sites como o Netflix e agora a Amazon oferecem uma fabulosa quantidade de séries, filmes e documentários.

Você vê quando quer, na hora que quer, o que quiser.

No campo das notícias, vídeos selecionados pelas comunidades são postados nas redes sociais, e ali consumidos – fora das emissoras tradicionais.

Uma parte expressiva dos vídeos que viralizam nas redes sociais é produzida pelos próprios internautas – ao flagrar cenas notáveis no dia a dia, como a surpresa que aguardou o dono de um automóvel que parou numa vaga de deficientes.

No esporte, você começa a ter a opção de assinar canais específicos para ver o que deseja – sem ter que comprar um pacote caro de tevê por assinatura.

Sabia-se faz tempo que a internet ia matar jornais e revistas. Mas não se imaginava que a tevê se transformaria tão celeremente na próxima vítima.

Uma pesquisa recente nos Estados Unidos mostrou que o número de pessoas que não se imaginam sem internet e celular cresceu vigorosamente nos últimos anos, na mesma medida em que decresceu o contingente dos que não podem viver sem tevê.

No Brasil, um levantamento deixou claro que televisão é hoje uma coisa para um público velho e com baixo nível de educação, exatamente o oposto daquilo que os anunciantes buscam.

A Globo, neste sentido, é a próxima Abril.

Caíram todas as circulações das revistas da Abril nos últimos anos. A única falsamente estável é a da Veja graças a manobras (custosas) que inflam artificialmente os números, e que os anunciantes fingem não ver.

Do mesmo modo, todas as audiências da Globo são uma sombra do que foram antes do surgimento e expansão da internet.

O Jornal Nacional luta para se manter na casa dos 20 pontos, marca que seria uma tragédia há dez anos.

O Fantástico já escorregou para baixo dos 20, e ninguém mais comenta o que ele deu ou deixou de dar.

Quando, no futuro, alguém for estudar a história da tevê convencional, Babilônia será citada provavelmente como um capítulo especial.

Babilônia, com sua miséria de Ibope, é o grande marco do fim da tevê como a conhecemos.

A culpa não é do povo, como quer a Globo, mas de uma coisa chamada vida, ou mercado, como você preferir.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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sexta-feira, 26 de junho de 2015

O Fim da Era de Ignorância e o Início de uma Nova Civilização

WSJ: "Primeiro milagre do Papa foi o NYT 

ter dedicado espaço a nova encíclica"

A encíclica 'Laudato Si' do Papa Francisco, publicada na quinta-feira passada, teve grande repercussão na imprensa internacional. O jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, comenta algumas repercussões, começando por um artigo intitulado "A primeira vez no New York Times" que cita um comentário publicado no Wall Street Journal em 24 de junho.

O artigo de William McGurn, define como o primeiro milagre do papa Francisco, o fato de que o New York Times tenha dedicado não somente espaço ao tema, mas tenha julgado "valioso" o ensinamento do Santo Padre.

Talvez nenhum pontífice anterior, escreve McGurn, tenha tido êxito nesta empresa. Durante vários anos, destaca o jornalista, "The New York Times" fez a guerra com vários papas sobre questões morais como o matrimônio ou o valor do nascituro.

Mas quando se trata de mudanças climáticas, o jornal New York - que gosta de considerar-se um jornal que segue rigorosamente os fatos - reconhece preto no branco a autoridade que tem a encíclica do Papa. Na verdade, diz McGurn, o jornal, tecendo elogios, acrescenta o advérbio "inesperadamente", como para mitigar o louvor.

E embora tenham se alegrado do Papa dar o aval à ideia da mudança climática causada pelo homem, não prestaram a devida atenção à crítica do Papa contra um "ecologismo" que protege as espécies em perigo de extinção, mas não as crianças por nascer.

A encíclica - escreve Lluís Bassets em "El País" do último dia 21 de junho, em um longo comentário intitulado "O Papa como contra poder ganhou efeitos políticos imediatos e a repercussão foi muito além do mundo católico", o que demonstra um crescente prestígio e autoridade. Há capítulos interessantes para os cristãos e outros que chamam a atenção mais para aqueles que não se identificam com nenhuma fé, continua Bassets, salientando, porém, que a religiosidade do Papa Francisco é o oposto das técnicas de auto-ajuda ou de equilíbrio interior, tão de moda na nossa época, tanto no mundo cristão quanto no islâmico.

Perante a pobreza, a ameaça ambiental ou os danos da idolatria do mercado sem freios e sem regras, sua denúncia tão forte recorda as duras posturas de Wojtyla diante dos efeitos devastadores que os regimes totalitários do século XX causavam na sociedade, conclui o jornalista.

Proteger a casa comum não tem futuro se os homens continuam a ser tratados como mercadoria e o abismo entre norte e sul do mundo não diminui, lemos no "Le Monde" do 23 de Junho. "Esta mensagem poderia ser o primeiro ato de uma chamada a uma nova civilização", continua o colunista, citando Edgar Morin do "la Croix"; e esta
encíclica terá o efeito de "ancorar o papado no século XXI".


Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Era da humanidade ou da ignorância?

Twitt
Por Roberto Klabin Leandra Gonçalves –
Ao longo dos últimos 200 anos, as atividades humanas têm transformado todo o Planeta rapidamente e se tornado, gradualmente, no principal condutor da mudança ambiental global. Os impactos dessas ações sobre a biosfera da Terra são tão grandes que alguns cientistas argumentam que o Holoceno, iniciado com o fim da última Era Glacial, há mais de 11 mil anos, e que se estende até hoje, chegou ao fim, dando lugar a uma nova era geológica: o Antropoceno.
O conceito de Antropoceno foi proposto uma década atrás pelo biólogo americano Eugene Stoermer e o químico holandês Paul Crutzen, prêmio Nobel em 1995. Eles sugeriram que se alterasse a linha do tempo com que os cientistas medem os períodos geológicos, de modo a refletir as transformações no Planeta causadas pelas atividades humanas. Segundo eles, as marcas da ação humana são tão agressivas e intensas que continuarão visíveis por milênios, gravadas nas camadas geológicas da Terra.
Dessa forma, por meio dos nossos rastros devastadores no Planeta, no futuro, paleontólogos ou mesmo uma futura civilização – caso a nossa seja dizimada – provavelmente saberão identificar a alteração brusca na composição da atmosfera e as demais mudanças ambientais que provocamos por meio dos fósseis de incontáveis espécies extintas, rejeitos radioativos, toneladas de plástico e outros registros, pelos quais não teríamos motivo real para nos orgulharmos de nossa passagem pela Terra.
A escolha do início dessa nova era, chamada por alguns de Era da Humanidade, ainda permanece bastante arbitrária. Os registros de CO2 atmosférico, CH4 e N2O mostram uma clara aceleração em tendências, desde o final do século 18. Por essa razão, o arranque do Antropoceno foi atribuído a esse tempo, imediatamente a seguir da invenção da máquina a vapor, em 1784.
Como resultado do aumento da queima de combustíveis fósseis, das atividades agrícolas, desmatamento e pecuária intensiva, especialmente exploração de gado, vários gases climaticamente importantes com efeito de estufa aumentaram na atmosfera ao longo dos últimos dois séculos: CO2 em mais de 30% e CH4 em mais de 100%, contribuindo substancialmente para o aumento observado da temperatura média global durante o século passado, em cerca de 0,6º C.
De posse dessas informações, um grupo de pesquisadores vem discutindo uma nova abordagem para a sustentabilidade global, em que são definidos limites nos quais espera-se que a humanidade possa sobreviver com “segurança”. Nessa linha de pensamento, transgredir uma ou mais das nove fronteiras planetárias – sistemas de suporte à vida no Planeta e essenciais para a sobrevivência humana – poderá ser prejudicial ou mesmo catastrófico, devido ao risco de limiares, ou pontos de virada, que acionarão uma mudança ambiental abrupta na Terra.
O trabalho de Rockstrom e seus colegas, publicados na revista Ecology and Society, em 2009, foi revisitado nesse ano de 2015, quando estabeleceu-se dois limites principais: mudanças climáticas e de integridade da biosfera – cada um com um grande potencial para conduzir o Planeta a um novo estado e que, portanto, não deveriam ser transgredidos.
Mesmo com todos esses alertas emitidos pela comunidade científica, parece faltar senso de urgência a todos, principalmente às lideranças tomadoras de decisões. Essa ausência de ação pode ser atribuída a falhas de comunicação entre a ciência e a sociedade, ou simplesmente a pura falta de vontade política de nossos governantes. Qualquer uma dessas alternativas precisa ser urgentemente corrigida.
No início deste ano, o pesquisador Douglas McCauley, professor da Universidade da Califórnia, proferiu numa palestra no Aquário de Monterey (EUA), à convite da Fundação SOS Mata Atlântica. A apresentação foi sobre seu recente artigo “Marine defaunation: Animal loss in the global ocean”, publicado na revista Science, qual conclui que a biodiversidade marinha já foi seriamente danificada pelo impacto das atividades humanas. No entanto, ele ressaltou que a fauna marinha, em geral, está em melhores condições do que a fauna terrestre.
Apesar de toda informação e dados científicos sobre a degradação do ambiente marinho, interessava ao pesquisador passar uma mensagem de esperança e oportunidades, entre elas a construção da gestão do espaço marítimo por meio de ferramentas inovadoras, como o planejamento espacial marinho. Entretanto, a mensagem foi percebida pela audiência, pesquisadores e membros de organizações não-governamentais como um tanto quanto negligente, na medida que não transmitia o senso de urgência necessário para incentivar ações emergenciais com relação a recuperar o que ainda nos resta nos nossos oceanos.
O Planeta Terra enfrenta sérias mudanças justamente por negligência da sociedade e dos tomadores de decisão. No Brasil, estamos testemunhando a pior seca que a região Sudeste já registrou, aumento no desmatamento, altas taxas de perda de biodiversidade em variados biomas, agravamento de desastres climáticos e outras crises ambientais. O fato de existir oportunidade para reverter esse cenário, embora possa transmitir esperança, não deve, nem por um segundo, gerar comodismo.
A informação científica e de qualidade deve ser utilizada para mover e estimular ações voltadas a promoção de um desenvolvimento mais sustentável, no qual conservação e desenvolvimento possam caminhar de mãos dadas. Caso contrário, a chamada Era da Humanidade pode vir a ser reconhecida pelas gerações futuras como a Era da Ignorância, uma época em que o conhecimento e a informação existentes não foram utilizados, e necessariamente transformados, em iniciativas inovadoras em prol de um futuro sustentável para essa e para as futuras gerações. (SOS Mata Atlântica/ #Envolverde)
Roberto Klabin é vice-presidente da Fundação SOS Mata Atlântica para a área de Mar; Leandra Gonçalves é bióloga e consultora da organização. A SOS Mata Atlântica é uma ONG brasileira que desenvolve projetos e campanhas em defesa das Florestas, do Mar e da qualidade de vida nas Cidades.
** Publicado originalmente no site SOS Mata Atlântica
Fonte: ENVOLVERDE
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Com o passar dos dias surgem reflexões interessantes sobre a Encíclica 
Laudato Si:

" Perante a pobreza, a ameaça ambiental ou os danos da idolatria do mercado sem freios e sem regras, sua denúncia tão forte recorda as duras posturas de Wojtyla diante dos efeitos devastadores que os regimes totalitários do século XX causavam na sociedade "

De fato, Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II foi um dos grandes  responsáveis pela queda dos regimes comunistas europeus, com suas duras e fortes críticas principalmente durante os anos da década de 1980. 
Wojtyla, polonês oriundo de um regime comunista.

Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, através da Encíclica Laudato Si, faz duras críticas ao regime capitalista. Por diversas vezes , Francisco cita como fonte de todos os problemas o modelo de produção surgido por ocasião da Revolução Industrial, no final do século XVIII, início do século XIX.  
Bergoglio, argentino, representante dos povos mais explorados  pelo capitalismo.

Wojtyla teve o apoio dos países ocidentais e do capital para derrubar o comunismo.
Bergoglio necessitará do apoio das pessoas para criar uma nova civilização.

Para além do comunismo e do capitalismo com a criação de uma nova civilização, parece ser uma das marcas de Francisco, onde o Homem deve ser o centro das atenções.

Francisco escancara a era atual como Era da Ignorância.

" Proteger a casa comum não tem futuro se os homens continuam a ser tratados como mercadoria e o abismo entre norte e sul do mundo não diminui, lemos no "Le Monde" do 23 de Junho." 




Mídias Pestíferas

LULA E A IMPRENSA

A ‘barriga’ intencional da ‘Folha’

Por Luciano Martins Costa em 26/06/2015 
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 26/6/2015

Uma das grandes preocupações de teóricos do jornalismo após a criação da internet era o conflito potencial entre a ambição da notícia exclusiva e a nova realidade da mídia universal. Como conseguir um “furo” jornalístico se qualquer um que tiver acesso à rede mundial de computadores pode dar uma notícia em primeira mão?
Esse fantasma se materializou com o predomínio das redes sociais e o avanço dos telefones celulares.

O “furo” jornalístico é um troféu valioso demais para ser colocado em risco por um desmentido imediato na rede global de comunicação. Por outro lado, uma informação incorreta pode afetar a credibilidade de um veículo de comunicação, ainda com mais gravidade se ela se espalhar o suficiente para influenciar um grande número de pessoas antes de ser revelada como fraude.

Por isso, as redações dos melhores jornais do mundo investiram em três recursos para minimizar o risco das “barrigadas” – os “furos” falsos.

O primeiro recurso é contar sempre, entre os editores, com profissionais experientes, capazes de contextualizar qualquer notícia e questionar sua verossimilhança. Entre meados dos anos 1980 e o final dos 90, por exemplo, O Estado de S. Paulo tinha uma equipe de editores executivos que praticavam nas reuniões da primeira página o que se chamou de “dessacralização da notícia” – ou seja, cada editor especialista era desafiado a fundamentar a pauta que oferecia como destaque, em linguagem que pudesse ser entendida por um leigo.

O segundo recurso, e igualmente eficaz, é contar com um planejamento da pauta e processos de seleção de prioridades que mantenham a equipe em alerta para pontos obscuros em informações primárias.

O terceiro, e mais importante, é a própria alma do jornalismo: a dúvida. Ela se resume na pergunta desconfiada: “E se…?”

Evidentemente, ninguém vai esperar, por exemplo, os atestados de óbito, para afirmar que os passageiros de um avião que explodiu estão todos mortos, mas ainda assim a praxe é esperar por uma informação oficial para fazer essa afirmação.

E se, contra todas as probabilidades, for encontrado um sobrevivente?


Sem querer, querendo



Nenhum desses cuidados primários foi tomado pela redação da Folha de S.Paulo, na quinta-feira (25/6), ao noticiar, em sua edição digital, que o ex-presidente Lula da Silva havia ingressado com pedido de habeas corpus preventivo, na Justiça do Paraná, para não ser preso como acusado na Operação Lava-Jato.

A notícia original foi publicada às 11h25. Cinco minutos depois, uma nota colocada apressadamente dizia: “Erramos – Não foi Lula que pediu habeas corpus preventivo; ação foi de consultor sem ligação com o ex-presidente”.

A pequena nota corretiva foi substituída muito tempo depois, às 15h07, por outro “Erramos”, que informava: “Versão anterior da reportagem ‘Habeas corpus preventivo pede que Lula não seja preso na Lava Jato’ informou incorretamente que o pedido de habeas corpus havia sido feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva” (ver aqui).

O título, o texto e a chamada na home page do portal foram corrigidos, mas a versão original já corria pelas redes sociais, impulsionada por uma equipe a serviço do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Mesmo com os sucessivos atentados ao bom jornalismo que fazem a rotina da imprensa brasileira, difícil acreditar que a redação da Folha de S. Paulo tenha cometido um mero erro técnico, uma “barrigada”.

Foi mais do que incompetência: foi resultado de um empenho do jornal em criminalizar o ex-presidente da República, no rastro de um processo que começa a incomodar alguns dos mais renomados juristas do país, por uma sucessão de decisões tidas como arbitrárias.

O viés condenatório da Folha pode ser percebido na versão atualizada às 15h32 de quinta-feira, na qual se lê que “segundo o Instituto Lula, qualquer cidadão pode impetrar o habeas corpus”. O correto e honesto seria dizer, simplesmente, que “o pedido de habeas corpus pode ser feito em nome de terceiros por qualquer cidadão”, como saiu na edição de papel na sexta-feira (26/6) – porque essa é a norma legal, não a “opinião” do Instituto Lula.

As trapalhadas que se seguiram apenas aumentaram a repercussão da notícia – e para muitos cidadãos fica a impressão de que Lula da Silva está na iminência de ser colocado na cadeia – o que não é verdade, porque ele nem sequer é investigado.

Os outros jornais alimentam essa versão ao publicar textos ambíguos – por exemplo, o Estado de S. Paulo diz que Lula “nega que seja o autor do pedido” – frase que não se justifica depois que o impetrante do habeas corpus admitiu ter agido por conta própria.

O episódio dá razão aos impertinentes que chamam aquele jornal de “Falha de S. Paulo”.


Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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PT peita o Moro

E vai às ruas contra o Golpe

Conversa Afiada reproduz do PT:



Fonte: CONVERSA AFIADA
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Enquanto o mundo gira, a Lusitânia roda e a imprensa produz mais uma de suas armações patéticas.


Impressiona, a quantidade de mentiras, armações, besteiras, asneiras, imundices, indecências e manipulações produzidas pela velha mídia brasileira.

Em um abandono total, amplo e irrestrito de todas as práticas jornalísticas, democráticas e civilizadas, a velha mídia é o retrato em 3x4, corpo inteiro, frente e verso do fascismo, da negação do estado de direito, do reacionarismo, ou seja, de tudo aquilo que se possa entender e definir como civilizado.

Em sintonia com o grito da ignorância reacionária que ecoa no congresso nacional, nas oposições ao governo federal e em parcela da sociedade, a velha mídia se consolida como um brucutu tecnológico, o que não deixa de guardar uma perfeita correlação com os tempos atuais, onde o velho agoniza em gritos e o novo briga para nascer.


Nesse interregno de tempo onde o novo ainda não veio e o velho não mais serve, coisas exóticas e grotescas proliferam, tanto nas artes, na política, na cultura, e obviamente, no jornalismo.

O fim de uma era, como o que estamos presenciando com a agonia da era atual conhecida como Era da Ignorância, é um momento de tensões, conflitos, guerras, mas também, por outro lado, momento de esperança e iluminação para todos aqueles sintonizados com a nova cultura emergente.

A má fé do jornalismo brasileiro já é uma marca, indelével, incontestável, certificada pelo povo brasileiro através de um selo de conformidade criminosa e demente nas seguintes mídias:

Globo, Folha de SP, Estado de São Paulo, Veja, Época , SBT, Rede TV, Bandeirantes, Isto É e outras coisas mais deploráveis e nojentas que inundam de forma imunda o que um dia se convencionou chamar de jornalismo.