quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O submundo criminoso de globo

Como o processo de sonegação da Globo sumiu da Receita e sobreviveu no submundo do crime

Os originais do processo
Os originais do processo
Esta é a segunda reportagem especial da série sobre o processo da sonegação da Globo, fruto de nosso projeto de crowdfunding no Catarse. Na primeira, detalhamos a operação para aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
No dia 2 de julho do ano passado, um grupo de blogueiros, com o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e o Mega Cidadania à frente, foi ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e entregou uma representação com 25 páginas do processo da Receita Federal em que os donos da TV Globo são responsabilizados pela prática de crime contra a ordem tributária.
O procurador recebeu os documentos e encaminhou para a Polícia Federal, que abriu inquérito. “Tinha grande esperança de que o crime fosse, finalmente, apurado, em razão da independência do Ministério Público”, diz Alexandre César Costa Teixeira, autor do blog Mega Cidadania.
No último 7 de outubro, dois dias depois do primeiro turno das eleições, o inquérito foi arquivado, por decisão do delegado Luiz Menezes, da Delegacia Fazendária da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. A decisão teve endosso do Ministério Público e foi acatada pela 8ª Vara Federal Criminal do Estado.
“A frustração é muito grande. Eu me empenhei muito para que esse caso não ficasse impune”, disse Alexandre, ao saber que a representação dele e de seus amigos acabou no arquivo da Justiça Federal.
“Eles não chamaram nenhum de nós para depor, mesmo sabendo que fomos nós que conseguimos as páginas do processo que havia desaparecido da Receita. É um absurdo”, afirma. “O sentimento é de indignação”, diz ele, que já foi funcionário do Banco do Brasil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
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Alexandre faz parte de uma rede que atuou na internet, em junho do ano passado, para fortalecer as manifestações de rua. Foi ele quem entregou a Miguel do Rosário, do site O Cafezinho, os documentos que incriminavam a Globo, o que provocou, em julho de 2013, uma manifestação em frente à porta da Globo, na rua Von Martius, Jardim Botânico, em que foram distribuídos adesivos com a frase “Sonegação é a maior corrupção”.
O processo desapareceu da Receita Federal no dia 2 de janeiro de 2007, quando já estava separado para que uma cópia fosse encaminhada ao Ministério Público Federal, com uma representação para fins penais, em que Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho são apontados como responsáveis por crimes contra a ordem tributária.
Uma investigação da Receita Federal apontou a agente administrativa Cristina Maris Meinick Ribeiro como responsável pelo sumiço. A prova mais forte contra ela é um vídeo que registra a entrada e a saída da Delegacia da Receita Federal.
Na entrada, Cristina Maris aparece com uma bolsa. Na saída, além da bolsa, ela tem uma sacola, onde, segundo testemunhas, estavam as três pastas do processo.
Seis meses depois do crime, a agente administrativa acabou presa, a pedido do Ministério Público Federal, mas ficou apenas dois meses e meio atrás das grades.
Sua defesa, formada por cinco advogados, conseguiu no Supremo Tribunal Federal um habeas corpus, numa decisão em que o relator foi o ministro Gilmar Mendes.
Em janeiro de 2013, Cristina Maris foi condenada a 4 anos e onze meses de prisão. O juiz que assina a sentença escreveu que Cristina agiu “com o evidente propósito de obstar o desdobramento da ação fiscal que nele se desenvolvia, cujo montante ultrapassava 600 milhões de reais.”
No mesmo processo em que foi condenada por ajudar a Globo, Cristina Maris respondeu à acusação de interferir no sistema de informática da Receita Federal para dificultar a cobrança de impostos de outras três empresas.
Cristina Maris vive hoje num apartamento da avenida Atlântica, esquina com a rua Hilário de Gouveia, em Copacabana, mas não dá entrevista. Informado de que eu gostaria de conversar com ela, o porteiro acionou o interfone e, depois de falar com alguém, disse que ela não estava.
O processo da Receita Federal permaneceu desaparecido até que Alexandre conseguiu com um amigo cópia de 25 páginas do processo e as entregou para Miguel do Rosário, que publicou em O Cafezinho.
Eu fui apresentado ao amigo de Alexandre em um apartamento no centro da cidade. Sob condição de não ter seu nome revelado, ele me levou, no dia seguinte, a uma casa no subúrbio carioca, e ali telefonou para outra pessoa, a quem pediu para trazer “a bomba”.
Não eram apenas 25 páginas, mas o processo inteiro, original.
Meia hora depois, chegaram dois homens, um deles com uma mochila preta nas cotas.
Abrigaram a mochila e tiraram de dentro os dois volumes do processo, mais o apenso.
globo - doc
Os documentos são originais, inclusive os ofícios da TV Globo, em papel timbrado, em que a empresa, questionada, entrega os documentos exigidos pela Receita Federal.
Alguns desses documentos são os contratos em que a Globo, segundo o auditor fiscal Alberto Sodré Zile, simula operações de crédito e débito com empresas abertas no Uruguai, Ilha da Madeira, Antilhas Holandesas, Holanda e Ilhas Virgens Britânica, a maior parte delas paraísos fiscais.
Esses contratos, que o auditor Zile classifica como fraude, têm a assinatura de Roberto Irineu Marinho e de João Roberto Marinho. TV Globo, Power, Porto Esperança, Globinter, Globo Overseas são algumas das empresas que fazem negócios entre si para, ao final, adquirir uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas, a Empire, que tinha como sede uma caixa postal compartilhada com Ernst & Young Trust Corporation e detinha os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
Analisada superficialmente, a papelada indica que a Globo tem uma intensa atividade internacional, e está em busca de novos espaços no exterior. Vistos com lupa, como fez o auditor da Receita Federal, esses documentos mostram que tudo não passou de simulação.
As empresas são todas controladas pela família Marinho e os contratos são de mentirinha. No fundo, o que a Globo busca é se livrar do imposto de renda que deveria ser pago na fonte, ao comprar os direitos de transmissão da Copa do Mundo.
O amigo de Alexandre esclarece que os dois homens que guardam a bomba não pertencem à quadrilha que faz desaparecer processos das repartições públicas do Rio de Janeiro, a qual a ex-funcionária da Receita Federal Cristina Maris prestou serviço.
Os processos estiveram em poder da quadrilha até que o amigo de Alexandre conseguiu resgatá-lo da única maneira que se negocia com bandidos: pagando o preço do resgate. Ele não diz o valor.
Alexandre recebeu os originais e quis entregá-los à Polícia Federal num fim de semana. Mas, ao saber que se tratava do inquérito da Globo, o delegado de plantão teria se recusado a ficar com os documentos.
Alexandre decidiu então esperar ser chamado para depor, oportunidade em que entregaria uma cópia do processo ou mesmo o original, caso o delegado quisesse. Mas a intimação que ele esperava receber nunca chegou.
“Dizem que o processo da Receita Federal foi remontado, com cópias fornecidas pela Globo. Seria interessante comparar o original com esse processo remontado, se é que foi remontado”, afirma.
Na sexta-feira da semana passada, eu procurei o delegado encarregado do inquérito, Luiz Menezes.
Quando perguntei do inquérito, ele disse: “Esse inquérito já foi relatado e foi para a justiça federal.” Quando perguntei sobre a conclusão dele, respondeu: “Arquivo”. Por quê? “A Globo apresentou o DARF de recolhimento do imposto.” O senhor se lembra de quanto era o DARF? “Não”.
Na 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, a informação que obtive é que, no dia 7 de outubro, o processo deixou existir, tomando o caminho do arquivo, como sugerido pelo delegado, com a anuência do Ministério Público Federal.
Sobre a hipótese de ter havido crime de lavagem de dinheiro, cuja punibilidade não é extinta mesmo com o pagamento de imposto atrasado, o delegado Luiz Menezes não quis falar.
Por que um processo que desapareceu dos escaninhos da Receita Federal em janeiro de 2007, beneficiando a TV Globo, sobreviveu no submundo do crime?
Segundo o amigo de Alexandre, a situação saiu do controle da Globo quando o processo caiu nas mãos de um homem que tentou extorquir dinheiro da empresa.
“A Globo pagou para fazer desaparecer o processo da Receita e teria que pagar de novo”, diz.
Aqui entra uma versão em que é difícil separar a lenda da verdade.
Com a ajuda de um aparato policial amigo, a Globo teria tentado retomar os documentos à força, mas a operação falhou, e o processo continuou no submundo até que foi trazido à luz pela militância na internet.
Hoje, mesmo contendo informações de teor explosivo, as autoridades querem distância do processo.
“A Globo é blindada. Nós tentamos chamar a atenção para o problema, mas ninguém se dispõe a ouvir”, diz Alexandre.
Na época da Copa, Alexandre procurou as empresas de outdoor do Rio de Janeiro, para divulgar um anúncio em que informa da existência do processo e pede a apuração.
A campanha era assinada pelos blogueiros, mas nenhuma empresa de outdoor aceitou abrigar a mensagem.
Enquanto órgãos oficiais não investigam o caso, o processo da Receita Federal que envolve a Globo continuará sendo transportado em mochilas no subúrbio do Rio de Janeiro.
Alexandre "Terremoto"
Alexandre “Terremoto”

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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O grupo globo e o crime organizado se confundem.

Não se sabe os limites entre um e outro.

Mais uma vez, pelo que consta o artigo de DCM, globo  organiza uma ação com o auxílio da Polícia.

Tudo isso para resgatar o processo.

E sempre com a polícia amiga ao lado, até mesmo para esconder crimes.

Como disso o senador do Paraná, regulamentar a mídia é uma questão sanitária.

De fato, é muita sujeira.

Guerra contra o povo

Levante contra a morte de jovem negro toma as ruas de 170 cidades nos EUA

Light Brigading/CC
Milhares de pessoas foram às ruas interditando estradas e pontes para pedir justiça; Judiciário decidiu não indiciar o policial Darren Wilson, responsável pelos seis disparos que mataram Michael Brown
26/11/2014
Da Redação*
Os protestos nos EUA contra a morte do jovem negro Michael Brown já se proliferam por mais de 170 cidades espalhadas em 37 estados. Na madrugada desta quarta-feira (26), segundo dia das manifestações, milhares de pessoas foram às ruas interditando estradas e pontes para pedir justiça, após o Judiciário estadunidense decidir não indiciar o policial Darren Wilson, responsável pelos seis disparos que mataram o garoto, desarmado, no mês de agosto.
Ao redor do país, Washington, Nova York, Los Angeles, Atlanta, Boston, Filadélfia, Oakland e Seattle foram as cidades onde aconteceram as maiores concentrações, que se desenvolveram de forma majoritariamente pacífica, salvo por alguns incidentes isolados e detenções.
Na cidade de Ferguson, no estado do Missouri, houve repressão por parte das forças de seguranças locais, que usaram bombas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. No total, 44 pessoas foram detidas pelas autoridades.
Os protestos começaram após a Justiça dos Estados Unidos ter decidido não indiciar o policial que matou o jovem negro Michael Brown. Após ouvir 60 testemunhas nesta segunda-feira (24), o júri anunciou que não existe "causa provável" para acusar o oficial Darren Wilson — que, no dia 9 de agosto, disparou seis vezes contra o adolescente de 18 anos, que estava desarmado na ocasião.
Entenda o caso
A morte de Michael Brown em agosto reacendeu a discussão em torno do racismo em forma de violência policial nos Estados Unidos e provocou uma série de protestos em Ferguson. Devido à situação na cidade, o presidente do país, Barack Obama, anunciou uma investigação profunda e independente.
A autópsia feita a pedido da família de Brown revelou que o jovem foi executado com pelo menos seis tiros, sendo dois na cabeça. A confirmação contrasta com a tese apresentada pelos policiais de que Brown teria resistido à prisão. Até o momento, não há informações oficiais de quais circunstâncias motivaram Darren Wilson atirar contra o jovem.
Fonte: BRASIL DE FATO
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Ferguson: l’impressionnant arsenal répressif américain

Mercredi, 26 Novembre, 2014

Reuters/Mario Anzuoni
La réponse des autorités américaines aux manifestations de Ferguson est proprement militaire. Les Etats-Unis développent de nouvelles armes non létales qu’ils n’hésitent pas à déployer face aux manifestants.
Plus de 2000 soldats de la Garde nationale ont été déployés à partir de mardi autour de Ferguson. Des militaires, en tenue de camouflage et armés de fusils d'assaut, ainsi que des agents du FBI, ont été mobilisés en renforts aux policiers. Un arsenal guerrier qui ne s’arrête pas là. Les soldats sont accompagnés de véhicules blindés, qui étaient utilisés en Irak car ils sont conçus pour résister aux mines. D’où leur nom d’ailleurs : MRAPs, Mine Resistant Ambush Protected Vehicles, véhicules d’embuscade résistants aux mines.  
Mais c’est le déploiement de LRAD (Long Range Acoustic Devices) qui frappe le plus. Ce sont des canons à son, apte à envoyer de manière très précise des ondes audio à plus de 8 kilomètres de distance, au dessus du seuil de la douleur. Jusqu’à 149 décibels, ces sons provoquent une violente souffrance, des maux de crânes terribles et entraînent un risque de dommages irréversibles. Utilisée pour la première fois lors d’une manifestation contre le G20 à Pittsburg en 2009, cette arme de répression a causé à une enseignante une perte d’audition irréversible, ainsi que des troubles de l’équilibre et des nausées permanents. Ce canon à son a été utilisé plusieurs fois à Ferguson depuis les premières manifestations en août dernier.  L’Etat du Missouri a acheté deux LRAD en avril.
Le LRAD en action à Ferguson (attention au volume sonore de votre ordinateur)
Un arsenal en réserve
Les Etats-Unis ne manquent pas d’imagination lorsqu’il s’agit d’inventer de nouveaux outils de répression. S’ils ne sont pas pour l’heure déployés à Ferguson, plusieurs armes non létales ont été développées et sont en réserve. Au chapitre des canons, l’Active Denial System (ADS) sert à envoyer des micro-ondes sur les manifestants, un faisceau précis d’ondes millimétriques pour être précis. L’ADS fait monter immédiatement la peau des cibles à 55 degrés, causant une douleur intense, mais ne cause pas de blessure visible si le faisceau ne reste pas trop longtemps sur la même personne. L’ADS n’a pour l’instant été déployé qu’en Afghanistan, pour but de disperser les foules.
En plus du son et des micro-ondes, les ingénieurs américains ont également réussi à transformer la lumière en arme effrayante. La torche laser « Dazzler » qui était utilisée en Irak pour désorienter les adversaires des G.I. en combat rapprochés, a été récemment rendu obsolète par la société Intelligent Optical Systems (IOS), qui a reçu pour l’occasion une lucrative commande de la sécurité intérieure américaine. IOS a créé une lampe torche nommée LED Incapacitator, qui émet une série très rapide de flashs lumineux de différentes couleurs, et crée une augmentation forte et immédiate de la pression intracrânienne de la cible. Celle-ci est prise de vomissements et souffre de ce qui est considérée par la médecine comme la pire douleur existante: algie vasculaire de la face (AVF).
Fonte: HUMANITÉ
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CIA e a velha mídia. Tudo a ver

Jornalista alemão denuncia controle da CIA sobre a mídia; diz que noticiário estimula guerra com a Rússia

publicado em 25 de novembro de 2014 às 15:49
jornalista
Udo Ulfkotte, que trabalhou no Frankfurter Allgemeine Zeitung, fala à Russia Today
sugerido pela Conceição Oliveira
Tradução parcial da entrevista reproduzida em vídeo abaixo
Sou jornalista há 25 anos, e fui criado para mentir, trair, e não dizer a verdade ao público. Mas vendo agora, e nos últimos meses, o quanto … como alemão a mídia dos EUA tentar trazer a guerra para os europeus, para trazer a guerra à Rússia. Este é um ponto de não retorno, e eu vou me levantar e dizer … que o que eu fiz no passado, não é correto, manipular as pessoas, para fazer propaganda contra a Rússia e o que os meus colegas fizeram no passado, porque eles são subornados para trair o povo, não só na Alemanha, mas de toda a Europa.
livro
A razão para este livro é que estou muito preocupado com uma nova guerra na Europa, e eu não quero de novo a situação, porque a guerra nunca vem de si mesmo, há sempre pessoas atrás que levam à guerra, e não é só políticos, jornalistas também.
Eu só escrevi no livro sobre como traimos no passado nossos leitores apenas para empurrar para a guerra, e porque eu não quero isso, eu estou cansado dessa propaganda. Nós vivemos em uma república de bananas, não é um país democrático, onde teríamos a liberdade de imprensa, direitos humanos.
[...]
Se você olhar para a mídia alemã, especialmente os meus colegas que, dia após dia, escrevem contra os russos, que estão em organizações transatlânticas, que são apoiados pelos Estados Unidos para fazer isso, pessoas como eu. Eu me tornei um cidadão honorário do Estado de Oklahoma. Por que exatamente? Só porque eu escrevia pró-Estados Unidos. Eu escrevia pro-Estados Unidos e fui apoiado pela Agência Central de Inteligência, a CIA. Por quê? Porque eu tinha que ser pró-americano.
Estou cansado disso. Eu não quero! E assim que eu acabei de escrever o livro — não para ganhar dinheiro, não, ele vai me custar um monte de problemas — só para dar às pessoas, neste país, a Alemanha, na Europa e em todo o mundo, apenas para dar-lhes um vislumbre do que se passa por trás das portas fechadas.
[...]
Sim, existem muitos exemplos disso: se você voltar na história, em 1988, se você for ao seu arquivo, você encontrará em março de 1988 que os curdos do Iraque foram atacados com gás tóxico, o que se tornou conhecido em todo o mundo. Mas em julho de 1988, eles [o jornal alemão] me mandaram para uma cidade chamada Zubadat, que fica na fronteira entre Iraque e Irã.
Foi na guerra entre iranianos e iraquianos, e eu fui enviado para lá para fotografar como os iranianos tinham sido atacados com gases venenosos, gás venenoso alemão. Sarin, gás mostarda, fabricado pela Alemanha. Eles foram mortos e eu estava lá para tirar fotos de como essas pessoas foram atacadas com gás venenoso da Alemanha. Quando voltei para a Alemanha, só saiu uma pequena foto no jornal, o Frankfurter Allgemeine, e saiu apenas uma pequena seção sem descrever como era impressionante, brutal, desumano e terrível, matar … matar, décadas após a Segunda Guerra Mundial, o povo com gás venenoso alemão.
Foi uma situação em que eu me senti abusado por estar lá apenas para fazer um documentário sobre o que tinha acontecido, mas não estar autorizado a revelar ao mundo o que tínhamos feito atrás das portas fechadas. Até hoje, não é bem conhecido do público alemão que havia gás alemão, houve centenas de milhares de pessoas atingidas nesta cidade de Zubadat.
Agora, você me perguntou o que eu fiz para as agências de inteligência. Então, por favor, entenda que a maioria dos jornalistas que você vê em outros países afirmam ser jornalistas, e eles poderiam ser jornalistas, jornalistas europeus ou americanos … mas muitos deles, como eu no passado, são supostamente chamado de “informantes não-oficiais”.
É assim que os americanos chamam. Eu era um “informante não-oficial”. A cobertura extra-oficial, o que isso significa?
Isso significa que você trabalha para uma agência de inteligência, você os ajuda se eles querem que você para ajude, mas nunca, nunca [...] quando você for pego, se descobrem que você não é só um jornalista, mas também um espião, eles nunca dirão “era um dos nossos.”
Isso é o que significa uma cobertura extra-oficial. Então, eu ajudei-os várias vezes, e agora eu me sinto envergonhado por isso também. Da mesma forma que eu sinto vergonha de ter trabalhado para jornais como o Frankfurter Allgemeine, porque eu fui subornado por bilionários, subornado pelos norte-americanos para não refletir com precisão a verdade .
[...]
Eu só imaginava, quando eu estava no meu carro para vir a esta entrevista, tentei perguntar o que teria acontecido se eu tivesse escrito um artigo pró-russo no Frankfurter Allgemeine. Bem, eu não sei o que teria acontecido. Mas todos nós fomos ensinados a escrever artigos pró-europeus, pró-americanos, mas por favor não pró-russos. Portanto, estou muito triste por isso …. Mas não é assim que eu entendo a democracia, a liberdade de imprensa, e eu realmente sinto muito por isso.
[...]
Sim, eu entendi a pergunta. A Alemanha ainda é uma espécie de colônia dos EUA, você verá em muitos aspectos; como [o fato de que] a maioria dos alemães não querem ter armas nucleares em nosso país, mas ainda temos armas nucleares americanas.
Então, sim, nós ainda somos uma espécie de colônia americana e, por ser uma colônia, é muito fácil de se aproximar de jovens jornalistas através de (e isso é muito importante) organizações transatlânticas.
Todos os jornalistas de jornais alemães altamente respeitados e recomendados, revistas, estações de rádio, canais de TV, são todos membros ou convidados destas grandes organizações transatlânticas. E nestas organizações transatlânticas, você é abordado por ser pró-americano. Não há ninguém que vem a você e diz: “Nós somos a CIA. Gostaria de trabalhar para nós? “. Não! Esta não é a maneira que acontece.
O que essas organizações transatlânticas fazem é convidá-lo para ver os Estados Unidos, pagam por isso, pagam todas as suas despesas, tudo. Assim, você é subornado, você se torna mais e mais corrupto, porque eles fazem de você um bom contato. Então, você não vai saber que esses bons contatos, digamos, não-oficiais, são de pessoas que trabalham para a CIA ou outras agências dos EUA.
Então, você faz amigos, você acha que você é amigo e você vai cooperar com eles. E se perguntam: “Você poderia me fazer um favor?”. Em seguida, seu cérebro passa por uma lavagem cerebral. A pergunta: é apenas o caso com jornalistas alemães? Não! Eu acho que este é particularmente o caso com jornalistas britânicos, porque eles têm uma relação muito mais próxima. Também é particularmente o caso com jornalistas israelenses. É claro que com jornalistas franceses, mas não tanto como com os jornalistas alemães ou britânicos.
Este é o caso para os australianos, os jornalistas da Nova Zelândia, de Taiwan e de muitos países. Os países do mundo árabe, como a Jordânia, por exemplo, como Omã. Há muitos países onde você encontra pessoas que se dizem jornalistas respeitáveis, mas se você olhar para trás, você vai descobrir que eles são fantoches manipulados pela CIA.
[...]
Desculpe-me por interrompê-lo, dou-lhe um exemplo. Às vezes, as agências de inteligência vêm para o seu escritório e sugerem que você escreva um artigo. Dou-lhe um exemplo, não de um jornalista estranho, mas de mim mesmo. Eu só esqueci o ano. Só me lembro que o serviço de inteligência alemão no exterior, o Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (isto é apenas uma organização irmã da Agência Central de Inteligência) veio ao meu escritório Frankfurter Allgemeine em Frankfurt. Eles queriam que eu escrevesse um artigo sobre a Líbia e o coronel Kadafi. Eu não tinha absolutamente nenhuma informação secreta sobre Kadafi e Líbia. Mas eles me deram toda a informação em segredo, só queriam que eu assinasse o meu nome.
Eu fiz isso. Mas foi um artigo que foi publicado no Frankfurter Allgemeine, que originalmente veio do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha, a agência de inteligência no exterior. Então, você realmente acha que isso é jornalismo? As agências de inteligência escreverem artigos?
[...]
Oh sim. Este artigo é parcialmente reproduzida no meu livro, este artigo foi “Como a Líbia e o coronel Kadafi secretamente tentam construir uma usina de gás tóxico em Rabta”. Acho que foi Rabta, sim. E eu tenho toda essa informação… foi uma história que foi impressa em todo o mundo, alguns dias depois. Mas eu não tinha nenhuma informação sobre o assunto e  foi a agência de inteligência que me sugeriu escrever o artigo. Então isso não é como o jornalismo deve funcionar, as agências de inteligência decidirem o que é publicado ou não.
[...]
Eu tive uma, duas, três … seis vezes a minha casa foi revistada, porque eu tenho sido acusado pelo procurador-geral alemão pela divulgação de segredos de Estado. Seis vezes invadiram a minha casa! Bem, eles esperavam que eu nunca iria me recuperar. Mas eu acho que é pior, porque a verdade virá à tona um dia. A verdade não vai morrer. E eu não me importo com o que acontecer. Eu tive três ataques cardíacos, não tenho filhos. Então, se eles querem me processar ou me jogar na cadeia… é pior para a verdade.

PS do Viomundo: Quem serão as fontes não oficiais da CIA no Brasil?

Fonte: VIOMUNDO
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Aécio Neves e sua identidade com a CIA

Tucano comete ato falho ao comentar ida de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda 

Jornal do Brasil     
A declaração do candidato derrotado à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, de que a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda é como "um grande quadro da CIA ser convidado para assumir o comando da KGB" - numa referência aos serviços secretos dos Estados Unidos e da ex-União Soviética - mostra que o grupo que Aécio representa defende realmente os interesses dos Estados Unidos.
O ato falho do tucano, que associa Joaquim Levy - a quem elogiou afirmando que o economista é seu amigo há muitos anos - ao serviço secreto americano, é como uma homenagem à própria central de inteligência, feito por um político que foi candidato à Presidência do Brasil.
Aécio Neves
Aécio Neves
Homenagem à mesma central de inteligência que atuou no Iraque, que derrubou Jango, Getúlio Vargas e seu próprio avô, Tancredo Neves. CIA que também atuou no país durante a ditadura e as práticas de tortura.
Aécio quis dizer que Joaquim Levy é bom como a caguetagem, a delação, o dedo-duro? O tom de ironia do tucano mostra que a oposição não quer pessoas qualificadas no governo. Na verdade, joga contra os interesses do país.
Aécio tem toda a razão: Joaquim Levy é muito bom. As manifestações contrárias dentro do PT tem um cunho ideológico.
Uma observação: Joaquim Levy foi nomeado secretário do Tesouro Nacional pelo presidente Lula, em 2003.
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Recentemente surgiram na blogosfera progressista informações de que jornalistas brasileiros, a maioria do grupo globo, prestam serviços para a  CIA.

Tais informações davam conta de reuniões desses jornalistas com altos funcionários de consulados e da embaixada americanas.

Algumas das conversas que aconteceram nesses encontros amigáveis - como se refeririam os jornalistas depois do flagrante - foram divulgadas pelo Wikileaks.

Sabe-se , agora, que em outros países, como na Alemanha, o expediente é o mesmo e que  a imprensa ocidental é parte do processo  político, produzindo e divulgando notícias previamente filtradas e escolhidas para atender objetivos específicos.

Isso ajuda a explicar o processo em curso no Brasil para tentar inviabilizar a Petrobras e , com isso, entregar a estatal e as reservas de petróleo do país aos "amigos" da América do norte.

O retorno das utopias

‘Utopia comunista’, vila espanhola vive da ação direta e de empregos sazonais

Rural C
Vilarejo com pouco mais de 2.700 habitantes no Sul da Espanha tornou-se referência por governo coletivo e participação ativa da população na resolução dos problemas da cidade, sem a presença da polícia
25/11/2014
Liam Barrington-Bush e Jen Wilton
de Marinaleda (Espanha)
No sul da Espanha, a rua é a sala de estar coletiva, onde vizinhos se juntam para conversar sobre os acontecimentos do dia até tarde da noite. No verão, o ca­lor chega facilmente a superar 40 graus centígrados e o cheiro de frutos do mar emerge de cozinhas e restaurantes à me­dida que começa a se aproximar o horá­rio tardio do jantar.
A cena acima descreve bem Marinale­da, na região de Andaluzia. A princípio, a comunidade não se distinguiria de vá­rias outras localidades vizinhas nas mon­tanhas de Sierra Sur, no Sul do país, não fosse por alguns sinais reveladores: os nomes de suas ruas (Ernesto Che Gueva­ra, Solidariedad e Praça Salvador Allen­de, por exemplo); o grafite (foices e mar­telos desenhados à mão ao lado de “As” envoltos em um círculo); ou o rosto enor­me de Che adornando a parede externa do estádio esportivo local.
Farol de esperança
Marinaleda vem sendo chamada de “utopia comunista” da Espanha, embora a variante local tenha pouca semelhança com o modelo soviético comumente as­sociado à frase. O tecido social da cida­de tem sido costurado de modo muito di­ferente do restante do país desde a que­da da ditadura franquista em 1975. Uma fábrica de azeite de oliva de propriedade cooperativa, casas construídas pela e pa­ra a comunidade e um famoso saque de um grande supermercado, liderado pelo ex-prefeito da cidade, em que o total ar­recadado foi doado para depósitos comu­nitários de alimentos, são alguns dos fa­tos que ajudaram a posicionar Marinale­da como um farol de esperança.
A economia espanhola continua em sua derrocada pós-2008, com a taxa na­cional de desemprego a 26% e metade dos jovens sem conseguir arranjar tra­balho. Ao mesmo tempo, Marinaleda se orgulha de manter um quadro modes­to, mas constante de empregos, no qual a maioria das pessoas tem pelo menos al­gum trabalho e os que estão desemprega­dos possuem uma forte rede de assistên­cia para se manter.
Ação direta
Marinaleda tem uma moeda raramen­te encontrada, a não ser em grupos ati­vistas ou comunidades indígenas que lu­tam contra projetos destrutivos de de­senvolvimento: a moeda da ação direta.
Em vez de se apoiar exclusivamente em dinheiro para que as coisas funcio­nem, os marinaleños vêm entregando seu sangue, suor e lágrimas coletivas pa­ra a criação de uma gama de sistemas al­ternativos neste canto do mundo.
Quando o dinheiro não está imedia­tamente disponível, os marinaleños se apoiam uns nos outros. Às vezes, isso significa ocupar coletivamente terras de propriedade da aristocracia andaluza e fazer com que sejam utilizadas a servi­ço da cidade; em outras, significa sim­plesmente compartilhar a carga da co­leta do lixo.
Assembleias
Mesmo operando com certo grau de autoridade central, o conselho municipal entregou o poder nas mãos das pessoas a quem serve. Assembleias gerais são con­vocadas regularmente para que os mora­dores da cidade possam tomar parte das decisões que afetam suas vidas. As as­sembleias também criam espaços em que as pessoas possam se unir para organizar o que a comunidade necessita, por meio de ação coletiva.
“A melhor coisa que temos aqui é a as­sembleia geral”, diz Manuel Gutierrez, veterano servidor público no conselho da cidade. “A assembleia é um lugar para as pessoas discutirem problemas e encon­trar soluções”, diz, observando que mes­mo pequenos delitos são analisados cole­tivamente via assembleia, já que a cidade não tem sistema judicial ou polícia desde que o último policial local se aposentou.
Em seu período como prefeito, Juan Manuel Sánchez Gordillo [que adminis­trou a cidade entre 1979 e 2014] conse­guiu alavancar considerável apoio finan­ceiro do governo regional – um feito que Gutierrez atribui à trajetória coletiva de ação direta da cidade. “Se você vai em frente com o apoio do povo, isso é muito poderoso”, diz ele.
Como resultado, a pequena cidade se orgulha de ter amplas instalações espor­tivas e um jardim botânico lindamen­te conservado, bem como uma gama de necessidades mais básicas. “Para um pe­queno vilarejo com pouco mais de 2.700 pessoas, temos uma porção de instala­ções”, diz Gutierrez.
Ocupações
Em 1979, Sánchez Gordillo foi elei­to prefeito da cidade pela primeira vez. Ele comandou uma ampla campanha pa­ra mudar o rumo de Marinaleda, que co­meçou com a ocupação de terras subuti­lizadas. Envolvido na “lucha” desde o co­meço, Manuel Martín Fernández expli­ca como a comunidade decidiu, por meio do processo de assembleia geral, que al­go precisava ser feito para conter o êxodo de moradores da cidade. Eles ocuparam um reservatório próximo do vilarejo pa­ra convencer o governo regional a conce­der-lhes água suficiente para irrigar uma extensão de terra.
Depois que tiveram sucesso com es­sa ação, passaram, então, a ocupar 1.200 hectares da terra recentemen­te irrigada, que na época era proprie­dade de uma família aristocrática. Em 1991, o lote foi oficialmente expropria­do e entregue para uso local. “Levamos 12 anos para conseguir as terras”, ex­plica Martín Fernández, definindo a vi­tória como “uma conquista”.
Hoje, extensos campos de olivais, alca­chofra, feijão e pimenta formam a espi­nha dorsal da economia local. A terra é administrada coletivamente pela coope­rativa El Humoso e uma fábrica de enla­tados foi montada na periferia da cida­de. Como o ex-prefeito Sánchez Gordillo contou ao jornalista britânico Dan Han­cox, autor de um livro sobre Marinaleda, “nosso objetivo não era obter lucro, mas empregos”, explicando por que a cidade escolheu priorizar culturas de uso inten­sivo de mão de obra para criar mais em­prego para os moradores.
Emprego sazonal
Como a maior parte dos empregos agrícolas, seja nos campos ou nas fábri­cas, o trabalho é sazonal e varia de ano para ano. Mas ao contrário de muitas pe­quenas cidades agrícolas, Marinaleda di­vide o trabalho entre as pessoas que pre­cisam dele.
Dolores Valderrama Martín sempre viveu em Marinaleda e trabalha na fá­brica de enlatados Humoso há 14 anos. Do escritório ela explica que se 200 pes­soas estão procurando trabalho, mas a empresa só precisa de 40 trabalhado­res, todas são admitidas. “Formamos grupos de 30 a 40 pessoas, e cada gru­po trabalha por dois dias.” Mas ela aler­ta: “Quando não há nenhum trabalho, ficam todos desempregados, como em qualquer outro lugar”.
Grande parte dos moradores da cida­de critica a relativa falta de trabalho, mas a rede de seguridade social erguida com base nos princípios de ação direta e ajuda mútua faz com que, ao contrário de ou­tras partes do país, dois meses de salário sejam suficientes para manter o morador à tona durante o ano.
Moradia
A abordagem da cidade para a habi­tação é um dos exemplos mais claros de como o esforço coletivo pode preencher o vácuo deixado por uma economia es­tagnada.
Para a maioria das pessoas em sua pri­meira incursão no mercado imobiliário, o dinheiro costuma ser o maior obstá­culo. Dar entrada em um imóvel signifi­ca sempre uma soma considerável, mes­mo em mercados relativamente estáveis. Em Marinaleda, graças à combinação de subsídio estatal em materiais de constru­ção para moradias, mão de obra sem cus­to para a construção e terras dadas pela cidade, a habitação tem sido parcialmen­te removida do livre mercado. Em vez disso, membros da comunidade se unem com os planos arquitetônicos entregues pelo conselho para construir um bloco de casas, que se tornam parte de uma coo­perativa habitacional. Os moradores pa­gam prestações mensais de 15 euros [cer­ca de 48 reais] por cada unidade.
Enquanto o capitalismo enquadra nos­sos relacionamentos em uma série de transações econômicas de interesse indi­vidual, Marinaleda se apoia em um mo­delo de ajuda mútua, já que os morado­res trabalham juntos para satisfazer ne­cessidades compartilhadas, com bem menos dinheiro circulando.
A ação direta na cidade está enraizada em interesses comuns e explora aspectos práticos do que precisa ser feito, com ba­se em quem está lá para fazer, eliminan­do a divisão consumidor-provedor. Isso faz com que o dinheiro se torne um in­termediário desnecessário, já que aque­les que querem que alguma coisa seja fei­ta e os que as fazem se tornam um só.
Embora Marinaleda tenha suas fa­lhas, ela nos mostra que modelos econô­micos alternativos não só são possíveis como já existem. Em um grafite na prin­cipal rua da cidade, figura o desenho de um filtro de sonhos sobre uma foice e um martelo. A mensagem que o acom­panha nos instiga: “Agarre seus sonhos – a utopia é possível”.
Tradução: Maria Teresa de Souza.
Matéria original publicada na Contributoria, revista digital mensal com foco em direitos humanos
Fonte: BRASIL DE FATO
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Marinaleda é um bom e inspirador exemplo.

No entanto, na própria Espanha uma série de eventos e experiências de formas de organização social estão acontecendo, como frutos do movimento dos Indignados.

A velha mídia omite essas experiências e o pouco que aparece na imprensa anacrônica é sobre o protagonismo do novo partido político - Podemos - derivado das manifestações dos Indignados
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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Um governo para todos governado pelos vitoriosos

Em defesa do programa vitorioso nas urnas

A sociedade civil não pode ser surpreendida depois das eleições e tem o direito de participar ativamente na definição dos rumos do governo que elegeu.


Manifesto em defesa do programa vitorioso nas urnas
Arquivo

(*) Esse manifesto é fruto da extraordinária união havida no final do 2º turno, quando mais de 15.000 pessoas assinaram um documento de apoio à candidatura de Dilma Rouseff, lotando o Teatro Tuca, em São Paulo.
 A campanha presidencial confrontou dois projetos para o país no segundo turno. À direita, alinhou-se o conjunto de forças favorável à inserção subordinada do país na rede global das grandes corporações, à expansão dos latifúndios sobre a pequena propriedade, florestas e áreas indígenas e à resolução de nosso problema fiscal não com crescimento econômico e impostos sobre os ricos, mas com o mergulho na recessão para facilitar o corte de salários, gastos sociais e direitos adquiridos.

A proposta vitoriosa unificou partidos e movimentos sociais favoráveis à participação popular nas decisões políticas, à soberania nacional e ao desenvolvimento econômico com redistribuição de renda e inclusão social.

A presidenta Dilma Rousseff ganhou mais uma chance nas urnas não porque cortejou as forças do rentismo e do atraso e sim porque movimentos sociais, sindicatos e milhares de militantes voluntários foram capazes de mostrar, corretamente, a ameaça de regressão com a vitória da oposição de direita.

A oposição não deu tréguas depois das eleições, buscando realizar um terceiro turno em que seu programa saísse vitorioso. Nosso papel histórico continua sendo o de derrotar esse programa, mas não queremos apenas eleger nossos representantes políticos por medo da alternativa.

No terceiro turno que está em jogo, a presidenta eleita parece levar mais em conta as forças cujo representante derrotou do que dialogar com as forças que a elegeram.

 Os rumores de indicação de Joaquim Levy e Kátia Abreu para o Ministério sinalizam uma regressão da agenda vitoriosa nas urnas. Ambos são conhecidos pela solução conservadora e excludente do problema fiscal e pela defesa sistemática dos latifundiários contra o meio ambiente e os direitos de trabalhadores e comunidades indígenas.

As propostas de governo foram anunciadas claramente na campanha presidencial e apontaram para a ampliação dos direitos dos trabalhadores e não para a regressão social. A sociedade civil não pode ser surpreendida depois das eleições e tem o direito de participar ativamente na definição dos rumos do governo que elegeu.


Confira a lista com as primeiras adesões:


LUIZ GONZAGA BELLUZZO – FACAMP/UNICAMP

JOÃO PEDRO STÉDILE – MST

LAURA TAVARES SOARES – UFRJ

LEONARDO BOFF -  Teólogo

JOAQUIM ERNESTO PALHARES – Jornalista
EMIR SADER - Sociólogo
LAURINDO LEAL “LALO” FILHO – USP

PEDRO PAULO ZAHLUTH BASTOS - UNICAMP

ANDRE SINGER – USP

JOSÉ ARBEX JR - PUC/SP

IVANA JINKINGS – Diretora Editorial

IGOR FELIPPE – Jornalista

PAULO SALVADOR – Jornalista

RORIGO VIANNA - Jornalista

ALTAMIRO BORGES - Militante Político

ROSA MARIA MARQUES (PUC-SP)

VALTER POMAR - Militante do PT

MST – Movimento Dos Trabalhadores Sem Terra

FORA DO EIXO

MÍDIA NINJA

REDE ECUMENICA DA JUVENTUDE (REJU)

CENTRO DE MÍDIA ALTERNATIVA BARÃO DE ITARARÉ

GILBERTO CERVINSKI  - MAB - Movimento Dos Atingidos Por Barragens

WLADIMIR POMAR – Analista político e escritor

ANDREA LOPARIC – USP

BRENO ALTMAN – Jornalista

ALFREDO SAAD-FILHO (SOAS - UNIVERSIDADE DE LONDRES)

MARIA DE LOURDES MOLLO (UNB)

NIEMEYER ALMEIDA FILHO (UFU)

CARLOS PINKUSFELD (UFRJ)

MARCELO PRONI (UNICAMP)

PEDRO ESTEVAM SERRANO – PUC/SP

PEDRO ESTEVAM DA ROCHA POMAR – Jornalista

GENTIL CORAZZA (UFRGS)

RUBENS SAWAYA (PUC-SP)

PEDRO ROSSI (UNICAMP)

CONCEIÇÃO OLIVEIRA – Educadofra e blogueira

LUIZ CARLOS DE FREITAS – UNICAMP

LUCIO FLÁVIO RODRIGUES DE ALMEIDA – PUC-SP

CAIO NAVARRO DE TOLEDO – UNICAMP

MARIA A. MORAES SILVA – UFCAR E UNESP

JOYCE SOUZA - Jornalista

EDUARDO FERNANDES DE ARAUJO – UFPA

LUIZ CARLOS PINHEIRO MACHADO -  UFRGS – UFSC - UFFS

ANA LAURA DOS REIS CORREA – UNB

MONICA GROSSI – UF de Juiz de Fora

DANIEL ARAUJO VALENÇA – UFERSA

MARCIO SOTELO FELIPPE  - Advogado

DEBORA F. LERRER – CPDA/UFRRJ

HORACIO MARTINS DE CARVALHO – Militante Social

GERALDO PRADO – UFRJ

ANTONIO MACIEL BOTELHO MACHADO –

JUAREZ TAVARES  - UERJ

CLARISSE MEIRELES – Jornalista

HELOISA FERNANDES - Socióloga/SP

ARLETE MOYSÉS RODRIGUES – UNICAMP

HELOISA MARQUES GIMENEZ – UNB

FLAVIO WOLF AGUIAR – USP

FERNANDO MATTOS (UFF)

BRUNO DE CONTI (UNICAMP)

JOSÉ EDUARDO ROSELINO (UFSCAR)

ARIOVALDO DOS SANTOS - FEA/USP

JOSÉ DARI KREIN

LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sujeiras de globo

Mãe do dançarino DG reclama do "Esquenta!" e diz que Regina Casé é farsante


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27.abr.2014 - A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima Silva, mãe do dançarino DG, participou do "Esquenta", que homenageou o filho encontrado morto na comunidade -Pavãozinho, no Rio Reprodução/TVGloboPavão
A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, que trabalhava no programa "Esquenta!" (Globo) e foi encontrado morto em abril deste ano na comunidade Pavão-Pavãozinho, afirmou, durante um debate do evento Sernegra, que discutia, na última quinta-feira (20) em Brasília, discriminação racial, que foi impedida de fazer declarações contra a polícia durante sua participação no "Esquenta!" que homenageou o dançarino, dias depois do assassinato.
A mãe do dançarino ainda chamou a apresentadora Regina Casé de mentirosa. "A mídia usou o tempo todo a imagem do meu filho. Setenta e duas horas [depois] da morte dele, houve um convite. Praticamente me arrancaram da minha casa, me levaram para a TV e limitaram o que eu devia falar", disse a auxiliar no debate, que também contou com a participação do deputado federal Jean Willys. O vídeo que mostra o evento na íntegra pode ser visto aqui. "Ela [Casé] disse para mim que eu só deveria responder o que eles me perguntassem."
Reprodução
Maria de Fátima da Silva, mãe de DG, durante debate em Brasília na última quinta
Maria de Fátima ainda afirmou que ela e seus familiares, que incluíam duas mulheres grávidas, foram "trancados" em um pequeno cômodo, de 3 m x 3 m, até o início das gravações. "O único local que a gente podia circular era o salão de beleza. Foram me oferecer unha e cabelo. Eu estava 80 horas sem dormir. Eu ia querer unha e cabelo? Eu queria uma solução imediata que esclarecesse a morte do meu filho", reclamou a auxiliar de enfermagem. "A Regina Casé é uma farsa , uma artista, uma mentirosa. Mentirosa!", gritou a mãe do dançarino.
De acordo com ela, durante a sua participação na atração, "alguém" jogou uma suposta agenda do programa em sua bolsa, que trazia em uma página, escrita à mão, a frase "solta as fotos sensacionalistas, que é para a mãe chorar". "Em nenhum momento do programa vocês viram ela falar de violência da polícia, e quando eu ia falar, eu era cortada", afirmou.
A mãe do dançarino ainda disse que, em outra página dessa suposta agenda --cujo conteúdo ela prometeu revelar em redes sociais-- estaria registrado que Regina Casé "nunca quis fazer programa para pobre nem periferia", mas um "programa de vanguarda", que teria sido barrado pelo diretor J.B. de Oliveira, o Boninho. A auxiliar de enfermagem encerrou sua fala sendo muito aplaudida pela plateia, que passou a gritar: "O povo não é bobo! Abaixo a Rede Globo!".
O programa "Esquenta!" em homenagem a DG foi ao ar em 27 de abril. Neste domingo (23), a apresentadora não mencionou o assunto no "Esquenta!", mas, no início da atração, disse que chegou lá "triste e arrasada", sem revelar o motivo. 
Fonte: BOL
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Mãe de jovem assassinado revela

como a Globo a manipulou


O povo não é bobo …
A partir de Mauricio Stycer no Twitter

MÃE DE DANÇARINO MORTO CRITICA REGINA CASÉ: ‘É UMA MENTIROSA’


Maria de Fátima Silva, mãe do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, criticou a Globo e, principalmente, Regina Casé, pelo Esquenta especial em homenagem ao filho dela, que trabalhava no programa e foi morto a tiros em abril no Rio de Janeiro. Durante um debate sobre negros no Brasil, na última quinta (20), em Brasília, disse que foi censurada pela emissora e chamou a apresentadora de farsante e mentirosa. O vídeo do debate está na internet.


“A Regina Casé é uma farsa. Ela é uma artista, é uma mentirosa! Mentirosa!”, gritou a mãe de DG no evento, sendo aplaudida pela plateia. Ela continuou: “Alguém jogou na minha bolsa uma agenda do programa escrita à mão, na qual dizia: ‘Não pode falar que foi a polícia, solta as fotos sensacionalistas para a mãe chorar’. Em nenhum momento, vocês que assistiram ao programa viram a Regina Casé falar de violência, contra a polícia. E toda vez que eu mencionava, era cortada”, relembrou.


A mãe de DG revelou prometeu divulgar o conteúdo completo da agenda na internet. A agenda, no entanto, tem uma contradição que leva ao questionamento de sua autenticidade. O texto manuscrito, segundo Maria de Fátima, diz que Regina Casé teria seguido ordens de J.B. Oliveira, o Boninho, para não fazer um programa de “vanguarda”, mas “de pobre”. Boninho não manda no Esquenta. O diretor de núcleo do programa é Guel Arraes.


Fonte: CONVERSA AFIADA
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O “estagiário” da Globo apronta mais uma…
23 de novembro de 2014 | 12:16 Autor: Fernando Brito
errei
O incansavelmente bem humorado Stanley Burburinho pegou mais uma “arte” do que ele chama de “estagiário” da Globo encarregado de fazer os infográficos usados na Globonews.
Desta vez, com um índice de 4,7% de desemprego que “vira”, no gráfico, quase igual a um de 6,7% e bem maior que outros, de 4,8 e de 5,7%.
Parece que o “estagiário” gostou daquela história da margem de erro de “mais ou menos dois por cento”
Em janeiro, repare no detalhe da imagem, já havia feito prodígios com a nossa taxa de inflação.
Mas é claro que isso é sempre casual.
Honi soit qui mal y pense.
Maldito seja quem vir nisso maldade, como já mandava bordar em seu manto D. Pedro, com o dístico da sua Ordem da Jarreteira.
O mais provável é o obvio: apenas um erro.
Mas contra o Governo e pelo “mau-humor” econômico, erro vira “acerto” na boca dos agourentos comentaristas.
A coisa já foi melhor no “padrão Globo de qualidade”.

Fonte: TIJOLAÇO
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A semana começa e de cara duas notícias sobre manipulações produzidas pela TV globo.

A primeira, no alto desta postagem, é gravíssima pois envolve o assassinato de um dançarino que trabalhava no programa Esquenta, apresentado por Regina Casé.

Ao que tudo revela, o dançarino foi vítima da violência policial do Rio de Janeiro e a direção de globo, censurou Regina Casé , e mesmo a mãe do dançarino, de falarem sobre a violência policial que vitimou o jovem que trabalhava no programa de Casé, a rainha pós-moderna brega dos pobres que assistem a programação da TV globo.

Que na globo a mentira reina, isso até os organismos unicelulares sabem.

No entanto, o que se revela é que globo tem protocolos para preservação de policiais, mesmo policiais suspeitos de crimes. 

Algo que todo mundo já desconfiava.

O Esquenta não está cheirando bem, talvez fosse melhor dar uma resfriadinha, pois o odor pode se tornar insuportável.

A outra manipulação já é uma repetição, pois já ocorreu em vários programas de globo, onde gráficos de barras são usados para passar informações subliminares ao telespectador.

No caso acima, um desemprego de 4, 7 % no Brasil, pelo gráfico de barra aparece praticamente idêntico ao desemprego de 6,7 % no Chile e maior do que as taxas de 5,7% no Peru e 4,8% no México.

Não é a primeira vez que globo comete esses "erros" que sempre são atribuídos pela emissora  a alguma desatenção de seus funcionários.

Impressiona como são desatentos os  funcionários de globo.