terça-feira, 18 de março de 2014

Desenhos










A árvore da estrada


Universo III


 Reino de Hades





Tenda
universo

tempestade

primavera em Quíron

agricultura em Quíron
birutas

o carro


silêncio



exame médico



cadê o DARF ?

31 de março de 1964

universo IIBolhas

Politicídio







Adicionar legenda
razão e emoção


    Estrela


                                                 A barriga da velha mídia - charge do PAPIRO

  árvore

Cidade morta

segunda-feira, 17 de março de 2014

A matéria de veja tem um odor insuportável

Os democratas de 64 estão de volta: derrotados na votação dos embargos no STF, eles agora conspiram contra a Justiça; em flagrante ilegalidade agem com sede de vingança para manter José Dirceu indefinidamente em regime fechado

Fonte: CARTA MAIOR

_________________________________________________________________________   Advogados ativistas publicam íntegra de entrevista à Veja

publicado em 15 de março de 2014 às 21:58
 

por Advogados Ativistas, no Facebook, sugerido pelo leitor André

A revista Veja entrou em contato com os Advogados Ativistas para que fosse concedida uma entrevista. Apesar de ter sido avisada que não falamos com este veículo de comunicação, a publicação insistiu e nos mandou algumas perguntas, deixando claro que a matéria sairá com ou sem as nossas respostas.
Os jornalistas que realizam um trabalho sério têm a nossa admiração e respeito, o que se traduz na ótima relação do grupo com eles. Porém, é intolerável que publicações mal intencionadas queiram, mais uma vez, desinformar, mentir e difamar aqueles que realizam trabalhos relevantes.
Portanto, achamos por bem responder publicamente as perguntas que nos foram enviadas, para que uma possível matéria que cite os Advogados Ativistas já tenha seu contraponto. Segue abaixo:
Veja: Como surgiram os Advogados Ativistas?
AA: Advogados Ativistas sempre existiram, apenas uma parte deles se uniu.
Veja: Há lideranças?
AA: Não.
Veja: Quais são as causas mais emblemáticas pelas quais o movimento já lutou desde junho de 2013?
AA: Principalmente a defesa da Democracia e da Constituição, as quais vêm sendo incessantemente violadas.
Veja: Quais são suas bandeiras?
AA: Não carregamos bandeiras.
Veja: O que é necessário fazer para participar?
AA: Não ser leitor da Veja é um bom começo.
Veja: Hoje há quantos advogados ativistas?
AA: O suficiente.
Veja: Os senhores atuam apenas em São Paulo ou em outras cidades brasileiras? Se sim, em quais?
AA: Através da internet somos capazes de levar informação para qualquer lugar.
Veja: Em redes sociais do grupo há publicações, como fotos de protestos em cidades como o Rio de Janeiro. Vocês viajam para atuar em causas fora da cidade?
AA: Advogados Ativistas possuem amigos em muitos lugares. Se for preciso viajar, viajaremos.
Veja: Como vocês se mantém?
AA: Somos advogados, ora.
Veja: Quanto tempo do dia se dedicam ao ativismo?
AA: Não o quanto gostaríamos, mas quando o fazemos a dedicação é total.
Veja: Pode definir o conceito de advocacia “pro bono”?
AA: É a advocacia gratuita para o bem do povo. Bastava jogar no Google, essa foi fácil.
Veja: Quais os obstáculos que enfrentam para garantir o direito de ampla defesa dos manifestantes?
AA: A Veja, por exemplo, é um dos obstáculos, pois criminaliza qualquer forma de pensamento diferente do seu.
Veja: Os senhores declararam que sofreram intimidação na OAB-SP no último protesto em São Paulo, de que forma isso aconteceu?
]AA: Sofremos intimidação de um grupo inexpressivo, o qual falou indevidamente em nome da classe. Como explicado pelo Presidente da Ordem, a atitude destes não reflete o pensamento da entidade. Assunto superado.
Veja: Advogados ativistas já deram declarações de que a OAB-SP não está cooperando com o trabalho de vocês e se portando de maneira governista. Como é a relação entre os senhores e a entidade? Os senhores publicaram um artigo afirmando que a entidade criminaliza a ação de vocês. De que maneira isso acontece?
AA: A política de relação com outros grupos ou entidades é discutida internamente. No entanto, informamos que o Presidente da OAB/SP, em conjunto com o Presidente da Comissão de Prerrogativas, apresentaram nota pública em defesa de nosso trabalho, disponibilizando, inclusive, amparo emergencial caso cada um de nós tivesse seu ofício prejudicado.
Veja: Os senhores já receberam honorário de algum cliente que atenderam nas manifestações?
AA: Nao visamos lucro algum, mas podemos começar a receber quando a Veja informar quem paga a tal “Bolsa Manifestação”.
Veja: Quais são as principais orientações do Manual do Manifestante? Por quais mudanças ele já passou desde a primeira versão?
AA: O Manual está disponível na página do Advogados Ativistas e é de fácil compreensão. Recomendamos a leitura.
Veja: Os senhores declararam que já sofreram ameaças de morte. Pode descrever em quais situações e como essas ameaças se deram?
AA: A investigação está em andamento. É um trabalho para a polícia.
Veja: Os senhores foram apontados como advogados de Humberto Caporalli e Fabricio Proteus, apontados pela policia como adeptos à tática black bloc. Qual a posição dos senhores sobre os black blocs?
AA: Não generalizamos estereótipos e tão pouco criamos inimigos fictícios, isso é trabalho da Veja.
Veja: Na confusão das manifestações e porta de delegacias, é possível distinguir os manifestantes adeptos e não adeptos da tática black blocs?
AA: Não entendemos no que se aplica ao grupo esta pergunta.
Veja: Os senhores prezam pelo direito de se manifestar e defendem todos sem restrições?
AA: Ao contrário do que algumas pessoas (e a Veja) pregam, de acordo com a Constituição todos tem Direito a Defesa. Veja só que coisa (com o perdão do trocadilho).
Veja: Já se recusaram a defender algum manifestante?
AA: Nunca, inclusive se algum repórter da Veja for preso em alguma manifestação pode nos contatar que iremos defendê-lo, já que o direito de defesa é para todos, mesmo que este veículo propague o contrário.
Fonte: VI O MUNDO
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Veja: Numa conversa entreouvida por um servidor…


 Por Redação março 17, 2014 10:27

A capa de Veja desta semana repete a fórmula que a levou a ser processada por Luis Gushiken e cujo resultado foi proferido na última semana, uma condenação de 100 mil reais à família do ex-deputado, que não poderá tirar proveito da vitória por ter falecido em setembro do ano passado.
Repete a fórmula que levou o desembargador Antonio Vilenilson, em voto seguido pelos demais desembargadores da Nona Câmara de Direito Privado do TJ-SP, a afirmar:
A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”
Veja repete a fórmula de assassinato de reputações e procede da mesma forma que quadrilheiros ao esquartejarem e queimarem vivos aqueles que estão do outro lado dos seus interesses.
Não importa o quanto aquilo possa afetar a família do alvo. Não importa o quanto de sofrimento aquilo cause ao atingido pela crueldade. Não importa nada.
Gushiken foi condenado por Veja e seus parceiros da mídia tradicional num processo onde foi absolvido pelo “magnânimo” relator Joaquim Barbosa por falta de provas. Mas os algozes não lhe reservaram nenhuma retratação.
Nesta semana Veja utiliza a mesma técnica do “numa conversa entreouvida” para acusar Genoíno de não se medicar com o objetivo de ter crises e se livrar do semi-aberto. E Zé Dirceu, pasmem, de comer peixadas e lanches do Mc Donalds.
Nenhuma prova, apenas conversas entreouvidas e supostos depoimentos de supostas fontes que não se identificam e não oferecem nada que possa comprovar o que dizem.
A revista acha que mata aos poucos seus alvos com este tipo de reportagem. E talvez tenha razão. Mas neste caso tem um objetivo bem claro, fazer com que Genoíno e Zé Dirceu fiquem mais tempo na cadeia, se possível numa de segurança máxima, e que ao saírem estejam totalmente derrotados tanto do ponto de vista físico quanto moral.
Veja deixou a muito tempo o jornalismo de lado. Mas a cada capa como a desta semana, não coloca em risco apenas a sua reputação. Ela incentiva uma geração de novos profissionais a se comportarem como bandidos midiáticos. Incentiva a acusação sem provas e autoriza o vale tudo em nome de objetivos empresariais ou pessoais.
Hoje, o tipo de jornalismo de Veja é uma das maiores ameaças ao jornalismo. É tão danoso quanto a censura. Porque ele traz no seu cerne a marca do ódio, da mentira e da crueldade. Quando o jornalismo que se preza deveria ao menos tentar respeitar a verdade factual e ser minimamente sério.
Fonte: REVISTA FÓRUM ______________________________________________________________________

Zé Dirceu comemora 68 anos.  Já a Veja …

Equipe do Blog do Zé publica homenagem. O detrito sólido de maré baixa, por sua vez, prefere agir como sempre.
O Conversa Afiada reproduz post do Blog do Dirceu:
#ParabénsZéDirceu68
Amigas e amigos do Zé Dirceu,

Neste domingo, 16 de março, é aniversário do Zé. Em muitos anos, pela primeira vez, ele não vai poder comemorar. Nem, nós, seus amigos, poderemos abraçá-lo, telefonar, mandar mensagens. Um dos líderes da geração de 68, que marcou a história do Brasil no movimento de resistência à ditadura e luta pela democracia, completará os seus 68 anos longe dos amigos e da família.

Como todos sabem ele está preso injustamente, condenado que foi num julgamento de exceção. Duplamente condenado, pois embora tenha direito legal ao regime semiaberto, desde 15 de novembro de 2013, portanto há 120 dias em 15 de março, continua a ser mantido em regime fechado, numa perpetuação das arbitrariedades contra ele cometidas.

Mas dia 16 de março é dia de comemorar, mesmo que virtualmente. Assim, os amigos que quiserem se manifestar, mandem aqui suas mensagens, na parte dos comentários. Aos que quiserem compartilhar suas mensagens nas redes sociais, pedimos que nos copiem.

Vamos compilar todas as manifestações e encaminhar, por meio do advogado, para o Zé. Sabemos que ele ficará muito feliz, como se estivesse abraçando a cada um. Ele sempre gostou de comemorar seu aniversário.

Não é porque está injustamente preso que este ano vai ser diferente.

Nós, seus amigos, estamos aqui para garantir uma grande comemoração. Afinal, os bons amigos, especialmente os guerreiros como o Zé, merecem sempre o nosso brinde.

Amigos do Zé Dirceu


Em tempo:
no Tijolaço, Fernando Brito faz interessante análise da edição do detrito sólido de maré baixa com fotos de Dirceu:

Joaquim Barbosa é responsável pelos crimes da Veja

O que a revista Veja faz, esta semana, não tem outro nome senão o de crime.

Publicar fotos tiradas clandestinamente por servidores do presídio, possivelmente pagas a peso de ouro,  para dar credibilidade a uma história de privilégios supostamente gozados por José Dirceu na prisão, sem um prova sequer, equivale a se publicar que a redação da revista da Abril é sede de bacanais, regadas a champagne,  com mulheres agenciadas por Carlinhos Cachoeira, com base em informações de um contínuo que pediu para não ser identificado.

Obvio que é pura invenção esta cena, mas o que impede, com o ódio que a revista tem a Dirceu e com um histórico de roubar imagens de câmara de segurança de um hotel  para bisbilhotar quem falava ou deixava de falar com o ex-ministro, antes de sua condenação, que a revista invente o que quiser sobre sua vida na Papuda?

A ética?

Ora, por favor, vamos evitar as piadas, não é?

Mas é preciso dizer o que é a verdade.

A Veja age como uma mosca varejeira na situação que foi criada pelo absurdo que está sendo promovido pelo Sr. Joaquim Barbosa, ao deixar durante cinco meses um condenado ao regime semi-aberto em clausura absoluta, usando de mil formas para evitar que ele exerça a pena da maneira que a lei e o tribunal determinaram: trabalhar durante o dia e recolher-se ao presídio à noite.

E o que está sendo “motivo” desta procrastinação são justamente “reporcagens” como estas, baseadas – se é que são – em fontes anônimas.

Joaquim Barbosa fez o que pôde para tornar adequada às suas vontades a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, agora entregue a um juiz filho de um deputado do PSDB.

Em relação a Dirceu, revogou a decisão tomada pelo presidente interino do STF, Ricardo Lewandowski, que mandava traitar a análise do pedido de autorização de trabalho do ex-ministro.

Pior, confessou, de público, ter conduzido a dosimetria da pena atribuída a ele e a outros réus com o fim de evitar que ficassem em regime semi-aberto.

Joaquim Barbosa, a esta altura, não apenas deixa de agir com o equilíbrio de um juiz, mas se assemelha àquela postura descrita por Roberto Jefferson diante do mesmo Dirceu, de quem disse despertar “os seus instintos mais primitivos”.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Trombone alvorada weril 
         crítica - PAPIRO
 
A primeira edição foi em um 11 de setembro com uma matéria sobre o grande duelo no mundo comunista.
Nascia o jornalismo terrorista de veja.
A primeira edição foi no ano de 1968.
Ano de 1968 que teve o movimento estudantil no Brasil e José Dirceu com um líder do movimento.
José Dirceu que este mês, no dia16, completa 68 anos.
No aniversário de Dirceu, veja publica "reportagem" baseada em ciclano que ouviu de fulano que por sua vez ouviu uma conversa, não sabe bem onde, sobre as "regalias" de Dirceu na penitenciária.
Jornalismo ?
Não existe jornalismo em veja.
Perseguiçoes explícitas conduzidas por uma quadrilha jurídico-midiática.
Quadrilha que se apresenta como defensores da democracia.
Assim como fizeram muitos veículos de mídia ao apoiarem o golpe militar de 1964.
O mundo comunista , que levou marinhos a crises de pânico e histerismo, não mais existe.
Hoje, a velha imprensa brasileira que defende a democracia, apoia o governo golpista e neonazista da Ucrânia.
Ucrânia que fez parte do mundo comunista, mas hoje tem mc donald's.
Mc donald's, que teria sido a origem  das regalias gastronômicas de Dirceu.
Veja entende os paupérrimos sanduíches americanos da rede de lanchonetes como alimentação de alto nível.
Paupérrimo o jornalismo da velha mídia.
Velha mídia que agoniza em meio ao um mar de irrelevância.
Mar que é a origem da suposta peixada de Dirceu, alimentação condenável para um detento
Mar que pode ter sido o destino final, e trágico , do avião malaio.
Avião, que passados oito dias de seu sumiço, mostrou que controles em excesso podem ter um efeito contrário ao desejado, ou seja, a falta de controle.
Falta de controle e de regras claras que permite a hegemonia no pais de  um jornalismo de bandidos, como o jornalismo de veja, globo, folha, estado, ...
Bandidos que talvez tenham sequestrado o avião malaio.
Suposto sequestro que pode estar associado a um ato terrorista.
Ato terrorista  e aviões, uma lembrança inevitável.
11 de setembro de 2001
11 de setembro de 1968. 
Foice para cortar a realidade e martelo para pregar mentiras.


Capa da primeira edição da Revista Veja, lançada em 11 de setembro de 1968

sábado, 15 de março de 2014

Chutaços


           humor  -  PAPIRO 

 

O PAPIRO disponibiliza abaixo para seus leitores a antológica peça de humor redigida e publicada por Ali Kamel , em agosto de 2007.

 

Como o leitor pode perceber, o jornalismo de globo baseia-se em hipóteses, ou seja, chutes.

 

E de fato assim ocorreu nas eleições de 2010 quando um suposto  petardo violentísssimo atingiu a cabeça do candidato Serra.

 

Passados quase sete anos da publicação da grandiosa obra de Kamel, o jornalismo de globo afundou em credibilidade, teve queda sistemática de audiência e  redução significativa de vendas de impressos.


A "obra" é motivo de estudos no meio acadêmico, pois trata-se de mais uma hipótese.

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Jornalismo no Brasil: A teoria do “testando hipóteses”

publicado em 12 de março de 2014 às 23:31

Poderia ser pior: poderia ser de bico

A GRANDE IMPRENSA (A TEORIA DO “TESTANDO HIPÓTESES”)
Recuperado do Viomundo antigo
Atualizado em 24 de Fevereiro de 2010 às 19:15 | Publicado em 24 de Fevereiro de 2010 às 19:12

A grande imprensa
Ali Kamel (*)

em O Globo, 07/08/2007
A grande imprensa está sob ataque. Não do público, que continua considerando o jornalismo que aqui se produz como algo de extrema confiabilidade, conforme atestam pesquisas de opinião recentes. Os ataques vêm de setores autoritários e antidemocráticos, que diante do noticiário, sentem-se ameaçados. Esses setores consideram que só é notícia aquilo que, em nenhuma hipótese, atrapalha os seus planos de poder. Não importa que alguns acontecimentos lhes sejam embaraçosos; importa que ou não sejam noticiados ou sejam levados ao público de tal forma que o efeito, para eles, seja positivo ou neutro. Já disse uma vez: isso não seria jornalismo, mas propaganda.
Evidentemente, em seus ataques eles não deixam transparecer essa verdade. Tão logo surge um evento que eles consideram desvantajoso, começam a gritar, dizendo que não é o evento que lhes faz mal, mas a cobertura da grande imprensa.
Costumam seguir o seguinte padrão: mentem, atribuem à grande imprensa coisas que ela não fez e denunciam conspirações que não existem. Sempre num tom indignado, dourando a grita com defesas “apaixonadas” da liberdade de expressão e do que chamam de democratização da mídia. Um disfarce. Às vezes, publicam livros, financiados por partidos, com estudos pseudocientíficos como os que tentam demonstrar que, em 2006, os jornais penderam pesadamente a favor de Alckmin e contra Lula, no noticiário eleitoral.
Tais estudos se esquecem apenas de contar que todo o noticiário sobre o mensalão e outros escândalos foi considerado prova de desequilíbrio contra Lula. Ora, se é assim, qual seria a alternativa para que o estudo apontasse equilíbrio? Não noticiar os escândalos? Mas isso sim seria perder o equilíbrio e a isenção.
É uma tautologia, mas, na atual conjuntura, vale dizer: o jornalismo só é livre e independente quando não depende de nenhuma fonte exclusiva de financiamento. Quanto mais variadas forem as fontes de recursos que sustentam um jornal, uma revista, um portal de internet ou uma emissora de rádio e televisão, mais livres e independentes serão esses veículos. O leitor pode fazer o teste. Veja os anunciantes da grande imprensa e verifique: a variedade é tanta que o veículo não depende, nem de longe, de ninguém isoladamente para sobreviver. E por isso é livre. E por isso é independente. O leitor poderá fazer outro teste. Procure algum veículo que se diga livre e independente e ao mesmo tempo se dedique costumeiramente a atacar a grande imprensa e a defender este ou qualquer governo. Veja os anunciantes. Eles são poucos e a concentração, grande. Quase sempre, será propaganda governamental. Se o veículo for um portal de internet, verifique quem são os controladores: fundos de pensão de órgãos do governo.
Portanto, livre mesmo, só a grande imprensa. Só ela tem os meios para investir em recursos humanos e tecnológicos capazes de torná-la apta a noticiar os fatos com rapidez, correção, isenção e pluralismo, sem jamais se preocupar se o que é noticiado vai ser bom ou ruim para este ou aquele cliente, para este ou aquele governo. A grande imprensa sabe que o seu compromisso é com o público, que lhe dá a audiência que lhe traz a publicidade. A grande imprensa sabe que o público exige informação de qualidade e que não pode ser enganado. O grande público é o que faz as suas escolhas cotidianas de acordo com o que é melhor para si, é o mesmo que tem discernimento para votar, para eleger seus governantes. Consumidores exigentes, grande público e cidadãos conscientes não são três entidades distintas, mas uma única realidade.
Na cobertura da tragédia da TAM, a grande imprensa se portou como devia. Não é pitonisa, como não é adivinha, desde o primeiro instante foi, honestamente, testando hipóteses, montando um quebra-cabeça que está longe do fim. A nação viveu um descalabro aéreo nos últimos dez meses? Então é necessário testar qual o impacto dessa desordem no acidente (e, hoje, ouve-se o ministro da Defesa dizer que a prioridade não é mais o conforto ou a ausência de filas, mas a segurança, uma admissão cabal de que, antes não era assim). A pista de Congonhas estava escorregadia (a ponto de, no dia anterior ao desastre, uma aeronave deslizar até um canteiro e outra quase se espatifar no fim da pista)? Então é preciso verificar se a pista foi fundamental no desastre. Chegam informações de que a manutenção da TAM é falha? Então é preciso saber como estava o avião acidentado (e descobrir que ele voava com o reverso pinado). A análise da caixa-preta ficou pronta? Então é preciso tentar revelar o seu conteúdo e mostrar que uma falha do piloto pode ter sido a causa do acidente. É a grande imprensa que noticia tudo isso, passo a passo, tendo apenas em mente informar o grande público, sem pensar no impacto negativo ou positivo que isso terá para o governo ou para a companhia aérea.
É assim aqui, é assim em todas as democracias. Quando do furacão Katrina, a imprensa americana, num continuum, testou muitas hipóteses: noticiou que aquela era uma tragédia anunciada, mostrou que houve cortes federais para obras urgentes nos diques que se romperam, denunciou a inépcia do governo no socorro imediato às vítimas. E a única coisa que o governo fez foi se defender, com dados e argumentos. O público pôde julgar quem estava com a razão. Ninguém ouviu de aliados de Bush que a mídia queria derrubá-lo, provocar o seu impeachment, desestabilizar o seu governo.
Já aqui, temos de conviver com essas bazófias. Porque aqui, ao contrário de lá, há quem queira que a informação esteja a reboque de projetos de poder

Fonte: VI O MUNDO
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quinta-feira, 13 de março de 2014

Sobre águas, chuvas e energias


                                                    editorial - PAPIRO


A energia para produzir mentiras e manipular as informações é inesgotável na velha mídia.
Todos os dias, a toda hora, uma nova notícia alertando para um suposto caos a espreita tenta promover o pânico, o desespero e  a falta de esperança em dias melhores.
Hoje, 13.03.14, a energia de criação de novas realidades se volta para a energia elétrica, essencial para o funcionamento da vida de um país, de uma cidade, de um bairro, de um açougue.
Chuvas, água, energia elétrica , ciclo hidrológico, fazem parte da sopa de letrinhas que conduz o noticiário da velha mídia para a tragédia que assola o país.
Tragédias podem ocorrer, por conta de águas, chuva e energia, porém não são retratadas com realismo na velha imprensa.
O caso da cidade São Paulo é uma tragédia anunciada.
Tudo por que os governos do estado de São Paulo não deram a devida atenção para o grave problema de abastecimento de água da cidade.
O sistema Cantareira, que abastece a cidade de São Paulo encontra-se em um nível crítico, não apenas pelo percentual disponível do recurso hídrico, mas pelo uso indevido, o que pode levar anos para que o sistema volte ao equilíbrio, no tocante ao abastecimento da cidade.
Um racionamento da água para os paulistanos é uma realidade com probabilidade elevada.
Sabendo do problema , há pelo menos cinco anos,  os governos estaduais de SP deveriam ter investido em soluções de captação do recurso por outras fontes, como por exemplo a construção de tubovias para coletar água de grandes aqüíferos  até a cidade de São Paulo. 
Nada disso foi feito.
O caos bate à porta dos paulistanos.
Como estamos em ano de eleições, o governador não toma as medidas de racionamento da água na cidade, pois tais medidas certamente comprometeriam de vez, a sua sonhada releição.
A águas que faltam em São Paulo, e que podem comprometer o consumo do recurso pelos paulistanos, também faltam no país devido a timidez das chuvas neste período.
No cenário nacional, a preocupação se concentra na geração de energia elétrica, já que a matriz energética brasileira tem um percentual predominante na geração de energia hidrelétrica.
Entretanto, tal preocupação se encontra em um nível de probabilidade baixa em ocorrer um racionamento de energia elétrica para os brasileiros. 
Por um lado o racionamento de água para os paulistanos com probabilidade alta.
Por outro lado um racionamento de energia para os brasileiros, com probabilidade baixa.
Esse é um excerto da realidade.
Já os jornais Folha de SP e globo deram destaque hoje, em primeira página, na probabilidade baixa de um racionamento de energia elétrica no país. 
E não foi um destaque qualquer. 
Foi muito estardalhaço para a probabilidade de a moeda cair de pé, em um jogo de cara ou coroa, por exemplo.
Folha se superou. 
Chegou a sugerir que o governo Dilma desse início a um racionamento de energia elétrica, isso como motivo de precaução.
Precaução desnecessária pois as chances de chuvas ainda são grandes.
Chuvas que não resolveriam a matriz de captação de água para consumo de São Paulo. 
Matriz que deveria ser diversificada com outras fontes de captação.
Já a matriz energética brasileira vai se diversificando, mesmo com fontes sazonais como a eólica.
Em meio as chuvas, águas , energia e ciclos hidrológicos, a velha mídia assassinou a lógica hídrica nacional, ao destacar a exceção com sendo a realidade.
No jornalismo da velha mídia, de fato, a realidade é exceção.





quarta-feira, 12 de março de 2014

Barbárie com nome de jornalismo

Líder do PCdoB entra com ação na PGR contra jornalista e SBT 


A líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), entrou com representação, junto à Procurador-Geral da República (PGR), nesta terça-feira (11), contra a jornalista do Sistema Brasileiro de Televisão, Rachel Scherazade e contra o próprio SBT, pelo crime de apologia e incitamento ao crime, à tortura e ao linchamento, tipificado no art. 287 de nosso Código Penal brasileiro. 


“É público e notório que a jornalista do SBT, Rachel Scherazade, no episódio do jovem negro que foi amarrado nu a um poste, defendeu publicamente, no programa de televisão que apresenta, a ação dos agressores, que, sem provas ou indícios de crime, humilharam e torturaram aquele jovem, argumentando que tal atitude seria justificada, por terem os cidadãos de bem de tomar a justiça em suas próprias mãos, uma vez que o Estado não cumpriria sua função de propiciar segurança”, diz a parlamentar ao apresentar a ação.

Ela pede que seja instaurado inquérito sobre os fatos relatados, acompanhando decisão unânime da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a possibilidade de investigação criminal por parte do Ministério Público.

E propõe que seja solicitada ao SBT a gravação do programa onde foi veiculada a apologia do crime, como prova, além de requerer ainda que, “no uso de suas atribuições constitucionais de custos legis do ordenamento jurídico brasileiro, oficie à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), requerendo a suspensão do repasse de verbas oficiais ao Sistema Brasileiro de Comunicações enquanto perdurar o inquérito e a respectiva persecução penal”.

Segundo a parlamentar, caso o julgamento conclua pela condenação, a Secom deve aplicar pena administrativa de vedação dos repasses, bem como a análise da própria concessão, por inidoneidade daquela empresa concessionária de serviço público.

Segundo o Código Penal, em seu artigo 287, é crime “fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena – detenção de 3 (três) a 6 (seis) meses, ou multa.”

Na ação, Jandira destaca que “o SBT não pode alegar que era uma opinião privada da jornalista, pois, se assim fosse, estaria obrigado a dar a ela algum tipo de punição, pela prática de crime utilizando o veículo de comunicação pelo qual é responsável, o que não fez”.

E que “sendo o SBT concessionário de um serviço público, muito mais grave se afigura essa apologia ao crime, podendo ensejar inclusive a cassação sua concessão, pois o Estado não pode admitir que seja cometido um delito em um veículo que foi licenciado por ele”.
Fonte: VERMELHO
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        opinião - PAPIRO


É o que se espera de parlamentares e partidos comprometidos com a democracia e civilidade.
Não é de hoje que a chamada grande mídia vem cometendo atrocidades e violências em nome do jornalismo e da liberdade de expressão. 
SBT, GLOBO e BANDEIRANTES não passam uma semana sem fazer apologias a toda sorte de crimes e de violência.
O jornalismo partidarizado da velha mídia, ganha cores mais nítidas com a proximidade das eleições de outubro , e o vale tudo para derrotar o PT explode em insanidades  através de telejornais, jornais de rádio e impressos.
A violência é o  produto, é o fim e é o meio para todas as ações de mídia com fins eleitorais.
Uma punição exemplar por parte da PGR ao SBT traria ares de civilidade para a velha mídia.