AÉCIO O FILME ***** PARTE 2
Esse eu já ví
GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (PSDB, 1995 – 2002)
Fernando Henrique Cardoso foi um dos presidentes mais controversos do
país. Em seu governo, esteve mais fora do que dentro do país,
acumulando apelidos como “Viajando Henrique Cardoso”, em manobras para
tentar impulsionar a economia e gerar mais privatizações que, em tese,
deveriam inflar os cofres nacionais. Sua política de “apertar os cintos”
é um dos pontos mais negativados pela população.
O presidente do PSDB administrou o país por oito anos. Neste período
ele fez inúmeras privatizações, implantou uma bolsa de auxílio e fez
reformas, muitas delas catastróficas, na economia. O principal marco de
seus governo foi a consolidação do Plano Real, idealizado por Itamar
Franco.
FHC modificou totalmente a economia brasileira, tornando-a mais
aberta às privatizações. No primeiro mandato, deu continuidade ao
processo de reformas estruturais com a finalidade de evitar a volta da
inflação, procurando deixar a economia estável. Os índices divulgados,
de apenas 0,3%, no entanto não eram reais – a inflação estava na casa
dos 7%.
Durante este mandado o presidente pautou pela privatização de várias
estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do
setor de mineração e siderurgia), a Telebrás (empresa de
telecomunicações) e o Banespa (banco pertencente ao governo do estado de
São Paulo). A compra das empresas estatais ocorreu, sobretudo, por
grupos estrangeiros, que faziam aquisição das ações ou compravam grande
parte dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários. Começava a “venda
do Brasil”.
A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada
pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e
do senador José Serra, e ex-diretor da Área Internacional do Banco do
Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos
fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que
levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do
consórcio Telemar.
Uma outra mácula foi ceder em tudo que os EUA queriam e, desdenhando
às súplicas da SBPC e universidades, Fernando Henrique Cardoso acionou o
rolo compressor no Congresso e alterou a Lei de Patentes, dando-lhe um
caráter entreguista e comprometendo o avanço científico e tecnológico do
país. O Governo FHC foi o responsável por aprovar o acordo de
cooperação internacional que permitiu aos Estados Unidos usarem a Base
de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA) sob termos lesivos aos
interesses nacionais. Houve um pequeno boom econômico, com a chegada de
empresas de automóveis ao país, porém também sob grandes incentivos como
a isenção de impostos, o que gerava grande ônus ao Estado.
Em 1997, FHC enviou e aprovou no Congresso Nacional a Emenda da
Reeleição. O instituto da reeleição foi obtido a preços altos. Gravações
revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do
Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Outros três
deputados – Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra – foram acusados
de vender o voto, mas absolvidos pelo plenário da Câmara. O Plano Real e
o controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda
política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a
reeleição.
No segundo mandato não houve grandes investimentos nas reformas
estruturais (privatizações). Ocorreram, sim, algumas reformas no setor
da Educação, sendo aprovadas as Leis de Diretrizes e Bases para a
Educação (LDB), redigidas em 1996, e posteriormente criados os
Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico.
Foi garantida a Bolsa Escola aos alunos da rede pública, que visava
pagar por seus materiais de estudo com uma cooperação irrisória de R$
15,00 mensais por filho. Para obtê-la, a família precisava estar
inscrita no Programa Cadastro Único e ter renda per capita inferior a
45% do salário mínimo (R$ 90,00).
O Salário Mínimo pouco evoluiu em seu governo. Em 1994, Itamar Franco
havia fixado o valor de R$ 64,90 para o mesmo, e este permaneceu até
1996. Pequenos aumentos foram dados nos anos seguintes, culminando em R$
200,00 em 2002. Este aumento, de 308%, significou, em valores reais,
meros 44,28%. Tal salário, estava 27,5% abaixo do piso mínimo mundial de
100 dólares.
Na parte final do seu segundo mandato (1999-2002), FHC sofreu com os
constantes apagões pelo Brasil. A imprevidência do governo e das
empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para
abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para
compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou uma Medida
Provisória transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que
foram obrigados a pagar duas novas tarifas em suas contas de luz. O
pacote de ajuda às empresas tomou R$ 22,5 bilhões dos bolsos da
população.
O Governo FHC conseguiu controlar a inflação brasileira, deixando-a
na base dos 6 a 7%. Entretanto, a distribuição de renda continuou
desigual. A renda dos 20% da população mais rica continuou cerca de 30
vezes maior que a dos 20% da população mais pobre. O Brasil ficou em
excessiva dependência do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo FHC foi responsável pela efetiva inserção do Brasil na
política Neoliberal, primeiramente instituída no governo da Grã-Bretanha
pela primeira-ministra Margaret Tatcher. De acordo com tal teoria, os
gastos públicos do governo com educação, previdência social e outras
ações de cunho assistencial devem ser reduzidas ao máximo.
No caso dos países subdesenvolvidos, como mera o Brasil, a
implantação do modelo neoliberal teve como maior manifestação a onda de
privatizações que atingiram as empresas estatais. Argumentando que tal
ação provocaria inevitável melhoria de alguns serviços essenciais, o
governo realizava a venda dessas empresas para algum grupo econômico ou
investidor particular a preço de banana.
Contudo, aqui vimos que a redução das empresas públicas não foi acompanhada por um benefício proporcional.
De fato, o projeto neoliberal não conseguiu atingir as prometidas
metas que deveria promover os sonhados tempos de desenvolvimento e
modernização. Ao entregar empresas do setor público para o capital
privado, a situação de muitos trabalhadores esteve ameaçada pelo
interesse de ampliação dos lucros e a redução do quadro de funcionários.
Além disso, a necessidade de constante modernização e mecanização de
serviços também fechou várias portas do mercado de trabalho.
ESCÂNDALOS
1 - Conivência com a corrupção
O governo foi conivente com a corrupção. Um dos primeiros gestos de
FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a
Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e
composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo
combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da
Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se
especializou em abafar denúncias.
2 - Quebra do monopólio da PETROBRÁS
Sem se importar com a crescente importância estratégica do petróleo,
Fernando Henrique Cardoso usou seus rolo compressor para forçar o
Congresso Nacional a quebrar o monopólio estatal do petróleo, instituído
há 42 anos. Na comemoração, Cardoso festejou dizendo que essa era
apenas mais uma das “reformas” que o país precisava fazer para se
modernizar.
3 - A farra do PROER
Em 1995 Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o
capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um sábado em
novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER, um
programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema
financeiro – um dinheiro que deixou o sofrido Tesouro Nacional para
abastecer cofres privados, começando pelo Banco Nacional, então
pertencente a família Magalhães Pinto, da qual um de seus filhos era
agregado. Segundo os ex-presidentes do Banco Central, Gustavo Loyola e
Gustavo Franco, a salvação dos bancos engoliu R$ 111,3 bilhões,
incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos
bancos estaduais.
4 - Caixa-dois de campanhas (MENSALÃO)
As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um
esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram
na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela
contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
5 - Engavetamento da CPI dos Bancos
Disposto a controlar a crise aberta pelas suspeitas sobre o sistema
financeiro, o presidente Fernando Henrique Cardoso ameaçou e “convenceu”
as lideranças do Senado a engavetar os requerimentos para instalação de
uma CPI sobre os bancos. Em compensação, o ministério da Fazenda se
comprometeu (e nunca cumpriu) a prestar contas ao Senado sobre o PROER.
Decepcionada, a CNBB distribuiu nota dizendo não ser justo “que se roube
o pouco dinheiro de aposentados e trabalhadores para injetar no sistema
financeiro, salvando quem já está salvo ou já acumulou riquezas através
da fraude e do roubo”
.
6 - Propina na privatização
A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada
pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e
do senador José Serra, e ex-diretor da Área Internacional do Banco do
Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos
fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que
levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do
consórcio Telemar.
7 - SIVAM
O projeto SIVAM foi associado a um super-escândalo que redundou na
contratação da empresa norte-americana Raytheon, depois da
desqualificação da brasileira Esca (uma empresa que acomodava “amigos
dos amigos” e foi extinta por fraudes contra a Previdência).
Significativamente, a Raytheon encomendou o gerenciamento do projeto à
E-Systems – conhecido braço da CIA. Conversas gravadas apontavam para o
Planalto e, preferindo perder os anéis para não perder os dedos, Cardoso
demitiu o brigadeiro Mauro Gandra do ministério da aeronáutica e o
embaixador Júlio César dos Santos da chefia do seu cerimonial.
8 - Grampos telefônicos (escândalo do Opportunity)
Conversas gravadas de forma ilegal foram um capítulo aparte no
governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no
BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então
ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do
BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco
Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida,
amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na
história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de
pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
9 - TRT paulista
A construção da sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169
milhões aos cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o
juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e
para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos
principais envolvidos no caso.
10 - Os ralos do DNER
O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu
último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de
precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses
títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor
dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou
sendo extinto pelo governo.
11 - O “caladão”
O Brasil calou no início de julho de 1999 quando o governo FHC
implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD). Uma
pane geral deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos
no sistema haviam sido recém-privatizadas. O “caladão” provocou prejuízo
aos consumidores, às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo por isso
mesmo.
12 - Desvalorização do real
FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava “ou eu ou o
caos”. Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o
pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de
vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio
Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram
muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação
especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.
13 - Marka/FonteCindam
Durante a desvalorização do real, em janeiro de 1999, os bancos Marka
e FonteCindam foram graciosamente socorridos pelo Banco Central com R$
1,6 bilhão, sob o pretexto de que sua quebra criaria um “risco
sistêmico” para a economia. Enquanto isso, faltava dinheiro para saúde,
educação, desenvolvimento científico e tecnológico. Chico Lopes,
ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka,
estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Cacciola
retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.
14 - O fiasco dos 500 anos
O Brasil completou seu 500º aniversário sem uma festa decente. Em
nome da contenção de gastos determinado pelo FMI, Cardoso proibiu as
comemorações, que ficaram reduzidas às armações do então ministro do
Esporte e Turismo, Rafael Greca. O fiasco foi total. Índios e sem-terra
foram agredidos pela polícia porque tentaram festejar a data em Porto
Seguro. De concreto mesmo, ficou uma caravela que passou mais tempo
viajando do Rio de Janeiro até a Bahia do que a nau que trouxe Pedro
Álvares Cabral de Portugal até o Brasil em 1500 e um stand superfaturado
na Feira de Hannover.
15 - Base de Alcântara
O governo FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de
cooperação internacional que permite aos Estados Unidos usarem a Base de
Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos do acordo são
lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de depósitos de
material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O
acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado até 2005 e o acordo
determina ainda com quais países o Brasil pode se relacionar nessa
área. Em 2013, o WikiLeaks revelou centenas de telegramas comprovando
tais fatos.
16 - Biopirataria oficial
Antigamente, os exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas.
Hoje, levam nosso patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o
contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que
possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos
diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares.
Sem direito ao recebimento de royalties. Como um único fungo pode
render bilhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos, o contrato não
fazia sentido. Apenas oficializava a biopirataria.
17 - Autoritarismo
Passando por cima do Congresso Nacional, Fernando Henrique Cardoso
burlou o espírito da Constituição e administrou o país com base em
medidas provisórias, editadas e reeditadas sucessivamente. Enquanto os
presidentes José Sarney e Fernando Collor, juntos, editaram e reeditaram
298 MP’s, Cardoso exerceu o poder de forma autoritária, editando mais
de 6.000 medidas provisórias. Nos EUA, o país que mais emite MPs, são
autorizadas somente 16 ao ano.
18 - O escândalo dos computadores
A idéia de equipar as escolas públicas com 290 mil computadores se
transformou numa grande negociata com a completa ignorância da Lei de
Licitações. Não satisfeito, o governo Cardoso fez mega-contrato com a
Microsoft para adoção do sistema Windows, uma manobra que daria a Bill
Gates o monopólio do sistema operacional das máquinas. A Justiça e o
Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a
negociata.
19 - Rombo transamazônico na Sudam
O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na
Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de
1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de
recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho
(PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que
imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente
Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão.
20 - Mudanças na CLT
Fernando Henrique Cardoso usou seu rolo compressor na antiga Câmara
dos Deputados para aprovar um projeto que “flexibiliza” a CLT, ameaçando
direitos consagrados como férias, décimo terceiro salário e licença
maternidade. Graças à pressão da sociedade civil o projeto estancou no
senado.
21 - Desvios na Sudene
Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude
consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os
recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram
aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão.
22 - Explosão da dívida pública
Quando Cardoso assumiu a presidência da República, em janeiro de
1995, a dívida pública interna e externa era de R$ 153,4 bilhões. Em
abril de 2002, essa dívida já era de R$ 684,6 bilhões.
23 - Calote no Fundef
O governo FHC desrespeitou a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor
mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$
688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da
educação especial. Mas os valores estabelecidos ficaram abaixo: R$
418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados mais pobres
soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.
24 - Violação aos direitos humanos
Em 1996, o Brasil ganhou as manchetes mundiais pelo chamado “Massacre
Eldorado do Carajás”, no qual 19 sem-terra foram assassinados no sul do
Pará.
25 - Explosão da violência
Fernando Henrique Cardoso transformou o Brasil num país super
violento. Em seus mandatos, o número de assassinatos subiu quase 50%.
Pesquisa feita pela Unesco em 60 nações colocou o Brasil no 3º lugar no
ranking dos países mais violentos. Ao final dos mandatos do presidente
Cardoso, cerca de 45 mil pessoas eram assassinadas anualmente no Brasil.
26 - Acidentes na Petrobrás
Por problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobrás
protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que
viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos
maiores desastres ambientais ocorridos no país . Provocou, entre outros,
um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no Rio
Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36,
afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A
Petrobrás também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas
plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.
27 - Renda em queda e desemprego em alta
A Era FHC foi marcada pelos altos índices de desemprego e baixos
salários. Em dado momento, o número de desempregados chegou aos 17%.
28 - Apoio a Fujimori
O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto
ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à
democracia e que fugiu do país para não viver os restos de seus dias na
cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do
Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa
atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto
Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.
29 - Desmatamento na Amazônia
Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a
legislação ambiental existente no país. As mudanças na legislação
ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao cerrado e fizeram
crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de madeiras na
Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes
Ambientais foi modificada para pior.
30 - Espionagem
O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar
a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos
sociais. Essa máquina de destruir reputações é constituída por
ex-agentes do antigo SNI (o órgão regulador da imprensa na Ditadura) ou
por empresas de fachada
.
31 - FAT
A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB,
senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o
presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do
dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores
do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de
formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e estão sob
investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério
Público.
32 - Obras irregulares
Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001,
indicou a existência de 121 obras federais com indícios de
irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o
extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a
hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado
1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.
33 - Avanço da dengue
A omissão do Ministério da Saúde é apontada como principal causa da
epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ex-ministro José Serra demitiu
seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito
Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em
propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à
dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio
registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.
34 - Estagnação do PIB
Na “Era FHC”, a média anual de crescimento da economia brasileira
estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos que o país
necessita e de impulsionar o setor produtivo. Um dos fatores
responsáveis por essa estagnação é o elevado déficit em conta-corrente,
de 23 bilhões de dólares. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança
interna, para investir em seu desenvolvimento, o Brasil se tornou
extremamente dependente de recursos externos, pelos quais paga cada vez
mais caro.
35 - Renúncias no Senado
A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e
o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do Senado
expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo.
ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico
do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão
(PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José
Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado,
com apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por
renunciar ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele
denúncias de desvio de verbas da Sudam.
36 - Assalto ao bolso do consumidor
FHC queria que o seu governo seja lembrado como aquele que deu
proteção social ao povo brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação
das tarifas públicas bem acima da inflação. Desde o início do Plano
Real, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado acima de 580%. Os
planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha 390%, os combustíveis
165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste período, a
inflação acumulada ficou em 80%.
37 - Reforma agrária
O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos
sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial, espalhou ter assentado
600 mil famílias durante oito anos de mandato. Os números estavam
inflados. O governo considerou assentadas famílias que haviam apenas
sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no papel.
Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.
38 - Correção da tabela do IR
Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do
Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do
imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e
não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a
tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e após
aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o
projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora
aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas
de outros tributos.
39 - Intervenção na Previ
FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002
para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários
do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em
dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive
os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato
truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do
Opportunity. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio
Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores
sobre o processo de privatização, trava queda-de-braço com a Previ para
continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais
são sócios
.
40 - Barbeiragens do Banco Central
Em 2002, o Banco Central – e não o crescimento de Lula nas pesquisas –
foi o principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao
antecipar de setembro para junho o ajuste nas regras dos fundos de
investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em
polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da
dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a
compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2
bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos
primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam
Fonte: JORGE/VIOMUNDO
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O projeto do PSDB resultou em anos terríveis para o povo brasileiro.
Foi um governo que governou para apenas 1/3 da população brasileira, os mais ricos.
Além disso, os governos do PSDB forma marcados por uma série de escândalos.
Como o PSDB tinha o apoio da velha mídia , os escândalos não eram noticiados no jornal nacional e em outros jornais e mídias.
Além dos escândalos e do esfacelamento do Brasil que o PSDB colocou em prática , cabe , aqui, um registro sobre algumas declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. durante no seu mandato.
Essas declarações ajudam a entender o que foi o governo FHC;
- " ser presidente e governar é fácil"
- " se você não fizer vista grossa com a corrupção, não governa"
- " eu também sou mulatinho"
- " por várias vezes, sentados , Eu, Clinton e Blair, abríamos o mapa do mundo e ficávamos analisando como os EUA e a Inglaterra poderiam se expandir " ( em uma referência a sua importância no mundo )
- " não faz sentido o Brasil comemorar o 7 de setembro"
- " os aposentados são vagabundos "
- " quem economizar energia elétrica ganha desconto na conta ( sobre o apagão e racionamento de energia em seu governo ) "
- " está no tesouro nacional " ( resposta que deu quando questionado para onde teria ido o dinheiro das privatizações )
- " concurso pra que ? o importante é viabilizar empresas de fornecimento de serviços de recursos humanos" ( sobre a necessidade de concurso para funcionário públicos)
Definitivamente foram anos horríveis para a maioria do povo brasileiro e o pior, que , hoje, em 2014, através do candidato Aécio, eles querem voltar, como o mesmo programa e com a mesma ideologia, justo em um momento da economia mundial em que até mesmo o FMI critica essas políticas neoliberais.
Quem já viu, vivenciou ou conhece pela história esse filme, não vota em hipótese alguma no PSDB de Aécio.