quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Mais múmias



Mistério: budistas dizem que monge mumificado não 

está morto




Do UOL, em São Paulo
  • Reprodução/Daily Mail
Um monge que foi encontrado mumificado na posição de lótus na Mongólia no fim de janeiro "não está morto" e sim em um "profundo estado meditativo", afirmam especialistas budistas ouvidos pelo jornal "The Siberian Times". 
Quando o corpo foi descoberto, peritos avaliaram que ele teria cerca de 200 anos e havia sido preservado em peles de animais. 
Mas o monge Barry Kerzin, que é médico do dalai lama, disse ao jornal mongol que o monge está num estado espiritual muito especial conhecido como "tukdam".
"Tive o privilégio de cuidar de alguns meditadores que estavam no estado de tukdam", afirmou. "Se a pessoa consegue ficar nesse estado por mais de três semanas -- o que raramente acontece -- seu corpo começa a a encolher e no final o que sobra são os cabelos, as unhas e as roupas."
"Nesse caso, um arco-íris aparece no céu por vários dias. Isso significa que alguém encontrou um 'corpo do arco-íris'. É o estágio mais alto antes do Buda", acrescentou o médico. 
Segundo Ganhugiyn Purevbata, fundador do Instituto Mongol de Arte Budista da Universidade Budista de Ulan Bator, "o lama está sentado na posição de lótus vajra, com a mão esquerda aberta e a mão direita simbolizando o ensinamento do sutra". 
"Este é um sinal de que o lama não está morto, mas em um estato meditativo muito profundo, de acordo com a tradição antiga dos lamas budistas", acrescentou.
Outros especulam que a múmia seja um professor do lama Dashi-Dorzho Itigilov, nascido em 1852. 
Morto ou não, o corpo mumificado ainda está cercado por mais mistérios. 
A polícia anunciou que o monge foi roubado de uma caverna na região de Kobdsk por um homem que então o escondeu em sua casa com o objetivo de vendê-lo no mercado negro.
A múmia está em poder do Centro Nacional de Pesquisa Forense em Ulan Bator, a capital mongol. 
Fonte: BOL
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Apesar da Mongólia fazer fronteira com a China nem é tão perto do Tibete,  local reduto de histórias fantásticas protagonizadas pelos monges locais.

No entanto, tudo é possível para os monges budistas.

Se a múmia vive ou não é uma tarefa que a ciência deve, perseguir,  pesquisar e explicar.

Independente disso , por aqui no Brasil, múmias em grandes quantidades são vistas diariamente na velha mídia, bem dispostas, alegres e saudáveis.

TV globo é o reduto das múmias brasileiras.

Assine, participe, pressione

Lei da Mídia Democrática:
Assine pela internet !

Campanha faz parte da estratégia para discutir a democratização da comunicação social no Brasil.



Eleitores poderão assinar Lei da Mídia Democrática na Internet
do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC)

A campanha Para Expressar a Liberdade lançará, nesta quinta (5/2), formulário online de apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Comunicação Social Eletrônica, conhecido como Lei da Mídia Democrática. A ferramenta estará disponível no site www.paraexpressaraliberdade.org.br a partir de 0h01 e faz parte do conjunto de estratégias para ampliar a visibilidade da proposta e promover a discussão sobre a necessidade de democratizar a comunicação social no Brasil.

Lançado no primeiro semestre de 2013, por dezenas de entidades da sociedade civil e do movimento social, a proposta precisa da adesão de 1% do eleitorado nacional para ser protocolizado na Câmara dos Deputados e poder seguir o trâmite normal até virar lei.

O projeto regulamenta os Arts. 5, 21, 220, 221, 222 e 223 da Constituição Federal. Entre os principais dispositivos estão a criação do Conselho Nacional de Comunicação e do Fundo Nacional de Comunicação Pública, veto à propriedade de emissoras de rádio e TV por políticos, proibição do aluguel de espaços da grade de programação e a definição de regras para impedir a formação de monopólio e a propriedade cruzada dos meios de comunicação, entre outros pontos.

Desde seu lançamento, a proposta vem recebendo apoio por meio de formulário físico (cerca de cem mil pessoas já assinaram). A plataforma de assinatura online segue o modelo estipulado pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados (mesmos campos) e ficará disponível indefinidamente.
Diálogo com a sociedade

Rosane Bertotti, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), afirma que a iniciativa é uma forma de ampliar a visibilidade da proposta e o diálogo com a sociedade.  “Nosso projeto articula propostas para regulamentar a Constituição e, acima de tudo, quer dialogar com a sociedade. Acho que a experiência de participação social na construção do Marco Civil da Internet nos mostra que a rede é um instrumento eficiente para articular a sociedade em torno das causas democráticas, por isso, nossa expectativa é de que o apoio à Lei da Mídia Democrática ganhe mais amplitude”, afirma.
Contextualização da proposta

Ao contrário de países democráticos como Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Espanha e Argentina, que promovem regulação do sistema de mídia, o Brasil ainda hoje é caracterizado por uma brutal concentração dos meios de comunicação, tanto na radiodifusão quanto nos veículos impressos. A internet tem cumprido importante papel no sentido de multiplicar as vozes em circulação na esfera midiática, mas neste espaço também atuam os grandes conglomerados de mídia, reforçando a concentração econômica do setor.

Ao mesmo tempo, carecemos de mecanismos transparentes e democráticos para a concessão de outorgas de radiodifusão e não há no país uma política que garanta a complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal de comunicação, como previsto na Constituição Federal. A ausência de um campo público de comunicação robusto aumenta o poder de mercado do setor privado/comercial, enquanto canais comunitários seguem à margem do sistema midiático.

Dispositivos de fomento à produção nacional, regional e independente estão restritos hoje ao Serviço de Acesso Condicionado (TV por assinatura), a partir da Lei 12.485/2011. Na TV aberta, prevalece a concentração da produção no eixo Rio/São Paulo, a maior parte dos canais já tem mais produção estrangeira que nacional, crescem os casos de sublocação das grades de programação e de transferência de concessões de forma irregular e sem qualquer debate público. A ausência de mecanismos para o direito de resposta nos meios de comunicação também cria um ambiente de violação dos direitos humanos e de restrição à liberdade de expressão de indivíduos e grupos sociais.
Campanha

A campanha Para Expressar a Liberdade – Uma nova lei para um novo tempo, é uma iniciativa do FNDC e nasceu da mobilização de dezenas de entidades do movimento social brasileiro em 2012. Atualmente, reúne mais de 260 entidades. “O envolvimento de todas as entidades que constroem a campanha será fundamental para que essa estratégia atinja seu principal objetivo”, ressalta Rosane.


Serviço

O que é: assinatura online da Lei da Mídia Democrática

Onde: www.paraexpressaraliberdade.org.br

Quando: a partir de 5 de fevereiro

Hashtags: #LeidaMídiaDemocrática #Assina


Fonte: CONVERSA AFIADA
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Campanha por reforma política aumenta pressão

Mídia Ninja
A campanha teve início no ano passado e consolidou-se no último ano, quando realizou o Plebiscito Popular contando com a mobilização e participação de 8 milhões brasileiras (os) e mais de 500 instituições de todas as regiões do país. Agora a campanha continua, dessa vez por um Plebiscito Oficial
04/02/2015
Por Marcela Belchior,
Da Adital
Com um Congresso Nacional mais conservador a partir deste ano, a luta por uma reforma política democrática e que tenha caráter popular começa 2015 pressionando. A campanha da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, formada por uma rede de organizações, prepara para os dias 02 a 08 de março uma semana de coleta de assinaturas para o Projeto de Iniciativa Popular e reforça o debate entre senadores e deputados federais pela adesão à proposta.
Em entrevista à Adital, o advogado Aldo Arantes, membro da Coalizão e integrante da Comissão Especial de Mobilização para a Reforma Política, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), alerta para o avanço de setores conservadores em torno de uma "política regressiva” para o Brasil. "Essa articulação se dá com o PSDB [Partido da Social Democracia Brasileira] e setores do PMDB [Partido do Movimento Democrático Brasileiro] e aumenta o distanciamento entre Parlamento e sociedade”, destacou. 
Para conter essa ofensiva, a campanha tem se debruçado para que o projeto tramite em caráter de urgência no Congresso Nacional. Segundo Arantes, na última legislatura, a propositura recebeu apoio de 166 parlamentares. Como o quadro de parlamentares se renovou a partir deste ano, recomeça a coleta de adesões entre deputados e senadores. 
Além disso, o advogado reforça a importância da mobilização da sociedade em torno do tema da reforma política. Para isso, a campanha coleta assinaturas para que o projeto que já tramita no Parlamento adquira o caráter de Iniciativa Popular. Para isso, são necessárias 1,5 milhão de adesões e, até o momento, há somente em torno de 300 mil assinaturas válidas. Outras 300 mil assinaturas eletrônicas foram realizadas pela Internet, mas estas não possuem valor jurídico, apenas político. Segundo o advogado, o prazo inicial de fevereiro deste ano para a coleta de assinaturas deve ser estendido. 
"Queremos o compromisso dos parlamentares. Já encaminhamos o conteúdo do projeto a todos eles, assim como encaminhamos a cartilha e o livro que explicam a proposta. Nosso objetivo é articular um debate entre os parlamentares e realizar um plano de mobilização com toda a sociedade”, indica Arantes. 
O projeto de iniciativa popular da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas defende como principais pontos: a proibição do financiamento de campanha por empresas e adoção do financiamento democrático de campanha; eleições proporcionais em dois turnos; paridade de gênero na lista pré-ordenada; e fortalecimento dos mecanismos da democracia direta, com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes. 
Ato público em Brasília 
Outra frente de mobilização pela reforma política brasileira, a campanha pelo Plebiscito para a Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político realiza, nesta quarta-feira, 04 de fevereiro, o segundo ato púbico nacional do ano. O primeiro ato da Campanha em 2015 foi durante a posse da presidenta do Brasil Dilma Rousseff, em 1º de janeiro. 
A militância se reúne no auditório Nereu Ramos, que fica no Congresso Nacional, em Brasília, capital do país. O objetivo é pressionar as (os) parlamentares pela votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 1508/2014, que propõe Plebiscito Oficial com a mesma pergunta do Plebiscito Popular realizado no ano passado: você é favor de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político?
O PDL conta com a assinatura de 181 deputadas e deputados federais da legislatura passada, ou seja, aqueles que cumpriram mandato até o fim de 2014. A campanha teve início no ano passado e consolidou-se no último ano, quando realizou o Plebiscito Popular contando com a mobilização e participação de 8 milhões brasileiras (os) e mais de 500 instituições de todas as regiões do país. Agora a campanha continua, dessa vez por um Plebiscito Oficial.
Em entrevista para a Adital, Pedro Armengol, que integra a Central Única dos Trabalhadores (CUT), falou como representante da Campanha pelo Plebiscito para a Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político que a reforma política brasileira deverá possibilitar outras reformas estruturais no país. 
Quanto à eleição do deputado federal Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, no último dia 1º de fevereiro, conhecido opositor do governo federal, Armengol afirma que espera diálogo do parlamentar com os movimentos populares. "No discurso de posse, Eduardo Cunha disse que a reforma política é uma das pautas que pretende encaminhar. Se há essa disposição, ótimo. Mas precisamos discutir o caráter dessa reforma”, destaca. A organização da campanha defende que a reforma política depende da consulta popular para que tenha efetivamente caráter democrático e representatividade. 
SERVIÇO
Ato "Plebiscito Constituinte - Tem que ser oficial”. Local: Auditório Nereu Ramos, Congresso Nacional (Praça dos Três Poderes – Brasília). Em 4 de fevereiro, às 14 horas. 
Apoie o Projeto de Lei de Iniciativa Popular aqui
Fonte: BRASIL DE FATO
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Campanha pela Reforma Política e  campanha pela Lei da Mídia Democrática.

Assine, caro leitor, pois uma vez atingido o número de assinaturas necessárias, o projeto de lei, de inciativa popular, entra direto  para votação na Câmara dos Deputados.


Os deputados sentirão a pressão popular, primeiro pelo projeto, e  em segundo caso venham a rejeitá-lo.


A reforma política segue o mesmo caminho.


Pressão, pressão, pressão, é o que deve-se fazer , cada vez mais , e com maior intensidade.


Cabe lembrar ao caro leitor , que o governo Dilma, com minoria no Congresso Nacional, terá enormes dificuldades para  aprovar seus projetos na Câmara.


No entanto, os projetos de lei  oriundos de iniciativa popular tem um outro significado, outro peso, e colocam pressão no congresso, pois revelam a mobilização da sociedade pela aprovação de temas de interesse.


Para combater o avanço do retrocesso que se forma no país, e até mesmo tentar equilibrar o jogo, a participação popular torna-se indispensável  e, para que isso aconteça, a mobilização deve ser  uma constante.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A mijada elitista e preconceituosa da velha mídia

JE SUIS LE CARNAVAL

O colapso hídrico e o xixi na rua

Por Alberto Dines em 03/02/2015 na edição 836
Originalmente tríduo – espaço de três dias –, estendeu-se além da Quarta-Feira de Cinzas até o domingo seguinte. Agora, com o pretexto politicamente correto de resgatar o carnaval de rua e dar um refresco ao povo espoliado, o reino momesco inicia-se, no mínimo, com duas semanas de antecedência.
Inamovível, inabalável, inalterável, inapelável, irrecorrível, insubmergível: o carnaval é uma gloriosa ilha cercada de melancolia por todos os lados; somos absolutamente felizes e nunca percebemos. Entidade única, coração valente, o carnaval é a trincheira contra a degeneração gringa, capaz de resistir aos eventos extremos, pontos fora da curva, anticiclos, tsunamis econômicos, terremotos políticos, manchas solares, surtos autoritários, descalabros administrativos, corrupção pré-salina, delinquência de contraventores e guerrilha do narcotráfico.
Se, porventura, os quarenta dias e quarenta noites do dilúvio bíblico abarcassem o período da folia, nossas autoridades dariam um jeito de manter a bicharada na arca, mesmo correndo o risco de insurreição zoológica ou imediata reforma política. Não é preciso reinventar partido algum – são (ou estão) ótimos, respeitosamente carnavalescos.
Lição grega
A infalível Petrobras, apesar da situação pré-falimentar, decidiu manter o subsídio de 12 milhões de reais destinados às escolas de samba. O carnaval é um formidável negócio, fator de congraçamento mundial, estímulo à inovação e ao empreendedorismo. A Petrobras é a mãe da distribuição de renda.
A tal crise hídrica não pode impor-se à soberania popular. É um benefício social, inalienável, sem retrocesso. Independente dos respectivos volumes mortos, nossos reservatórios terão que manter-se quase vazios fingindo que estão quase cheios. O carnaval é imexível, inquestionável, inalterável. Sem carnaval e sem apoteoses como conseguiremos sobreviver, ó São Darcy Ribeiro?
A mídia está aí para mantê-lo assim, incólume, intocável, insubstituível, invulnerável. Se a imprensa vacilar no amor à folia, regulação nela. Ou uma rajada de AK-47 com balas de chiclete. Colapso hídrico é um insulto às nossas crenças religiosas, perversa desconstrução da nossa exuberância. Escassez é balela, puro derrotismo burguês, o camarada Stalin sabia lidar com essa conversa pra boi dormir (primo da vaca que tosse porque não toma Rum Creosotado).
Austeridade, contenção, racionamento? Nunca! É invenção da troika para impedir o samba no pé. Desmatamento na Amazônia não pode afetar a chuva nas nascentes que abastecessem a Cantareira. Pura artimanha neoliberal. Jogada da CIA. Chamem a Katia Abreu, interrompam sua lua de mel, ela entende de florestas.
Viva a Grécia que acabou com a tragédia grega e está feliz da vida.
Se na Bahia é permitido fazer xixi na rua, por que razão aqui, no Sudeste maravilha, não podemos ceder a incontinência urinária? Homens e mulheres, brasileiros e brasileiras, abaixo a intolerância, tudo pelo xixi livre e descriminalizado.
Libertas quae sera tamem é latim, mas está valendo.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Texto elitista , preconceituoso e delirante.

Para começar, é o mínimo que posso dizer sobre as barbaridades  que li no texto acima.

Dizer que a Petrobras, que agora alcançou o posto de maior empresa de petróleo do mundo - superando a Chevron - está em estado pré-falimentar é fazer coro com uma oposição anacrônica, golpista e avessa às boas práticas democráticas.

É fazer coro com todos aqueles que desejam tomar a Petrobras e entregá-la aos representantes e patrocinadores dos movimentos políticos golpistas em curso no país.

É destruir o principal motor de desenvolvimento do estado brasileiro, ou seja, uma oposição que transcende a destruição do atual governo e visa a destruição do estado.

É fazer xixi para o alto, com o pênis ereto na vertical,  deitado na cama, ao lado de outros coleguinhas delirantes , em total alucinação moral.

Em sua mijada preconceituosa, detonou o carnaval, cada ano mais longo, segundo o autor, e supostamente incompatível com  o estado atual do país.

Cabe lembrar  ao mijão das tintas, que o carnaval, apenas o carioca, movimentou no ano passado a quantia de 750 milhões de reais, gerando milhares de empregos, muitos por todo o ano.

Espera-se que este ano, as cifras possam se aproximar da casa de 1 bilhão de reais.

Realmente é algo fantástico , em cifras e em expressão cultural.

Talvez, na expressão cultural, resida toda fonte de preconceitos, já que o que acontece por aqui nos dias que antes eram um tríduo, não tem similar em nenhum lugar do planeta.

É único, nosso, assim como a gigantesca e inovadora Petrobras.

No entanto, algumas medidas devem ser tomadas para evitar um consumo excessivo de água durantes os dias de glória, e , interessante, que as primeiras medidas foram tomadas por blocos, cidadãos cariocas, que neste ano não sairão às ruas por conta da escassez do líquido sem uréia, já que o xixi estará por toda parte.

Por ser nosso, único, e não ter similar no planeta, as elites  mijonas, que copiam e valorizam tudo que copiam,  não tem como copiar medidas preventivas.

Sem ter como copiar não sabem pensar e a solução é sempre eliminar.

De fato, de imediato não me recordo de eventos com multidões pelas ruas , durantes dias, em algum lugar do mundo, e ainda necessitando de reposição líquida com efeito diurético.

Os governantes resolveram, no caso da cidade maravilha e gloriosa, instalar banheiros químicos ao longo dos locais onde os blocos desfilam. 

No entanto, o número de banheiros, mesmo na casa de dezenas de milhares, não é suficiente para recolher a enxurrada de urina .

Aumentar o número de banheiros ? Talvez

De fato o uso de banheiros é bem melhor que as mijadas nas ruas e posteriores lavagens com grande quantidade de água e detergentes.

Melhor ainda se os milhões de litros de urina produzidos nas ruas , apenas da cidade maravilha, durante o período do carnaval - que já foi um tríduo - pudessem ser coletados e enviados para produção de fertilizantes agrícolas a base de uréia.

Kátia Abreu, mesmo em lua de mel, iria gostar.
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Petrobras receberá em 2015, pela terceira vez, o premio internacional da Offshore Technology Conference (OTC), em reconhecimento pelas conquistas 'notáveis, significativas e inovadoras na exploração em águas profundas' diz o comunicado da entidade, que parece desconhecer o jogral do Brasil aos cacos.


Fonte: CARTA MAIOR
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Não é o petróleo, é a política. Produção brasileira é recorde.

4 de fevereiro de 2015 | 12:20 Autor: Fernando Brito
dezpetr
E desde quando “o problema” da Petrobras é petróleo?
É política, sim, senhor.
Saiu hoje o boletim de produção de petróleo e gás da ANP.
Recorde, outra vez.
Pela primeira vez a produção total brasileira superou o equivalente a 3 milhões de barris diários.
Um crescimento de 18% em um ano, de dezembro a dezembro, de 18%.
92% disso de poços da Petrobras.
O pré-sal  com apenas  47 poços operando (um nada, só Libra terá 100 poços), produziu, entre petróleo e gás, 815,8 mil barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 11,2% em relação ao mês anterior e, anote aí, 93% mais que a um ano.
Dobrou a produção.
Nenhum país, no mundo, teve este desenvolvimento sustentado de sua produção.
Nenhuma empresa tem números sequer comparáveis aos que tem, em aumento de produção, a Petrobras.
O que a Petrobras tem, e maior que sua capacidade técnico-operacional, é inimigos.
E os ratos que roeram comissões lá dentro são os menores.
Muito piores são os “gatos” que, usando-os como razão, querem tirar as castanhas do fogo.
Não basta tirar petróleo.
Isso a Petrobras faz como ninguém.
É preciso furar a onda política que se levanta contra nossa maior empresa.
Fonte: TIJOLAÇO
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

E a verdade ?

Antonio Cruz/ ABr
A avaliação de Jair Krischke, ativista de direitos humanos, sobre o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, entregue dia 10, em Brasília, é que “foi uma Comissão realizada apenas para atender a um clamor brasileiro, mas as condições para a realização do trabalho não foram dadas, o que é lamentável”
19/12/2014
“O relatório da Comissão Nacional da Verdade ficou devendo alguma coi­sa à sociedade brasileira, pois não apro­fundou alguns temas como deveria ter aprofundado”, comenta Jair Krischke na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por telefone.
Na avaliação dele, a operação Condor, por exemplo, “deveria ter sido melhor avaliada. O relatório diz que não há ele­mentos suficientes para provar a partici­pação do Brasil na operação, mas eu pos­so falar solenemente desse assunto, por­que prestei depoimento à Comissão da Verdade sobre isso. Documentei a ques­tão, mostrando que quem criou a opera­ção Condor foi o Brasil, sim”.
Para ele, uma das razões pelas quais a Comissão não conseguiu aprofundar su­as investigações deve-se ao fato de pou­quíssimas pessoas estarem envolvidas com as investigações. “E esse foi o prin­cipal problema. Depois, a própria presi­denta prorrogou o prazo de atuação da Comissão da Verdade, e só mais tarde se deram conta das dificuldades e trou­xeram mais pessoas para trabalhar, por­que a investigação da Comissão começou com sete comissários e 14 auxiliares. Na Comissão da Verdade da África do Sul, que é sempre referida, 450 pessoas tra­balharam”, pontua.
Apesar das críticas, Krischke assina­la que é preciso “aplaudir as recomen­dações da Comissão da Verdade no rela­tório, que foram muito importantes, en­tre elas, a de extinguir as polícias milita­res como herança da ditadura. Em ter­mos de segurança pública, é uma boa re­comendação”.
O senhor leu o relatório da Comissão da Verdade?
Jair Krischke – Ainda não consegui ler, mas olhei alguns pontos, os quais posso comentar. Do que analisei até ago­ra, penso que o relatório ficou devendo alguma coisa à sociedade brasileira, pois não aprofundou alguns temas como de­veria ter aprofundado. Cito especialmen­te a questão da Operação Condor, que deveria ter sido melhor avaliada. O rela­tório diz que não há elementos suficien­tes para provar a participação do Brasil na operação, mas eu posso falar solene­mente desse assunto, porque prestei de­poimento à Comissão da Verdade sobre isso. Documentei a questão, mostrando que quem criou a Operação Condor foi o Brasil. Documentei o caso do coronel Je­fferson Cardim de Alencar Osório, e com isso ficou muito claro, nas documenta­ções que entreguei, que o Brasil inaugu­rou essa prática, sim. Depois, apresentei o segundo caso de operação Condor, que é de junho de 1971, e outros documentos mais que mostram a participação brasi­leira no caso.
Costumam dizer, e eu contrario es­sa posição, que a operação Condor dá­-se em Santiago do Chile em novem­bro de 1975. Bem, nessa ocasião se deu o nome da operação, mas dois milita­res brasileiros que participaram da reunião se declararam apenas e tão so­mente observadores e não assinaram a ata. Então, se vou tomar essa postu­ra como boa, terei de dizer que o Bra­sil não tem nada a ver com a Opera­ção Condor. Mas dizer que o Brasil não participou da operação Condor é um absurdo, porque participou em várias e várias ocasiões tanto com ações no ex­terior, especialmente em Buenos Ai­res, dando recibos ao aparelho repres­sivo argentino, como no território bra­sileiro, no Rio Grande do Sul, com o se­questro de argentinos no dia 12 de no­vembro de 1978, em Porto Alegre.
É verdade que quando enfrentamos essa situação nem sabíamos que o no­me da operação era Operação Condor, mas lutamos contra um sequestro que ficou claríssimo, inclusive, com senten­ça policial, condenando policiais gaú­chos que atuaram em conjunto com a repressão uruguaia, toda ela militar. Depois, em 1980, em pleno Aeroporto do Galeão, dois argentinos foram víti­mas da Operação Condor. No meu de­poimento documentei isso com um do­cumento norte-americano que narra co­mo se deu essa operação. Depois, ainda em 1980 – e quando falo da década de 1980, estou falando de um período pós­-Lei de Anistia –, em junho, em Uru­guaiana, na fronteira com a Argentina, desaparecem o padre Jorge Oscar Adur, capelão montonero, e Lourenço Ismael Vinhas, jovem estudante de medicina, que vinham em ônibus diferentes. En­tão, citei os fatos, demonstrei documen­tos e acho que tudo isso, no relatório, fi­cou muito pobre.
E por que acha que se chegou a essa conclusão em relação à Operação Condor?
Estou falando daquilo que sei em fun­ção do meu depoimento. Imagino que outras pessoas também prestaram de­poimentos e, ao lerem o relatório, vão achar que esses depoimentos deveriam ter sido mais trabalhados.
Uma das questões que apareceu, ain­da quando se começou a discutir a cria­ção da Comissão da Verdade e se fala­va em dois anos para examinar um pe­ríodo de 1946 a 1988, foi o fato de ha­ver pouquíssimas pessoas envolvidas nas investigações. E esse foi o princi­pal problema. Depois, a própria presi­dente prorrogou o prazo de atuação da Comissão da Verdade e só mais tarde se deram conta das dificuldades e trouxe­ram mais pessoas para trabalhar, por­que a investigação da Comissão come­çou com sete comissários e 14 auxilia­res. Na Comissão da Verdade da África do Sul, que é sempre referida, 450 pes­soas trabalharam.
Foi intencional ter uma Comissão reduzida no Brasil?
Acho que sim; foi uma Comissão rea­lizada apenas para atender a um clamor brasileiro, mas as condições para a reali­zação do trabalho não foram dadas, o que é lamentável.
Além da Operação Condor, que outros pontos não foram explorados de modo suficiente pela Comissão?
Para responder a essa questão, vou ter de ler o relatório com mais atenção.
Quais são os pontos louváveis do relatório?
Sobre este aspecto, tenho de aplaudir as recomendações da Comissão da Ver­dade no relatório, que foram muito im­portantes, entre elas, a de extinguir as polícias militares como herança da dita­dura. Em termos de segurança pública, é uma boa recomendação. Outro aspec­to importantíssimo foi o fato de se ter utilizado o critério internacional da li­nha de comando, onde estão indicados os generais presidentes e os ministros militares, ou seja, toda a cadeia de co­mando responsabilizada. Isto eu aplau­do porque é isso que tem sido feito no mundo todo.
Quais aspectos destaca como sendo novidades ou boas apurações feitas pela Comissão da Verdade e apresentadas no relatório? A questão do genocídio indígena foi uma das grandes surpresas desta investigação?
O caso indígena não foi propriamen­te uma novidade. Esses acontecimen­tos apenas não eram muito divulgados e tampouco aprofundados. A Comissão abriu um pouco esse caso, mas houve muita dificuldade ao tentar esclarecer esse tema.
Quais as novidades do relatório acerca de locais onde eram praticados atos de tortura?
Neste aspecto, foi uma vergonha, por­que se deve lembrar que a Comissão ofi­ciou ao Ministro da Defesa, que levou alguns meses para responder em 455 páginas que nunca houve tortura nos quartéis. O parecer dele foi tão vergo­nhoso que depois tiveram de refazê-lo, porque não houve colaboração militar nesse processo.
O relatório deu algum destaque à atuação dos presos políticos?
Apenas relatos; não aprofundou os casos.
Como o senhor interpreta o fato de a presidenta ter se emocionado ao ter recebido o relatório, mas ter dito que “o Palácio do Planalto não fará qualquer gesto para incentivar a revisão da Lei da Anistia”?
A presidente disse o que nos esclarece: existem acordos políticos que devem ser cumpridos.
Depois da entrega do relatório, o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari, disse que Argentina, Chile e Uruguai já julgaram quem praticou crimes de Estado em suas ditaduras, mas o mesmo não ocorreu no Brasil, e nesse sentido, a presidenta Dilma disse que “nós reconquistamos a democracia à nossa maneira, por meio de lutas duras, por meio de sacrifícios humanos irreparáveis, mas também por meio de pactos e acordos nacionais, que estão muitos deles traduzidos na Constituição de 1988”. Como o senhor vê essas declarações?
Gostaria de saber que acordos são es­ses, porque esses acordos são espúrios. A imprensa deveria perguntar à presi­dente que acordos são esses. Eu, como cidadão, não fiz acordo nenhum. Nem acho que é preciso rever a lei de Anistia, mas lê-la com atenção, porque a lei diz que são anistiados crimes políticos e co­nexos. Conexos a quê? A crime político, evidentemente. Bem, agentes de Estado civil ou militar não podem cometer cri­me político, por serem agentes do Esta­do. E se eles cometerem crime, será cri­me comum. No artigo 2º da lei de Anistia há um parágrafo que diz que crimes con­tra pessoas não estão anistiados, e tanto é verdade que, promulgada a lei, muitos brasileiros continuaram na prisão. A lei é de agosto de 1979 e em fevereiro de 1980 havia greve de fome de preso político. Matar, torturar e desaparecer seria con­tra a pessoa ou não? Então, não se quer ler a lei tal qual está escrita.
Em termos políticos, o que se espera depois da entrega do relatório da Comissão da Verdade?
Inaugura-se um novo tempo de discus­são e de debate a partir do que aparece no relatório. Nesse sentido, há bastantes elementos para discutirmos daqui para frente.
Fonte: BRASIL DE FATO
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Em sintonia com o assunto acima, vale a leitura do conto 
O Aparelho do Lins de Vasconcelos, do PAPIRO, abaixo, da série Rio Zona Norte, publicado por este blogue em 20 de abril de 2012.


Rio Zona Norte - 2  

O Aparelho do Lins de Vasconcelos


A hora para passar a limpo o passado é agora,no governo Dilma, com a Comissão da Verdade.

Nas sangrentas batalhas travadas pela oposição conservadora e os movimentos sociais, o conhecimento sobre a verdadeira história do período da ditadura militar no Brasil parece que não mais aceita adiamentos. Em diferentes países a verdade foi passada a limpo, com punições ou não, a história seguiu. 

Na África do Sul, que viveu, talvez, o mais brutal e bestial regime de segregação racial, com milhares de mortos, a transição para a democracia não permitiu dissimulações ou falsas anistias.  A Comissão da verdade, brilhantemente dirigida pelo nobelista Desmond Tutu, colocou frente a frente os dois lados da disputa. O processo foi doloroso, fazendo com que Tutu fosse às lágrimas por diversas vezes, diante das declarações. Assassinos e familiares dos mortos, independente das cores e do lado, falavam de suas angústias, tristezas e sofrimentos, por conta dos anos de luta. O processo foi fundamental, para que o país conhecesse sua história, valorizasse seu passado, e pudesse olhar com firmeza para o futuro.  A África do Sul, independente dos sérios problemas ainda a resolver, ficou conhecida como o país de todas as cores, lugar onde a ignorância e estupidez,  tiveram como resposta a civilidade e o diálogo. 

Na América do Sul, que sofreu com a  barbárie de ditaduras, diversos países trouxeram a tona a verdade sobre os anos em que o sol não brilhou, exatamente na região do Império do Sol. 
Em alguns países, os ditadores foram julgados, condenados e cumprem penas por seus crimes. Em outros, a verdade pode ser conhecida, com anistia para todos os lados. O importante, em todos os casos, foi a restauração da ordem democrática, a remoção do entulho autoritário dos poderes e, principalmente, a verdade, condições essenciais para evolução de uma nação. 

Nesse contexto, me vêem lembranças do ano de 1973. 
Naqueles já distantes anos,  onde corujas e pirilampos bailavam entre sacis e fadas com os Secos& Molhados,  Raul Seixas não sentava no trono de seu apartamento com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar e os Novos Baianos enlouqueciam a ditadura e sua patética censura, conheci Lucas. 
De um dia para o outro, Lucas, que fora amigo na faculdade, sumiu. 
Décadas depois nos reencontramos e pude conhecer um pouco de sua história.

Lucas militava em uma organização contra o regime militar. 
Na faculdade era de poucas palavras, mesmo porque qualquer conversa com mais de três pessoas podia ser vista como conspiração comunista. 
Seu grupo de ação, alugou uma casa, que servia de encontro , no pacato bairro do Lins de Vasconcelos, zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

O Lins era um bairro estratégico para o funcionamento de aparelhos. Sem ser um bairro de passagem, com pouco movimento, residencial com casas com cadeiras na calçada e na fachada escrito que é uma lar,  tinha saídas para o subúrbio pelo alto Meier, para o centro pelo Engenho Novo e para a zona oeste, pela estrada Grajaú - Jacarepaguá.
O aparelho que Lucas frequentava ficava numa dessas ruas tranquilas, entretanto eles jamais poderiam imaginar, que na casa em frente morava um jornalista, que trabalhava para a ditadura como torturador. A rua, como em todo bairro da zona norte , tinha seus personagens.
Seu Pinto era um deles. Aposentado, vivia com sua mulher, Dona Walquiria em uma casa próxima. Sujeito de pouca instrução, mas de grande astúcia e ótimo observador. Passava a maior parte dos dias  sentado em uma cadeira na porta de sua casa, ora lendo jornais, ora bebendo cachaça.

Na casa em frente a de Lucas, vivia Silvério, o jornalista torturador, casado com Juliana. Tinham um filho, Pedro. Silvério não despertava suspeitas, menos para Seu Pinto, claro, por ser um sujeito família que frequentava as missas aos domingos na igreja do bairro. Tinha uma rotina, que para Seu Pinto era estranha. Saía de casa as 5 horas da manhã, todos os dias,  voltava por volta das 10 horas, saía novamente por volta das 17 horas e voltava às 21 horas. As vezes ficava o dia todo fora de casa. Era um sujeito alto, de olhos claros, com uma aparência saturniana.

No aparelho viviam diariamente, Paulo e Vera. 
Simulavam um casal recém casado, tinham em torno de 25 anos e para evitar fofocas , também frequentavam a missa aos domingos, mesmo sendo marxistas de carteirinha.  Tinham uma caminhonete DKW, um pouco surrada,  carro típico de aparelho. Não tinham uma rotina fixa, raramente recebiam visitas que pudessem ser vistas pelos vizinhos. 
Mesmo assim, Seu Pinto desconfiava deles.  
Para os encontros e reuniões, que aconteciam com frequência, Paulo e Vera traziam as pessoas escondidas na caminhonete, sendo que muitos, ficavam , as vezes, semanas na casa, sem sair a rua ou aparecer para a vizinhança. Quando iam embora, também saim escondidos no carro.
  
Seu Pinto achava que Vera tinha uma expressão de medo constante, e achava que ali tinha coisa.

Acontece , que em um determinado dia, Igor, um que vivia no aparelho e entrava 
escondido no carro, pelo vidro da janela avistou Silvério saindo de casa. Levou um susto tremendo, pois reconheceu Silvério como seu torturador.

Certa vez, Igor que caminhava pela Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, onde estava estudando a rotina do Banco Irmãos Guimarães na esquina da Rua da Alfândega para uma ação de expropriação, foi agarrado e jogado em um carro. Foi levado para uma órgão de informação das forças armadas, nas  proximidades da Praça XV.  Ficou no local por  oito horas , onde foi interrogado, torturado e mandado embora, por atitude suspeita. No interrogatório estava presente Silvério, que além de trabalhar em um grande conglomerado de mídia carioca como jornalista, também colaborava como torturador para a regime, assim como os donos do conglomerado midiático. Igor levou vários choques elétricos nos  órgãos genitais, e diversos telefones, fazendo ficar sem audição por umas três semanas. Aguentou firme, não falou nada e  teve sorte de ter sido dispensado

Quando  Igor avistou  Silvério  na casa em frente avisou rápido os demais companheiros do perigo que aquela figura representava.
Depois de alguns dias de discussões, resolveram que o melhor seria matar Silvério, decisão que aumentou ainda mais o pânico de Vera.
Vizinho ao aparelho tinha uma vila residencial, com saída para uma outra rua. Resolveram que iriam matar Silvério, tarefa destinada a Carlão, que simularia uma fuga pela vila mas pularia o muro para dentro do aparelho.
E assim aconteceu. 

Em um dia, às cinco horas da manhã, Silvério levou um tiro certeiro na nuca e caiu. Carlão simulou a fuga e pulou para o aparelho, que naquele dia tinha apenas Paulo e Vera. O tumulto tomou conta da rua. Seu Pinto sabia que ali tinha coisa e grudou os olhos na polícia. Ninguém viu nada. No meio de perícia e de toda aquela gente, Paulo e Vera saíram de casa tranquilamente de carro, com Carlão escondido.

Passados alguns meses da morte de Silvério , o tempo fechou para os frequentadores do aparelho.
Em um tranquilo e melancólico domingo de zona norte, o aparelho foi cercado por "policiais" sem farda. O tiroteio foi intenso e os quatro que estavam dentro de casa resolveram se render, Paulo, Vera, Igor e Carlão. 
Lucas , por sorte escapou. Tido como romântico, pelos seus amigos de guerrilha, tinha se apaixonado por uma menina hippye, filha de um Almirante de linha dura membro da TFP e diretor do Lyons Club, e fora a um encontro com ela na Quinta da Boa Vista. 
Logo em seguida, quando soube que a casa estava crivada de balas e os amigos presos, Lucas saiu do país, pois sabia que estava na mira.

Passadas quatro décadas daquele domingo no bairro do Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro,  não se sabe o paradeiro de Paulo, Vera, Igor e Carlão. 
Seus familiares tentam , até hoje, saber a verdade sobre o que aconteceu, para que possam viver em paz e o país precisa dessa verdade para limpar seu entulho autoritário que persiste ainda.

Lucas voltou depois do final da ditadura, mora na região serrana do Rio e é professor, foi salvo pela paixão.

Juliana, viúva de Silvério, o torturador assassinado,  se agarrou a religião, frequentava a igreja  do bairro todos os dias e acabou se apaixonando pelo padre, com quem se  casou e tiveram cinco filhos.

Seu Pinto teve um fim trágico. Sentado na porta de sua casa viu duas pessoas na sua  frente iniciar uma discussão que acabou em briga. Um dos envolvidos, viciado em corridas de cavalos, portava um grande binóculo que atirou no outro mas acabou acertando Seu Pinto. O impacto casou um ferimento na testa que evoluiu para uma septicemia, levando o aposentado a morte.