terça-feira, 25 de março de 2014

Na areia em frente a água

 Standard & Poor's rebaixa a nota de crédito do Brasil: a mesma agêencia de risco deu ao banco Lehman Brothers um triplo A em agosto de 2008; em setembro o Lehman Brothers quebrou disparando a maior crise do capitalismo desde 1929.

Ações da Petrobras disparam na Bolsa enquanto o PSDB ataca a gestão da estatal.

Investidor estrangeiro despreza alarido ortodoxo e faz investimentos produtivos de US$ 9,2 bi no país no 1º bimestre.

Fonte: CARTA MAIOR
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Alarmismo em tom de campanha

Por Luciano Martins Costa em 25/03/2014 na edição 791
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 25/3/2014
Os três principais diários de circulação nacional produzem nas edições de terça-feira (25/3) o fenômeno das manchetes trigêmeas: “Agência rebaixa nota do Brasil”, dizem a Folha e o Globo. Com mínima variação, O Estado de S. Paulo anuncia: “Agência de risco rebaixa nota do Brasil”.
O tema é a esperada avaliação negativa da economia brasileira feita pela agência americana de classificação de risco Standard & Poors, a mesma que foi acusada de haver compactuado com as fraudes que levaram à crise financeira de 2008. O fato é uma variação, para baixo, da nota de crédito do país, que resulta de uma elevação teórica na percepção de risco para investidores.
Com a nova classificação, o Brasil foi rebaixado do nível “BBB” para “BBB-”, o que significa que continua no patamar da categoria chamada “grau de investimento”, selecionado entre os mais seguros do mundo como destino do mercado financeiro. O nível imediatamente abaixo seria o “grau especulativo”, que igualmente atrai investimentos, mas indica certa volatilidade da economia.
O detalhe que os jornais destacam, sem dissimular certo contentamento com a realização de uma profecia muitas vezes anunciada por eles mesmos, é o arrazoado produzido pela agência, que repete em muitos aspectos a opinião dos editoriais e dos principais articulistas dos grandes diários.
Trata-se, basicamente, de uma aposta negativa na capacidade do Brasil de manter em equilíbrio os fundamentos de sua economia, com crescimento razoável, tarifas públicas alinhadas aos custos e redução dos gastos públicos. A reação do governo, alegando que os dados utilizados pela agência para rebaixar a nota do Brasil são inconsistentes, foi praticamente ignorada pelos jornais.
Basicamente, as autoridades questionam algumas contradições na análise, como a avaliação negativa da capacidade de crescimento do país, feita justamente no período em que há uma retomada que surpreendeu o mercado. Além disso, a avaliação que a agência faz da evolução do investimento estrangeiro direto no Brasil contradiz o que a própria imprensa vem registrando nos últimos meses.

Noticiário contaminado
No patamar em que se encontra a economia brasileira desde 2008, quando obteve o status de grau de investimento, as notas de avaliação de risco não costumam afetar os grandes investidores, que se valem de estudos mais complexos para tomar suas decisões. No entanto, o noticiário intensamente negativo pode produzir um “efeito manada” de consequências graves, principalmente em período eleitoral, quando a racionalidade cede espaço para os interesses partidários, que costumam definir as escolhas da imprensa.
Observe-se, por exemplo, que nas edições de terça-feira sobre a decisão da agência Standard & Poors, os jornais compram pelo valor de face as justificativas para o rebaixamento da nota do Brasil, mas não confrontam esses dados com os indicadores correspondentes. Por exemplo, é fato que os investimentos estrangeiros diretos no Brasil caíram 3,9% em 2013, em comparação com o ano anterior, mas se mantêm em nível historicamente elevado, e o país segue sendo o principal destino desse dinheiro na América Latina.
A imprensa não costuma explicar aos seus leitores a diferença entre os principais tipos de investimento no mercado global, intensamente disputados pelos países em desenvolvimento.
Para países como o Brasil, o IED – Investimento Estrangeiro Direto – é a joia da coroa do capitalismo, porque representa dinheiro investido na construção de infraestrutura, de fábricas, na consolidação de atividades de empresas multinacionais, em fusões e aquisições. O outro tipo de aplicação, investimento em portfólio, é destinado à compra de ações e títulos.
As notas de avaliação de risco de agências como a Standard & Poors têm como foco principal justamente o investimento em portfólio, ou seja, tendem a contemplar o aspecto mais especulativo dos movimentos de capitais. Coincidentemente, esse é o ângulo mais percebido pela imprensa brasileira quando analisa a economia nacional. Trata-se de um ambiente extremamente volátil, cujas oscilações afetam principalmente o câmbio e o mercado de ações.
Sem essas observações complementares, o noticiário do dia se revela alarmista e contaminado pelo viés político. Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Paulo Nogueira: Se S&P rebaixou Brasil, Dilma deve estar fazendo algo de bom

publicado em 25 de março de 2014 às 13:12

por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo
“E então a S&P rebaixou a França.
E o que isso nos diz?
Não muito sobre a França. Não podemos subestimar que as agências de classificação não têm – repetindo, não têm – informações privilegiadas sobre solvência de grandes países.”
Clap, clap.
Assim se iniciou um artigo, no final do ano passado, do Nobel de Economia Paul Krugman, americano.
Troque França por Brasil, e o conteúdo continua inteiramente válido.
Krugman – que em outra ocasião chamara os economistas da S&P de “idiotas”, depois que eles rebaixaram os Estados Unidos – notava o seguinte: a França no fundo estava sendo rebaixada porque o presidente Hollande aumentara o imposto sobre os ricos e não desmontara o estado de bem estar social.
Na França, a nota da S&P esteve longe de causar comoção nacional.
Mas no Brasil o caso vai ser absurdamente explorado – muito mais por razões políticas do que econômicas.
É um ano eleitoral, e a oposição a Dilma vai usar a S&P como prova de que o país está afundando, assim como vem acontecendo com a compra de uma refinaria em Pasadena pela Petrobras.
É o chamado triunfo do desespero. Na falta de uma candidatura oposicionista que empolgue os brasileiros, e diante da vantagem de Dilma a poucos meses das eleições, vale qualquer coisa.
Mas pouco vai mudar eleitoralmente. As pessoas que se comovem com notas de agência de classificação de crédito – e nunca é demais lembrar que elas falharam miseravelmente em não perceber a grande crise de 2008 – não votam em Dilma.
As agências refletem, como notou Krugman, o chamado “mercado” – ou, para usar uma linguagem mais apropriada, o “1%”.
Sob Lula, o Brasil atingiu seu grau máximo para as agências. Isso porque, como o próprio Lula tantas vezes disse, nunca bancos e empresas ganharam tanto no Brasil.
Se Dilma recebeu uma “luz amarela”, como dizem alguns investidores estrangeiros interessados em coisas como juros altíssimos, é porque deve estar fazendo alguma coisa certa para os “99%”.
Menos do que deveria, com certeza, mas mais do que gostaria gente que, como a S&P, representa o “1%”.
Fonte: VI O MUNDO
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Trombone alvorada weril
          crítica - PAPIRO


Na velha  mídia, hoje, há um clima de euforia.
No embalo da agência, as notícias trazem truculência e a já conhecida agressividade, principalmente com o blá, blá, blá da Petrobras. 
Já a realidade é bem diferente das notícias dos jornais.
Além das manchetes trigêmeas, sobre o suposto fim de mundo que se abateu sobre o pais,  o jornal folha de SP apresenta um editorial sobre a questão da água.
Como a trapalhada com a gestão dos recursos hídricos tem o DNA tucano, Folha diz que a questão é nacional em uma referência ao bate boca de Alckmin com Cabral.
De fato, a questão da água é nacional, porém a questão que emerge foi a falta de investimento do governo de SP, que acarretou o racionamento que hoje que já existe , principalmente na região metropolitana de SP e para as populações pobres.
A declaração do governador de SP de que irá captar água do Rio Paraíba do Sul, foi apenas uma jogada para criar uma polêmica e retirar o foco da incompetência e da falta de planejamento do PSDB nos governos de SP
Dizer ainda que o Paraíba é propriedade do estado de SP assim como a baía da Guanabara é dos cariocas , é uma besteira sem tamanho.
A baía da Guanabara banha vários municípios do estado do Rio de Janeiro, e não apenas a cidade carioca.
Com seu conhecimento sobre águas e baías, o governador paulista certamente quando vai à praia, por exemplo em Ipanema, caso vá marcar um local de encontro com outra pessoa  deve assim se manifestar:
- a gente se encontra lá praia de Ipanema, na areia, em frente a água .
E assim, meu caro leitor, é a velha mídia no que diz respeito as notícias sobre a  conceituadíssima agência  e o blá, blá, bla da Petrobras.
É o já conhecido noticiário, na areia, em frente a água. 
 

segunda-feira, 24 de março de 2014

Ditadura nunca mais

PiG volta a 64.  Sem o trabalhador, claro

Até o Cerra, que fugiu, virou um resistente ! Em Cornell !
O ansioso blogueiro contempla com infinito desdém o desesperado esforço do PiG de “celebrar” os 50 anos de Golpe Militar.

O PiG (*) e seus trombones agora são todos combatentes da primeira hora, heroicos defensores do Governo Constitucional do Presidente João Goulart – clique aqui para ler a magnifica aula do professor Gilberto Bercovici sobre o significado das reformas de base de Jango.

A hipocrisia comove um Buda de jade.

Foram todos cúmplices do Golpe de dele se beneficiaram – mais a Globo do que qualquer outro.

E isso se revela na “Memória” do Golpe.

Ao analisar, por exemplo, a lista de ilustres palestrantes que vão a um “seminário” da Folha – que deu apoio logístico aos torturadores – percebe-se uma lacuna reveladora.

Não se fala do traço central, a mola que impulsionou o Golpe: impedir a ascensão do trabalhador.

Foi isso o que motivou os empresários altruístas, reunidos no INPES, no IBAD, DOPS e OBAN.

A “revisão” de 1964 se dá com a condenação da tortura, mas não chega a exigir o fim da Lei da Anistia, porque isso significaria levar alguns empresários à cadeia – clique aqui para ler “o PIB da tortura”.

E, afinal de contas, como diria o Historialista que jamais falaria mal das amantes de presidentes da Nova República, “tortura, não! Aí já é demais!”.

Agora, meter a mão no câncer e mostrar que foi um Golpe contra a ascensão do pobre …

É preferível falar do Caetano em Londres …

Fonte: CONVERSA AFIADA
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Marcha pela Família fracassa em Brasília e outras cidades

Na capital federal, meia-hora após o horário marcado, 12 manifestantes disputavam abrigo da chuva no ponto de ônibus em frente ao local da concentração.


Najla Passos Najla Passos

Brasília - A forte chuva que caiu sobre a capital federal no início da tarde deste sábado (22) foi suficiente para por fim à tentativa de reedição local da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, marcada para ter início às 15 horas, em frente ao 32º Grupo de Artilharia de Campanha, no Setor Militar Urbano de Brasília.

Meia hora após o horário marcado, doze pessoas disputavam abrigo contra a chuva no ponto de ônibus em frente ao local da concentração, enquanto algumas outras aguardavam em seis carros estacionados na área. Eram jovens, brancos e usavam roupas com motivos militares ou portavam bandeiras do Brasil. O carro de som ficou estacionado do outro lado da pista, inutilizado. Nenhum dos participantes chegou exibir faixas ou cartazes.

A baixa adesão se repetiu na maioria das 200 cidades do país que também tentaram reeditar a marcha que ajudou os militares a tomarem o poder em 1964, dando início a mais longa ditadura da história recente do país. Em Belo Horizonte, cerca de 50 pessoas participaram do ato que pede a volta da ditadura militar. No Recife, uma média de 30. Em Natal, foram nove os manifestantes.

No Rio de Janeiro, a Polícia estimou em 150 os presentes: entre eles, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que irá discursar a favor da ditadura na sessão solene que será realizada pela Câmara dos Deputados para marcar os 50 anos do golpe.

Em São Paulo, o maior ato do país agregou aproximadamente mil pessoas no que Roberto Brilhante classificou, na Carta Maior, como um carnaval fora de época. Mas um outro protesto, batizado de Marcha Antifascista, reuniu número equivalente de participantes que se contrapunham à primeira.

Nas redes sociais, o fracasso da reedição da Marcha pela Família virou motivo de chacota. Foram inúmeros os memes criados pelos internautas para criticar o ato. “Marcha com Deus e o Diabo na Terra do Sol”, satirizava um. “Marcha pela Família Adams”, “Marcha pela Família Flintstones, pela volta à Idade da Pedra”, “Marcha pela Família Caymmi, rumo à Maracangalha”, ironizavam outros.

Na página oficial do evento no Facebook, os organizadores ainda não fizeram um balanço da reedição nacional. As últimas postagens ainda se referem aos detalhes do protesto que, segundo os organizadores, era uma homenagem ao grande evento de 1964 e uma forma da sociedade pedir “intervenção militar constitucional” no país, seja lá o que for que isso signifique.

Em vídeo postado no último dia 20 para rebater as críticas ao evento, os organizadores Celso Brasil e Cristina Peviani convidavam os manifestantes contrários a aparecerem com um jargão muito comum entre policiais militares, em especial os das chamadas tropas de elite. “Sejam bem-vindos os mascaradinhos que quiserem bagunçar: é ‘faca na caveira’ pra vocês”.

Fonte: CARTA MAIOR
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         opinião - PAPIRO


Venho acompanhando, de longe pelo barulho que produz e de perto pela leitura, as matérias que a velha imprensa vem publicando sobre os 50 anos do golpe militar de 1964.
Acho estranho que essa velha mídia, que de alguma forma apoiou o golpe militar, venha , 50 anos depois, se apresentar como defensora da democracia.
Por fim, algum site tocou neste assunto, como no textos acima.
Tudo bem que pessoas e organizações mudam; revêem valores, percepções, práticas, mitos, crenças  e tudo aquilo que contribuiu para formar uma visão da realidade.
Considerando que o mundo hoje, em 2014, é bem diferente do que em 1964, não seria estranho se pessoas e organizações que viveram o período do golpe tivessem, hoje, posições bem diferentes da época da quartelada tropical de Pindorama, que proporcionou os tão desejados cartões de crédito e vestidos da alta costura para os militares e seus familiares.
Entretanto a velha mídia  nestes 50 anos pouco mudou e, o apoio dado ao golpe meio século atrás , hoje continua o mesmo, porém com novas abordagens  , resultado do papel assumido pela mídia corporativa  ocidental nos últimos 24 anos.
A grande imprensa atualmente no  Brasil e  no mundo cumpre a função de organismo certificador e multiplicador do sistema político- econômico dominante, não dando espaço para qualquer teoria ou manifestação que produza o contraditório.
Tanto é assim que governos que optaram por caminhos que valorizam a social democracia , buscando reduzir desigualdades através de  políticas e programas sociais, são violentamente atacados  pela velha mídia, que chega ao cume do rídiculo em apontá-los como comunistas, reduto de ditadores, anti-democráticos e outras designações similares. 

Ainda no papel de certificadores, defensores e multiplicadores do modelo mundial decadente, essa velha imprensa já foi personagem principal na tentativa de derrubar um governo legítimo e eleito pelo povo em eleições livres, como foi o caso da Venezuela no final do ano de 2002 e início de 2003.
A ação da imprensa na Venezuela foi tão escancarada que mereceu um filme sobre o assunto.
Ainda para apoiar as incursões delirantes de poder da central anti-democrática mundial, os EUA, toda a mídia ocidental, repetiu , sem o menor resquício de análise crítica, as mentiras proferidas por Washington para invadir o Iraque em 2003 .
Por aqui no Brasil o comportamento da velha imprensa é o mesmo.
Assumida  escancaradamente como partido de oposição aos governos populares e democráticos do PT, a velha imprensa  trabalha diariamente para derrubar esses governos, seja  através de um noticiário que procura evidenciar o  pior dos mundos para o país, seja através de ocultar a realidade, ou mesmo de criar condições políticas para exigir um impeachment dos presidentes, como chegou  a ser cogitado no final do ano de 2005 contra Lula, por conta das denúncias do mensalão, que hoje,como se sabe, foi uma grande farsa. 
E eis que atualmente com a efeméride de 50 anos da quartelada , a velha imprensa, através de suas matérias sobre o golpe, mais se assemelha a uma organização guerrilheira que lutou contra o regime militar.
Como escrevi no início do texto, organizações e pessoas mudam, porém, mais do que discursos de mudança, o que de fato consolida as transformações é o conjunto de ações e idéias que se  refletem em comportamentos ao longo de anos.
Assim sendo , a velha imprensa, hoje, é a mesma que apoiou o golpe de 1964 e que, certamente, não hesitaria em fazê-lo novamente, caso condições existissem para isso.
Como a democracia é a palavra chave e mágica , como também o principal  produto de exportação do mundo próspero, moderno e civilizado, as investidas de quarteladas na base da força e pela ordem  em apoio a  família e Deus, não tem o respaldo desejado, logo os neo golpes da atualidade são revestidos de amparo legal, teses jurídicas.
Para que sejam bem sucedidos o papel da velha imprensa mundial é fundamental, diria que mesmo imprescindível.
No final da semana que passou grupos saíram as ruas de São Paulo em passeatas contra e a favor do golpe de 1964.
A verdadeira democracia permite que até mesmo grupos que não toleram o regime democrático possam manifestar suas idéias, de forma civilizada e de acordo com a regras do jogo vigente, escolhido pela maioria da população.
Assim foi a passeata que reuniu trezentas pessoas em São Paulo - número menor que a capacidade de alguns cinemas - para pedir a volta dos militares ao poder.
Não faltaram imagens de santos, orações e palavras de ordem em defesa da vida, como o apoio a pena de morte.
                        
     
Pelo que se viu, a passeata que marchava em nome de Deus foi abandonada por Ele
Cabe lembrar aos saudosos dos tempos de quarteladas, que existe um partido político que se chama partido dos militares e aqueles que se identificam com uma farda ( hummmmm ,bandeira) podem votar democraticamente em seus representantes.
Já a velha imprensa deu mais destaque aos trezentos de Deus, do que ao outro grupo de mais ou menos mil pessoas que marchavam em favor da democracia e do estado de direito.

Assim sendo, caro leitor, toda essa cobertura da velha mídia sobre o golpe, cheira mal, não é verdadeira não aborda as questões principais, e ainda tenta criar um glamour sobre o período e sobre os perseguidos.
A verdadeira revolução é aquela que não abre mão do aprofundamento do processo democrático, com liberdade de expressão para todos , democratização do meios de comunicação, reforma política com constituinte soberana, reforma agrária, eleições livres e democráticas.
Essa  revolução está marcada na pele dos verdadeiros democratas, lugar que nunca foi e não é o lugar da velha imprensa.

                
                

sábado, 22 de março de 2014

Plebiscito popular pela reforma política

Plebiscito popular pretende mudar sistema político brasileiro

21 de março de 2014

Por Leonardo Ferreira
Da Radioagência BdF


Cresce em todo o Brasil e ganha força nas ruas a construção do plebiscito popular pela reforma política. Organizado por diversas entidades e movimentos sociais, o Plebiscito por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político será realizado em setembro.

Um dos principais objetivos da campanha é debater um dos temas centrais que surgiram nas mobilizações de rua que agitaram o país em junho do ano passado.

Segundo Paola Estrada, da Secretaria Operativa do Plebiscito Popular pela Reforma Política, a proposta pretende mudar a composição dos espaços de representatividade da população.

"Mais de 70% do Congresso é representado por empresários, empresários da saúde, da educação. E olha que a maioria da população é composta por trabalhadores; 51% da população é composta por mulheres e o Congresso tem menos de 10% de mulheres; e assim por diante. A gente olha para esse Congresso e vê que ele realmente não representa a população brasileira e principalmente os trabalhadores brasileiros."

Em todos os estados foram constituídos comitês de campanha, que agora começam se multiplicar por cidades, bairros, escolas e universidades. Paola destaca que mais do que incidir na questão eleitoral, a reforma pretende mudar as regras do sistema político.

“Por exemplo, a bandeira da Reforma Agrária que não consegue sair por causa do tamanho da bancada ruralista dentro do Congresso que sempre barra qualquer avanço possível para enfrentar o problema agrário no Brasil, diversas bandeiras históricas do movimento feminista que dentro do Congresso Nacional as bancadas religiosas principalmente mais conservadoras sempre barram o avanço de pautas.”

O Plebiscito é uma consulta na qual os cidadãos votam para aprovar ou não uma questão, sendo uma oportunidade para que milhões de brasileiros expressem a sua vontade política. Segundo as leis brasileiras, somente o Congresso Nacional pode convocar um Plebiscito.

Uma das expectativas do movimento é superar a votação do Plebiscito da ALCA, que em 2003 teve a participação de pelo menos 13 milhões de pessoas que disseram “não” a tentativa de implantação da Área de Livre Comércio das Américas.

A consulta popular acontecerá entre os dias 1º e 7 de setembro de 2014. A população em todo o país deverá responder a uma única pergunta: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”

A campanha do plebiscito popular pela reforma do sistema político disponibiliza outras informações em uma página na internet (http://www.plebiscitoconstituinte.org.br
 Fonte : MST
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        opinião - PAPIRO



Uma boa iniciativa que deve ser amplamente divulgada.

Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político ?

Resposta do PAPIRO:  SIM 

sexta-feira, 21 de março de 2014

D = 2 ( A + C ) - 1

 Ibope: Dilma tem 43% contra 15% de Aécio e 7% de Campos; especuladores se deram mal

publicado em 20 de março de 2014 às 19:13

Dilma mantém liderança nas intenções de voto, aponta Ibope
Do UOL, em São Paulo
20/03/201418h16
A presidente Dilma Rousseff (PT) mantém 43% das intenções de voto na primeira pesquisa realizada pelo Ibope em 2014. É a mesma taxa obtida no levantamento anterior do instituto, realizado em novembro.
O senador Aécio Neves (PSDB) variou de 14% para 15%. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ficou estável com 7%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (20) no blog Radar Político, do jornal O Estado de S.Paulo. O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios. As entrevistas foram realizadas entre 13 e 17 de março. A marge de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número BR-00031/2014.
De acordo com o blog, em um cenário com a inclusão de cinco pré-candidatos “nanicos”, Dilma fica com 40%, contra 13% de Aécio e 6% de Campos.
Somados, os adversários da presidente teriam 23% das intenções de voto, o que seria insuficiente para impedir a vitória de Dilma ainda no primeiro turno.
Testando hipóteses de segundo turno, o Ibope mostra que Dilma venceria Aécio por 47% a 20%. Contra Campos, Dilma seria eleita com 47% ante 16% do governador pernambucano.
Marina Silva
Segundo o Radar Político, o Ibope testou cenários em que Marina Silva aparece como candidata do PSB no lugar de Campos.
No primeiro turno, Dilma lidera com 41%, frente a 14% de Aécio e 12% de Marina. Em um eventual segundo turno, Dilma venceria com 45%, ante 21% da ex-ministra do Meio Ambiente.
PS do Viomundo: O povo especula, especula, especula… Vai ver, não era nada daquilo. Deu no Valor (abaixo) e imediatamente começou a especulação de que os investidores queriam isso ou aquilo, de que os empresários estavam reforçando o “volta, Lula”… Curiosamente, tudo é sempre baseado em fontes não identificadas. Pode ser tanto o dono da mercearia da esquina quanto o dono do Google, não faz diferença: amanhã tem mais boato na capa do jornal.
Fonte: VI O MUNDO
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    humor- PAPIRO


Hoje, nem globo nem folha publicaram em primeira página qualquer chamada sobre a pesquisa do IBOPE.
Nenhum comentário em primeira página.
Imagine, caro leitor, se o resultado da pesquisa apontasse uma queda de Dilma.
Certamente teríamos letras garrafais em primeira página.
Ainda hoje,na primeira página do globo a charge foi para atacar Dima sobre o blá, blá, blá da Petrobrás.
O jornalismo de boatos da velha mídia agoniza.
Especula-se na velha mídia que o sumiço do avião malaio tem relação com a INFRAERO e o governo Dilma, que o teriam  desviado para a Criméia de Putin, tudo isso com o auxílio de uma base terrorista avançada do PT em Sebastopol.
Aliás, o texto da charge de globo ' olha o outono aí , gente reproduz o grito de guerra da escola de samba Beija-flor de Nilópolis, olha a beija -flor aí, gente, que fracassou no carnaval deste ano com um enredo sobre Boni, da globo, o astro iluminado da comunicação.
Comunicação delirante.

Dilma vai bem, tem 43%, Aécio 15% e Campos com 7%.
D = 2 ( A + C ) - 1
Já a grande economista e analista  de globo, Leitão, chegou a uma conclusão brilhante sobre a Petrobrás: 
 
Ainda segundo a brilhante analista, uma ação da Petrobrás em R$ 22, 35 configura o seguinte quadro:
P = A + C + G
Na equação , P= ação da Petrobrás,  A = percentual de Aécio,  C= percentual de Campos e  G é a constante universal de manipulação de dados para derrubar o PT, no valor de 0,35.
Quanto maiores os valores de A  e C, maior será o valor de P,  logo os conceituadíssimos analistas de plantão devem usar todas as tècnicas, inclusive de ilusionismo, para alterar a realidade.
Abaixo um exemplo de manipulação de como os resultados da pesquisa do IBOPE devem ser apresentados, através de um gráfico de barras,  nos higiênicos telejornais de globo:

Sem horizonte

Renato Gaúcho admite má atuação do Fluminense: 'Não jogamos nada'

Treinador lamenta as muitas chances perdidas pelo Tricolor, principalmente no primeiro tempo do revés no Ceará, mas confia em virada contra o adversário no Maracanã

Fluminense perde para o Horizonte, no Ceará (Foto: Nelson Perez/Fluminense FC)

Em jogo válido pela partida de ida da Copa do Brasil, o Fluminense foi derrotado por 3 a 1 pelo Horizonte-CE, nesta quinta-feira e agora precisa vencer por 2 a 0 o Maracanã para avançar à próxima fase da competição. Sobre o resultado que deixou o Tricolor em situação bastante delicada, o técnico Renato Gaúcho lamentou a atuação e admitiu que sua equipe esteve muito longe dos melhores dias.
- Claro que é possível (virar o placar no jogo de volta). Do jeito que jogamos aqui, não vamos repetir no Maracanã. Não podemos é perder as oportunidades que desperdiçamos. Se tivéssemos feitos um, dois ou tres gols das chances que criamos, seria diferente. Não jogamos nada e pagamos pelos erros - analisou o treinador.
Fonte: LANCE
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  esportes - PAPIRO


O ano de 2013 foi horrível para o Fluminense.
Problemas financeiros, falta de recursos, eleições no clube, saída de grandes jogadores.
No início deste ano, 2014, os principais jogadores do milionário elenco do clube garantiram que tudo seria diferente, ou seja, esse ano não será igual ao ano que passou.
Disse Gum, um dos atletas com mais tempo de clube,  desde  2009 junto com Diguinho e Fred;
 - " em 2014 vamos entrar com muita força " 

Para o caro leitor  não habituado com as expressões do futebol, 'vir com muita força', significa comprometimento, trabalho duro, disposição e foco total em conquistar as competições. 
Com quinze jogos já efetuados até o momento - 14 pelo campeonato carioca e 1 pela copa do Brasil - o que se vê é um filme, ou talvez um cenário, bem parecido com o do ano de 2013.
Time sem pegada, desinteressado, burocrático e principalmente sem a vibração e o comprometimento de equipes que buscam o topo nas competições em que disputam.
Dos quinze jogos realizados até hoje - day after do jogo contra o Horizonte - foram  8 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, sendo que somente três jogos foram contra adversários de ponta, ou seja, contra Flamengo, Botafogo e Vasco, os demais foram contra times de baixo investimento que em sua maioria não disputam nem a  4ª divisão do campeonato brasileiro.  
Nos jogos contra os grandes do Rio, o Fluminense teve uma vitória, um empate e uma derrota, sendo que a derrota foi para um time reserva do Botafogo, por 3x0.
O ano começou com uma derrota de 3x2 para o Madureira, pelo campeonato carioca.
Na ocasião, o treinador Renato disse que tinha sido algo normal, típico de início de temporada, já que o simpático time do bairro de Madureira vinha com mais tempo de preparação para a competição.
A avaliação de Renato estava correta.
No segundo jogo, o Fluminense empatou de 1x1 com o modesto time do Bonsucesso ,isso no Maracanã.
A partir daí o time emplacou uma sequência de sete vitórias seguidas, sendo a mais expressiva sobre o Flamengo,por 3x0, onde, de fato, o time apresentou um bom futebol. 
Nos demais o time venceu, porém não convenceu seu torcedor nem a crítica esportiva.
O período de preparação para a temporada  já se foi, e o time ainda não disse ao que veio, ou pior ainda, talvez já esteja dizendo que veio como no ano passado.
Interessante observar que o comportamento do elenco do Fluminense independe do treinador.

Sai um treinador, entra outro, saí, chega mais um, vem o Renato, e o time apresenta a mesma falta de atitude, o mesmo desinteresse, o mesmo futebol burocrático e ineficiente, a mesma falta de vontade de vencer. 
Até mesmo jogadores como Conca e Walter, que chegaram este ano no clube e foram logo brilhantes nas primeiras partidas, com o passar do tempo vão se adequando, ou se contaminando, com a letargia e a incompetência que domina o elenco.
Alguma coisa  precisa ser feita com o elenco do Fluminense, e isso não passa por simples mudanças de treinadores.
É inadmissível que jogadores entrem em campo e se mantenham como titulares apenas pelo nome, ou pelo tempo de casa.
Acredito, ainda, que caso o Fluminense conquiste o estadual  isso não será bom para o clube, pois trará a falsa impressão de comprometimento e caminho certo, o que não é verdade.
Quanto a Copa do Brasil é perfeitamente possível uma vitória por dois ou mais gols sobre o semi-profissional  time do Horizonte, mas essa não é a questão principal e muito menos a questão de fundo.
Ouvir jogadores com Fred dizer que no Maracanã  terá a torcida ao lado para o jogo com o Horizonte soa como deboche para o torcedor. 
Todo e qualquer torcedor consciente não pode apoiar esse estado de coisas por que passa o elenco do clube, e mais, deve boicotar o jogo contra o Horizonte ,no dia 10 de abril.
Por outro lado,uma eliminação precoce da copa do Brasil pode colocar o clube na Copa Sul americana deste ano, o  que pode ser interessante para o clube, pois uma vitória na competição continental garante uma vaga na Libertadores de 2015, outra vaga na sul americana de 2015, a disputa da recopa sulamericana de 2015, além da presença nas copa Audi, na Alemanha, e Suruga, no Japão, todas em 2015.
Quanto ao treinador Renato, mais uma vez justifica a derrota lamentando as chances desperdiçadas, foi assim no empate com a Cabofriense, no empate com o Vasco etc...
De fato, o Fluminense anda desperdiçando muita coisa, além de gols nos jogos. 
Algo precisa ser feito com  urgência.
  






 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Realidade e Fantasia

1 - REALIDADE

1.1 - Índice de desemprego nos governos FHC, Lula e Dilma

1995  -    8.4  FHC
1996  -    9.5  FHC
1997  -  10.2  FHC
1998  -  11.1  FHC
1999  -  12.0  FHC                PSDB        
2000   - 12.0  FHC
2001   - 12.1  FHC
2002   - 12.6  FHC



2003   - 12.3  LULA
2004   - 11.4  LULA
2005    -  9.8  LULA
2006    -  9.9  LULA
2007    -  9.3  LULA
2008    -  7.8  LULA                    PT

2009    -  8.1  LULA
2010    -  6.7  LULA
2011    -  6.0  DILMA
2012    -  5.5  DILMA
2013    -  5.4  DILMA



1.2 - Inflação (IPCA) dos governos FHC, Lula e Dilma

1995   -   22,41  FHC
1996   -     9,56  FHC
1997   -     5,22  FHC
1998   -     1,66  FHC
1999   -     8,94  FHC                PSDB
2000   -     5,97  FHC
2001   -     7,67  FHC
2002   -   12,53  FHC


2003   -    9,30   LULA
2004   -    7,60   LULA
2005   -    5,69   LULA
2006   -    3,14   LULA
2007   -    4,45   LULA
2008   -    5,90   LULA            PT
2009   -    4,31   LULA
2010   -    5,90   LULA
2011   -    6,50   DILMA
2012   -    5,83   DILMA
2013   -    5,91   DILMA




2 - FANTASIA






 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Secão em SP e golpe na democracia

China tem mais liberdade de expressão

Imprensa “comunista” é a daqui, que não deixa passar nada “a favor”.
O ansioso blogueiro acaba de voltar de uma viagem à China.

Desde domingo debruça-se sobre o PiG (*) impresso e suas manifestações na Globo Overseas.

E concluiu que na imprensa da China há mais liberdade de expressão, mais “contraditório”.

Nos jornais chineses em inglês e nos diversos canais em inglês da tevê estatal CCTV – de excelente qualidade, aliás – é possível encontrar notícias “do contra”.

Sobre a crescente desigualdade de renda entre o campo e a cidade.

Sobre a devastadora poluição, especialmente em Beijing, e perto das siderúrgicas, das cimenteiras e das fábricas de papel.

Sobre o infernal engarrafamento de trânsito em Beijing e Shangai.

Sobre os impasses criados com fim da política do filho único – as empresas começam a não contratar mulheres entre 20 e 40 anos.

O aumento do custo de vida em Shangai – o maior do mundo, segundo a Economist.

A feroz campanha anti-tababagista.

A burocracia que trava os negócios e o Governo.

Trata-se, como se sabe, de um regime comunista.

Para um cidadão receber em casa, no cabo ou por satélite, a BBC ou a CNN tem que ter autorização do Governo.

O ansioso blogueiro assistia à BBC.

(Um dos melhores momentos de uma viagem ao exterior é acompanhar os acontecimentos do mundo, no caso, na BBC Ásia, longe da mediocridade colorida dos correspondentes da Globo, que falam, de Londres, sobre a Malásia ou a Crimeia…)

Quando entrou no ar  matéria sobre uma manifestação contra o Governo, na Praça da Paz Celestial, em plena luz do dia, a tela transformou-se numa placa preta, sem som e, minutos depois, voltou a BBC ao ar, normalmente, como se nada tivesse acontecido.

As autoridade chinesas atribuem recentes atentados e manifestações em Beijing a grupos islâmicos de origem mongólica.

Outras experiências interessantes: o acesso ao Google e ao New York Times se faz na velocidade das teles brasileiras …

Na mídia nativa, como diz o Mino, há um regime “comunista” mais impermeável e sólido.

De tipo Coreia do Norte, presume-se.

Porque, aqui, não tem perdão.

É tudo contra !

Quando deixou o Brasil, a  Urubóloga anunciava o apagão.

Agora, a inflação desembestada.

Amanha será …

Qualquer coisa !

(Sobre o apagão de água dos tucanos de São Paulo, nada … Tem que esperar o Bessinha se manifestar.)

No Globo, no Estadão, na Folha (**), no Mau Dia Brasil – o regime “comunista”, centralizado, universal, exerce seu poder de forma implacável, estaliniana.

Não passa nada a favor.

Por isso, a “política” partidária no Brasil é esse minueto artificial.

Tudo se resume a conseguir “tempo de tevê”.

O PMDB – leia-se FHC – não presta pra  nada: vale o tempo de tevê que tem.

E só.

A política brasileira gira, gira, e roda em torno do horário eleitoral gratuito.

Quando, enfim, os governos trabalhistas conseguem abrir a boca.

Ainda na China, o ansioso blogueiro assistiu a interessante entrevista do novo Primeiro-Ministro da Itália, Matteo Renzi, ao importante programa “Porta a Porta”.

Sobre a RAI, a tevê estatal, ele disse que tanto como “informar” o papel da RAI é “formar”.

Quando a RAI exibe a “Tosca” ou o “Nabucco”, ela diz ao jovem italiano: você faz parte de uma tradição cultural que é preciso preservar.

Renzi morreria de espanto no Brasil.

Aqui, quem “forma” são o Faustão e o Pedro Bial …

O Berlusconi tentou partidarizar e privatizar a RAI e não conseguiu.

A imprensa chinesa não será privatizada.

E sempre será do Partido.

Mas, o chinês se informa melhor que o brasileiro.

E o venezuelano também, como, aliás, o Rodrigo Vianna se cansou de demonstrar.

Sobre essas considerações inúteis, não perca o excelente – como de hábito – artigo do professor Venício Lima.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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            opinião - PAPIRO

Eu já desconfiava.
Também me inclino a acreditar que em Cuba deve existe maior liberdade de expressão do que por aqui.
Por um lado essa imprensa partidarizada no Brasil, que bloqueia tudo, também contribui para seu próprio fim.
Com a internete não dá mais para globo e seus pares construírem realidades paralelas.
Sobra apenas o grito, e no grito o único que levou foi Dom Pedro I, e já faz muito tempo.
A última de globo foi conseguir uma liminar na justiça que proíbe os portais Terra e UOL de reproduzirem notícias sobre o fantástico, formidável, educativo, brilhante, culto e excelente programa big brother brasil.
Uma modalidade de censura, com certeza.
Cabe lembrar que além dos veículos de mídia de globo, somente as mídias rasteiras e populares reproduzem informações sobre o programa modelo de cultura e entretenimento da televisão brasileira..
Com a censura, chamada de proibição, a big programa será reproduzido apenas nas mídias de globo.
Por um lado é bom, pois quanto menos mídias se dedicarem a reproduzir mediocridades, melhor para os leitores.
Enquanto a censura se manifesta, a água dos paulistanos fica cada vez mais curta.
Certamente a falta de água na maior região metropolitana do pais não pode passar em branco nas mídias, já que trata-se de um fato importante que merece análise por todos os ângulos, cores e ideologias.
Não é o que se vê na velha mídia.
Em globo , folha  e similares o que predomina é o recorrente exercício de  poupar os governantes do estado de SP, todos ligados ao PSDB, pela tragédia que é o racionamento de água.
No jornalismo eclipse da velha mídia, as informações sobre o SECÃO em São Paulo recaem sobre a cidade de Guarulhos, na região metropolitana. 
Curioso lembrar que a cidade é administrada pelo PT e o racionamento tem implicações claras com o sistema de abastecimento da região metropolitana, de competência do estado de SP.
O SECÃO em SP é mais um retrato translúcido da incompetência dos governos do PSDB.
Inconcebível que  a região metropolitana de SP conviva com  racionamento de água.


Entretanto as notícias que leitores, ouvintes e telespectadores recebem não tem esse enfoque.
Assim como as fezes que veja apresentou em primeira capa no último final de semana, que estariam inseridas em um contexto de regalias, nem de longe se comparam com as regalias indecentes e criminosas que envolvem os políticos do PSDB no chamado mensalão tucano. 
Mensalão tucano que entrou na pauta de julgamento por esses dias.
Em globo, logo pelas manhãs, olheiras sedentas de tragédia apresentam em telejornais o fracasso que se aproxima. 
O mantra matinal depressivo alerta para os perigos incontroláveis de uma inflação rebelde e avassaladora.
O tomate está de novo nas mídias, na pauta das tragédias.
Cabe lembrar que nos governos populares e democráticos do PT, com Lula e Dilma, a inflação sempre - eu escrevi sempre, caro leitor - se manteve dentro da meta estabelecida.
Entretanto as olheiras insaciáveis repetem o fracasso da política do governo em conter o dragão, isso repetido diariamente, pelas manhãs, através de dragões insaciáveis.
Enquanto a água seca em SP, globo e folha alertam para o perigo de um apagão de energia, que provavelmente ocorrerá no próximo ano, segundo especialistas consultados.
Como não existe a possibilidade de racionamento de energia a curto prazo, globo, folha, veja e estadão, por conta do ano eleitoral, criaram o racionamento in advance, ou seja, o que não acontece pode estar acontecendo, mesmo que a população não esteja  vendo ou sofrendo os efeitos da escuridão que assola o país, principalmente no campo da informação e  da cultura..
O racionamento de energia elétrica in advance está presente como notícia , diariamente, nos grandes e sujos jornais do país.
Com o modelo de mídia que existe atualmente no país, o racionamento que existe é  de democracia.
O país não pode  mais conviver com esse modelo e é cada vez mais urgente uma reforma ampla e profunda nos meios de comunicação
Em 31 de março, prefiro 1° de abril, temos os 50 anos do golpe militar que travou o desenvolvimento do Brasil, estuprou a democracia e mergulhou o país no atraso por décadas.
Na época, lá pelo início dos anos da década de 1960, o mundo se dividia em capitalista e comunista.
O Brasil, que optava por um caminho de social democracia deixando para trás  o capitalismo selvagem,  foi a bola da vez  pois o governo da época emitia claros sinais de uma virada para o lado comunista, isso na visão da velha mídia que martelou por  anos essa tese.
Para conter  o perigo vermelho, veio o golpe de estado com uma ditadura sanguinária que durou 21 anos.
O golpe foi saudado por globo e toda a mídia como, pasmem,  sendo o ressurgimento da democracia.
As críticas aos regimes comunistas da época, enfocavam a ausência de liberdade do povo e de democracia.
Para conter o perigo do comunismo, o Brasil e todos os países da América Latina foram vítima de violentos golpes de estado com a participação das forças armadas desses países, e , claro, com o inestimável auxílio de grande parte do empresariado e da CIA
A história todos sabem.
Somente a partir dos anos da década de 1980, quando já estava em curso o projeto americano para derrubar o comunismo do leste europeu, que os países da América do Sul começavam a se reencontrar com governos civis e eleições livres e democráticas
No final da década de 1980 e início da década de 1990, o comunismo do leste europeu desabou e o ocidente alardeava a vitória da liberdade e da democracia
Entretanto, a partir do final da década de 1990 e início da década de 2000, a América do Sul elegeu governos que mesmo dentro das regras do jogo mundial, resolveram aprofundar o processo democrático nos países do continente, priorizando políticas que , agora já implantadas, reduziram as enormes e históricas desigualdades sociais na região.
E eis que os antigos defensores da democracia ,como globo , por exemplo, ao se depararem com o avanço do processo democrático no Brasil e no continente sul americano empreenderam , talvez, a maior campanha de desinformação e omissão da realidade do Brasil e dos países sul americanos.
Essa campanha chegou a tal ponto que os perigos alardeados pela velha mídia são praticamente os mesmos  que eram  alardeados no início dos anos da década de 1960, antes do golpe de 1964, apesar do sepultamento do urso vermelho.
Chega-se até mesmo a falar e noticiar  sobre um perigo comunista no Brasil e na região, quando de fato, porém ocultado da população do continente, o que acontece são governos comprometidos com uma democracia social e civilizada.
Democracia esta que vai bem, isso  aos olhos de pessoas independentes pelo mundo que não tem o menor compromisso atual ou passado com a ideologia comunista.
O que existe de fato, hoje, no Brasil e em países da América latina, são ações orquestradas pela inteligência dos EUA, com apoio de grandes grupos de comunicação do continente, para desestabilizar e até mesmo derrubar governos comprometidos com o avanço do processo  social democrático
Certamente  a democracia, a liberdade  de expressão e a civilidade não fazem parte dos valores e ideários  dos governos dos EUA, dos grandes  grupos de comunicação do Brasil e da América Latina e também de uma parcela das corporações.