terça-feira, 15 de julho de 2014

Devolvam nosso futebol

Devolvam o meu futebol

País não pode abrir mão de seu futebol, parcela essencial de seu patrimônio cultural 


É 1980.  A equipe de uma TV brasileira está em Teerã para cobrir a crise causada pela tomada da embaixada dos EUA por parte dos guardas revolucionários iranianos. Voltando ao Brasil, já perto do aeroporto, os brasileiros resolvem fazer umas imagens externas. Sem perceber, filmam umas instalações militares. Em minutos, são presos por guardas revolucionários, kalashnikovs em punho.

Os guardas não falam nada de inglês, francês ou espanhol. Muito menos português. Os brazucas não falam nada de farsi. Não há comunicação possível. Os brasileiros tentam desesperadamente explicar aos guardas que não são espiões da CIA. Em vão. A tensão cresce.  Eles já se imaginam jogados em alguma masmorra quando alguém tem um estalo e exclama: Pelé! 

Como por arte de mágica, a tensão se esvai. As kalashnikovs somem e surgem os sorrisos. Um guarda dá sonora palmada em sua coxa esquerda  e exclama: Rivelino!

Gérson! Jairzinho! Tostão!, gritam outros. Os guardas, que mal sabiam onde ficava o Brasil, conheciam toda a escalação da Seleção de 1970.

Entre animadas mímicas de grandes gols e jogadas da Seleção, os brasileiros são finalmente libertados. Libertados pela memória do futebol brasileiro.

Essa história, verídica,  é ilustrativa da importância do futebol para  a nossa identidade como brasileiros. O futebol, para nós, não é apenas um esporte. É uma manifestação da nossa maneira de ser. Ele é parte integrante da nossa cultura popular, tão brasileiro quanto nosso carnaval de rua, as festas juninas e outras manifestações culturais que nos definem e nos expressam. Ele é um riquíssimo patrimônio cultural-esportivo do Brasil.

Não é um futebol qualquer. Os guardas iranianos se lembravam vividamente da nossa Seleção não porque ela tivesse conquistado a Copa do Mundo, mas porque ela havia conquistado algo perene e muito mais importante: o coração e as mentes dos torcedores do planeta. Como outras seleções brasileiras, aquele era um time que não se limitava a ganhar. Encantava. Fazia sonhar. Colocava um sorriso no rosto do mais sisudo guarda.

Aquele era um time que fez um grande intelectual inglês, Eric Hobsbawn, escrever que, quem viu a Seleção brasileira de 1970 jogar, sabe que o futebol pode ser uma forma de arte. Uma forma universal de arte, que encanta igualmente brasileiros, guardas revolucionários iranianos e intelectuais ingleses.

Essa arte não surgiu dos porões da CBF, dos mal-geridos e tortuosos meandros dos nossos clubes de futebol, dos calendários caóticos de nossos campeonatos, dos conluios tenebrosos entre nossos ubíquos cartolas e empresários. Não. Essa arte surgiu em nossas ruas, praias e parques. Foi em nossas peladas que ela se vestiu com dribles desconcertantes, passes milimétricos, chutes de parábolas improváveis e a extraordinária inventividade de quem aprendeu a se esquivar da pobreza.

Infelizmente, essa arte está cada vez mais apropriada pelos interesses, frequentemente escusos, de quem não a criou. De que quem não tem nenhum compromisso com seu cultivo.  

Tal apropriação indevida vem enfraquecendo o nosso futebol. Na época em que produzíamos craques aos montes, a força do nosso futebol se impunha, apesar da CBF, da cartolagem, dos calendários caóticos, do amadorismo clubístico, dos estádios desconfortáveis e inseguros, da insegurança e dos interesses econômicos das grandes empresas de mídia.

Ganhamos cinco campeonatos mundiais, às vezes com brilhantismo, contra todos esses fatores. Infelizmente, a nossa grande fábrica espontânea de talentos está se esgotando, por diversos motivos. Não geramos mais tantos craques. Antes, tínhamos cinco ou seis em cada seleção. Hoje, temos apenas um. Não temos mais condições de reverter, dentro de campo, a incompetência que reina, soberana, fora do campo.

Assim, nossa seleção anda praticando o mesmo futebol melancólico de nossos clubes. Um futebol feiamente vestido de chutões e maus tratos à bola. Um futebol que desencanta todo o mundo: brasileiros, guardas revolucionários iranianos e intelectuais ingleses. Um futebol que não libertaria mais equipes de TV brasileiras em países longínquos.

Algo precisa ser feito. Não podemos mais esperar que a força espontânea do nosso enfraquecido futebol resgate a esquecida arte de jogar futebol brasileiro. Também não podemos esperar que as mãos que enfraqueceram e sugaram o nosso futebol automaticamente se encarreguem de reerguê-lo.

Precisamos de uma política pública robusta para o futebol. Como os alemães fizeram, precisamos desenvolver programas de formação de talentos. As ruas não cumprem mais essa função e os clubes não investem nisso como deveriam. Temos também de combater os ilícitos, como a lavagem de dinheiro, que assolam esse setor. O monopólio midiático das transmissões também é algo a ser revisto. Clubes com gestão financeira e administrativa amadorística precisam se enquadrar nas leis.

E necessitamos fazer isso não porque fomos vergonhosamente derrotados pela Alemanha, nesta última Copa. Precisamos fazer isso porque o futebol brasileiro agoniza há bastante tempo. Estamos sendo goleados há muito tempo pelo descompromisso e pela incompetência dos dirigentes do nosso futebol. Esse é o grande vexame.

Na realidade, a modernização da estrutura do futebol já estava prevista no programa da presidenta, antes da realização da Copa de 2014. A derrota acachapante apenas tornou mais visível e urgente a necessidade da reforma do nosso futebol.

Há muitas resistências, é claro. Mal se anunciou a reforma e um político da oposição, muito ligado aos interesses da CBF, acusou a presidenta de tentar criar a Futebras. Evidentemente, não se trata de estatizar o futebol, mas sim de combater a Futebrax incompetente e corrupta que vive da exportação e da dilapidação de nossos talentos. Essa Futebrax envolve interesses políticos e econômicos poderosos. Será uma luta muito dura.

Luta dura, mas necessária. O futebol, esse extraordinário patrimônio do Brasil, precisa ser defendido. Ele é meu, ele é seu, ele é de todos nós.

Quero o meu futebol de volta. Devolvam o meu futebol.

Fonte: SQN
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Em um amistoso de um time brasileiro, lá pela década de 1960 ou 1970, na Nigéria, a confirmação da presença de Pelé, nesse time brasileiro, para jogar apenas um tempo do jogo, foi o suficiente para que as forças que estavam em guerra no país interrompessem a guerra para poder assistir ao Pelé em campo.
Isso revela a força do futebol, na época do futebol brasileiro.

O mesmo futebol que na copa de 1970, no México, fez com o jogador da foto acima, Tostão, ao término o jogo final fosse "atacado" por dezenas de torcedores mexicanos enlouquecidos com a qualidade de nosso futebol, que lhe arrancaram a camisa, o calção, as meias  e as chuteiras, deixando-o apenas de cueca em campo.

O futebol que cria uma trégua numa guerra, é o mesmo que deflagra uma guerra entre dois países , como foi o caso de Honduras e El Salvador em 1969, por causa de um jogo eliminatório que definiria a seleção classificada para a copa do México no ano seguinte.

É o futebol que leva momentos de alegria a um povo assolado por crises e conflitos humanitários, como foi recentemente o jogo da seleção brasileira, na década passada, contra o Haiti, na capital daquele país.

Assim como os haitianos pararam para ver Ronaldinho, o gaúcho, ainda agora, nesta ano e antes da Copa das Copas, os mexicanos apostavam na presença de Ronaldinho na seleção brasileira.

Ou ainda , no campeonato mundial de clubes que o Atlético Mineiro disputou ano passado no Marrocos, no time  marroquino que enfrentou e venceu  a equipe brasileira, vários jogadores marroquinos tiraram fotos com Ronaldinho e, falso engano, algum jogador do time adversário até pediu de recordação as chuteiras do jogador brasileiro.

E lembrar que foi Pelé, na década de 1970, que levou, ou impulsionou, de forma significativa o futebol nos EUA, quando jogou por um time de futebol de Nova York.

E o que dizer de Maradona, que para os argentinos é um deus, mas que já declarou que para jogar futebol se inspirou em Rivelino.

Ou ainda o atual técnico do Bayern de Munique, Pepe Guardiola, que quando dirigia o Barcelona, implantou um estilo de jogo no time espanhol , baseado, segundo palavras do próprio treinador, no futebol brasileiro que seus pais e avós tanto falavam e admiravam.

Pode-se concluir que o novo no futebol, dentro de campo, nada mais é do que o bom e velho futebol brasileiro, que foi sequestrado por quadrilhas que se enriquecem cada vez mais e ainda , de forma cínica e repugnante, enaltecem nossos fracos campeonatos com o objetivo de ancorar a audiência  e lucrar, lucrar, lucrar.

Já que estamos todos, brasileiros, em masmorras sofrendo com a desempenho de nosso futebol, façamos o mesmo que os jornalistas ameaçados no Irã, em uníssono e com a força do povo: devolvam nosso futebol

O elevador fedorento




A copa acabou.
As seleções de todos os países já se foram assim como os bandidos da FIFA.
Alguns ficaram detidos em presídios aqui no Brasil.

Que a copa foi um sucesso, ahhh ! isso foi. 
E que sucesso.
Um milhão de turistas visitaram o Brasil e as imagens do país correram o mundo.
Certamente o governo popular e democrático do PT, sempre antenado, já deve estar criando políticas para incrementar o turismo no Brasil. 
Uma indústria poderosa que pode ter uma alavancada espetacular com o sucesso da copa.  
Quem sabe faz a hora, e o PT sabe.

A copa, porém, teve fracassos, e juntamente com a seleção brasileira, o outro maior fracasso foi a velha imprensa.
Lembro que lá pelo terceiro ou quarto dia de copa, com o sucesso que já se desenhava, a imprensa francesa disse estar acontecendo um milagre no Brasil, isso no tocante a organização excelente do mega evento.
Ver e ouvir de um setor que tem como obrigação levar a informação para a população que a organização da copa era um milagre, é motivo de análise por parte de todos que se ocupam e se preocupam com a informação e com a imprensa.
E o que fez a velha imprensa brasileira diante das declarações de surpresa e milagre que saíram da imprensa estrangeira ?
Nada, caro leitor, absolutamente nada.

Descadeirada e envergonhada com o sucesso do evento, a velha imprensa na ocasião incapaz de negar a realidade diante dos olhos do mundo, atribuiu a imprensa estrangeira todo tipo de pessimismo e críticas , antes da copa que foi descarregado no país e no povo brasileiro.
Em outras palavras, a velha imprensa brasileira colocou a culpa nos seus coleguinhas estrangeiros, e disse que apenas reproduzia o que os coleguinhas escreviam e falavam. sobre o Brasil, dentro de suas redações  lá do outro lado do mundo.
Por outro lado, e ele sempre existe para o bem do conhecimento, a imprensa estrangeira disse que apenas reproduzia o que a velha imprensa brasileira publicava, já que, como imprensa fora do país, se baseava nas informações da imprensa daqui.
Ou seja, as  duas pessoas que estavam no elevador, negaram a responsabilidade pelo odor fétido do peido.

É muita cara de pau, cinismo , hipocrisia e pouco caso com a inteligência do brasileiro.
Como a conversa do 'não fui eu, foi você, não, eu não fui, não é , quer dizer, foi você, etc... não colou, a velha imprensa brasileira, durante a copa, mudou o discurso e passou a apoiar o evento. 
Até mesmo os insignificantes protestos de meia dúzia de pessoas  que no início da copa ganhavam um destaque exagerado nos higiênicos telejornais, foi sumindo do noticiário.

Entrou, então, o clima de festa. 
Tudo para velha imprensa era uma festa, uma coisa linda, que era sempre apresentada pelos higiênicos jornalistas de bancada com sorrisos generosos e fartos, e expressões fisionômicas de grande encantamento.

Por outro lado, existia a competição, o torneio, e  a seleção brasileira, ainda na primeira fase, emitia claros sinais que não andava bem das pernas e não funcionava bem das cabeças.

Sutilmente, porém de forma perceptível para as almas mais atentas, a velha imprensa torcia por um fracasso do time brasileiro, de preferência logo na primeira fase de grupos, o que  na aposta dessa  imprensa, mudaria radicalmente o bom humor da copa  com desdobramentos de violência nas  cidades, o que certamente podeira levar a um  caos para o evento. 
Não foram poucos os comentários  do tipo:
' se sair agora o pau vai quebrar ", se for desclassificado a coisa vai ficar feia". se sair o bicho vai pegar", etc...
Interessante, caro leitor, que esses comentários , independente da origem, tinham espaço na velha imprensa como um alerta verdadeiro, fidedigno e perigoso, pois seria como uma bomba prestas a explodir.

Aos trancos, barrancos e lágrimas, muitas lágrimas, a seleção brasileira chegou nas semi-finais do torneio  e, diante, da seleção alemã, sofreu uma derrota história, onde toda fragilidade emocional da equipe se revelou .
Imediatamente após a derrota e eliminação da seleção brasileira, o tom mudou na velha imprensa. Expressões de encantamento dos higiênicos jornalistas, foram substituídas por expressões severas, voltando a alertar para possíveis desdobramentos violentos, como os protestos de rua. Alguns telejornais e informativos de rádio, alertavam para "grupos" que protestavam em pontos isolados de cidade com o slogan de "não vai ter copa", isso já pelo final da copa e com o evento sendo um sucesso extraordinário.

Em sua investida a velha imprensa ainda tentou misturar os sentimentos do brasileiro, triste com a derrota e eliminação de sua seleção, com sentimentos de vergonha, inferioridade, raiva, incapacidade e outros, que teriam por objetivo reduzir o brasileiro a insignificância.
Os jornais impressos, emissoras de rádio e telejornais, chegaram ao ponto de debochar e de ridicularizar abertamente da população  por causa da eliminação da seleção brasileira, como se eles, a velha imprensa, fossem de outro lugar, outro país, outra nacionalidade. 
Talvez sejam, por opção, submissão, ou ainda por apreciar em outros lugares tipos de rações que se assemelham a iguarias.

Mais uma vez, como em tantas vezes antes e durante a Copa das Copas, a velha imprensa errou feio, caiu feio, porém, como é de sua natureza mentir e omitir, inaugurou um novo argumento.
Como o brasileiro se saiu bem com a eliminação de sua seleção, fez até piada e continuou no clima de festa da copa, a velha imprensa disse que todas as  críticas feitas antes e durante a copa, principalmente as críticas no período pré-copa, foram nada mais que o trabalho da imprensa como fiscal,  alertar para eventuais atrasos em obras e no cronograma, e outras coisas mais, que de fato, deveria ser o papel de toda imprensa independente, com credibilidade, que se preocupasse com o sucesso do evento e principalmente não  agisse como um partido político com o objetivo claro de criar condições catastróficas  para derrotar o candidato do governo nas eleições de outubro.
Quem se lembra das crônicas e comentários de muitos colunistas da velha imprensa antes da copa, e foram muitos, o tom não tinha nada de amistoso ou independente, e também não sugeria que ali estava um setor empenhado em zelar pelo sucesso da organização e da realização da copa. 
Pelo contrário, as tais "críticas que fazem parte do papel de fiscalização da imprensa" eram ou agressões explícitas ao governo federal ou campanhas de desinformação sobre os investimentos para a copa incitando protestos de rua ou peças de campanha política em apoio aos candidatos de oposição ao governo federal.
Em nenhum momento a velha imprensa, incluindo a jurássica esportiva, produziram críticas construtivas que estivessem em sintonia com o verdadeiro papel de uma imprensa limpa e honesta.

Pois é , caro leitor, no início da copa foi o jogo de empurra do elevador, depois foi o clima de encantamento, aí veio a possibilidade de guerra com a eliminação da seleção, e agora a velha imprensa diz que estava cumprindo o papel de fiscal da sociedade. 
E até editor do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, hoje, escreve artigo corroborando com a declaração de que a velha imprensa fazia o papel de fiscal.
Até quem se apresenta com o dever de observar a imprensa, manipula e omite a realidade.
Ontem também, na rádio Bradesco Sports, em um programa de fim de tarde e início de noite, um jornalista esportivo delirante e mentiroso, o que é um pleonasmo, disse que " é isso mermo, a gente tem que fica ali. ,fiscalizando pra que a coisa funcione".

Diante dessa nova explicação da velha mídia, chega-se a conclusão que o sucesso da Copa das Copas, deveu- se ao trabalho limpo e honesto que a velha mídia, como fiscal  em prol do sucesso do evento, empreendeu ao longo de meses , talvez anos. 
Ora, faça-me o favor, vá lamber sabão.

É muita mentira, cinismo,  manipulação, desonestidade, falta de caráter e hipocrisia o que se vê, lê e ouve, que seja  oriundo da velha mídia.

A copa acabou e nós, blogueiros progressistas, iremos continuar batendo firme nessa tecla, que foi o grande vexame proporcionado pela velha mídia com a realização e a organização da copa do mundo de futebol, vexame com elementos até mesmo criminosos.

Espera-se que um profunda reformulação estrutural  aconteça no futebol brasileiro, porém, praticamente nada se pode esperar da velha mídia brasileira em apoio a tal mudança, já que grupos de mídia se beneficiam do modelo atual auferindo lucros gigantescos, em detrimento da excelência estrutural de nosso futebol.

Espera-se que a mão forte do governo federal  com o apoio do braço amigo do povo brasileiro, possam intervir direta ou indiretamente na estrutura do futebol brasileiro , para que as mudanças venham a ocorrer o mais rápido possível.

Hoje, nas bancas de jornais, nas emissoras de rádio e nas emissoras de TV, o discurso dominante na velha mídia, no tocante ao futebol, é se o novo treinador da seleção brasileira deve ser A, B ou C, brasileiro, ou estrangeiro. 
Ou seja, mais do mesmo.

Ontem, um dos poucos jornalistas esportivos independentes lançou uma campanha, definida por ele como utópica, de que todo treinador convidado agora para assumir a seleção brasileira rejeite o convite, já que a prioridade zero é a reformulação do nosso futebol. 
Esta campanha tem todo o apoio do PAPIRO.
Quanto a velha mídia, cabe lembrar e mesmo ensinar que fiscalizar é o que vem fazendo a imprensa alternativa, representada pelos blogues, sites e portais de informação e opinião.

E para terminar, cabe lembrar que um governo que teve a competência para realizar e organizar com excelência um megaevento como a copa do mundo de futebol, é o mesmo que com a mesma competência vem transformando positivamente o país  e, o que tem mais  condições para continuar elevando o Brasil a  patamares jamais vistos.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Imprensa de terceira divisão

Uma imprensa pequena para uma grande Copa

Por Luciano Martins Costa em 14/07/2014 na edição 806
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 14/7/2014
A imprensa brasileira reconhece, nesta segunda-feira (14/7), que o torneio encerrado no domingo com o triunfo da Alemanha sobre a Argentina foi a maior e melhor de todas as Copas do Mundo já realizadas. Os jornais fazem balanços e antecipam números que estarão no relatório do Grupo de Estudos Técnicos da Fifa. Segundo o Estado de S. Paulo, o chefe da comissão já adiantou que esta foi a melhor versão do torneio em todos os tempos, em termos de qualidade e entretenimento.
Não apenas pelos dados, apresentados em páginas duplas e infográficos pelos diários do Brasil e de outros países, mas também por critérios como inovação técnica, táticas dinâmicas e fatos surpreendentes, a qualidade do evento é destacada nas reportagens.
Até mesmo a vexaminosa participação da equipe brasileira nas semifinais é citada como parte do conjunto de fatos que encantam os observadores: a torcida absorveu imediatamente a derrota humilhante para os alemães no dia 8, terça-feira passada, 27º dia da Copa, e os alemães foram aplaudidos por brasileiros ao final do jogo e no trajeto do ônibus que os retirou do estádio em Belo Horizonte.
O outro grande vexame foi protagonizado pela própria Fifa, com a evidência de que alguns de seus dirigentes e colaboradores podem estar envolvidos com a quadrilha de cambistas desbaratada pela polícia do Rio. O grupo vinha atuando desde, pelo menos, 2002, quando foi detectada a venda irregular de ingressos no Japão e na Coréia, e passou incólume pelas autoridades nas copas da Alemanha, em 2006, e da África do Sul, em 2010. A investigação da polícia brasileira oferece aos dirigentes das federações nacionais um argumento de peso para pressionar a Fifa a combater a corrupção interna.
Quanto à seleção brasileira, humilhada diante da Alemanha com a goleada de 7 a 1 e reduzida à sua real dimensão pela derrota seguinte, contra a Holanda, por 3 a 0, resta uma chance de mostrar alguma dignidade: que os jogadores e a comissão técnica abram mão dos R$ 11 milhões que irão receber como prêmio pelo quarto lugar, e façam uma doação a entidades de ação social.
No banheiro do cachorro
O que dizer sobre a imprensa nacional?
Quem tem em casa um animal de estimação pode fazer uma pesquisa de campo nos jornais que recolhem os dejetos e reviver o trajeto dos principais veículos de informação do País: da mais impiedosa descrença sobre as chances de o Brasil apresentar ao mundo um mínimo de eficiência e organização na Copa, os textos saltaram para o triunfalismo basbaque diante dos primeiros resultados da seleção na fase classificatória, até a decepção com a derrota acachapante diante da Alemanha.
Nesta segunda-feira, de volta à realidade, os comentaristas que ontem faziam o coro da louvação ao técnico Luiz Felipe Scolari agora o crucificam.
Na leitura cotidiana, nem sempre é possível perceber as mudanças de opinião e de tom que atravessam as análises dos diários. Mas para se observar como a imprensa brasileira, de modo geral, parece uma nau sem rumo, basta pegar duas edições seguidas de uma revista semanal de informação.
Esse é o formato mais ingrato da imprensa de papel, porque não tem a mesma possibilidade dos jornais de desdizer no dia seguinte o que afirmou hoje, e suas edições costumam permanecer ao alcance da vista durante muito tempo, envelhecendo nas salas de espera de consultórios e salões de cabeleireiro.
Veja-se, por exemplo, a revista Época: na edição da semana passada, com data do dia 7/7, os editores haviam superado, finalmente, o mau humor com que haviam previsto uma Copa do caos e, contaminados pelo ufanismo dos jornais e das emissoras de televisão, cravaram na capa: “Eu acredito”.
Na reportagem principal, o leitor é apresentado a um cenário de campeões, depois da vitória sobre a Colômbia, quando o atacante Neymar sofreu uma contusão grave na coluna. Num perfil de quatro páginas, Scolari é tratado como um líder nato: “Felipão é, acima de tudo, um motivador. Sua especialidade é lidar com a emoção dos jogadores. Num momento de crise, ele demonstrou ter nervos de aço”, dizia o texto.
Agora, observe-se a edição seguinte, que está nas bancas. Na capa, a foto de uma torcedora brasileira, em lágrimas, e o registro da  derrota para a Alemanha: “Belo Horizonte, 8 de julho de 2014”. O texto principal tem um título que descreve outro Felipão: “Um técnico obsoleto e teimoso”.
Pode-se levar a sério uma imprensa assim?
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Definitivamente a seleção e a imprensa brasileira foram os grandes vexames dessa Copa maravilhosa.
E repare, caro leitor, que mesmo depois do micaço da imprensa, globo, o macaco maior, estampou em primeira página no domingo manchete alertando para uma possível fracasso na organização dos jogos olímpicos no Rio, em 2016.


O mesmo discurso que fez da imprensa o maior vexame da copa, agora se repete.
A tal capa da revista Época ,em que estampou um "eu acredito" em relação a seleção brasileira depois da vitória sobre a Colômbia, diz muito sobre um complexo de inferioridade.
Com frequência, o "eu acredito" pode ser visto em cartazes em muitos estádios principalmente na América Latina, quando times brasileiros ou  a seleção brasileira enfrenta as  equipes locais, isto devido ao reconhecimento da superioridade dos times brasileiros e,m torneios no continente.
"Eu acredito", "Sim se pode" e outra expressões, no idioma espanhol são vistas com frequência.
Até um suposto apoio ou incentivo a seleção brasileira, por parte de globo, é carregado com um sentimento de inferioridade.
Não que a seleção brasileira fosse superior, isso de fato no momento não acontece, porém , a mesma globo que  em nenhum momento criticou a seleção brasileira e a comissão técnica, aparece com um "eu acredito", típico de quem duvida.
Só rindo.
Nem o futebol apresentado pela seleção brasileira foi tão pequeno quanto essa imprensa anacrônica.

Globo. O câncer do Brasil


Agora já temos um número e um delegado responsável. É o inquérito 926 / 2013, e será conduzido pelo delegado federal Rubens Lyra.

O chefe da Delegacia Fazendária da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Fabio Ricardo Ciavolih Mota, confirmou à comitiva do Barão de Itararé-RJ que o visitou hoje: o inquérito policial contra os crimes fiscais e financeiros da TV Globo, ocorridos em 2002, foi efetivamente instaurado.

Os crimes financeiros da TV Globo nas Ilhas Virges Britânicas foram identificados inicialmente por uma agência de cooperação internacional. A TV Globo usou uma empresa laranja para adquirir, sem pagar impostos, os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.


A agência enviou sua descoberta ao Ministério Público do Brasil, que por sua vez encaminhou o caso à Receita Federal. Os auditores fiscais fizeram uma apuração rigorosa e detectaram graves crimes contra o fisco, aplicando cobrança de multas e juros que, somados à dívida fiscal, totalizavam R$ 615 milhões em 2006. Hoje esse valor já ultrapassa R$ 1 bilhão.

Em seguida, houve um agravante. Os documentos do processo foram roubados. Achou-se uma culpada, uma servidora da Receita, que foi presa, mas, defendida por um dos escritórios de advocacia mais caros do país, foi solta, após conseguir um habeas corpus de Gilmar Mendes.

Em países desenvolvidos, um caso desses estaria sendo investigado por toda a grande imprensa. Aqui no Brasil, a imprensa se cala. Há um silêncio bizarro sobre tudo que diz respeito à Globo, como se fosse um tema tabu nos grandes meios de comunicação.

Um ministro comprar uma tapioca com cartão corporativo é manchete de jornal. Um caso cabeludo de sonegação de impostos, envolvendo mais de R$ 1 bilhão, seguido do roubo do processo, é abafado por uma mídia que parece ter perdido o bonde da história.

Nas “jornadas de junho”, um grito ecoou por todo o país. Foi talvez a frase mais cantada pelos jovens que marchavam nas ruas: “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

A frase tem um sentido histórico. É como se a sociedade tivesse dito: a democracia voltou; agora elegemos nossos presidentes, governadores e prefeitos por voto direto; chegou a hora de acertar as contas com quem nos traiu, com quem traiu a nossa democracia, e ajudou a criar os obstáculos que impediram a juventude brasileira de ter vivido as alegrias e liberdades dos anos 60 e 70.

O Brasil ainda deve isso a si mesmo. Este ano, faz cinquenta anos que ocorreu um golpe de Estado, que instaurou um longo pesadelo totalitário no país. A nossa mídia, contudo, que hoje se traveste de paladina dos valores democráticos, esquece que foi justamente ela a principal assassina dos valores democráticos. E através de uma campanha sórdida e mentirosa, que enganou milhões de brasileiros, descreveu o golpe de 64 como um movimento democrático, como uma volta à democracia!

A ditadura enriqueceu a Globo, transformou os Marinho na família mais rica do país. E mesmo assim, eles patrocinam esquemas mafiosos de sonegação de imposto?

O caso da sonegação da Globo é emblemático, e deve ser usado como exemplo didático. Se o Brasil quiser combater a corrupção, terá que combater também a sonegação de impostos. Se estamos numa democracia, a família mais rica no país não pode ser tratada diferentemente de nenhuma outra. Se um brasileiro comum cometer uma fraude fiscal milionária e for pego pela Receita, será preso sem piedade, e seu caso será exposto publicamente.

Por que a Globo é diferente? A sonegação da Globo deve ser exposta publicamente, porque é uma empresa que sempre viveu de recursos públicos, é uma concessão pública, e se tornou um império midiático e financeiro após apoiar um golpe político que derrubou um governo eleito – uma ação pública, portanto.


Esperamos que a Polícia Federal cumpra sua função democrática de zelar pelo interesse público nacional. E esperamos também que as Comissões da Verdade passem a investigar com mais profundidade a participação das empresas de mídia nas atrocidades políticas que o Brasil testemunhou durante e depois do golpe de 64. Até porque sabemos que a Globo continuou a praticar golpes midiáticos mesmo após a redemocratização, recusando-se a dar visilidade (e mentindo e distorcendo) às passeatas em prol de eleições diretas, manipulando debates presidenciais e, mais recentemente, tentando chancelar a farsa de um candidato (o episódio da bolinha de papel).

O Brasil se cansou de ser enganado e, mais ainda, cansou de dar dinheiro àquele que o engana. Se a Globo cometeu um grave crime contra o fisco, como é possível que continue recebendo bilhões em recursos públicos?
Fonte: A JUSTICEIRA DE ESQUERDA
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TOSTÃO: VIVA A ARGENTINA ! E PAU NA GLOBO !

“A turma do oba-oba, por desconhecimento e/ou por otimismo exacerbado e/ou para aumentar a audiência, foi cúmplice dessa mentira”.
Tostão: maior que soma de Iniesta com Robben

Conversa Afiada reproduz de O Tempo, de Minas, excelentes reflexões do Tostão,  que, segundo o melhor jornalista esportivo do Brasil,, o Edil Fo., é o melhor colunista:

Imperdível !

TÍTULO MERECIDO



Apesar dos sete gols contra o Brasil, a Alemanha mostrou a mesma dificuldade de outras partidas, de criar chances de gol, mesmo com o domínio do jogo e da bola. Já a defesa da Argentina, tão criticada antes do Mundial, foi, mais uma vez, o ponto forte. Seus defensores são melhores do que diziam, além de serem muito bem protegidos pelo meio-campo.

Como a Argentina não conseguiu contra-atacar bem, houve poucas chances de gol dos dois lados, e o jogo terminou em 0 a 0. Na prorrogação, em uma bela jogada de Schürrle, Götze fez um belo gol. Os destaques foram os zagueiros Boateng, Hummels e Garay.

A seleção da Argentina merece aplausos, por enfrentar, no mesmo nível, a Alemanha, e ter tido chance de vencer. Por seu talento, Messi foi discreto.

O time alemão começou a se formar em 2006. Esperou chegar ao mais místico estádio do mundo para ser campeão.

Enquanto isso, no Brasil, por causa do marketing espetaculoso, da indústria do entretenimento e da prepotência, as coisas aconteceram antes dos fatos. O time ganhou a Copa das Confederações como se tivesse vencido a Copa do Mundo. Teve uma atuação heroica, contra a Espanha, no momento errado. Não dá para ser herói dois anos seguidos. A turma do oba-oba, por desconhecimento e/ou por otimismo exacerbado e/ou para aumentar a audiência, foi cúmplice dessa mentira. Raríssimos foram os que, antes do Mundial, criticaram Luiz Felipe Scolari e o time, como o Mauro Cezar Pereira, comentarista da ESPN Brasil.

Antes do Mundial e até o jogo contra a Alemanha, a maioria estava otimista com o Brasil, por entender que seria uma enorme vantagem decidir em casa, mesmo contra seleções mais fortes e sem ter apresentado um futebol convincente nos cinco primeiros jogos. Agora, a maioria dos que eram otimistas critica os que não conseguiam enxergar a realidade.

Foi uma Copa espetacular, inesquecível.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Nos EUA, dinheiro do futebol fica com os clubes. Aqui, com a Globo.

13 de julho de 2014 | 13:34 Autor: Miguel do Rosário

2011-CardinalsO time do interior é campeão nacional. Nos Estados Unidos, nenhuma surpresa
Muito importante lermos essa matéria de Heloisa Villela, sobretudo porque alguma coisa me diz que a nossa mídia comercial nunca vai repercuti-la.
Para mim, a matéria explica, definitivamente, a razão da decadência do futebol brasileiro.
Lá, o dinheiro do futebol vai todo para os clubes. Aqui, só para a Globo.
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Heloisa Villela: Nos Estados Unidos, ligas não aceitam monopólio nas transmissões e trabalham pelo equilíbrio entre os clubes
Por Heloisa Villela, de Nova York, especial para o Viomundo
Cento e dez milhões de telespectadores. Este foi o público da última final do campeonato de futebol americano, o Super Bowl, no dia 2 de fevereiro deste ano.
Com um público desta envergadura, não é à toa que o futebol americano fique com o filé mignon, ou melhor, com o caviar do bolo publicitário, não apenas dos eventos esportivos mas dos eventos que a televisão dos Estados Unidos transmite ao vivo. Para se ter uma ideia, cada comercial de trinta segundos, nos intervalos da partida, custou cerca de 4 milhões de dólares. Claro, a exposição é garantida.
O público faz questão de assistir ao jogo na hora em que ele está acontecendo. Ninguém vai gravar a partida para ver mais tarde, porque se torna impossível não saber o resultado antes de tocar a gravação. A grande emoção é acompanhar lance a lance. Torcer. Vibrar e ficar arrasado, junto com todos os outros torcedores espalhados pelo país, unidos diante da telinha.
Os patrocinadores e os donos dos times sabem que a final do futebol americano é o único evento que comanda essa audiência e tem tudo para continuar comandando.
Mas, ao contrário de outros paises, nos Estados Unidos o esporte é organizado para dar lucro. No caso do futebol americano, um trator, máquina de fazer dinheiro. Como eles chegaram lá é o que interessa.
Uma lei federal, assinada no começo dos anos 60, garantiu aos times a possibilidade de agregar a venda dos direitos de transmissão dos jogos, sempre em leilão. Nunca ficam nas mãos de uma única emissora.
A NFL, National Football League, que reúne os 32 times profissionais do país, divide a temporada em pacotes diferentes, para explorar melhor o produto.
Funciona da seguinte maneira: o campeonato nacional tem duas ligas, com dezesseis times cada. O campeão de uma joga com o campeão da outra na grande final. Só aí, já são três pacotes de transmissões para vender. O campeonato da chamada Conferência Nacional, o da Conferência Americana e a final, o Super Bowl.
O último contrato que a NFL fechou com as tevês vigora até 2022 e vai render cerca de 5 bilhões de dólares por ano aos clubes.
As redes CBS, FOX e NBC entraram no racha da tevê aberta.
A CBS transmite os jogos de uma conferência, a FOX os da outra e a NBC ficou com a partida que abre a temporada, numa quinta-feira à noite, um jogo durante o feriado de Ação de Graças, quando o país para e todo mundo vê televisão, e a melhor partida do domingo à noite enquanto a temporada está em andamento, durante quatro meses.
A NFL já faz planos para elevar a arrecadação com a venda de direitos, ingressos e merchandising para 25 bilhões de dólares até 2027.
Ninguém ficou escandalizado com o plano mais recente que veio à tona.
A liga inventou, há dois anos, um novo pacote. Os jogos de quinta-feira à noite, que não faziam parte do calendário das transmissões esportivas.
Eles foram promovidos, primeiro, como exclusividade da NFL Network: a liga de futebol americano tem sua própria rede de TV. Este ano, o pacote já foi vendido à CBS por U$ 250 milhões. São apenas oito jogos.
Quem inventou essa história de ter rede de teve própria foi a liga de basquete dos Estados Unidos, a NBA, National Basketball Association.
Em 2008 a liga licenciou os direitos digitais do basquete para a Turner Sports. A empresa passou a administrar o site NBA.com e a NBA TV.
A audiência das duas plataformas cresceu rapidamente.
Hoje, a NBA TV entra em 60 milhões de domicílios do país.
Agora, a liga está em plena negociação do próximo pacote de direitos de transmissão, que vence em dois anos, e já pensa em trazer de volta, para dentro da NBA, os direitos digitais.
Existem conversas em andamento com o YouTube, com quem a NBA já lançou um canal para a liga do verão e a chamada liga D.
Antenada nas mudanças do mercado esportivo, a NBA está pensando em mudar a rodada de quinta-feira para outro dia da semana, para não bater de frente com a nova transmissão da NFL. Ninguém quer competir com o futebol americano.
Hoje, a NBA fatura U$ 7,5 bilhões com os contratos de transmissão dos jogos de basquete.
Dinheiro que é dividido igualmente entre os 30 times profissionais do país.
Aliás, a preocupação em nivelar os clubes é grande, em todas as ligas. Não é que aqui exista alguma preocupação com a igualdade de condições. Nada disso. Questão de marketing.
Existe a compreensão de que o campeonato só é bom, só vai atrair muitos torcedores e telespectadores, se houver disputa acirrada, entre times equilibrados. Uma partida de futebol que termina em 7 a 1, vamos combinar, não tem muita graça.
O que fazem as ligas de beisebol, futebol americano e basquete para garantir a emoção dos jogos, hoje, e a qualidade no futuro?
Adotaram o salário teto e o chamado imposto do luxo.
Os times trabalham com um limite de gastos, um teto para o conjunto dos salários dos jogadores. Não é baixo. Os atletas ganham um bocado. No caso da NBA, o volume máximo de salário que cada time pode pagar ao seu conjunto de jogadores é de 63 milhões de dólares por ano. Claro que os grandes nomes tem renda complementada por patrocínios específicos. Kobe Bryant, por exemplo, com os patrocínios fatura U$ 30 milhões por ano.
Se fosse em salário, seria quase metade de tudo o que os Los Angeles Lakers podem investir na remuneração de seu elenco completo.
Se um time quer gastar os tubos para contratar um craque, sabe que vai ter de segurar o salário do resto da turma. Não vai ter fôlego para comprar os 3 ou 4 melhores jogadores do país.
Dessa forma, em princípio, todo clube tem a oportunidade de comprar o passe de um peso-pesado, seja o Moto Clube ou o Corinthians daqui.
Quem passa do limite paga à liga o chamado imposto de luxo sobre cada dólar ultrapassado. O imposto aumenta exponencialmente para os times que ferem a regra consecutivamente.
Um clube que não dá pelota para o imposto é o multibilionário New York Yankees, o Real Madrid do beisebol. Desde que o imposto foi criado, em 2003, o clube ultrapassou o limite todos os anos. Recentemente, foi obrigado a pagar 28 milhões de dólares em imposto sobre o luxo.
Isso não significa domínio dos Yankees, já que mesmo clubes de mercados muito menores, com dinheiro garantido pela venda coletiva dos direitos de transmissão, podem formar times campeões.
Nos últimos dez anos, os Yankees, baseados numa cidade de cerca de 9 milhões de habitantes, com um região metropolitana de mais de 20 milhões, foram campeões nacionais uma vez, em 2009; enquanto isso, os St. Louis Cardinals, da Louisiana, de uma cidade de 350 mil habitantes numa região metropolitana de cerca de 3 milhões de pessoas, ganharam o título nacional duas vezes, em 2006 e 2011.
No futebol americano, os dois ganhadores mais recentes do Super Bowl — Baltimore Ravens e Seattle Seahawks –, são de duas cidades relativamente pequenas, com 600 mil habitantes, de extremos opostos do país. É como se o Figueirense fosse campeão brasileiro de futebol em um ano e o Clube do Remo no ano seguinte. Nos últimos dez anos, oito clubes diferentes ganharam o título supremo do futebol americano.
No basquete, o time de Nova York está na fila do título nacional há 40 anos. Nem por isso correu o risco de morrer.
Na NBA, os clubes não faturam somente com a venda da transmissão nacional de seus jogos. Cada time negocia, também, com as tevês locais.
Os Lakers, por exemplo, fecharam em 2011 o contrato mais caro da história da NBA. Fizeram um acordo de 20 anos com a Time Warner Cable, que prevê o lançamento de dois canais regionais de esportes, um em inglês e outro em espanhol, no valor de U$ 4 bilhões.
No ano passado, os trinta times da NBA faturaram juntos, com esses contratos regionais, U$ 628 milhões, que correspondem a 33% de toda a receita da liga com as diferentes mídias, de U$ 1,9 bilhão. A maior fatia, de 53%, veio dos direitos de transmissão nacionais.
O que isso significa? Que além de ter uma exposição nacional, atraindo os patrocinadores mais endinheirados, os clubes tem ampla divulgação regional, junto a seus próprios torcedores. Se apenas uma fração deles comprar ingressos, é casa cheia.
Seria, mal comparando, como se o ABC de Natal tivesse garantia de algumas partidas transmitidas para todo o Brasil, mais exposição completa em seu próprio mercado, em emissoras diferentes. Com isso, conseguiria encher a Arena das Dunas, arrumar um patrocinador regional e outro nacional para sua camiseta e, o mais importante, ter um time competitivo para enfrentar equipes de estados maiores e mais ricos.
Na temporada 2012-13 de basquete da NBA, enquanto quatro clubes gastaram mais que faturaram, os outros 26 tiveram lucro. Um cenário bem diferente daquele que se vê no Brasil, onde mesmo clubes de grandes torcidas vivem endividados e frequentemente caem para a segunda divisão.
PS do Viomundo: No Brasil não é a Globo que serve ao esporte, mas o esporte que serve à Globo. Alguns clubes, sim, recebem uma bolada da emissora, os de maior torcida e audiência. Os outros que se virem. É o esporte pré-capitalista, em que os peixes pequenos vão ficando pelo caminho. Para se ter uma ideia, é só listar o grande número de clubes de futebol literalmente extintos no Brasil nas últimas décadas.
Fonte: VIOMUNDO
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Dilma responde à turma da Petrobrax: 

'Brasil não quer criar a Futebras. 
Quer, sim, acabar com a Futebrax e deixar de ser um mero exportador de talentos'

Fonte: CARTA MAIOR
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Parece que mais e mais pessoas estão acordando e descobrindo o que são , de fato, as organizações globo.
Um câncer gigantesco encravado no Brasil.
Mentiras, sonegação, corrupção, promiscuidade política, crimes, omissão de informações, perseguições a seus adversários e até mesmo suspeita de envolvimento de assassinatos. 
É de fundamental importância que mais pessoas e mídias se manifestem apontando os crimes das organizações globo.
No tocante ao futebol, cabe lembrar que as duas seleções que fizeram a final da Copa das Copas, passaram, recentemente por mudanças estruturais na organização do futebol, obviamente de acordo com as especificidades de cada país.
Com ou sem a participação do estado, Alemanha e Argentina,  ao que se revela  estão colhendo os resultados.
No caso argentino, a concentração midiática , que assim como no Brasil  se manifestava negativamente, saiu de cena para o bem do futebol daquele país.
É chegada a hora de o Brasil fazer o mesmo, com urgência.
No tocante aos outros crimes gravíssimos em que as organizações globo estão envolvidas, a população brasileira exige que as autoridades competentes façam a sua parte.