quarta-feira, 22 de abril de 2015

Transformação vitoriosa

Chomsky: a América Latina viveu uma mudança significativa, de importância histórica



Leia entrevista com um dos intelectuais mais prestigiados do mundo sobre as mudanças na América Latina e as relações dos EUA com a Venezuela e Cuba.

Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net

Ignacio Ramonet: Noam, em 9 de março passado, Barack Obama assinou uma ordem executiva e decretou “estado de emergência” nos Estados Unidos devido à “ameaça inusitada e extraordinária” que representaria a Venezuela para a segurança nacional do seu país. Que pensa desta declaração?

Noam Chomsky: Temos de ser cuidadosos e distinguir duas partes nessa declaração. Por um lado, um facto real: a imposição de sanções a sete funcionários públicos da Venezuela. A outra parte é um aspeto mais técnico, a forma como se formulam as leis nos Estados Unidos. Quando um presidente impõe uma sanção tem de invocar esta declaração ridícula que pretende haver “uma ameaça à segurança nacional e à existência dos EUA” por parte de tal ou qual Estado. É um aspeto técnico do direito dos EUA. É tão ridículo que, de facto, nunca tinha sido sublinhado. Mas desta vez fez-se questão disso, porque surgiu na América Latina. Na declaração habitual quase nunca se menciona todo este contexto, e acho que é a nona vez que Obama invoca uma “ameaça à segurança nacional e à sobrevivência dos EUA”, porque é o único mecanismo ao seu alcance atraves do qual a lei lhe permite impor sanções. Ou seja, o que conta são as sanções. O resto é uma formalidade absurda; é uma retórica obsoleta da qual poderíamos prescindir, mas que, em todo caso, não significa nada.

Ainda que às vezes sim. Por exemplo, em 1985, o presidente Ronald Reagan invocou a mesma lei dizendo: “O Estado da Nicarágua é uma ameaça à segurança nacional e à sobrevivência dos Estados Unidos”… Mas nesse caso era verdade. Porque ocorria num momento em que o Tribunal Internacional de Justiça tinha ordenado aos EUA que pusessem fim aos seus ataques contra a Nicarágua através dos chamados “Contras” contra o governo sandinista. Washington não o levou em conta. Por sua vez, o Conselho de Segurança das Nações Unidas também adotou, nesse momento, uma resolução que pedia, a “todos os Estados”, que respeitassem o direito internacional… Não mencionou ninguém em particular, mas todo o mundo sabia que se estava a referir aos EUA.


O Tribunal Internacional de Justiça tinha pedido aos Estados Unidos que pusessem fim ao terrorismo internacional contra a Nicarágua e que pagassem reparações muito importantes a Manágua. Mas o Congresso dos Estados Unidos o que fez foi aumentar os recursos para as forças [os “Contras”] financiadas por Washington que atacavam a Nicarágua… Isto é, a administração Reagan opôs o seu método à resolução do TIJ e violou o que este lhe estava a pedir. Nesse contexto, Reagan pôs as seus botas de cowboy e declarou que a Nicarágua era uma “ameaça à segurança dos Estados Unidos”. Recordará que, naquele mesmo momento, Reagan pronunciou um célebre discurso dizendo que “os tanques da Nicarágua estão apenas a dois dias de marcha de qualquer cidade do Texas”… Ou seja, declarou que havia uma “ameaça iminente”… Bom, segundo Reagan, aquela “ameaça” era uma realidade… Mas agora não, a de Obama é uma fórmula retórica, uma expressão técnica, digamos. Claro, trata-se de dar à declaração um aspeto dramático adicional para tentar enfraquecer o governo de Venezuela… Algo que Washington faz quase sempre nesses casos.

Conheceu o presidente Hugo Chávez. E Chávez tinha por si uma grande admiração. Fez o elogio de alguns dos seus livros. Que lembranças tem dele e que opinião lhe merece como dirigente, em particular pela sua influência na América Latina?

Tenho que lhe confessar que depois de o presidente Chávez ter mostrado o meu livro [Hegemonia ou Sobrevivência] na Organização das Nações Unidas (ONU), se vendeu muito bem na Amazon.com [risos]. Um amigo meu, um poeta, disse-me que o livro estava entre os últimos do ranking de Amazon e de repente venderam-se milhares. Ele perguntou-me se o presidente Chávez não podia mostrar um livro dele também na ONU… [risos] Bom, tive com Chávez algumas conversas, nada mais, no palácio presidencial.
Estive em Caracas um dia com um amigo e basicamente falámos com Chávez sobre como chegou ao poder, como reagiram os EUA, e muitas outras coisas dessa natureza. Chávez fez um esforço muito importante para introduzir mudanças substanciais na Venezuela e na sua relação com o mundo. Um dos seus primeiros atos foi conseguir que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que possuía quase o monopólio do petróleo, reduzisse a produção para que o preço do barril aumentasse.
Segundo o que me disse, esse foi o momento em que os EUA se voltaram definitivamente contra a Venezuela… Antes toleravam-no… Chávez fez muitas coisas mais: forneceu petróleo a baixo preço a Cuba e a outros países das Caríbas; realizou esforços para melhorar o sistema de segurança social, reduzir a pobreza, lançou as “missões”, que significavam um grande esforço a favor da gente humilde, etc.

Nisto obteve um verdadeiro grau de sucesso, mas enfrentou graves dificuldades, em particular a incompetência, a corrupção, a maneira de combater as greves, etc. O resultado final é um contexto difícil para a Venezuela internamente. E o problema mais grave – que não foi superado –, e que é um problema na América Latina em geral, é que todos estes países dependem de um modelo não sustentável de desenvolvimento económico, baseado na exportação de produtos primários. Um país pode assumir isso – a Argentina e o Brasil sabem-no – se a economia se diversificar de tal maneira que possa desenvolver uma verdadeira indústria complexa. Mas uma indústria baseada unicamente em produtos agrícolas ou mineiros não é um modelo sustentável.
Se vir os países que se desenvolveram, começando pela Inglaterra, EUA e outros, todos, originalmente, começaram por exportar produtos básicos. Por exemplo, os EUA desenvolveram-se porque tinham um quase-monopólio num dos produtos básicos mais importantes do século XIX, que era o algodão produzido em plantações com acampamentos de escravos – acampamentos que teriam impressionado os nazis se estes os tivessem podido ver. E assim os EUA conseguiram aumentar a produtividade do algodão mais rapidamente do que a indústria, e isso sem inovação técnica… além do chicote que usavam para torturar os escravos. Com o uso intensivo da tortura e de outras atividades horripilantes, a produção de algodão aumentou muito rapidamente, e assim os donos dos escravos enriqueceram-se, evidentemente, mas também se desenvolveu o sistema fabril.

Os EUA desenvolveram-se porque tinham um quase-monopólio num dos produtos básicos mais importantes do século XIX, que era o algodão produzido em plantações com acampamentos de escravos – acampamentos que teriam impressionado os nazis se estes os tivessem podido ver
Se pensar, por exemplo, no nordeste dos EUA, que é uma zona industrial onde estão as principais fábricas, naquele tempo estavam ocupadas pelo algodão, produziam panos a partir do algodão. O mesmo acontecia na Inglaterra. Os ingleses importavam o algodão dos EUA e desenvolveram as suas primeiras fábricas. O que também permitiu a expansão do sistema financeiro, que era uma manobra extremamente complexa sobre o empréstimo de fundos e outras operações financeiras. E todo isso a partir do cultivo do algodão. Um sistema comercial, um sistema industrial, um sistema financeiro.

Pois bem, os EUA também, como outros países desenvolvidos, não respeitaram o que hoje é chamado de “economia sã”. Os princípios que hoje se proclamam eram violados, e existiam altos impostos e outros mecanismos protecionistas. E isso continuou assim até o ano de 1945, quando realmente os EUA puderam desenvolver a produção industrial de aço, e de muitas outras coisas mais. É assim que se pode fazer o desenvolvimento. Se um país se autolimita à exportação de produtos primários vai fracassar… E isso é o que ocorre na Venezuela.
A economia continua a depender terrivelmente da exportação de petróleo… Esse modelo é insustentável. E também é insustentável uma economia unicamente baseada na exportação de soja ou de outros produtos agrícolas. De tal forma que temos de passar por um formato diferente de desenvolvimento, como o que fizeram a Inglaterra e os Estados Unidos. E outros países europeus, evidentemente. Por exemplo, a França. Vinte por cento da riqueza da França foi produto da tortura dos haitianos… que continua hoje, lamentavelmente. O mesmo aconteceu com a história do desenvolvimento de outros países coloniais.

A Venezuela não superou este obstáculo. E tem outros problemas internos graves que, evidentemente, os EUA querem exacerbar. Acho que as sanções constituem um esforço para consegui-lo. Na minha opinião, uma boa resposta da Venezuela seria simplesmente deixar passar por alto. Claro, não se podem ignorar as sanções, porque são reais… Mas sim o que mencionou, essa pretensão ridícula de “ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos”. É importante repetir que isto, em si, não significa nada. Como lhe disse, é meramente uma expressão formal. É algo que os meios de comunicação, nos EUA, sequer assinalaram. O importante é a reação que, neste caso, ocorreu na América Latina.

No dia 17 de dezembro passado, o presidente Barack Obama, e também o presidente Raúl Castro, fizeram uma declaração, cada um por seu lado, em que anunciavam a normalização das relações entre Cuba e os Estados Unidos. O presidente Obama, nessa declaração, reconheceu que cinquenta anos de política norte-americana de pressões, com bloqueio económico incluído, não tinham produzido qualquer resultado, e que era preciso mudar de política. Que pensa desta normalização entre Cuba e os EUA? E como vê a evolução das relações entre Havana e Washington, e a influência desta evolução para o conjunto da América Latina?


Pequena correção. Não se trata de “normalização”. É, primeiro, um passo para o que poderia ser uma normalização. Ou seja que o embargo, as restrições, a proibição de viajar livremente de um país a outro, etc., não desapareceram… Mas efetivamente constitui um passo para a normalização, e é muito interessante ver qual é a retórica atual da análise de Obama e da sua apresentação. O que disse é que cinquenta anos de esforços “para levar a democracia, a liberdade e os direitos humanos a Cuba” fracassaram. E que outros países, infelizmente, não apoiam o nosso esforço, de tal maneira que temos de encontrar outras formas de continuar a nossa dedicação à imposição da democracia, liberdade e direitos humanos que dominam as nossas políticas benignas com o mundo.
Palavra mais, palavra menos, é o que disse. Quem leu George Orwell sabe que quando um governo diz alguma coisa, é preciso traduzi-la para uma linguagem mais clara. O que disse Obama significa o seguinte: durante cinquenta anos fizemos um terrorismo de grande escala, uma luta económica sem piedade que deixaram os EUA totalmente isolados; não pudemos derrubar o governo de Cuba nesses cinquenta anos, portanto, tudo bem se encontramos outra solução? Essa é a tradução do discurso; é o que realmente quer dizer ou o que se pode dizer tanto em espanhol quanto em inglês.

E vale a pena recordar que a maioria destas questões são suprimidas nos debates norte-americanos e mesmo europeus. Efetivamente, os EUA fizeram uma campanha grave de terrorismo contra Cuba sob a presidência de John F. Kennedy; o terrorismo era extremo naquele momento. Há um debate, às vezes, sobre as tentativas de assassinato de Fidel Castro, e fizeram-se ataques a instalações petroquímicas, bombardeamentos de hotéis – onde sabiam que havia russos alojados –, mataram gado, etc. Ou seja, foi uma campanha muito grande que durou muitos anos.

E mais, depois de os EUA terminarem o seu terrorismo direto apareceu o terrorismo de apoio, digamos, com base em Miami nos anos 1990. Além da guerra económica, que foi iniciada por Eisenhower, ganhou realmente impulso durante a era Kennedy e intensificou-se depois. O pretexto da guerra económica não era “estabelecer a democracia” nem “a introdução de direitos humanos” era castigar Cuba por ser um apêndice do grande Satã que era a União Soviética. E “tínhamos que proteger-nos”, da mesma maneira que “tínhamos de nos proteger” da Nicarágua e de outros países…

Basta ver os registos norte-americanos do seu apoio às ditaduras violentas, terroristas na América Latina. Não só as apoiaram como as impuseram. Como no caso da Argentina, onde os EUA eram o mais firme apoio da ditadura argentina.

Quando ocorreu o colapso da União Soviética, que aconteceu com o embargo? O bloqueio agravou-se. E mais, Clinton ganhou a partida a George Bush (pai) para ampliar o bloqueio. Clinton fortaleceu-o mais. Algo estranho da parte de um senador liberal de Nova Jersey… E, mais tarde, pior ainda, foi intensificado o esforço para estrangular e destruir a economia cubana. E todo isso não tinha nada a ver, obviamente, nem com a democracia nem com os direitos humanos. Nem sequer é uma piada. Basta ver os registos norte-americanos do seu apoio às ditaduras violentas, terroristas na América Latina. Não só as apoiaram como as impuseram. Como no caso da Argentina, onde os EUA eram o mais firme apoio da ditadura argentina. Quando o governo da Guatemala estava a cometer um verdadeiro genocídio, Reagan quis apoiá-lo. Mas o Congresso tinha-lhe determinado certos limites. Por isso disse: bom, tudo bem se o fazemos na Argentina?
E transformamos os militares argentinos em neonazis para fazer o que queremos. Infelizmente, a Argentina passou a ser uma democracia depois; e foi aí que os Estados Unidos perderam esse apoio que tinham. E então recorreram a Israel para continuar com o treino dos exércitos de terrorismo na Guatemala. Mas já, desde princípios dos anos 1960, houve uma tremenda onda de repressão em toda a América Latina, no Brasil, no Uruguai, no Chile, na Argentina e assim até na América Central. Os Estados Unidos, diretamente, participavam em todos estes comandos. Antes também, e hoje continuam.

Por exemplo, Obama é praticamente o único líder que deu apoio, em 2009, ao golpe de Estado em Honduras, que derrubou o governo constitucional [de Manuel Zelaya] e que instalou uma ditadura militar que os EUA reconheceram. Isto é, podemos deixar de lado a conversa sobre a democracia e os direitos humanos; não têm nada a ver: o esforço era para destruir o governo. E sabemos porquê. Uma das coisas boas dos EUA é que, em muitos sentidos, são uma sociedade livre, e temos muitos registos internos, de deliberações internas que foram publicadas. De maneira que se pode saber exatamente o que ocorreu.

Em 1999, apareceu Hugo Chávez na Venezuela, e uma série de países adotaram programas antineoliberais, vários governos progressistas começaram a aparecer na América Latina; no Brasil, com Lula; depois na Bolívia, com Evo Morais; depois no Equador, com Rafael Correa; depois na Argentina, com Nestor Kirchner; no Uruguai, com Tabaré Vázquez e Pepe Mujica. Isto espalhou-se pela América Latina; e efetivamente, como acaba de dizer, a América Latina tem escapado um pouco às mãos dos EUA. Eu queria perguntar-lhe, primeiro, que opinião tem sobre estes governos progressistas, em geral, da América Latina? E segundo, por que os EUA puderam encontrar-se nesta situação de perda de influência na América Latina?

Bom, são acontecimentos de enorme importância nesta parte do mundo, todo o que descreveu é de relevância realmente histórica. Se pensarmos na América Latina… Durante quinhentos anos, a América Latina, basicamente, viu-se controlada pelos poderes imperialistas ocidentais, sobretudo pelos EUA no século XX, e antes houve outros… Na América Latina, as populações originárias viam-se controladas por uma elite pequena, geralmente branca, quase branca, muito rica, no meio do povo pobre.
Então, estas elites eram como que alheias ao seu próprio país: exportavam capital para a Europa, por exemplo, e enviavam os seus filhos para os Estados Unidos. Não se preocupavam com o seu próprio país. E a interação entre os países de América Latina era muito limitada. Cada elite da cada país tinha um desvio para o ocidente, e ideias imperialistas. Havia certas diferenças, mas esta era em geral a situação típica. E isto vem acontecendo desde há quinhentos anos de uma forma ou de outra.

Os Estados Unidos são a potência que exerce o maior domínio em todo mundo, mas já não têm o poder esmagador de destruir governos e de impor ditaduras militares onde lhe apetece.

Mas, a partir de 1999, começou a mudar esta situação. O que descreve é uma mudança muito significativa; é um momento de importância histórica. E os Estados Unidos são, evidentemente, o país, a potência que exerce o maior domínio em todo mundo, mas já não têm o poder esmagador de destruir governos e de impor ditaduras militares onde lhe apetece. Se pensarmos, por exemplo, nos últimos quinze anos… Houve alguns golpes de Estado: uma tentativa inesperada na Venezuela em 2002; bem, funcionou, digamos, durante dois dias e nada mais. Os EUA apoiaram-na plenamente mas não tiveram o poder de impor um novo governo. Houve outro no Haiti em 2004; aí temos… os torturadores do Haiti, a França e os EUA combinaram o sequestro do presidente Aristide para enviá-lo para o centro da África, e mantê-lo ali, oculto, para que não pudesse participar sequer nas eleições. Bom, isto teve êxito, mas o Haiti é um país muito fraco.
Houve outro caso em Honduras, em 2009 – sim, com Obama – os militares desfizeram-se do governo constitucional… Aí houve uma “desculpa democrática”, e Washington não o quis condenar como um golpe militar… Mas o resultado foi que os EUA viram-se isolados nessa posição de apoio a esse golpe militar triunfante. E agora esse país é um desastre completo. Tem um terrível registo – o pior – em matéria de direitos humanos. E se consideramos a migração para os EUA, que é um grande tema, a maioria dos imigrantes provém das Honduras, porque este país foi destruído pelo golpe que Washington apoiou.

Assim, vemos alguns casos de sucesso, por assim dizer, mas não como no passado, não como antigamente. A América Latina agora deu um passo adiante para conseguir certo grau de independência. É o caminho correto. Bom, a UNASUR, o MERCOSUL, a CELAC [Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribeños]; há diferentes grupos que representam passos para a integração. A CELAC é totalmente inovadora, porque os EUA e o Canadá ficam excluídos, e isto ninguém poderia ter imaginado; era algo inconcebível anos atrás.

Todo isso se vê refletido de vários modos; houve um estudo recente muito interessante do que poderíamos chamar, por exemplo, a “pior tortura do mundo”: prendemos alguém e mandamo-lo para a ditadura militar mais cruel para que lá seja torturado, de maneira impune, e podemos assim obter certa informação. Esta é a pior forma de tortura. Os Estados Unidos vêm-no fazendo desde há anos e anos. Houve um estudo para saber que países cooperam. Claro, os países de Médio Oriente; enviam-nos para lá para levar a cabo esta tortura: já o faziam com Assad na Síria, com Mubarak no Egito, e com Kadhafi na Líbia, não? E os países europeus na sua maioria participaram, Inglaterra, Suécia, França, todos estes países.

No entanto, houve uma região no mundo, na qual não participou nenhum país: a América Latina. E isto é realmente interessantíssimo. Quando a América Latina estava sob o controlo dos Estados Unidos, era um centro global de tortura. Agora, até se negaram a participar neste horrendo jogo, neste tipo de tortura implementado pelos Estados Unidos. Isto é uma mudança muito significativa, um sinal realmente muito importante. Houve certos casos de sucesso, parciais, na América Latina, que liderou a resistência ao projeto neoliberal, podemos chamar assim. Também outros sucessos, apesar de ainda haver muito caminho a percorrer ainda.

Fonte: BRASIL DE FATO
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A clareza de Chomsky é o oposto do que se vê na obscura velha mídia ocidental.

No entanto, os EUA não desistiram em derrubar ou desestabilizar os governos da nova América Latina.

Independente de declarações de "ameaça aos EUA", como no caso agora com a Venezuela, os EUA estão empenhados em derrubar os governos do Brasil, Argentina, Bolívia e Equador, além de outros.

O novo método inclui o chamado golpe jurídico - parlamentar, como ocorreu no Paraguai e retirou Fernando Lugo da presidência, além do financiamento e  operação de  técnicas de desestabilização social através das redes sociais da internete, como ocorreu , simultaneamente no Brasil, Argentina e Venezuela.

Adicione-se a todas essas instabilidades ocasionais,o grande número de presidentes sul americanos que , em um curto espaço de tempo contraíram câncer, sendo o caso de Hugo Chávez o mais devastador.

Não se pode também descartar que no mesmo período, Néstor Kirchner, ex-presidente da Argentina e então secretário geral da UNASUL, faleceu de morte "natural".

A mudança que vem ocorrendo na América Latina desde 1999 , ou seja, nas franjas do aniversário da  segunda década do vitorioso processo latino americano, deve continuar, apesar da velha mídia local e , claro, dos EUA.
Unasul          


















Foto da recém inaugurada Escola de Defesa Sul Americana, da UNASUL


terça-feira, 21 de abril de 2015

Voldemort, Salt III, Zelotes, você não vê na velha mídia. Já a nova Democracia de Merval...

Imprensa abafa operação Voldemort, esquema de corrupção no ninho tucano
 
Ricardo Almeida/ANPR/Fotos Públicas
Primo de Beto Richa e outras seis pessoas são acusadas pelo MP de esquema criminoso para obter contrato emergencial de R$ 1,5 milhão com o governo paranaense
20/04/2015
Por Helena Sthephanowitz ,
Da Rede Brasil Atual
No inicio deste mês, o Ministério Público do Paraná abriu ação penal contra o empresário Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa e ex-assessor parlamentar do tucano. Para a Justiça, Abi é considerado um dos nomes mais influentes no governo Richa, ainda que não ocupe nenhum cargo público. Abi e outras seis pessoas são acusadas pelo MP de montar um esquema criminoso para obter um contrato emergencial de R$ 1,5 milhão com o governo do estado. Eles agora respondem por organização criminosa, falsidade ideológica e fraude em licitação.
As suspeitas sobre a ação de Abi nos bastidores do governo tucano ganharam força depois que parte do depoimento de um ex-funcionário do governo foi revelada. Marcelo Caramori, que tinha um cargo comissionado no Executivo até o início do ano, afirmou em delação premiada que Abi é "o grande caixa financeiro do governador Beto Richa, incumbindo-lhe bancar campanhas políticas e arrecadar dinheiro proveniente dos vários órgãos do estado". O delator está preso desde janeiro em Londrina por exploração sexual de menores.
A atuação do primo de Richa nos bastidores ajudou a batizar a Operação Voldemort, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, que investiga esquema criminoso montado para obter um contrato de R$ 1,5 milhão entre a empresa Providence Auto Center e o Departamento de Transporte Oficial do Estado. O nome faz alusão a Lord Voldemort, o temido personagem da série literária e cinematográfica Harry Potter, que nos livros de J. K. Rowling é conhecido como "aquele que não deve ser nomeado".
Richa, em vez de pedir à Polícia Federal uma ampla investigação da corrupção instalada dentro de seu governo, tentou amenizar o caso publicando em seu facebook um breve relato de uma visita feita ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, dando a entender que foi em busca de conselhos para enfrentar as sucessivas crises que assolam seu governo.
Richa terminou seu primeiro mandato em crise econômica. Desde 2013 tem dificuldades de caixa para pagar fornecedores em dia e não consegue cumprir compromissos assumidos com o funcionalismo. Iniciou seu segundo mandato pior ainda, com greves de profissionais do ensino e da saúde, e com aumento de 50% nos impostos estaduais sobre vários produtos.
FHC não é uma pessoa das mais apropriadas para dar conselhos econômicos. Em seus oito anos de gestão na Presidência da República quebrou o Brasil três vezes, mesmo fazendo o maior aumento da carga tributária da história. Vendeu patrimônio público para abater a dívida, mas a dívida explodiu. Privatizou tendo como um dos argumentos atrair investimentos e eles vieram pífios, resultando em racionamento de energia, má qualidade nos serviços públicos concedidos e tarifas altas de pedágios e telefonia. Também fracassou na geração de empregos; a renda do trabalhador e a proteção social foi arrochada. Enfim, se for seguir aqueles conselhos, pobres paranaenses.
Outro tema que leva o governo paranaense à crise política é a corrupção envolvendo familiares e rondando seu gabinete. Outra relação de proximidade é a sociedade de Fernanda Richa, mulher do governador, e Eloiza Fernandes Pinheiro Abi Antoun, mulher de Abi, entre 1999 e 2002. As duas foram sócias da União Metropolitana de Ensino Paranaense Ltda.
Apesar de o Judiciário nem sempre individualizar condutas criminosas quando acusa petistas, o princípio deve valer para todos e Beto Richa não pode responder criminalmente pela conduta de terceiros sem provas. Porém, o Paraná precisa que as investigações sejam feitas e precisa que o governo seja depurado, doa a quem doer, como acontece no governo federal.
E neste ponto, FHC também não é um bom conselheiro. Em seu governo reinava a impunidade do engavetamento. A corrupção cresceu assustadoramente ao não ser combatida como deveria, favorecendo a sobrevivência eleitoral de políticos corruptos. E ainda contava com a complacência da imprensa tradicional simpática ao tucanato.
Deixou uma herança maldita que, a duras penas, vem sendo combatida diuturnamente. Se Richa fosse agir republicanamente, faria tudo ao contrário do que o ex-presidente aconselhasse. O problema é que os dois tucanos se parecem muito no jeito de agir e de governar. Para desespero dos cidadãos paranaenses.

Fonte: BRASIL DE FATO
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PF desmantela outro esquema gigante de sonegação!


sonega
Sonegômetro de BH. Fonte: Quanto Custa Brasil


A PF está se aprofundando em investigações contra os grandes sonegadores.
Deve ter empresa de mídia e paneleiro com as pernas tremendo de medo…
Lembrando que a sonegação fiscal é sete vezes maior que a corrupção.
Mais informações sobre a sonegação no Brasil podem ser obtidas neste site.
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Do site da PF.
PF desarticula grupo criminoso que provocou fraudes de R$ 500 milhões
17/04/2015
Natal/RN – A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (17/4) a “Operação Salt III”, visando prender integrantes de uma organização criminosa que desde a década de 90 especializou-se em praticar delitos de sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, em Mossoró, região oeste do Rio Grande do Norte. Estima-se que o grupo já provocou prejuízos de R$ 500 milhões aos cofres públicos.
Participaram da operação cerca de 50 policiais federais, que deram cumprimento a 10 mandados de prisão.
Segundo as investigações, o grupo se utilizava do artifício de criar paper companies (empresas que só existem no papel) e fazia uso de laranjas para garantir o livre ingresso de receitas nos caixas de mais de 30 empresas envolvidas no esquema e que atuavam no ramo de plásticos, tecidos, combustíveis, resina, construção civil e na extração de sal.
O grupo criminoso também é suspeito de promover o branqueamento de capitais, ou seja, encobrir a origem dos bens e rendimentos (vantagens) obtidos ilicitamente, mediante complexo esquema de blindagem patrimonial contra as ações fiscalizadoras da Receita Federal.
Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Norte

Fonte: O CAFEZINHO
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Voldemort, Salt III e Zelotes, não aparecem no noticiário "isento" da velha mídia, que prefere a Lava jato, talvez em função de algum acordo firmado com o juiz Sérgio Moro para investigações e vazamentos seletivos.

A seletividade da velha mídia no noticiário  , com o objetivo de criminalizar apenas o PT e o governo federal, está tão escancarada que já vem merecendo críticas e matérias em toda a imprensa. Veja a matéria de hoje do JORNAL DO BRASIL:

 Lava Jato: só o PT é punido? E os outros?
Jornal do Brasil
 
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, os procuradores que estão à frente da Operação Lava Jato deverão impor uma multa de R$ 200 milhões ao PT, valor equivalente ao citado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, em suas delações premiadas.
O objetivo seria criminalizar o partido, classificando todas as suas doações, levantadas pelo ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso há uma semana, pelo chamado "caixa 1", como fruto de "propina". Sem recursos mínimos, o partido não teria meios para sobreviver, nem para disputar futuras eleições.
O Jornal do Brasil, comprometido com a verdade e com a ampla e irrestrita amplitude da investigação, questiona: onde está o mesmo rigor com os demais partidos e políticos envolvidos na Lava Jato? Onde estão as medidas com relação ao PP? Como anda a investigação com relação ao envolvimento de ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra? O fato de ele já ter falecido minimiza seu suposto envolvimento? Ninguém responde pelos supostos crimes? A forma exageradamente direcionada com que as medidas estão sendo tomadas deixa transparecer um viés de perseguição. Enquanto supostos corruptos são perseguidos, outros são privilegiados.

A perseguição ao governo é notória, no entanto , na velha mídia, tais ações são classificadas como parte do jogo político que fazem parte de um regime democrático. Veja o que escreveu Merval, ontem, no Globo:

“A luta política que o PSDB desenvolve no momento, buscando criar condições para destituir a presidente Dilma ou, se não for possível, desgastá-la ao máximo, faz parte da democracia e dizer que é golpismo não passa de uma tentativa de constranger o adversário”.

Ou seja, para o democrata Merval, criar condições e fatos para destituir um presidente legitimamente eleito faz parte da democracia. Assim sendo ,segundo a lógica de Merval, o golpe civil militar de 1964, que criou condições e fatos e terminou destituindo um presidente também foi dentro das regras do jogo democrático.

Faça-me o favor, agora golpe contra a democracia , na lógica dos golpistas, é um ato democrático que vem sendo criticado apenas para constranger os golpistas.

Uma inversão total de conceitos, ao melhor estilo de discurso tucano - midiático, assegurando somente para um lado as liberdades de expressão e de opinião, e ainda, redefinindo com conceitos fascistas a própria democracia. Uma pérola.

Não satisfeito com suas novas definições e teses, o democrata -fascista  Merval saiu com mais uma, agora sobre o novo ministro do supremo tribunal federal.

Veja o que escreveu o jornalista do globo na  postagem abaixo do TIJOLAÇO:

Ayres, o herói de Merval no STF, foi candidato pelo PT. E como é que Fachin “não pode”, Merval?


20 de abril de 2015 | 20:53 Autor: Fernando Brito
mervalayres
Observei aqui, outro dia, que a correção da escolha de Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal era comprovada pelo fato de que só os colunistas mais histéricos da direita tentaram criar escândalo pelo fato de, em 2010, o jurista ter declarado voto em Dilma Rousseff, como tinha, aliás, todo o direito de fazer.
Registrei que, até o momento em que escrevia, Merval Pereira não tinha se pronunciado sobre a indicação, do alto de sua condição de “ministro sem toga” do Supremo.
Mas ele o fez, e às costumeiras patadas:

“Ministro do STF não pode ter “um lado” político. O juiz Fachin é um militante do PT e não deveria ter sido indicado. Ele aparece em um vídeo na campanha de 2010 da presidente Dilma como porta-voz  do manifesto de juristas “que têm lado”. Indo para o Supremo, vai ter de abrir mão desse lado. Fachin precisa esclarecer publicamente qual é a diferença dele hoje e daquele porta-voz dos juízes que tem um lado.”

Hoje, outro colunista de O Globo, lançou a luva a Merval, com elegância.
Ilimar Franco publica uma nota lembrando de Carlos Ayres Britto não apenas foi filiado ao PT, mas candidato por este partido a deputado federal, em 1990.
Ayres Brito, como se sabe, é colocado por Merval Pereira no rol dos grandes ministros da história do Supremo, certamente por duas grandes “obras”: a montagem do processo do “mensalão” e o aniquilamento prático do direito de resposta à mídia, num “julgamento” a quatro mãos com o deputado Miro Teixeira.
Se Brito não apenas era filiado (o que Fachin jamais foi) como foi candidato petista, como poderia ter ido para o Supremo e lá ter se tornado o Rui Barbosa de Merval?
A não ser que Merval julgue impedidos aqueles que tiveram um lado, quando cidadãos comuns podiam e deviam ter  e não se passaram para outro, sob a cobertura da toga, quando deviam ser imparciais.
Nada é tão desmascarador da hipocrisia quantos os fatos, reais e concretos.
É provável que Merval, depois desta, se recolha aos seus bigodes.
Porque se ousar apelar para a grosseria com que tratou Fachin, vai ter de ouvir: “Mas e o Ayres Brito, que não só era petista como foi candidato pelo partido, não serviu para ser Ministro do Supremo?
É de perder o rebolado, não é, Merval?

A quarta derrota seguida para o PT, certamente alterou, em muito, o humor das oposições, a ponto de Merval não saber mais o que diz.



 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Globo em rota de colisão com o Brasil

Vídeo: Torcida do Santos comemora vitória cantando: “chupa, Rede Globo…
”Por Renato Rovai abril 19, 2015 21:17



No domingo passado, a Rede Globo preferiu não transmitir o jogo do Santos nas quarta
de final do Paulista para poder animar a manifestação pelo impeachment de Dilma.

A torcida do Santos foi a forra hoje. Quando o time abriu 2 a 0 contra o São Paulo, na Vila
Belmiro, ao invés de cantar hinos contra a torcida do São Paulo, os santistas sapecaram
um “chupa, Rede Globo”.

A Vila Belmiro em pé entoou o canto, como se pode ver neste vídeo do Giovane Silva,
de uma transmissão da Sport TV.

Se o governo federal começasse a democratização da mídia pelas transmissões esportivas,

colocando a TV Brasil que não anda servindo pra muita coisa pra disputar o futebol, muitas
torcidas e torcedores apoiariam.

Está mais do que na hora de mexer neste vespeiro. Porque o futebol brasileiro é um
dos maiores patrimônios culturais deste país. E o povo não quer que ele seja
dominado pela Globo.

Hoje tenho duplo orgulho de ser santista. Ver meu time ir pra sétima final de Paulista
seguida é ótimo, mas ver minha torcida gritar contra a Globo na comemoração da
vitória não tem preço.

Fonte: BLOG DO ROVAI
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Santos ataca Globo

por janca em 20.abr.2015 às 8:14h
Dirigentes da equipe praiana protestaram ontem mesmo contra a emissora e querem uma reunião até sexta a fim de formalizar a queixa.
Para o Santos a Globo irá transformar o futebol brasileiro no espanhol, onde dois clubes prevalecem sobre os demais, Barcelona e Real Madrid, já que ela tem preferência por jogos de Corinthians e Flamengo, o que é compreensível, já que são os dois que dão mais audiência.
O Santos quer mais espaço na grade não só para ele mas para outras agremiações, caso do próprio Palmeiras, o outro finalista, e também considerado patinho feio pela TV.
A diretoria santista lembra que houve final da Copa São Paulo de Futebol Júnior que teve o time como finalista e não apareceu na Globo porque o Corinthians não chegou à decisão.
Lembra ainda que, na semana passada, Santos x XV de Piracicaba, que seria o jogo da Globo no domingo, não foi exibido em TV aberta pois a emissora não se interessou. Se fosse o Corinthians… Dificilmente isso teria ocorrido.
O Santos reclama mais. Diz que ontem a partida do Timão foi às 16hs por interesse da TV. O jogo do Santos contra o São Paulo, que não interessava à emissora, ficou para as 18hs30 e só passou em TV fechada, no caso no SporTV.
Nos próximos dias, além da reclamação com a cúpula de esporte da emissora, o Santos quer conversar com dirigentes de Palmeiras, São Paulo, Botafogo, Vasco e Fluminense para iniciar um movimento contra o privilégio de Corinthians e Flamengo. Times que têm, vale lembrar, as duas maiores torcidas do país. Mas precisam de adversários fortes, não?

Fonte: LANCE
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A Rede Globo quer acabar com o futebol, com as escolas de samba , com a Petrobras, com o ensino público, com a saúde pública e, principalmente, com ela mesma.

No tocante a auto destruição, globo está em estágio avançado, angariando mais e mais antipatias em todos os segmentos e camadas  da sociedade e da vida brasileira.

Que as transmissões de futebol no Brasil sejam democratizadas, é o que todos desejam.

A quermesse tucana

Coincidências obscenas: 
a Lei 9.504 que eliminou todos os limites das contribuições empresariais às campanhas políticas foi aprovada em 1997, no governo FHC; na mesma época se fez a compra da emenda para a reeleição do tucano.

Vamos investigar, Moro? 
Nas eleições de 2014 as 16 empreiteiras investigadas pela Lava Jato fizeram doações de R$ 56 milhões ao PT e de R$ 54 milhões ao PSDB. 
'O dinheiro deles foi de quermesse?', pergunta Lula.

Fonte: CARTA MAIOR
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Mensalão blogueiro tucano

Mídia esconde mercenário de Alckmin

domingo, 19 de abril de 2015
Por Altamiro Borges

Numa surpreendente matéria publicada neste sábado (18), a Folha revelou que uma das figuras mais escrotas da internet brasileira – o advogado Fernando Gouveia, mais conhecido pelo ridículo apelido de "Gravataí Merengue" – recebe um mesada de R$ 70 mil do governo tucano de São Paulo. A grana do cofre público é usada para alimentar blogs e ações nas redes sociais que têm como único objetivo caluniar a presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o PT e as forças de esquerda. Até agora, o governador Geraldo Alckmin, com o seu estilo de picolé de chuchu, são explicou o "mensalão" pago ao mercenário. Já o restante da mídia, em especial as emissoras de televisão e rádio, evitou repercutir a gravíssima denúncia, que inclusive merecia a abertura imediata de um processo criminal.

Segundo a reportagem, o jagunço midiático é proprietário da Appendix Consultoria, empresa criada em janeiro de 2013, e que passou a receber em junho do mesmo ano pagamentos da Subsecretaria de Comunicação do governo Alckmin, órgão vinculado à Casa Civil do Estado. Ainda de acordo com a Folha, a Appendix foi subcontratada pela Propeg, uma das três agências de publicidade que cuidam da propaganda do governo estadual, e recebeu R$ 70 mil por mês de outubro de 2014 a março deste ano – ou seja, o caluniador profissional já garfou R$ 420 mil dos cofres públicos.

Os fieis seguidores do "blogueiro" Fernando Gouveia – típicos "midiotas" que acreditam em tudo – devem estar revoltados com a Folha e preocupados com o futuro do seu ídolo. Se fosse um país sério, o sujeito poderia até ser preso pelas centenas de calúnias que já postou na internet. Se fosse um país sério, o governador tucano Geraldo Alckmin e seu secretário da Comunicação seriam chamados para prestar esclarecimentos. Se fosse um país sério, a mídia iria mais a fundo nas investigações deste e de outros mercenários que são financiados pelo governo tucano. Se fosse um país sério, o ministro da Justiça, o "republicano" José Eduardo Cardozo, acionaria imediamente a Polícia Federal para apurar a escandalosa usina de mentiras e calunias existente no Brasil. A tendência, porém, é que o caso caia rapidamente no esquecimento. A própria Folha tucana vai arquivar a denúncia, como sempre faz!


Diante da revelação do "mensalão" pago ao cibertucano, o próprio Fernando Gouveia divulgou uma nota em que procura se defender. Ela é ridícula, patética. A melhor resposta à defesa do mercenário foi dada por Paulo Nogueira, no imperdível blog Diário do Centro do Mundo – que reproduzo abaixo:
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O editor do Implicante deve achar que somos todos imbecis

Por Paulo Nogueira

Fernando Gouveia, ou Gravataí Merengue, deve achar que somos todos imbecis.

Com argumentos falaciosos e patéticos, ele tenta justificar o injustificável: o mensalão que seu site, o Implicante, recebe do governo Alckmin, por intermédio da agência Propeg.

Revelada essa mamata monstruosa, ele conseguiu dizer que o caso se enquadra numa tentativa de tentar coibir as vozes antipetistas na internet. Quer dizer: se fingiu de vítima.

Ora, Merengue: a questão aí é impedir canalhices como as que vocês publicam (ou publicavam) rotineiramente.

Num mundo menos imperfeito, Merengue estaria já na cadeia, tais e tantas calúnias espalhou contra o PT, Lula e Dilma.

Mas o mundo é como ele é, e então temos que suportar as explicações ridículas de Merengue.

A farsa começa já na apresentação do site.

“Não somos jornal, não usamos concessão pública, nada disso.”

Sim. Usam 70 mil reais, ao mês, do dinheiro do contribuinte.

Alckmin sabia desse conteúdo? Eis uma pergunta que deve ser respondida em algum momento.

Porque o Implicante é um golpe baixo, sujo, desleal.

Desinforma, manipula, calunia, mente o tempo todo.

Ainda na apresentação, o editor diz que você não vai gostar do conteúdo caso seja “do governo, alguém por ele contratado ou apenas um militante”.

O asco provocado pelo Implicante vai muito além disso. Ele provoca repulsa em qualquer pessoa com um mínimo de apreço à verdade e à decência.

O site esteve fora do ar algumas horas hoje, e isso fez circular o rumor de que fora desativado.

Gravataí, numa nota no próprio site, desmentiu.

Vai ser divertido observar os próximos movimentos do Implicante, se os houver.

Sites dessa natureza vivem da escuridão, das sombras – e não resistem a raios de sol que exponham suas entranhas.

“Vai começar a brincadeira”: esta a derradeira linha do texto em que o editor introduziu o Implicante ao público.

Agora, é tempo de acrescentar o seguinte: acabou a brincadeira.

Fonte: Blog do Miro
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E nós, "blogueiros sujos ",somos acusados quase que diariamente de receber dinheiro do governo para manter nossas atividades, quando na realidade , todos nós lutamos, com poucos recursos, para seguir produzindo conteúdos relevantes e fidedignos para um número cada vez maior de leitores.

Mais uma vez, objetivas e inquestionáveis evidências demonstram que as acusações que recebemos são, na realidade, as práticas diárias daqueles que nos acusam.

O financiamento de um blogueiro pelo governo do estado de São Paulo, única e exclusivamente para atacar e produzir calúnias e injúrias contra o PT e o governo federal, seria um caso de polícia, no entanto a velha mídia se cala, e o assunto desaparece.

Preto e Branco



E a final do campeonato de futebol do Rio de Janeiro será entre Botafogo e Vasco.

Um campeonato marcado por polêmicas, onde Fluminense e Flamengo, desde o início da competição, se posicionaram contrários as decisões , por vezes absurdas, tomadas pela FERJ - Federação de Futebol do Rio de Janeiro.

Já os finalistas, ao contrário, sempre estiveram ao lado da FERJ, tal qual os fisiologistas do Centrão que orbitam todos os governos em busca de vantagens. 

Entende-se, já que Fluminense e Flamengo, juntos, somam 64 títulos estaduais, enquanto Botafogo e Vasco, juntos, somam um pouco mais da metade da dupla Fla-Flu.

O Fluminense foi o clube mais prejudicado em toda a competição, tanto no quesito arbitragem como nas decisões do Tribunal de Justiça Desportiva do RJ, o TJD. 
O Flamengo veio em segundo lugar.

Do outro lado, Botafogo e Vasco tiveram "sorte" com as arbitragens sendo que  ambos foram favorecidos em alguns jogos, inclusive nas últimas partidas das semifinais, quando "erros" das arbitragens mudaram as histórias dos dois jogos e favoreceram os finalistas. Isso é fato.

As arbitragens comentem erros, no Brasil como em todo o mundo. Fazer o quê ?

Nos aspectos técnico e tático, qualquer um dos quatro grandes mereceria o título da competição, já que não existem grandes diferenças no futebol jogado por essas  equipes.

Botafogo se preparando para disputar a série B do campeonato brasileiro e o Vasco voltando para a série A do campeonato brasileiro, tem, naturalmente, motivações e pressões adicionais, sendo que o Vasco não conquista um campeonato estadual desde o ano de 2003, ou seja, mais de uma década na fila.

Dentro de campo, o Rio terá uma decisão em preto e branco em um campeonato marcado por situações e decisões  obscuras e opacas.

Que pelo menos na final, que vença o melhor e não o mais esperto ou o mais necessitado.

sábado, 18 de abril de 2015

Curta PAPIRO - 18.04.2015

   

    Curtas

 

1 - O Jornalismo Seletivo

   A rádio que troca notícia: #PodemosTirarSeAcharMelhor

publicado em 17 de abril de 2015 às 17:12
Captura de Tela 2015-04-17 às 16.35.58
Enviado por Igor Fellip.              
Fonte: VIOMUNDO



2 - Ensaio não-destrutivo 
        
                  Miss Bumbum 2015

    Representante de Minas prova que bumbum é '100% natural'
    Fonte: BOL



    3 - Midiotas em Transe

      Hora da maioridade cívica

      Por Alberto Dines em 18/04/2015 na edição 846 
      Reproduzido da Gazeta do Povo (Curitiba, PR) e do Correio Popular (Campinas, SP), 18/4/2015; intertítulo do OI.

      Adoidadas, irracionais, diferentes forças políticas empenham-se em enfraquecer o governo sem perceber que ao mesmo tempo ferem e debilitam o Estado...
      ( ...) 

      Esta é a hora da maioridade cívica, cidadã. Hora de cessar o jogo político habitual, rasteiro, e iniciar a partida decisiva – aquela que não pode ter vencidos nem vencedores. 

      Fonte; OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA


      4 - Mineirices golpistas
        
      Vamos conversar? (mas não conta pra ninguém!)













      Fonte: FUTEPOCA

      5 - Tucanos fora dos trilhos

      Lambança no metrô de SP durante o governo Serra tem onze primeiros nomes denunciados pelo Ministério Público
      Fonte: CARTA MAIOR
        
      6 - Futebol culto

      Pesquisa LANCE! Ibope: 

      Flu tem a torcida mais escolarizada do Brasil


      Fonte: LANCE