É impressionante como se perdeu completamente qualquer limite na tentativa apear a presidenta Dilma do governo. Neste domingo, os que pedem impeachment vão às ruas de novo em diversas partes do país. A mobilização pelas redes está muito menor do que nas vésperas de 15 de março e tudo indica que ao menos os atos de São Paulo e do Rio de Janeiro serão bem menores. Mas para que eles não sejam um vexame, principalmente em São Paulo, um vergonhoso esquema foi preparado para impulsioná-lo.
A Federação Paulista de Futebol, segundo consta, a partir de uma recomendação da Polícia Militar do governo do estado tucano e com a anuência da TV Globo, definiu que não era o caso de ter jogo de futebol na cidade de São Paulo no domingo às 16h. E exatamente num momento em que o Paulistão entra na fase decisiva.
Corinthians e São Paulo jogarão no sábado. Palmeiras às 11h do domingo. E o Santos, às 16h, em Santos. Que para quem não é do estado fica a 70 km da capital.
Até há pouco eu imaginava que o jogo do glorioso alvinegro praiano seria televisionado para todo o estado. Mas assistindo ao Linha de Passe da ESPN Brasil acabo de descobrir que não. A TV Globo teria aberto mão da transmissão do jogo das 16h. E o torcedor santista ficará chupando dedo e ouvindo o jogo pelo rádio se não tiver comprado o pacote do campeonato paulista.
Ou seja, a Globo abriu mão de transmitir um jogo na etapa final do Paulista para focar toda a sua cobertura na manifestação de São Paulo e tentar levar mais gente à Paulista.
Ao mesmo tempo, a PM já avisou que vai fechar as duas mãos da avenida, mesmo sem saber se isso será necessário.
O espetáculo está montado.
A Globo vai convocar a manifestação, a PM vai organizar tudo para que as pessoas acabem indo ao ato como se fossem à praia e o governo de São Paulo provavelmente vai mandar liberar as catracas do metrô, como fez em 15 de março numa atitude inédita.
É tudo tão bizarro que não dá pra acreditar que nenhuma liderança política do governo federal denuncie a canalhice.
Vão esperar pra falar depois. E dessa forma ajudarão a promover um novo panelaço que será comemorado como um gol pela mídia tucana.
Agora é preciso reconhecer uma coisa, não deve ser fácil fazer oposição no Brasil. Porque o governo sozinho se derrota.
PS: Numa democracia séria e com um governo minimamente corajoso a Globo seria ao menos advertida por usar uma concessão pública para promover uma manifestação de caráter político partidário e com o objetivo de derrubar um presidente eleito.
Fonte: Blog do Rovai
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No dia 6 de abril, segunda -feira passada, Fernando Brito, do TIJOLAÇO, publicou um artigo ( leia ao final desta postagem) alertando para a semana que iniciava e as atenções para a manipulação midiática por conta dos protestos agendados para o dia 12 de abril, domingo, amanhã.
Durante toda semana acompanhei atentamente todo o noticiário das emissoras de rádio, TV e os jornais impressos, além dos acontecimentos que pudessem gerar algum factoide em prol dos ideais golpistas para incitar os acéfalos indignados.
E de fato ocorreu uma uniformidade nas notícias da velha mídia, onde a operação Lava jato, a Petrobrás e até mesmo o mensalão, foram citados com frequência e ganharam maior destaque, com o claro intuito de requentar e manter a chama viva para manifestações anti governo e anti corrupção.
No entanto, no quesito corrupção e sonegação, a operação Zelotes ganhou um destaque ainda menor na semana, assim como o escândalo do HSBC.
Figuras como o doleiro Youssef e o delator Costa, tiveram grande destaque na velha mídia durante a semana, com imagens de depoimentos antigos de ambos, sendo reapresentados quase que diariamente nos telejornais.
No jornal da TV Bandeirantes, não faltaram comparações da operação lava jato com o mensalão.
E eis que o desejado factoide aconteceu no depoimento do tesoureiro do PT, na CPI da Petrobrás, na Câmara dos deputados, quando ratos foram soltos , cuidadosamente e de forma planejada, logo no início do depoimento e diante de um batalhão de fotógrafos , cinegrafistas, repórteres e jornalistas, que ali estavam para acompanhar o depoimento.
Um ato para gerar um factoide e fazer o link com as manifestações.
Se isso não bastasse, as armações do Grupo Globo com a Federação Paulista de Futebol e a Polícia Militar, colocaram o jogo do Palmeiras para o domingo às 11 horas da manhã, deixando a cidade de São Paulo no domingo a tarde livre de partidas de futebol, o que levou a TV globo a não transmitir nenhuma partida de futebol , no domingo, para a cidade de São Paulo.
Ou seja, além dos passeios no Ibirapuera e nos aeroportos, o domingo do paulistano ficou mais pobre, sem futebol, o que cria condições para uma nova modalidade de diversão, que são os protestos bovinos e acéfalos que pedirão a volta da ditadura militar, intervenção no governo federal e o fim a da corrupção na Petrobrás e no governo, obviamente, tudo acontece por culpa do PT.
No entanto, a sonegação bilionária identificada na operação Zelotes, da Polícia Federal, que pegou bancos, empresários , empresas de mídia ,políticos de oposição, não será motivo de indignação por parte dos manifestantes bovinos.
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A semana política, que aparentemente começa desanimada, vai esquentar.
É preciso “dar um gás” na manifestação do dia 12, que não parece ir lá muito bem das pernas, depois das dissensões que envolveram seus diversos grupos e, afinal, sua submissão à ala mais radical, que tem seu “papa” em Olavo de Carvalho, homem capaz de pérolas como a contida em sua entrevista ao jornal A Tarde:
“Se queremos restaurar a possibilidade de um debate franco, teremos de impor isso à força.”
Desta vez, também, ao que parece, não haverá a ajuda do Governo, com aquele desastrado pronunciamento de “mea-culpa” de Dilma, nem com a imposição, nada gradual, dos reajustes de preços.
Mas, sobretudo, joga contra eles o fato de que, como movimento inorgânico, a perda da “novidade” jogue como desmobilizador de muita gente.
Mas isso quer dizer que a manifestação esteja fadada ao “amanhã vai ser menor”?
Não.
A primeira, obvia, é que não sou adivinho, e menos ainda sobre manifestações inorgânicas, ainda que formalmente comandada por um grupo perfeitamente identificado de nulidades suspeitas.
A segunda é que o núcleo curitibano, que confessadamente opera a justiça do marketing – ao confessar que investigou lançando “um grande 171″ pode acertar, outra vez, o “timming” de suas revelações – ou pseudo-revelações – para ajudar no “agito”.
E a terceira é a de que a mídia, embora com mais dificuldades do que em março, pode, ainda, se lançar a uma ofensiva convocatória para o ato, o que também não parece provável, à exceção, talvez, da Veja.
Espera-se que a esquerda, que tem todo o direito de se manifestar também e muitas razões para se contrapor com atos à ofensiva da direita, perceba, desta vez, que pode – com radicalização – ajudar a direita radical.
Ela voltou a existir abertamente, está forte e deve ser enfrentada.
Mas ainda não furou a barreira que precisa vencer para chegar ao golpismo real, não o da intenção no qual chafurda.
A normalidade do funcionamento das instituições e da vida brasileira, que vai começar a se impor, independentemente da campanha de terror que contra ela se promove.
Fonte: TIJOLAÇO
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No dia 6 de abril, segunda -feira passada, Fernando Brito, do TIJOLAÇO, publicou um artigo ( leia ao final desta postagem) alertando para a semana que iniciava e as atenções para a manipulação midiática por conta dos protestos agendados para o dia 12 de abril, domingo, amanhã.
Durante toda semana acompanhei atentamente todo o noticiário das emissoras de rádio, TV e os jornais impressos, além dos acontecimentos que pudessem gerar algum factoide em prol dos ideais golpistas para incitar os acéfalos indignados.
E de fato ocorreu uma uniformidade nas notícias da velha mídia, onde a operação Lava jato, a Petrobrás e até mesmo o mensalão, foram citados com frequência e ganharam maior destaque, com o claro intuito de requentar e manter a chama viva para manifestações anti governo e anti corrupção.
No entanto, no quesito corrupção e sonegação, a operação Zelotes ganhou um destaque ainda menor na semana, assim como o escândalo do HSBC.
Figuras como o doleiro Youssef e o delator Costa, tiveram grande destaque na velha mídia durante a semana, com imagens de depoimentos antigos de ambos, sendo reapresentados quase que diariamente nos telejornais.
No jornal da TV Bandeirantes, não faltaram comparações da operação lava jato com o mensalão.
E eis que o desejado factoide aconteceu no depoimento do tesoureiro do PT, na CPI da Petrobrás, na Câmara dos deputados, quando ratos foram soltos , cuidadosamente e de forma planejada, logo no início do depoimento e diante de um batalhão de fotógrafos , cinegrafistas, repórteres e jornalistas, que ali estavam para acompanhar o depoimento.
Um ato para gerar um factoide e fazer o link com as manifestações.
Se isso não bastasse, as armações do Grupo Globo com a Federação Paulista de Futebol e a Polícia Militar, colocaram o jogo do Palmeiras para o domingo às 11 horas da manhã, deixando a cidade de São Paulo no domingo a tarde livre de partidas de futebol, o que levou a TV globo a não transmitir nenhuma partida de futebol , no domingo, para a cidade de São Paulo.
Ou seja, além dos passeios no Ibirapuera e nos aeroportos, o domingo do paulistano ficou mais pobre, sem futebol, o que cria condições para uma nova modalidade de diversão, que são os protestos bovinos e acéfalos que pedirão a volta da ditadura militar, intervenção no governo federal e o fim a da corrupção na Petrobrás e no governo, obviamente, tudo acontece por culpa do PT.
No entanto, a sonegação bilionária identificada na operação Zelotes, da Polícia Federal, que pegou bancos, empresários , empresas de mídia ,políticos de oposição, não será motivo de indignação por parte dos manifestantes bovinos.
Uma semana de juízo. É a direita quem radicaliza, não nós.
6 de abril de 2015 | 14:13 Autor: Fernando Brito
A semana política, que aparentemente começa desanimada, vai esquentar.
É preciso “dar um gás” na manifestação do dia 12, que não parece ir lá muito bem das pernas, depois das dissensões que envolveram seus diversos grupos e, afinal, sua submissão à ala mais radical, que tem seu “papa” em Olavo de Carvalho, homem capaz de pérolas como a contida em sua entrevista ao jornal A Tarde:
“Se queremos restaurar a possibilidade de um debate franco, teremos de impor isso à força.”
Desta vez, também, ao que parece, não haverá a ajuda do Governo, com aquele desastrado pronunciamento de “mea-culpa” de Dilma, nem com a imposição, nada gradual, dos reajustes de preços.
Mas, sobretudo, joga contra eles o fato de que, como movimento inorgânico, a perda da “novidade” jogue como desmobilizador de muita gente.
Mas isso quer dizer que a manifestação esteja fadada ao “amanhã vai ser menor”?
Não.
A primeira, obvia, é que não sou adivinho, e menos ainda sobre manifestações inorgânicas, ainda que formalmente comandada por um grupo perfeitamente identificado de nulidades suspeitas.
A segunda é que o núcleo curitibano, que confessadamente opera a justiça do marketing – ao confessar que investigou lançando “um grande 171″ pode acertar, outra vez, o “timming” de suas revelações – ou pseudo-revelações – para ajudar no “agito”.
E a terceira é a de que a mídia, embora com mais dificuldades do que em março, pode, ainda, se lançar a uma ofensiva convocatória para o ato, o que também não parece provável, à exceção, talvez, da Veja.
Espera-se que a esquerda, que tem todo o direito de se manifestar também e muitas razões para se contrapor com atos à ofensiva da direita, perceba, desta vez, que pode – com radicalização – ajudar a direita radical.
Ela voltou a existir abertamente, está forte e deve ser enfrentada.
Mas ainda não furou a barreira que precisa vencer para chegar ao golpismo real, não o da intenção no qual chafurda.
A normalidade do funcionamento das instituições e da vida brasileira, que vai começar a se impor, independentemente da campanha de terror que contra ela se promove.
Fonte: TIJOLAÇO