segunda-feira, 18 de maio de 2015

Midiotas são nota dez em A

Dilma é nota zero em “A” !

Edinho, BV da Globo só engorda a Globo !


De entrevista com Jim O’Neill, que criou o acrônimo BRICs, no Globo:


Os brasileiros não sabem se promover no palco internacional com confiança ou autoridade. E isso é um problema. Costumo trabalhar com um conceito que é Q (qualidade da ideia) X A (aceitação) = E (eficiência). Mas se A é zero, E também é zero. E, com frequência, o Brasil tem problemas com o A. Os americanos são sempre bons no A. O Brasil tem que trabalhar no A. O governo está meio que se escondendo. Numa era de tecnologias de mídia que funcionam 24 horas, sete dias por semana, você tem que ter uma mensagem simples, clara e crível.


Fonte: CONVERSA AFIADA
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Jim O'Neill foi preciso e exato em sua observação.

Todo o problema do Brasil se resume ao A.

De fato, boas idéias e boas iniciativas não faltam no Brasil, entretanto aceitá-las significa reconhecer a competência para criá-las e aí reside o X do problema, como diria Noel.

O brasileiro, vira-lata por excelência, não tolera o sucesso de seus conterrâneos e , consequentemente, não aceita ( A ) suas idéias, sua arte, sua ciência.

Por outro lado, A  tem sido aceito de outras formas, como por exemplo o ato de bater panelas contra o governo federal , predominantemente na cidade de São Paulo que passa por uma escassez de água. 

A eficiência não foi das melhores, já que Q não se mostrou uma boa idéia ( daí ter sido aceita), porém A teve grande aceitação.

Água que deveria estar também estocada em .... panelas, ou escassez que deveria motivar Q para bater ( A ) panelas.

Com isso, a equação de O'Neill aplicada no cenário das elites e parcelas da classe média brasileira, revela que além de vira--latas, essa parcela é de hienas, já que E sempre se apresenta como insignificante ou de pouco conteúdo, ou até mesmo como rejeito, refugo, ou algo similar.

Tomando como base a equação  acima, E = Q x A, chegamos a uma conclusão muito interessante:
Nossos números tímidos de E, devem-se a baixa auto estima de uma grande parcela da população que contribui para A ser sempre zero, ou próximo de zero, fazendo com que Q não seja aproveitado, ou seja somente valorizado quando utilizado por outros povos.

Será que Jim O' Neill leu Nelson Rodrigues ?

O futebol anêmico do Fluminense

Publicado em 17 de maio de 2015 às 19h21

Drubscky foca em sequência de jogos em casa por recuperação do Fluminense

 
O resultado obtido na tarde deste domingo, 17, no confronto diante do Atlético-MG não foi o ideal e, até por isso, o técnico Ricardo Drubscky adotou um discurso bastante realista para analisar o jogo. O treinador lembrou que o Tricolor terá uma sequência em que nas próximas quatro rodadas do Campeonato Brasileiro, três serão com mando de campo do Flu e a outra, o clássico contra o Flamengo. A começar pelo jogo diante do Corinthians no próximo fim de semana, no Maracanã.
- Tivemos alguns lampejos da metade para frente no primeiro tempo, infelizmente não aconteceu. No segundo tempo, tivemos alguns momentos bons. A equipe não foi bem, a gente tem que reconhecer. Acredito que a gente vai se armar de uma maneira bem melhor, teremos jogos bem melhores para frente – analisou o comandante tricolor, para em seguida lembrar que a equipe fez uma boa partida diante do Joinville atuando no Maracanã, local do jogo contra o Corinthians na próxima rodada.
- Não posso prever coisas futuras, acredito que o elenco tem coisas boas para dar, fizemos bom jogo contra o Joinville, um jogo ruim contra o Atlético. Precisamos deixar a coisa andar mais. Não pode servir de parâmetro esse jogo, jogamos muito mal, não fomos competitivos como deveríamos.

Drubscky afirma que semana sem jogos será importante para ajustes pontuais na equipe
Sem jogos durante a semana, o Tricolor terá a semana cheia de treinos para trabalhar somente visando ao confronto do próximo domingo, diante do Corinthians, às 16h, no Maracanã. A formação com três meias e apenas um atacante rendeu bons resultados nas atividades realizadas nas Laranjeiras, mas o treinador analisa que ainda carece de alguns ajustes e esse tempo será fundamental.
- A equipe fez bons treinos, apresentou bons sinais com a formação. Não foi um dia para o Fluminense. Temos que rever alguns pontos, analisar, esfriar a cabeça. Pensando para cima, para frente, e recompor de maneira firme o próximo compromisso – encerrou Drubscky.
Após o jogo contra o Atlético-MG, a delegação tricolor seguiu diretamente para o aeroporto. Nesta segunda-feira, 18, o elenco recebeu folga. A reapresentação está marcada para a tarde desta terça-feira, 19, nas Laranjeiras.

Fonte: FLUMINENSE
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O atual treinador do Fluminense tem demonstrado ser uma pessoa equilibrada, e sempre faz uma leitura correta dos jogos.
 
No entanto o tricolor jogou tão mal ontem que até o treinador foi afetado e , pelo que disse acima, viu outro jogo.

Em nenhum momento da partida contra o Atlético-MG o time teve lampejos, como disse o treinador, ou mesmo chegou a equilibrar o jogo por alguns tímidos minutos.

Acreditar que pelo fato de jogar em casa as coisas irão melhora é uma ilusão, e  não se aplica em se tratando de campeonato brasileiro. 

Um time competitivo e motivado , independente da qualidade técnica dos seus jogadores, tem a obrigação de partir para o jogo,em casa ou na casa do adversário, algo que não se viu no time de Fluminense no jogo de ontem.

Um time apático,um bando sem saber o que fazer em campo, com uma pegada de competição totalmente incompatível para um jogo de campeonato brasileiro.

Esse comportamento do time tricolor não é novo e, como já foi dito aqui neste blog , é algo que se repete ao longo dos últimos três anos, independente do campeonato em questão ou do treinador a frente da equipe.

De fato, jogadores e funcionários do clube com salários atrasados não tem a motivação plena para o trabalho, isso acontece em qualquer profissão e com jogadores de futebol não é diferente.

O torcedor, por outro lado, quer ver seu time jogando com vontade em todos os jogos, independente se é um time de astros , de jogadores medianos com ou sem salários em dia.

Ao ver um time desinteressado como aconteceu ontem, o torcedor ,mesmo sabendo que a diretoria do clube é a principal responsável, cobra dos jogadores mais empenho.

Consolida-se, desta forma, um quadro totalmente desfavorável, para os torcedores, para os jogadores e  a comissão técnica e para a diretoria.

O torcedor deixa de acredita no time e não vai aos estádios, como isso a arrecadação dos jogos diminui e o clube continua com salários de jogadores e funcionários atrasados. Todos perdem com o atraso de salários.

Será que a diretoria atual não enxerga isso ?

Se o clube não pode pagar jogadores com altos salários, que trate de afastar e negociar esses jogadores e não fazer como deseja a diretoria, ou seja, negociar grandes promessas da base para sanar as finanças.

É bem melhor um time de jogadores medianos, comprometidos e com salários em dia, do que um time de astros que não recebe os salários, e com isso não justificam em campo suas condições de astros.  Com os salários  em dia o torcedor e a diretoria podem cobrar , até com veemência, comprometimento e entrega do elenco, algo que na situação atual fica difícil.

Em se mantendo essa gestão bizarra, o Fluminense é um sério candidato ao rebaixamento para série B.

O campeonato está no início  e é necessário que a diretoria tenha competência e coragem   para mudar esse quadro.

sábado, 16 de maio de 2015

Pau na velha mídia

Uma semana do cão para os "coxinhas"! 

sábado, 16 de maio de 2015

A semana não poderia terminar pior para coxinhas e paneleiros.

O comandante do exército brasileiro mandou os golpistas pararem de falar merda. O general Villas Boas afirmou que Dilma é a comandante em chefe e não existe nenhum fundamento para golpe militar.

Depois depois de tudo isso, a maldita Petrobrás ainda divulga um balanço onde ela registra R$ 5,33 bilhões de lucro líquido?

Como assim?

Como uma empresa “destruída” registra, em apenas 3 meses, um lucro superior a qualquer outra companhia brasileira?

Detalhe importantíssimo do balanço: o lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 21,518 bilhões de reais de janeiro a março de 2015, crescimento de 50 por cento sobre um ano antes.

Crescimento de 50% !!!

Adeus, Moro.

Adeus, paneleiros.

Adeus, coxinhas.

O golpe acaba de ser enterrado nas profundezas do pré-sal.
  
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


Fonte: Blog do Miro
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A Era dos Imbecis

16 de maio de 2015 | 11:42 Autor: Fernando Brito
lupus
Comecei a escrever este post na terça-feira, mas achei que era exagerado ficar contando experiências pessoais, mais do que tenho revelado aqui meus problemas de saúde.
Mas agora, depois da agressão estúpida e vaidosa de uma própria ignorância feita por um executivo palerma – certamente titular de um bom plano de saúde, devidamente abatido do IR, isto é, do Estado –  contra o ex-ministro Alexandre Padilha num restaurante paulista, por causa do “Mais Médicos” que resolvi contar
duas histórias. A minha e a de meu velho professor Nílson Lage, que a publicou no seu Facebook, fonte permanente de pautas e inspiração deste blog.
Segunda, fui fazer exames no Instituto de Cardiologia de Laranjeiras, vários deles, a começar por uma coleta de sangue, para a qual cheguei às 7:30 h.
Peguei a senha de número 76 e sentei-me do lado de duas senhoras, ambas muito longe da condição de miseráveis, uma delas com o número 61 (o da outra não pude observar). E tome de ouvir que aquilo era uma esculhambação, que a fila era imensa, etc, etc.
Clientela cerca de 50% de classe média, como eu.
Bom, meu sangue foi colhido às 9h, uma espera que foi menor do que aquelas que, muitas vezes, tive em laboratórios privados. Depois, esperei mais meia hora por um eletro e coisa de uma hora ou pouco mais para dois “doppler”, coronárias, aorta  e carótidas”.
Às 13:30 estava fora do do hospital, depois de em todas as salas de espera e de ouvir impropérios mil contra o “nove dedos”. Assim mesmo, vindo de gente que não era miserável nem estava sendo exposta a sofrimentos.
Como ouvi no final de semana que passei, quase todo, na Unidade de Emergência Mário Monteiro, em Piratininga, tomando insulina, subcutânea e no soro.
Ontem à tarde, de volta a Niterói, fui ao modestíssimo Posto de Saúde do Tibau,na ligação entre a Lagoa de Piratininga, por onde se chega por uma ponte que nem suporta caminhões, marcar uma consulta para encaminhamento a um endocrinologista. Uma ida, como se depreende, sem marcação nem “peixada”, embora eu tenha visto por ali um simpático e simples restaurante de peixe, pois o Tibau pouco mais é que uma vila de pescadores. E a consulta foi marcada para segunda-feira, às sete da manhã.
Claro que há milhares de situações dramáticas e indignas no atendimento da saúde pública. Muito, muito mesmo, é precário e insuficiente, mas não há como comparar com o dantesco que não faz muito vivemos.
Mas todos nós, de alguma forma, as aceitamos como panorama universal da saúde pública, com a cabeça feita pelo mundo-cão com que estes casos não amplificados pela mídia, com a prazerosa cumplicidade daquela parte da corporação médica que bem se representa no high-society.
Já em outro lugar “bem”, Florianópolis, Nilson Lage, de 80 anos, narra:

“Ontem passei mal, com uma gripe braba que ganhou contornos mais sérios tanto pela idade quanto pelo DPOC – trocando em miúdos, o antigo e superado (no nome) enfisema; essa doença o rapaz aqui adquiriu com o vício do cigarro, que era hábito elegante, promovido pelas estrelas de cinema, objeto ritual de profissões tensas como jornalismo ou medicina, derivativo ou calmante oferecido até, em caixinhas de dois, aos passageiros de avião para superar a tensão das “zonas de instabilidade”..
Quado a febre bateu nos 38 e meio e a respiração ficou insuportavelmente ofegante, às nove da noite de um sábado espremido entre feriados, fui à Unidade de Pronto Atendimento do bairro. Na UPA, colheram sangue para o hemograma completo, marcaram o raios-X para o dia seguinte, deram-me oxigênio, hidrocortisona na veia, antibiótico (indicado excepcionalmente em portadores de DPOC para prevenir a provável pneumonia bacteriana oportunista) e me puseram em repouso, ligado aos equipamentos e monitorado por três horas, até que a médica – uma jovem doutora muito gentil – me liberou com as recomendações de praxe e indicação para retorno. Tudo conforme o protocolo.
Pelas outras macas passaram um rapaz acidentado que foi porteiro no condomínio em que moro e uma dona de casa com hérnias de disco que esperava cirurgia e estava em crise dolorosa;
Deitado, melhorando, tive tempo bastante para lembrar como era há pouco mais de dez anos quando acontecia algo assim: a distância, a espera, os ambulatórios de hospitais públicos mais entupidos de gente do que as rodoviárias; e a medicina-negócio que prosperava no marketing do desespero oferecendo serviço vagabundo (nunca vi cumprirem integralmente um protocolo desses. a não ser em clínicas muito caras, e testemunhei outras tantas vezes o atendimento de casos graves por auxiliares de enfermagem e estudantes de medicina em início de curso, principalmente nos fins de semana) – tudo pago, no sufoco, Deus sabe como, por quem podia.

Fico pensando: como se pode odiar, assim, de graça, alguém que fez esta e outras coisas boas; ou ter saudade do governo infame e cínico de Fernando Henrique Cardoso, que fazia praça da liquidação dos serviços públicos, da invasão por vendilhões dos templos onde os homens buscam seus direitos e adquirem fé na humanidade? Em nome de que ambição, que ideologia, que princípios que não a lei do mais forte, a crença apaixonada na guerra de todos contra todos (bellum omnia omnes) descrita no Leviatã, sem sequer o poder inibidor das maldades humanas previsto por Hobbes?

O poder inibidor das maldades humanas de Hobbes era (ou é) o Estado e seus aparelhos, ideológicos e repressivos, como a mídia e a Justiça.
Que, no Brasil, tornaram-se estimuladores diários do bellum omnia omnes, que gerou a famosa frase que afirma ser o homem o lobo do homem.
Sem um contraponto como, porque a intelectualidade entregou-se às minudências do politicamente correto, da filosofia do “direito do consumidor” e do relativismo (paradoxalmente) “absoluto” e de um Governo que não polemiza, não reage, não proclama princípios e regras, chegamos a este ponto.
Espalha-se, pela sociedade, a ideia de que é com brutalidade que se resolve a vida: desde a prisão sem fundamento e razoabilidade, a redução da maioridade penal como remédio e o portar armas como sinônimo de “paz”.
Parece que ingressamos na  Era dos Imbecis

Fonte: TIJOLAÇO
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Os mentores e  profetas do apocalipse brasileiro, presentes na oposição e na velha mídia , mais uma vez,  como em tantas outras vezes, erraram feio, muito feio, patético, ridículo, vergonhoso, horroroso.

Assanhados com o palavrório recente nas redes sociais sobre golpes militares, impeachment da presidenta, falência da Petrobras e outras  bobagens não menos idiotas, os destroçados cognitivos da oposição assistem incrédulos, pois acreditam em tudo que é veiculado na velha mídia, o bom desempenho da Petrobras e um alerta emitido pelo comandante do exército brasileiro de que iniciativas de golpe militar não serão toleradas.

Neste momento, por outro lado, o governo Brasileiro emite sinais de que se recupera e retoma o rumo, algo percebido dias atrás pela oposição, que, em assim reconhecendo, partiu para a campanha pelas eleições de 2018, mirando em Lula e em um possível desgaste no governo da cidade de São Paulo, foco principal das atenções de 2016, tendo em vista a possível reeleição do excelente prefeito petista na cidade Meca da idiotice oposicionista tucana-coxinha.

Não satisfeitos com os fatos que atestam tal realidade, coxinhas atônitos partiram para a violência ao agredirem verbalmente, em local público,  o ex-ministro da saúde  do governo do PT, em uma referência ao programa Mais Médicos, cada vez mais reconhecidamente  como mais um programa bem sucedido dos governos do PT.

O desespero demonstrado nas fileiras oposicionistas, é fruto das besteiras e imbecilidades proferidas por meses na velha mídia, local antro de aprendizes de feiticeiros e profetas delirantes, que , diariamente, através daquilo que é noticiado, apresentam seus desejos  como se tais manifestações fossem a realidade da vida o país. 

A consequência  desse noticiário se faz presente  e escancaradamente visível no comportamento de uma parcela da população  que, certamente por condições congênitas, mergulha em uma dissonância profunda ante a realidade, gerando, desta forma, todo tipo de violência que contribui para produzir perigosos danos no tecido social.

Enlouquecidos cidadãos produzem as mais bizarras manifestações contrárias ao governo e ao partido dos trabalhadores, alvos da ensandecida campanha produzida por uma alucinada mídia anacrônica e senil. 

A demência de muitos colunistas e jornalistas da velha mídia , aliada a um surto de negação constante da realidade brasileira, tem sido um fator de grande preocupação das autoridades de saúde mental do país, tendo em vista os desdobramentos desastrosos que tem causado na vida de muitas pessoas, principalmente na cidade de São Paulo, devido a suscetibilidade natural do cidadão  paulistano em relação ao conservadorismo, ao retrocesso e ao surto psicótico.

Diante dos fatos, recomenda-se cuidados especiais por conta de mais uma derrota das oposições, algo que sempre gera um extravasamento exacerbado de emoções destrutivas em coxinhas e similares.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Curta PAPIRO - 15.05.2015

 

    Curtas

 

1 -   Vai Ter Muito Paneleiro Voando Pra Cuba

Cuba, quer dizer, a senzala do Mais Médicos, segundo a Miami brasileira, desenvolveu uma vacina contra câncer de pulmão. EUA querem testar.  
Fonte: CARTA MAIOR

 2 -  Sem Medo de Panelas Golpistas 

Boas práticas: pelo menos uma ou duas vezes por semana, Cristina Kirchner fala aos argentinos em cadeia nacional. Está com 50% de aprovação.

Fonte: CARTA MAIOR


3 -  Cristina Aplica Panelada na Mídia

Aos que a criticam pelo uso regular da cadeia nacional, Cristina Kirchner responde:'Também não gosto da cadeia nacional deles; inocula ódio'
Fonte: CARTA MAIOR


 4 -  Tucanos Formando Bandidos

Em SP, governo tucano prioriza penitenciárias a universidades

No comando do governo paulista desde 1995, tucanos construíram 53 penitenciárias e nenhuma universidade.
Fonte: AGÊNCIA PT 
 
 
 5 -  O Mundo das Aparências
 

Por seca, população da Califórnia pinta grama de seus jardins de verde
Fonte: BOL

  
6 - O Mundo dos Celulares

 Médico jordaniano esquece celular no abdome de paciente após cesariana 
Fonte: BOL 






Governos do PT no caminho certo

Foi todo mundo pra Cuba. 


Só falta o Brasil

E a Casa Grande ainda critica o porto de Mariel …
  • C
Conversa Afiada publica provocante artigo de Inocêncio Uchôa

VAI  PRA CUBA

Esse chavão vem sendo insistentemente propagado aqui por pessoas que buscam derrubar o governo Dilma, ainda que através de golpe militar, buscando convencer-se de que o Brasil adota o sistema do governo cubano, para onde deveriam seguir os adeptos dos ideais professados por lá.

Ocorre que em dezembro passado – e para surpresa dos arrivistas tupiniquins – o Presidente Obama, sob os auspícios do Papa Francisco, resolveu reatar relações diplomáticas e comerciais com o país de Fidel e Raul Castro, já declarando interesse em investir em voos regulares, navegação de passageiros e cabotagem, além de turismo, indústrias e outras áreas.

Foi a senha para o Japão enviar a Cuba delegação chefiada pelo Ministro das Relações Exteriores Fumio Kishida, buscando investir em indústrias automotivas, finanças, turismo, tecnologias de processo e fármacos, enquanto a China incrementará seus atuais investimentos com turismo de negócios, obras infraestruturais, estradas, ferrovias e componentes de alta sofisticação.

A Inglaterra também vai aproveitar a maré de oportunidades, tendo enviado à Cuba qualificada delegação de investidores chefiada pelo Lord Hutton of Fourness, já anunciando a aplicação imediata de U$ 400 milhões em agricultura, energia, turismo e outros projetos.

E para completar o périplo recém-iniciado com a distensão de Obama, o próprio presidente francês Francois Hollande levou grande delegação de empresários à Cuba, declarando a Fidel e Raul sua intenção de investir em hotelaria, aeronáutica, supermercados, bebidas, e telecomunicações, sem medo de ser feliz. 

Primeiro presidente europeu a visitar Cuba desde 1986, Hollande disse na Universidade de Havana, que “estar em Cuba é estar num país que na América Latina representa dignidade e independência”. Ressaltou o forte nível cultural do povo cubano, enquanto seus acompanhantes empresários destacavam “ser importante chegar primeiro” quando se trata de garantir espaços privilegiados para investimentos seguros.

Enquanto isso, o Brasil, parceiro de primeira hora do povo cubano – ajudou a construir o estratégico porto de Mariel por empresas brasileiras, equipamentos fabricados no Brasil e mão de obra nacional – vai ficando afastado do nascente mercado consumidor caribenho, pela insanidade de uma oposição política que não hesita em dificultar o desenvolvimento das relações comerciais Brasil-Cuba, mesmo sabendo que age contra os interesses do próprio país.


Está todo o mundo indo prá Cuba, porque não o Brasil?
Inocêncio Uchôa
Juiz do Trabalho Aposentado e Advogado

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Premiê da China vem ao Brasil para discutir 

ferrovia, diz embaixador

Foto: Wikipédia/Li Keqiang
Quando vier ao Brasil, na próxima segunda-feira (15), o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, discutirá com a presidente Dilma Rousseff a possibilidade de realizar um estudo de viabilidade para a construção da Ferrovia Transcontinental, que ligaria as costas leste e oeste da América do Sul, passando por Brasil, com saída para o oceano Atlântico, e o Peru, com o saída para o oceano Pacífico.
A informação é do embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, e foi publicada hoje em entrevista que o diplomata deu à agência estatal de notícias de seu país, a Xinhua. O projeto da ferrovia prevê 4,4 mil quilômetros de extensão em solo brasileiro, entre o Porto do Açu, no litoral do Estado do Rio de Janeiro e o município de Boqueirão da Esperança, no Acre.
Além disso, segundo o embaixador, a expectativa é de que, nessa visita, os dois líderes assinem acordos políticos, econômicos, comerciais, financeiros, agrícolas e culturais. “E eu acredito que, no futuro, possamos reforçar os laços em áreas como infraestrutura, logística, energia, mineração e indústria, com base em benefícios mútuos e interesses compartilhados”, acrescentou.
O diplomata disse ainda que a vinda do primeiro-ministro tem como objetivo dar uma resposta a um desafio que os dois países têm em comum: desenvolver suas economias em meio a dificuldades no cenário internacional. Essa resposta, disse Li, representa um novo estágio das relações entre as duas nações.
Para ele, o Brasil é uma economia emergente “muito importante e com grande potencial, com um vasto território de riqueza de recursos”. No entanto, acrescentou o embaixador, “o Brasil encara o desafio de reajustar sua estratégia de desenvolvimento econômico, depois de atingir o fim do ciclo de prosperidade por meio das commodities”.
Enquanto o Brasil corre o risco de entrar em recessão em 2015, a China enfrenta desaceleração. Em 2014, a economia chinesa cresceu 7,4% em relação a 2013, seu ritmo mais lento em 24 anos. No primeiro trimestre de 2015, teve expansão anual de 7,0%, a menor para o período em seis anos. No Brasil, o crescimento foi de 0,1% em 2014 e, para 2015, a previsão mais recente do banco central é de queda de 1,18%.
Em 2009, a China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil, tanto em importações quanto em exportações. Os chineses também lideram os investimentos estrangeiros diretos. A última visita do primeiro-ministro chinês foi em julho do ano passado, quando veio para participar do encontro dos Brics em Fortaleza, que resultou na criação de um banco de desenvolvimento do grupo. À época, também assinou acordos bilaterais com o Brasil no valor de US$ 35 bilhões. “Dessa vez, o montante também deve ser substancial”, disse o embaixador.

Fonte: MANCHETE ONLINE
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Mais uma vez os governos de Lula e Dilma, do PT, acertaram e demonstraram visão estratégica se antecipando aos acontecimentos.

O porto de Mariel foi , e ainda é , motivo de histerismo e delírio por parte dos partidos de oposição e também pela velha mídia, que, insistentemente ao logo de anos, acusavam os governos do PT de falta de visão e de parceria inadequada.

Essa campanha alucinatória desenvolvida pela velha mídia teve eco em uma parcela da classe média não menos alucinatória, que demonstra pelas redes sociais e também por protestos nas ruas, o nível de desinformação a que estão acometidas as pessoas no Brasil e pelo mundo.

O Brasil foi a Cuba no momento certo e seria tão bom se a partir de agora, Cuba viesse ao Brasil na forma de educação e saúde gratuitas de alta qualidade para todo o povo brasileiro, além, claro, de uma overdose de cultura e de auto estima.

Quanto a China, a proposta de construção de uma ferrovia em territórios brasileiro e peruano ligando o Atlântico ao Pacífico, está em sintonia com os novos investimentos na América Central e no Caribe, mais especificamente a construção do canal interoceânico na Nicarágua.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

O tempo está contado

Por  13/05/2015

Um pilar do neoliberalismo está balançando


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Por Roberto Savio, da IPS – 

Roma, Itália, abril/2014 – O informe Perspectivas da economia mundial, publicado em abril pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), confirma que as consequências do colapso do sistema financeiro, que começou em 2008, continuam sendo graves. Este quadro se acentua pelo envelhecimento da população, não só na Europa, mas também na Ásia, a desaceleração da produtividade e o fraco investimento privado.

O crescimento médio anterior à crise financeira surgida em 2008 foi de aproximadamente 2,4%. Caiu para 1,3% entre 2008 e 2014, e agora se estima que ficará estabilizado em 1,6% até 2020, no que os economistas chamam de “a nova normalidade”. Em outras palavras, a “normalidade” agora é o alto desemprego, um crescimento anêmico e, obviamente, um clima político difícil.

Para os países emergentes o panorama não é muito melhor. A previsão é de que o crescimento potencial continue diminuindo, de uma média aproximada de 6,5% entre 2008 e 2014 para estimados 5,2% durante o período 2015-2020.

O caso da China é o melhor exemplo. Espera-se que o crescimento caia de uma média de 8,3% nos últimos 10 anos para cerca de 6,8%. A contração da China diminuiu drasticamente os preços das matérias-primas e em consequência prejudicou os países exportadores.

A crise é especialmente forte na América Latina. No Brasil, a queda das exportações contribuiu para piorar a grave crise do país e o aumento da já elevada impopularidade de sua presidente, Dilma Rousseff, devido à má gestão econômica e ao escândalo das revelações sobre a estendida corrupção na Petrobras, a semipública empresa petroleira.

Isso, certamente, abre uma reflexão fundamental. Desde Marx a Keynes, as teorias sobre a redistribuição da renda foram basicamente construídas no contexto de economias estáveis ou em expansão.

Os partidos progressistas foram capazes de obter seus êxitos durante ciclos de crescimento, mas não elaboraram em paralelo a teoria para aplicar em épocas de crise. Em tais situações costumam imitar as receitas da direita, em um giro que borra a própria identidade progressista e faz com que percam adesões no eleitorado.

A situação na Europa, analisada sob esta ótica, é um ensinamento. Todos os partidos xenófobos de extrema direita cresceram desde 2008, quando começou a crise recessiva, inclusive nos países nórdicos, considerados modelos de democracia.

No mesmo período, os partidos progressistas perderam peso e credibilidade. E agora que o FMI vê alguma melhora na economia europeia os partidos progressistas tradicionais não colhem os benefícios.

O FMI qualifica o atual momento econômico como “uma nova mediocridade”, que é uma definição mais franca do que “nova normalidade”. Prevê que nos próximos cinco anos enfrentaremos graves problemas nas políticas pública, com sustentabilidade fiscal e desemprego.

É um fato que os dados macroeconômicos são cada dia menos representativos e costumam ser utilizados para ocultar as realidades sociais. O melhor exemplo é a Grã-Bretanha, campeã do liberalismo, que a cada ano reduz o gasto público.

O governo britânico afirma que no último ano foram criados 600 mil novos postos de trabalho. Porém, a grande maioria dos novos trabalhos é de tempo parcial ou mal remunerado, e o emprego público está em seu nível mais baixo desde 1999. Um claro indicador é o número de pessoas que frequentam os restaurantes que oferecem refeições gratuitas aos indigentes. Na sexta economia do mundo, estes passaram de 20 mil antes da crise, há sete anos, para mais de um milhão no ano passado.

E algo semelhante acontece no resto da Europa, embora em menor medida nos países nórdicos.

Segundo o Escritório de Responsabilidade Orçamentária Britânico, a austeridade bloqueou o crescimento econômico em 1% entre 2011 e 2012. Mas, segundo Simon Wren-Lewis, da Universidade de Oxford, o número é, na realidade, 5%, equivalente a US$ 149 bilhões.

Em outras palavras, a austeridade fiscal reduz o crescimento, e isto cria um grande déficit que obriga a mais austeridade fiscal. É uma armadilha descrita em detalhe pelos economistas keynesianos, como os Nobel de Economia Joseph Stiglitz e Paul Krugman.

Todos devem seguir a “ordem liberal” da Alemanha, que acredita que sua realidade deve ser a norma e os desvios devem ser castigados.

A novidade é que em sua análise sobre A distribuição da renda e seu papel na explicação da desigualdade o FMI, guardião fiscal que impôs em todo o Sul em desenvolvimento o consenso de Washington, basicamente uma fórmula de austeridade somada ao livre mercado a todo custo, com resultados trágicos, parece agora ter despertado.

O FMI faz uma objeção a um princípio fundamental da doutrina liberal. Afirma que a maior formação dos trabalhadores, os sindicatos representativos, e um gasto maior do Estado ajudam a reduzir a desigualdade nos países.

Enquanto a participação dos salários na renda nacional dos países do Grupo dos Sete, os mais industrializados, diminuiu em 12% nos últimos 30 anos, a desigualdade cresceu 25% nas mesmas três décadas. Isto não significa em absoluto que o FMI esteja se convertendo em uma organização progressista, mas mostra que um pilar importante do pensamento neoliberal está balançando.

Naturalmente os banqueiros, verdadeiros responsáveis pela crise mundial, conseguiram impunidade. Foram subtraídos mais de US$ 3 trilhões dos cidadãos de meio mundo para manter os bancos de pé. Os mais de US$ 140 bilhões em multas que os bancos pagaram desde o começo da crise dão a medida quantitativa de suas atividades ilegais e criminosas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que a crise financeira criou pelo menos 200 milhões de novos pobres, centenas de milhares de postos de trabalho precários e vários milhões de desempregados, especialmente jovens. Entretanto, ninguém foi responsabilizado. As prisões estão cheias de pessoas presas por roubos menores, que causaram um impacto social imensamente menor.

Por outro lado, em 2014, James Gorman, chefe do banco Morgan Stanley, recebeu US$ 22,5 milhões. O chefe do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, US$ 24 milhões; James Dimon, chefe do J. P. Morgan, US$ 20 milhões. O mais explorado de todos, Brian Moynihan, do Bank of America, recebeu míseros US$ 13 milhões. Ninguém detém o auge dos banqueiros.

*Roberto Savio é fundador da agência IPS e editor de Other News.


Postado em: Artigos 2015EconomiaIPS 2015
Fonte: ENVOLVERDE 
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“A economia é uma mentira, a globalização
é violenta”: uma entrevista com o teórico do
decrescimento

Postado em 14 mai 2015
Serge Latouche
Serge Latouche

Publicado no Unisinos.

O teórico do decrescimento feliz intervém no Bergamo Festival, na Itália: “O comércio livre é como uma raposa livre no galinheiro livre”. E também critica a Expo Milão: “É a vitória das multinacionais, certamente não dos produtores. É preciso dar um passo para trás. Estamos obcecados pelo acúmulo e pelos números”.
Serge Latouche, francês, nascido em 1940, é o economista-filósofo teórico do decrescimento feliz, da abundância frugal, “que serve para construir uma sociedade solidária”.
Uma ideia que amadureceu anos atrás, em Laos, “onde não existe uma economia capitalista, sob a insígnia no crescimento, mas as pessoas vivem serenas”.
E mais: o decrescimento feliz é um dos caminhos que levam à paz. E Latouchefalará sobre isso no dia 12 de maio no Bergamo Festival (8 a 24 de maio), dedicado ao tema “Fazer a paz”, também através da economia.
O economista francês, em particular, se concentrará sobre a crítica às dinâmicas do capitalismo forçado que alarga a distância entre aqueles que conseguem manter o poder econômico e aqueles que dele são excluídos. É por isso que, segundo Latouche, o decrescimento seria garantia e compensação de uma qualidade da vida humana que pode ser estendida a todos.
Também por isso “considerar o PIB não tem muito sentido: ele só é funcional para a lógica capitalista. A obsessão da medida faz parte da economicização. O nosso objetivo deve ser viver bem, não melhor”.

Sempre pensamos que a paz passava pelo crescimento e que as recessões não faziam mais nada exceto exacerbar os conflitos. O senhor, no entanto, inverte o axioma.

Tudo faz parte do debate. Por anos, pensamos justamente que o crescimento permitisse resolver mais ou menos todos os conflitos sociais, também graças a salários cada vez mais elevados. E, de fato, vivemos 30 anos de ouro, entre o fim da Segunda Guerra Mundial e o início dos anos 1970. Um período caracterizado pelo crescimento econômico e por transformações sociais de uma intensidade sem precedentes. Depois, começou a fase sucessiva, a da acumulação contínua, até mesmo sem crescimento. Uma verdadeira guerra, todos contra todos.

Uma guerra?

Sim, um conflito que vê contrapostos uns contra os outros para acumular, o máximo possível, o mais rapidamente possível. É uma guerra contra a natureza, porque não percebemos que, dessa forma, destruímos o planeta mais rapidamente. Estamos travando uma guerra contra os homens. Até mesmo uma criança entenderia aquilo que os políticos e economistas fingem não ver: um crescimento infinito é, por definição, absurdo em um planeta finito, mas não entenderemos enquanto não o tivermos destruído. Para fazer a paz, devemos nos abandonar à abundância frugal, contentarmo-nos. Devemos aprender a reconstruir as relações sociais.

Uma mudança radical de curso. Saber se contentar, ser feliz com o que se tem certamente não está no DNA de uma sociedade marcada pela concorrência.

É evidente que um certo nível de concorrência traz benefícios para os consumidores, mas deve trazê-lo para consumidores que também sejam cidadãos. A concorrência não deve destruir o tecido social. O nível de competitividade deveria ser semelhante ao das cidades italianas do Renascimento, quando os desafios tinham a ver com as melhorias da vida. Agora, ao contrário, somos escravos do marketing e da publicidade, que têm o objetivo de criar necessidades que não temos, tornando-nos infelizes.
Em vez disso, não entendemos que poderíamos viver serenamente com tudo o que temos. Basta pensar que 40% dos alimentos produzidos vão diretamente para o lixo: vencem sem que ninguém os compre. A globalização extremiza a concorrência, porque, superando os limites, ela zera os limites impostos pelo estado social e tornar-se destrutiva. Saber se contentar é uma forma de riqueza: não se trata de renunciar, mas simplesmente de não dar à moeda mais importância do que ela realmente tem.

Os consumidores, no entanto, podem se beneficiar com a concorrência.

Benefícios efêmeros: em troca de preços mais baixos, eles obtêm salários cada vez mais baixos. Penso no tecido industrial italiano destruído pela concorrência chinesa e, depois, nos próprios agricultores chineses postos em crise pela agricultura ocidental. Estamos assistindo a uma guerra. Não podemos nos iludir que a concorrência seja realmente livre e leal; ela nunca o será: existem leis fiscais e sociais. E, para os pequenos, não há a possibilidade de contrabalançar os poderes. Estamos diante de uma violência descontrolada. O TTIP, o tratado de livre comércio entre Estados Unidos e Europa, seria apenas a última catástrofe: o livre comércio é o protecionismo dos predadores.

Como se faz a paz?

Devemos descolonizar a nossa mente da invenção da economia. Devemos recordar como fomos economicizados. Nós, ocidentais, começamos isso, desde os tempos de Aristóteles, criando uma religião que destrói as felicidades. Devemos ser nós, agora, a inverter o curso. O projeto econômico capitalista nasceu na Idade Média, mas a sua força explodiu com a revolução industrial e a capacidade de fazer dinheiro com o dinheiro. Porém, o próprio Aristóteles entendera que, assim, se destruiria a sociedade. Foram necessários séculos para apagar a economia pré-econômica. Serão necessários séculos para voltar atrás.

Hoje, o senhor prefere se definir como filósofo, mas nasceu como economista.

Sim, porque perdi a fé na economia. Entendi que se trata de uma mentira, entendi isso em Laos, onde as pessoas vivem felizes sem terem uma verdadeira economia, porque ela só serve para destruir o equilíbrio. É uma religião ocidental que nos torna infelizes.

Porém, são muitos os economistas nas cúpulas da política.

De fato, eles têm uma visão muito curta da realidade. Mario Monti [primeiro-ministro italiano de 2011 a 2013], por exemplo, não me agradou. Enrico Letta[primeiro-ministro italiano de 2013 a 2014], ao contrário, sim: ele tem uma forma mais aberta, está pronto para a troca. Eu me afastei da política politicante, até porque o projeto do decrescimento não é político, mas social. Para ter sucesso, é preciso, acima de tudo, de um movimento de baixo, como o neozapatista em Chiapas, que depois também se espalhou para o Equador e a Bolívia. Mas também há exemplos na Europa: Syriza na Grécia e Podemos na Espanha se aproximam desse caminho. Em suma, vejo muitos passos à frente.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Project Syndicate': A secreta tomada do poder pelas corporações

Economista americano alerta que multinacionais tentam impor como se deve viver no século XXI

Project Syndicate  publicou nesta quarta-feira um artigo do economista americano Joseph Stiglitz sobre a força das grandes multinacionais, que segundo ele têm um poder de influência cada vez maior neste século XXI. “Os Estados Unidos e o mundo estão envolvidos num grande debate sobre novos acordos comerciais. Estes pactos costumavam ser apelidados de ‘acordos de livre-comércio’; na verdade, eram acordos comerciais geridos, adaptados aos interesses corporativos, principalmente nos EUA e na União Europeia. Hoje, estes acordos são mais frequentemente chamados de “parcerias”, como na Parceria Trans-Pacífica (PTP). Mas estas não são parcerias entre iguais: os EUA impõem efetivamente as condições. Felizmente, os ‘parceiros’ da América estão se tornando cada vez mais resistentes”, escreve o economista. 
“Não é difícil ver o motivo. Estes acordos vão muito além do comércio, regulando também o investimento e a propriedade intelectual,  impondo alterações fundamentais aos modelos jurídicos, judiciários e regulamentares, sem contribuições ou responsabilização por parte de instituições democráticas”, diz o artigo de Stiglitz, que foi ganhador do prêmio Nobel de Economia em 2001.
Ele prossegue sua análise: “A parte talvez mais injusta, e mais desonesta, de tais acordos diz respeito à proteção dos investidores. Naturalmente, os investidores têm de ser protegidos contra a apropriação das suas propriedades por governos desonestos. Mas não é para isso que são tomadas estas provisões. Houve pouquíssimas expropriações nas décadas recentes, e os investidores que queiram proteger-se podem comprar seguros da Agência Multilateral de Garantia do Investimento, uma filial do Banco Mundial, e os Estados Unidos e outros governos fornecem garantias similares. Não obstante, os EUA exigem essas provisões na PTP, mesmo quando muitos dos seus 'parceiros' têm proteções de propriedade e sistemas judiciários tão bons quanto os seus.
O verdadeiro propósito destas provisões é entravar regulamentos de saúde, ambientais, de segurança, e mesmo financeiros, destinados à proteção da economia e dos cidadãos americanos. As empresas poderão processar governos pela reparação plena de qualquer redução nos seus lucros futuros esperados decorrentes de alterações regulamentares.
Esta não é apenas uma possibilidade teórica. A Philip Morris está processando o Uruguai e a Austrália por exigirem rotulagem de advertência nos cigarros. Reconhecidamente, ambos os países foram um pouco mais longe que os EUA, tornando obrigatória a inclusão de imagens chocantes que mostrem as consequências do consumo de cigarros.
A rotulagem está funcionando. Está desencorajando o tabagismo. Por isso agora a Philip Morris exige ser compensada por lucros perdidos.
No futuro, se descobrirmos que qualquer outro produto causa problemas de saúde (pensem no amianto), em vez de enfrentar processos pelos custos impostos sobre nós, o fabricante poderia processar os governos por impedirem-no de matar mais pessoas. A mesma coisa poderia acontecer se os nossos governos impusessem regulamentos mais rigorosos para nos proteger do impacto das emissões de gases que contribuem para o efeito estufa.
Quando presidi ao Conselho de Assessores Econômicos do Presidente Bill Clinton, os anti-ambientalistas tentaram promulgar uma provisão similar, conhecida por “tomada regulamentar”. Sabiam que assim que fossem aprovados, os regulamentos seriam suspensos, simplesmente porque o governo não poderia pagar a compensação. Felizmente, fomos bem-sucedidos no combate à iniciativa, tanto nos tribunais como no Congresso dos EUA.
Mas, agora, os mesmos grupos estão tentando rodear os processos democráticos, inserindo essas provisões em legislação comercial, cujo conteúdo está sendo mantido, em grande parte, em segredo do público (mas não das corporações que estão tentando impô-los). É apenas a partir de fugas, e de conversas com responsáveis governamentais que parecem mais comprometidos com o processo democrático, que sabemos o que está acontecendo.
Um poder judiciário público imparcial, com padrões legais construídos durante décadas, baseado em princípios de transparência, de precedência, e da oportunidade para recorrer de decisões desfavoráveis é fundamental para o sistema de governo americano. Tudo isto está sendo colocado de lado, já que os novos acordos exigem arbitragem privada, não-transparente, e muito cara. Além disso, este acordo é frequentemente repleto de conflitos de interesse; por exemplo, os árbitros podem ser “juízes” num caso e defensores num caso relacionado com o primeiro.
Os procedimentos são tão dispendiosos que o Uruguai teve que recorrer a Michael Bloomberg e a outros americanos abastados e comprometidos com a saúde para se defender da Philip Morris. E, embora as corporações possam instaurar processos, outros não podem fazê-lo. Se existir uma violação de outros compromissos, por exemplo, trabalhistas ou de normas ambientais, os cidadãos, os sindicatos e os grupos da sociedade civil não dispõem de qualquer recurso.
Se alguma vez existiu um mecanismo unilateral de resolução de disputas que viola princípios básicos, este é um deles. Foi por isso que me juntei a destacados peritos jurídicos dos EUA, incluindo de Harvard, Yale, e Berkeley, na escrita de uma carta ao Presidente Barack Obama explicando quão nocivos são estes acordos para o nosso sistema de justiça.
Os americanos que apoiam tais acordos salientam que até agora os EUA foram processados poucas vezes, e que ainda não perderam um único caso. As corporações, contudo, estão começando a aprender a usar estes acordos em seu proveito.
E as dispendiosas sociedades de advogados nos EUA, Europa, e Japão muito provavelmente superarão os mal-remunerados advogados governamentais que tentem defender o interesse público. Pior ainda, as corporações dos países avançados podem criar filiais em países membros através das quais investem novamente nas sedes, e seguidamente processar, dando-lhes um novo canal para bloquear a regulamentação.
Se houvesse uma necessidade de uma melhor proteção da propriedade, e se este mecanismo de resolução de disputas privado e dispendioso fosse superior a um sistema judicial público, deveríamos estar mudando a lei não apenas para prósperas companhias estrangeiras, mas também para os nossos próprios cidadãos e pequenas empresas. Mas não tem havido indícios que este seja o caso”.
“As normas e regulamentos determinam o tipo de economia e de sociedade em que as pessoas vivem. Afetam o poder de negociação relativo, com implicações importantes sobre a desigualdade, um problema crescente em todo o mundo. A questão é se devemos permitir que as abastadas corporações usem provisões ocultas, em alegados acordos comerciais, para impor como viveremos no século XXI. Espero que os cidadãos nos EUA, na Europa, e no Pacífico respondam com um retumbante não”, conclui Stiglitz.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Grandes corporações e o crime organizado - que são a mesma coisa - comandam o mundo.

Em um mundo comandado  pelo crime, diferentes formas de expressões criminosas se manifestam, até  a base da pirâmide social.

Em nome do combate ao crime organizado e a criminalidade nos grandes centro urbanos, as liberdades civis  são suprimidas, fazendo com que o fascismo ganhe corpo e musculatura, e com isso , o crime tem o caminho livre para crescer e se multiplicar.

Com a crise do capitalismo que se iniciou em 2008, a partir de então o crime vem ficando mais forte.

Previsões apontam mais cinco anos de crise profunda no capitalismo mundial, consequentemente mais sofrimento para as pessoas.

Cada vez mais é maior o número de pessoas que adquirem consciência sobre o estado deplorável do mundo atual, apesar do bloqueio diário imposto pela mídia do capital com seu conteúdo imbecilizante a alucinatório.

O capitalismo, que a partir da revolução industrial acenou com a possibilidade de progresso e evolução, atualmente faz exatamente o oposto.

Em um mundo de 7 bilhões de pessoas, 1 bilhão de pessoas consomem o equivalente a 85% de tudo que é consumido, enquanto 6 bilhões dividem 15 %.

Esse quadro não é muito diferente de sociedades antigas, quando reis e nobres desfrutavam de tudo e a imensa maioria das pessoas vivia na escravidão e na miséria. 

Uma proeza fantástica do capitalismo atual em sua volta ao passado bárbaro.

No século XXI, os escravos são os assalariados e os pequenos empresários, de uma maneira geral, que, por conta  da ilusão do consumo e das aparências acreditam que são privilegiados e até mesmo diferentes na escala social.

Os próximos cinco anos, até 2020, serão cruciais para que o capitalismo possa se redefinir, uma vez que a implosão será inevitável.

Se for por auto implosão, o capitalismo adquirirá uma nova aparência, se redefinirá, e talvez se reestruture de forma ainda mais selvagem,claro, expondo uma  aparência civilizada e próspera.

Se a implosão for fruto de grandes manifestações sociais  pelo mundo, tudo pode acontecer com a nova organização social e de produção que emergirá,  ou até mesmo nada.

O tempo está contado.