terça-feira, 21 de maio de 2013

Grande Imprensa. Essa Protuberância Inconveniente

A pauta das fofocas

Por Luciano Martins Costa em 21/05/2013 na edição 747
Comentário para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa, 21/5/2013
De cada sete manchetes dos grandes jornais brasileiros ao longo de cada semana, nos últimos dois meses, cinco foram tiradas de declarações. As outras duas se referem a eventos incontornáveis como acidentes e crimes graves, decisões políticas ou judiciais ou, mais raramente, tratam de questões levantadas por institutos de pesquisa. Há poucos registros, nesse período, de reportagens produzidas por meio da investigação jornalística que tenham chegado ao topo das primeiras páginas.
O que isso significa?
Primeiro, pode-se afirmar que o jornalismo apresentado aos leitores dos diários se transformou numa crônica do processo dialético do poder, do qual a imprensa destaca aquilo que lhe parece mais interessante ou conveniente.
Em segundo lugar, deve-se registrar que o jornalismo baseado em frases tende a se afastar da suposta objetividade, que é o fundamento de seu valor social: o jornalismo declaratório é uma confissão de que o interesse dos jornais já não está ancorado no mito da objetividade, mas no propósito do convencimento.
Dos três grandes jornais considerados de circulação nacional, apenas o Globo escapa, eventualmente, desse modelo observado. No caso do jornal carioca, o olhar mais localizado tende a produzir mais notícias “puras”, geralmente tiradas de acontecimentos que interessam ao público do Rio de Janeiro. No entanto, quando tratam de questões nacionais, principalmente sobre política, todos os jornais escapam pelo caminho fácil de colher, selecionar e destacar declarações.
Curiosamente, tais declarações repetem um viés comum, produzindo ondas de notícias que são, na verdade, não-notícias.
Assim acontece com a suposta intenção do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de vir a se candidatar a presidente da República em 2014. Da mesma forma, têm destaque assegurado quaisquer construções verbais produzidas pelo senador Aécio Neves (PSDB), cuja candidatura ao mesmo cargo é tida como certa. Com a mesma atenção os jornais acompanham manifestações da presidente da República e do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.
Mas tudo são frases, apenas frases.
Barbosa falou, Barbosa disse
Vamos contornar, na medida do possível, o conteúdo preferencialmente destacado pela imprensa em cada uma dessas manifestações, deixando um pouco de lado as declarações e analisando o grau de objetividade da notícia em estado “puro”.
Apanhando um acontecimento destacado pelos jornais nesta semana, sobre duas mortes ocorridas durante a Virada Cultural em São Paulo, pode-se observar que, no primeiro momento, a repercussão dos casos de violência foi inteiramente dirigida pela imprensa para supostas responsabilidades da Prefeitura da capital. Essa abordagem, mais escancarada na Folha de S.Paulo mas também assumida pelo Estado de S.Paulo, ganhou rapidamente destaque em jornais de outras regiões.
Porém, já na terça-feira (21/5), os jornais reconhecem que as causas da violência podem ser múltiplas e não ter relação com os locais escolhidos para os espetáculos ou o tipo de organização adotado pela Prefeitura. O foco passou a ser uma suposta leniência dos policiais destacados para a prevenção de conflitos e assaltos, porque eles estariam descontentes com atrasos no pagamento do chamado “bico oficial” – trabalho extra da Polícia Militar para eventos de outras instituições públicas.
A violência é parte da realidade de São Paulo em qualquer contexto. A imprensa publica regularmente estatísticas demonstrando o aumento dos casos de latrocínio, estupro e outras formas de criminalidade extrema na capital paulista nos últimos dezoito meses.
As duas mortes ocorridas nas grandes aglomerações produzidas no fim de semana devem ser avaliadas em comparação com o contexto geral dos registros de ocorrências dos fins de semana, sem Virada Cultural. Mas isso faz parte de um jornalismo com intenções de objetividade, o que, definitivamente, não é o caso da imprensa brasileira.
Voltemos, então, ao jornalismo declaratório, terreno onde a imprensa nacional trafega com mais naturalidade.
O que temos de destaque nesta semana? Mais uma declaração polêmica do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Ele disse, em palestra para universitários, que os partidos políticos brasileiros são “de mentirinha” e que o Congresso Nacional é refém do Executivo. Temos, então, uma agenda para a semana, e ela não é construída em torno de fatos, projetos, políticas públicas ou dados econômicos: a pauta essencial da imprensa é feita de fofocas.

A fofoca é a notícia.

Estamos vivendo a era do jornalismo celebridade, seja na política, na economia e até mesmo em questões ambientais, onde um simples tornado se transforma em um espetáculo midiático.

A chuva é uma celebridade.

A seca também.

No jornalismo da fofoca, o gozo vem do sarro.

Tudo é precoce, rápido, volátil.

O tempo para a reflexão deu lugar ao entretenimento, ao show, aos novos atores que acreditam estar interpretando outras vidas quando, de fato, interpretam eles mesmos
.

O público, embriagado, mergulha em alucinações cênicas enquadradas transformando a ficção em realidade.

A moda é ser vulgar, superficial, bem ao estilo lixo da grade midiática.

Os demônios são vistos, diariamente, em grande número, prontos para destruir os incautos, inocentes.

Novas e gigantescas barreiras são erguidas para impedir ao avanço do mal.

O inimigo pode estar ao seu lado, e pior, possuído por forças malignas.

A grande imprensa e seu aparato midiático, em um oligopólio indecente e protuberante, conduz a massa em um processo de transformação do cognitivo coletivo que irá rejeitar todo e qualquer argumento que estabeleça o contraditório.

O estreitamento é o norte, a violência é desejável, e a informação é subtraída.

Deus não permite avanços, inovações e conhecimentos que possam libertar as pessoas de seus maiores algozes, ou seja, delas mesmas.

Nesse cenário, real e fictício, pois a realidade é aquilo que se deseja que ela seja, a fofoca é a notícia e a notícia que não é fofoca é a cirurgia que reduziu o gigantesco grelo da celebridade.

O grelo notícia ofusca a informação de qualidade, impede a disseminação de conhecimentos e espanta a todos pelo espaço que ocupa nas mídias.
Na mídia greluda não há mais espaço para novos conteúdos, o grelo é avassalador.
O grelo dominante cria boatos, inocula preconceitos e, de braços dados com a burguesia, avança sobre os programas governamentais de distribuição de renda e redução da pobreza.
Sempre atento e de plantão vinte e quatro horas no dia, a exuberância longilínea procura nas declarações de personalidades da república a pauta para o noticiário.
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Fulano disse isso e aquilo, denuncia nosso observador do real para as redações ávidas por novas fofocas.
O boato terrorista sobre o bem sucedido programa de distribuição de renda, inclusão social, redução da miséria, aumento do consumo interno tem um alvo bem definido.
Cabe lembar que a ONU considerou o programa bolsa família como uma das melhores iniciativas de distribuição de renda no mundo atual e referendou a sua utilização em outros países.
Uma vitória para o povo brasileiro e para os governos populares e democráticos do PT.
Diante da realidade, que não é ficção, os setores ultraconservadores do país, aí incluídos  a grande imprensa e seu aparato midiático, se veem impotentes em alterar os caminhos da democracia popular e, assim sendo, passaram a utilizar expedientes de terrorismo para desestabilizar o governo federal.


Iniclamente ocultando e manipulando as informações mesmo assim não alcançaram êxito em seus objetivos, já que uma nova realidade com as tecnologias da informação e internete, mesmo que minúsculas em comparando com o aparato midiático, produz conteúdos informativos de qualidade que desmascaram a grande imprensa.


Derrotados no debate de idéias passaram a lançar mão  de práticas violentas, onde as novas tecnologias da informação , através das redes sociais, se encaixam em seus objetivos  de desestabilização da ordem democrática.

Mexendo com o imaginário da população em assuntos sensíveis como alimentação e sobrevivência, protagonizaram um dos atos de extrema crueldade com o povo, o mesmo povo que de forma inocente  e por falta de opções de mídias no país, principalmente emissoras de tv e rádios, mantém uma boa audiência , e por conseguinte um bom faturamento, para as principais mídias televisivas do país.

Esse cenário atual, que é real e não passa no lixo da dramaturgia das tv's e muito menos na palhaçada supostamente civilizada e  de credibilidade dos telejornais , passa a ser preocupante e, assim sendo, exige medidas imediatas do governo federal para evitar problemas maiores já que o alvo para os ultraconservadores da direita é a retomada do poder nas eleições de 14.

No campo popular,  as ações para alcançar o número de assinaturas para o projeto popular de democratização dos meios de comunicação devem ganhar um impulso ainda maior para que no menor tempo possível o projeto de lei seja encaminhado ao congresso nacional.

Assine!

Participe!

Divulgue!





segunda-feira, 20 de maio de 2013

Terrorismo

 Bolsa Família e os sabotadores

publicado em 19 de maio de 2013 às 21:40

Houve corrida aos caixas em várias partes do Brasil
domingo, 19 de maio de 2013
Bolsa Família e os sabotadores
Por Altamiro Borges, em seu blog
Segundo a Agência Brasil, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou neste domingo que a Polícia Federal abra inquérito para apurar a origem do boato sobre a suspensão do Programa Bolsa Família. “A informação falsa de que só seria possível sacar o benefício até ontem (18) levou muitas pessoas às agências da Caixa Econômica Federal e dos Correios. A Presidência da República detectou a informação em estados como a Paraíba, o Amazonas, o Maranhão e o Rio de Janeiro. O boato se espalhou pelas redes sociais e há beneficiários perguntando se o Bolsa Família será suspenso ou cancelado”, descreve a matéria.
A Caixa Econômica Federal e o Ministério do Desenvolvimento Social também divulgaram notas negando mudanças no calendário de pagamento e reafirmando a manutenção das regras do programa. “O Ministério do Desenvolvimento Social informa que não há qualquer veracidade nos boatos relativos à suspensão ou interrupção dos pagamentos do Programa Bolsa Família. O MDS reafirma a continuidade do Bolsa Família, assegura que o calendário de pagamentos divulgado anteriormente está mantido e que não há qualquer possibilidade de alteração nas regras”. Já a nota da Caixa Econômica Federal informa que “o pagamento do Programa Bolsa Família ocorre normalmente de acordo com calendário estipulado pelo governo federal”.
O boato sofre a suspensão do programa Bolsa Família é criminoso e poderia até ter gerado confrontos mais violentos em várias cidades do país. Neste sentido, a apuracão da Polícia Federal e de outros órgãos sobre a origem desta sabotagem deve ser rigorosa e rápida. Não é segredo que há muita gente no país contra os programas de transferência de renda do governo federal. Na mídia venal, por exemplo, são comuns os comentários elitistas e preconceituosos contra o Bolsa Família — apelidado de bolsa-esmola. A direita nativa encara este programa como a principal causa da perda da sua representatividade partidária.

Um boato gerou um caos no país.

Curiosamente, no sábado passado, dia 18, o jornal o globo apresentava como manchete de primeira página, em letras garrafais, que o número "excessivo" de ministérios do governo Dilma, 39 no total, cobriria vários programas do bolsa família.

De certa forma o diário carioca da famíglia Marinho defendia o programa bolsa família através da crítica, sempre superficial e partidarizada, ao número de ministérios.

No dia seguinte, o domingo, explode uma onda de boatos sobre o bolsa família.

Morde e assopra é uma característica , um modus operandi, da grande imprensa golpista em sua cruzada conservadora e terrorista contra os governos populares, democráticos e bem sucedidos do PT.

Antes da agressão, um elogio.

Antes do tiro, um sorriso.

A coincidência, que pode ter ou não um significado, não autoriza acusar o sistema globo de ter plantado e incitado o boato, entretanto, diante das últimas derrotas que a direita ultraconservadora e reacionária vem sofrendo, os acontecimentos de domingo inclinam o atento leitor a refletir sobre o caso e , até mesmo, admitir  um ato de terrorismo.

A Polícia Federal, ao que se apresenta pós "boato", resolveu investigar pois também segue uma linha de possível ato de terror.

O caro leitor já deve ter notado que escrevi acontecimentos, no plural.

Sim, na virada cultural, na cidade de São Paulo, campo de obsessão e última trincheira da direita golpista, uma onda estranha de violência aconteceu também no domingo.

Hoje, em um reduto dessa direita, o grupo bandeirantes, o âncora de um programa jornalístico da rádio band news minimizou o "boato", afirmando que uma ingênua conversa de botequim poderia ter originado a "informação" e daí gerado o caos através da disseminação nas redes sociais.

Noel Rosa e Vadico, em décadas passadas, já conheciam em  profundidade o universo dos botecos cariocas, porém jamais poderiam imaginar o poder das palavras proferidas nos encontros ao redor das simpáticas mesas de mármore.

De alguma forma, aquela tal malandragem já não existe mais nas cadeiras de madeira e nas mesas redondas de mármore, alvo constante de panos úmidos de dedicados profissionais.

O antigo malandro folgado pode ser o terrorista.

O terror teria chegado aos botecos, o que se conclui que  a"ingenuidade" dos encontros, sempre retratados pela burguesia como superficiais e de pouco conteúdo, ganha agora novos contornos, novos atores com objetivos bem definidos e nada inocentes.

Tudo isso no mesmo bar, nas conversas preconceituosamente  ainda ditas como superciais.

O caro leitor já notou que sempre que a direita conservadora se apressa em apresentar uma justificativa para um determinado evento, é porque existe algo de podre no ar.

Desta vez sobrou para as conversas do bom e velho boteco.

Ou teria sido no bistrô da burguesia que o ato de terror foi elaborado e plantado, e, para justificar, especular que ingênuos conversando em um botequim teria sido a fonte do boato ?

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Apocalipse Neoliberal

Eduardo Guimarães: JN transforma notícia boa em desgraça

publicado em 16 de maio de 2013 às 16:47

Por que fracassará o terrorismo econômico do PSDB e da mídia
por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
No mesmo dia do mês passado em que o país recebeu uma excelente notícia sobre a sua economia, o Jornal Nacional a transformou em notícia ruim de forma a não destoar do noticiário maníaco-depressivo com que a mídia de oposição ao governo federal vem tentando convencer o país de que estamos à beira da ruína econômica.
Em 25 de abril último, o site da Presidência da República anunciava que o Desemprego no Brasil em março fora “O menor da série histórica iniciada há 12 anos”, segundo IBGE. A notícia foi publicada às 16:02 hs. Às 21:12 hs., porém, o site do Jornal Nacional reproduzia manchete que fora vocalizada minutos antes pelo âncora Willian Bonner: “Taxa de desemprego no Brasil sobe para 5,7% em março”.
O cidadão que só se informou sobre o assunto através do principal telejornal da Globo certamente ficou achando que a situação do emprego piorou no país, sobretudo se só assistiu à “escalada” (o que seja, o anúncio das principais notícias do dia) que o casal de apresentadores do informativo Global apresenta no início de cada edição.
Mesmo que o telespectador do JN tenha assistido à curta notícia sobre o desemprego que Bonner veiculou pouco depois e não apenas à manchete durante a “escalada”, se não entender de economia deve ter ficado com a impressão de que a notícia era ruim.
Veja, abaixo, a íntegra do texto que Bonner recitou.
“A taxa de desemprego subiu para 5,7% em março. Mesmo assim, o resultado foi o melhor para o mês desde 2002, quando o IBGE passou a utilizar a metodologia de pesquisa atual. Número de pessoas empregadas no país ficou estável. Mas, em São Paulo, houve queda de 1,3%, devido, principalmente, a demissões na indústria”
A notícia, como foi dada pelo JN, induz o público a erro. A notícia era – e continua sendo – excelente. Desde que o IBGE começou a apurar o desemprego no Brasil com nova metodologia – o que ocorreu em 2002 –, março de 2013 teve a taxa mais baixa em relação a todos os outros meses de março desses 12 anos.
Realmente o desemprego em março subiu em relação a fevereiro – foi de 5,7% no mês passado e de 5,6% no mês anterior. Contudo, relevar na “escalada” do telejornal uma alta de 0,1 ponto de um mês para outro é uma evidente manipulação da notícia.
Mas o pior é que, apesar de Bonner ter informado, muito rapidamente, que 5,7% foi a menor taxa de desemprego para um mês de março, ele fechou a notícia com um dado irrelevante sobre a redução do emprego em São Paulo.
Ora, por que o desemprego de São Paulo? E o dos Estados em que caiu acima da média nacional, por que não citar? Como se vê, é uma mera escolha que a redação do JN fez ao contrapor duas “más” notícias a uma boa.
Essa tática já fora usada no mês anterior. Na mesma época do mês de março, a Globo também veiculou que o desemprego “subiu” em fevereiro, quando, na verdade, aquele mês também teve a menor taxa para um fevereiro desde 2002, sempre segundo o IBGE.
O terrorismo com que Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Veja e seus satélites tentam piorar a percepção da sociedade sobre a situação econômica do país valendo-se de artifícios desonestos como esse supracitado é tão escandaloso e tem um viés político-eleitoral tão claro que na edição da Folha de quinta-feira 16 de maio o dito “decano do colunismo político nacional”, Janio de Freitas, perdeu a paciência.
Apesar de alguns blogs já terem reproduzido essa coluna de Janio, antes de prosseguir na análise reproduzo-a também (abaixo) não só para quem não leu em outra parte, mas para ilustrar o absurdo de uma campanha literalmente terrorista e mentirosa com que esse setor da mídia tenta influir na política brasileira em favor dos partidos de oposição a ela aliados.
FOLHA DE SÃO PAULO
16 de maio de 2013
Janio de Freitas
O terrorismo do noticiário econômico martela; não sei dizer se o governo está aturdido com isso
Liguei o rádio no carro. Entrou de sola: “é crucial e não é bom!”. Um susto. O que seria assim dramático? A caminho do almoço, o susto devorou o apetite. Claro, era mais um dado da realidade terrível que o Brasil vive. As vendas no comércio de varejo, no primeiro trimestre ou lá quando seja, caíram a barbaridade de 0,1%.
O comércio vendeu, no período, menos R$ 0,10 em cada R$ 100. Pois é, crucial e nada bom.
Os preços, como o seu e o meu bolso sabem, vêm subindo à vontade há tempos, o que fez com que o comércio precisasse vender muito menos produtos para completar cada R$ 99,90 do que, na comparação com o passado, precisara para vender R$ 100. Mas, na hora, não tive tempo de salvar o apetite com esse raciocínio, porque à primeira desgraça emendava-se a notícia de outra. A queda desanimadora nas vendas para o Dia das Mães, comparadas com 2012: queda de 1%.
É preciso lembrar o quanto os consumidores encararam em aumentos de preços de um ano para cá? O comércio brasileiro está lucrando formidavelmente, com o maior poder aquisitivo das classes C, D e E, aplicado na compra dos tênis aos eletrodomésticos, dos móveis às motos, quando não aos carros.
O terrorismo do noticiário e dos comentários econômicos martela o dia todo. Não sei dizer se o governo está aturdido com isso, como parece das tão repetidas quanto inconvincentes tranquilizações do ministro Guido Mantega. Ou se comete o erro, por soberba ou por ingenuidade, de enfrentar a campanha que está, sim, fazendo opinião.
Daí que me permito duas sugestões, se v. quer elementos para formar sua própria opinião. O primeiro é a leitura, disponível no site da Folha (folha.com/no1278158), de um artigo muito importante, publicado no caderno “Mercado” de terça-feira. Seu autor é Bráulio Borges, mais um economista que escreve em português (um dia chegaremos à primeira dúzia).
Em “Pós-crise de 2008, debate mundial começa a reavaliar velhas ideias’”, Borges mostra que as cabeças mais relevantes da “ciência econômica” estão derrubando as teses de política econômica ainda predominantes e adotadas pelos economistas e outros contra as linhas básicas da política econômica no Brasil.
A outra sugestão é para que v. comece bem as quartas-feiras. Se lhe ficam ainda reservas vindas de longe, releve-as e leia os artigos em que Delfim Netto tem dito muito do que precisa ser dito para fazermos ideia de onde e como estamos, de fato. Descontados, pois, terrorismos e eleitorismos. Ou, no caso, são a mesma coisa?
E como crucial vem de cruz, não se esqueça: enquanto o papa Francisco não chega, reze pelos nossos comerciantes, para que recuperem suas perdas.
Janio acha que a campanha terrorista praticada pelo jornal para o qual escreve e pelo resto desse setor da imprensa de forma a ajudar a oposição nas eleições do ano que vem “Está, sim, fazendo opinião”, ou seja, está convencendo a sociedade de que o país vai muito mal, obrigado.
Além disso, o “decano do colunismo político nacional” também afirma que essa desinformação estaria tendo sucesso por “Soberba ou por ingenuidade” do governo Dilma Rousseff.
Concordo com Janio quando se queixa do imobilismo do governo diante de uma campanha imoral de desinformação que está sendo martelada sem parar pelas empresas de comunicação já mencionadas. Contudo, tenho minhas dúvidas de que tal campanha esteja funcionando.
Além da quase inacreditável boa situação do emprego no Brasil em um mundo em que o desemprego campeia e convulsiona sobretudo os países mais desenvolvidos e ricos, a renda das famílias e sobretudo dos trabalhadores não para de crescer.
Um dado até mais importante do que o nível de emprego crescente é o crescimento do rendimento médio do trabalho apurado pelo IBGE nas seis regiões metropolitanas em que o instituto atua – Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
A Pesquisa Mensal de Emprego – PME do IBGE revela que o rendimento médio do trabalhador deu um salto do ano passado para cá. De fevereiro de 2012 para fevereiro de 2013, os salários efetivamente recebidos (o valor líquido que chegou às mãos e bolsos do trabalhador) continuaram crescendo.
Entre 2012 e 2013, os empregados dos setores público e privado tiveram, em média, seus rendimentos aumentados de R$ 1.703,80 para R$ 1.840,20, o que representa um crescimento salarial de 8% (!).
A tese do governo Dilma, com a qual concordo em parte, é a de que o que o brasileiro sente no bolso anularia o que a mídia lhe diz sobre sua situação.
Apesar de o Jornal Nacional e o resto da mídia oposicionista pintarem um país em ruínas, hoje há emprego para quem quiser trabalhar e os salários não param de subir, apesar de quedas sazonais serem apresentadas como “Tendência de interrupção do processo de valorização monetária da mão-de-obra no país”.
Entende-se a aflição de Janio de Freitas. É duro para um sacerdote do bom jornalismo como ele ver seu ofício ser cotidianamente estuprado por empresários de comunicação que há muito abandonaram a missão de informar, convertendo seus veículos em agências de propaganda político-ideológica.
Todavia, terrorismo macroeconômico e midiático não é novidade no Brasil. Foi praticado antes contra o governo Lula e em condições até mais favoráveis para os terroristas midiáticos
A atual crise econômica internacional estourou em 2008, quando os EUA deixaram o banco dos irmãos Lehman quebrar. O desemprego no Brasil, então, chegou a subir por dois ou três meses. A investida midiática foi pior, mas não funcionou porque faz tempo que os brasileiros deixaram de acreditar no Jornal Nacional e cia. Ltda.


Horror ! Horror ! Horror!

Assim o coronel Walter Kurtz, personagem de Marlon Brando no filme Appocalipse Now, definia a guerra do Vietnã e sua opção em meio a babárie em que se encontrava.

Terror ! Terror! Terror !

Assim a grande imprensa brasileira, seu aparato midiático e os partidos de oposição aos governos democráticos e populares do PT,  vem se comportando  na tentativa suicida de  manipular, distorcer e omitir os fatos relevantes para a população
.
Ignorância! Ignorância! Ignorância !

Assim é , ainda, o estado da arte de uma significativa parcela fascista da classe média alta brasileira, mantenedora do terror, terror, terror.

Violência! Violência! Violência!

É o desejo maior da Ignorância para assaltar o poder.
Desejo alimentado diariamente pelo Terror, terror, terror, através de preconceitos de classe e  de exaltação da cultura fútil consumista da Ignorância.

Resistência! Resistência! Resistência

É o caminho diário, árduo, dos defensores da democracia e do estado de direito que alimentam, diariamente com infornações relevantes e fidedignas pela internete,  uma parcela consciente da população.

Informação! Informação! Informação!

São os gritos diários  de homens e mulheres, trabalhadores, cidadãos, por conteúdos densos  de esclarecimento, cultura e análise crítica, acerca dos assuntos de importância que são apresentados voláteis, etéreos, fluidos nos grandes meios de comunicação e informação.

Democracia! Democracia! Democracia!

É o grito diário das ruas digitais contra o assalto e a investida da pultocracia ( representada pelo terror, ignorância e violência )  em seu projeto fascista e totalitarista para o país e para  o mundo.

Horror! Horror! Horror!

Situação atual emergente e preocupánte nas cidades brasileiras quanto a escalada da Violência, violência, violência no tocante a crimes bárbaros ( estupros, latrocínios, racismo, etc..) em crueldade, assim nas telas de tv como nas ruas.
Os cadáveres expostos, pendurados em árvores, recepcionam o visistante  em meio a dança das autoridades locais, que assistem, em extase, o decepar da cabeça de uma vaca.


 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Seja Realista. Exija o Impossível

Maio de 68: 45 anos depois
Não conhecemos alternativas globais e as que se ensaiaram fracassaram, mas temos que introduzir uma lógica diferente ao capitalismo para conseguir o máximo de felicidade coletiva e de autonomia pessoal. Como já viam bem os jovens de Maio de 68, o que nos oferece o sistema é um engano: uma satisfação aparente através do consumo.

Luis Roca Jusmet - Rebelión


Quando acabou o Maio de 68? Foi o que perguntaram a Daniel Blanchard, agudo observador e participante em ditos acontecimentos. Em Junho de 68, afirmou. A resposta tinha algo de brincadeira e algo de verdade: a energia se perdeu em grande parte quando acabou a mobilização.

Sabemos que foi o sintoma de uma transformação a longo prazo. O primeiro aspecto que reivindicavam era o fim das instituições hierárquicas. A sociedade era muito autoritária em todos os âmbitos da vida cotidiana, da família (patriarcal) até a política (o Presidente de Gaulle ou seu revés, o PC francês) passando, é claro, pelas instituições educativas. Podemos perguntar-nos agora se nestes quarenta e cinco anos ganhamos algo neste sentido. A resposta é ambígua, ambivalente.

Jacques Lacan dizia que passamos do Discurso do Amo ao Discurso Universitário. Já não são poderes autoritários, personalizados, patriarcais. São poderes tecnocráticos, de especialistas e gestores, de avaliadores anônimos. Gilles Deleuze falava da passagem da sociedade disciplinar à sociedade de controle. Michael Foucault foi quem trabalhou mais, embora tenha morrido a meio caminho. Entendeu que as sociedades disciplinares que havia estudado em seu célebre texto Vigiar e Punir estavam se transformando em formas de governos que exerciam o poder indiretamente. Nikolás Rose o desenvolveu mais em seus estudos sobre neoliberalismo social. Vargas Llosa, que é um liberal conservador, dizia que o Maio de 68 tinha provocado a crise de valores e autoridade que vivemos. É verdade. O patriarcado caiu e com ele a autoridade, tal como nos mostrava o psicossociólogo Gerard Mendel em sua excelente análise histórica da autoridade. Quando cai o patriarcado na sociedade moderna, a autoridade em todos os âmbitos cambaleia. A sociedade é hoje mais liberal em todos os aspectos, isto é o que se ganhou: direitos da mulher, das crianças, dos homossexuais, das minorias raciais e étnicas...

O outro aspecto que reivindicavam era a felicidade, a alegria. Contra as paixões tristes, contra o mal-estar, contra a infelicidade. Aqueles jovens viam (víamos) que a forma de vida de nossos pais, que a geração que herdávamos não era uma sociedade de pessoas felizes. E que o consumo como expectativa só gerava insatisfação. A felicidade, já o sabemos, é uma cosa muito complexa e que só pode ser medida em termos subjetivos (objetivá-la é um dos aspectos da biopolítica, que também nos diz como ser felizes). Mas aquelas pessoas não pareciam muito felizes e queríamos outra vida, tentá-la de outra forma. Talvez tivesse algo de ingenuidade porque, como dizia o velho e sábio Freud, a civilização comporta repressão e, portanto, mal-estar e ninguém está disposto a negar as vantagens de um mundo civilizado. Mas ainda aceitando isto podíamos aspirar certo grau de felicidade e não nos conformar em sermos vítimas de costumes e de uma maneira de viver com a qual não nos identificávamos. Podemos nos perguntar também se quarenta e cinco anos depois, nas chamadas sociedades avançadas, somos mais felizes. E eu também diria que não. A sociedade cada vez parece produzir mais infelicidade e a depressão tem características de praga social, acrescentada a outras como a anorexia, os vícios... Parece cumprir-se a fatal profecia de Nietzsche, quando dizia que o que chegaria se não éramos capazes de transformar os valores, era o niilismo do último homem. Aqui Nietzsche afirmava uma questão central que era que, para viver intensamente, para querer viver, temos que aceitar a dor e a morte. E não aceitamos nem uma coisa nem a outra, pelo qual nos transformamos, cada vez mais, em indivíduos que o único que querem é não sofrer e negar a própria finitude, a própria morte. E o preço é viver no mínimo e guiados por uma sociedade que cada vez nos oferece mais serviços para ser um rebanho que tem a vida cada vez mais regulamentada e que vai dos objetos tecnológicos até o turismo de massas, que por outra parte criam cada vez novas e maiores obrigações para todos os que compomos, queiramos ou não, este rebanho.

Podemos pensar então que o que vale a pena recolher daquele movimento é a luta pela autonomia e a luta pela felicidade. Isto, queiramos ou não, não é apenas incompatível com o autoritarismo ou com os costumes repressivos, uma vez que, como bem nos lembra Zizek, agora o imperativo é que temos que gozar. Com o que é realmente incompatível é com o capitalismo. Já sei que não conhecemos alternativas globais e as que se ensaiaram fracassaram, mas temos que introduzir uma lógica diferente a ele para conseguir o máximo de felicidade coletiva e o máximo de autonomia pessoal. Como já viam bem os jovens de Maio de 68, com suas consignas anticapitalistas, o que nos oferece o sistema é um engano: uma satisfação aparente através do consumo que não é felicidade e um individualismo que não é autonomia real.

Em todo caso, vale a pena não esquecer e procurar algo melhor do que o que temos. Estes valores dos quais falo, não esqueçamos, sim são mostras do Progresso, que não é outra coisa que o que ganhamos coletivamente em felicidade e em liberdade. É incompatível com o capitalismo.

Nestes momentos de crise, tentemos recuperar algo desta luta pela autonomia e pela felicidade que não passe por querer recuperar o consumismo.

Não esqueçamos tampouco que, como dizia Claude Lefort, também vinculado ao movimento, que as duas saídas ao vazio de poder das sociedades tradicionais são a democracia e o totalitarismo. São as duas opções que hoje podemos ver mais claras na crise que vivemos, do Estado oligárquico liberal que nos geriu todos esses anos.

Não esqueçamos também, que o capitalismo sobreviveu perfeitamente a esta crise de autoridade. Tudo que é sólido se desvanece, dizia Marx, referindo-se ao capitalismo. Equivocaram-se os que diziam que a crise da família patriarcal autoritária seria o fim do capitalismo. O capitalismo sobrevive com casais gays, com mulheres emancipadas e muito mais. É a lógica do aumento incessante do capital e da mercantilização generalizada o que o define. E se adapta muito bem às mudanças sociais. Não será isto o que o matará.

Tradução: Liborio Júnior

Fonte: CARTA MAIOR



Uma aula para Lobão


 Fonte :Jornal do Brasil  Wander Lourenço*

No bojo das transformações políticas referendadas pela Semana de Arte Moderna, quatro décadas após Machado de Assis proclamar a independência literária do país às margens do Ipiranga comMemórias póstumas de Brás Cubas, os impropérios atávicos deste rebelde e prodigioso discípulo de Antônio Carlos Jobim e Caetano Veloso, arrebatam-me a citar o compositor Heitor Villa- Lobos e a suaBachiana n. 5. Em se tratando de elaboração de cunho musical, é imprescindível afirmar que a combinação antropófaga entre a obra erudita de Bach e o esboço de brasilidade retratado pela composição brasileira deságuam no cerne do conceito modernista idealizado por Manuel Bandeira, Oswald e Mário de Andrade. Inclusive, foi o próprio Bandeira quem levou pelas mãos o autor deMacunaíma ao boêmio reduto do Estácio para conhecer o processo de criação do harmônico canibalismo representado pelo samba de Ismael Silva e Noel Rosa. Anos mais tarde, a Pauliceia Desvairada se identificaria com a tangência do alaúde de Adoniran Barbosa e Paulo Vanzolini.
A absurda dificuldade de compreensão do insurrecto e arlequinal Lobão, no entanto, faz-me recordar um entrevero protagonizado por Ariano Suassuna e Chico Science. O mestre paraibano, profundo pesquisador da cultura popular nordestina, implicara com as experiências rítmicas aventadas por Chico Ciência, conforme o alcunhara, pelo viés de indigesto estrangeirismo a se iniciar por um movimento intitulado Mangue beach, que se arvorava a misturar a mitológica guitarra elétrica de Jimi Hendrix com a sanfona, o triângulo e a zabumba de Luís Gonzaga ou Capiba, através de folclórico rock in roll, frevo, música eletrônica e maracatu atômico de Mautner. Ao que lhe responder, o músico com invulgar sapiência, que ele, Chico Science, era apenas um discípulo que se inspirou no mestre da Farsa da boa preguiça, quando Suassuna propôs um rendez-vous de Baco entre a literatura de cordel e a dramaturgia de Plauto, Terêncio, Gil Vicente, Racine, Shakespeare e Maquiavel, entre o prosaico percurso picaresco de João Grilo e Chicó, o auto medieval e a comédiadell’arte.
É preciso explicar ao anjo rebelado da burguesia que a genialidade de Heitor Villa-Lobos (quiçá, plural de Lobão?) se posiciona no cerne de uma original manifestação de hibridismo cultural, que precederá o affair tropical, idealizado pela confessional Vida bandida, entre a bateria da Mangueira e o Brock dos anos 80, consiste meramente em reproduzir a estética modernista de cunho antropófago capitaneada por Mário de Andrade, assim como a bossa nova de Jhonny Alf, Vinicius de Moraes, Tom, Bôscoli, Lira, Menescal e João Gilberto, a Tropicália do macunaímico Jorge Ben, Gilberto Gil, Caetano, Torquato Neto, Capinam, Mutantes e Tom Zé, a Jovem Guarda de Roberto e Erasmo Carlos e da metamorfose sem rótulo de Raulzito Seixas, Novos Baianos e, enfim, Sérgio Sampaio, que, ao botar o seu bloco na rua, poderia substituir o mote, há quem diga pela indagação de Noel Rosa a Wilson Batista, ao entoar o antológico “Quem é você que não sabe o que diz?”.
* Wander Lourenço de Oliveira, doutor em letras pela UFF, é escritor e professor universitário. Seus livros mais recentes são ‘O enigma Diadorim’ (Nitpress) e ‘Antologia teatral’ (Ed. Macabéa). -wanderlourenco@uol.com.br



O caro leitor tem dois belos textos para saborear e refletir.

De alguma forma, tavez até muitas, os textos de hoje tem algo em comum.

Em essência ambos abordam questões  de metamorfoses, rompimentos e criações de estéticas dissidentes ao satatus quo.

Maio de 1968 ( seja realista. exija o impossível )  , independente de seus 45 anos que não  necessáriamente é uma data redonda, tem sido abordado , e atacado, com frequência neste início de século XXI.

Lembro de uma frase do ex-presidente francês, Nicolás Sarkosy, que ao assumir o cargo de presidente, em uma de suas primeiras declarações, afirmou que seria o fim de 68.

Qual o por quê de tanta obsessão se nada , na ocasião , foi mencionado sobre o histórico maio francês ?

O mesmo agora, e sempre, tem sido observado com críticas, sempre oriundas do satus quo e até mesmo por rebeldes burgueses cooptados para tal finalidade,  sobre sementes que deram fruto com os movimentos e transformações  sociais  gerados nos anos da década de 1960.

Esses setores retrógrados, e ainda dominantes,  insistem em divulgar por todos os meios que vivemos ainda como nossos avós em sociedades  conservadoras.

Tudo isso vem sendo feito e divulgado, ad nauseum,  sem que se faça nenhum movimento nas sociedades na direção de defender ou reafirmar os valores de 68.

Estranho, não é, caro leitor ?

Para o leitor atento, fica claro que um fantasma de transformações sociais habita os salões da burguesia mac feliz, principalmente nas noites neoliberais já que nem sempre se vê mágica no escuro.

A busca da felicidade, ou o despertar daquilo que sempre existiu, deve ser algo externo as pessoas, pois o satus quo não comporta a multidisciplinaridade, quer seja em uma estética antropófaga ou científica.

Na realidade conservadora a suposta felicidade é mensurável, e tem enderêço onde se pode adquirir.

Entretanto, na realidade emergente a fome de múltiplas conexões e misturas apontam um novo caminho, quer seja na ciência, nas artes, na política, nas relações sociais.

O consumo é agora, e é consciente.

O todo é bem maior que a soma da esquerda, com a  direita e com o centro.

Talvez isso explique o lulismo.
 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Comando PIG


 

Depois de comando vermelho, terceiro comando e amigos dos amigos, uma nova organização criminosa aparece organizada em todo o território nacional , inclusive com ramificações em outros países da América do Sul.

É o comando PIG espalhando terror através de seus jornais, revistas , emissoras de tv , portais, blogues e sites.

Flagrados na tentativa de explodir o Brasil e ferrenhos defensores de doações do patrimônio do povo à empresários ( Maracanã, petróleo, hidroelétricas , etc...),o comando PIG tem sido apontado como o principal suspeito de forjar supostos  problemas na estrutura do estádio de futebol Engenhão.

O principal objetivo da suposta ação terrorista é fazer com que o clube Botafogo, que atualmente administra o estádio, abandone a administração para que os empresários ligados ao comando PIG possam , então, assumir mais um patrimônio do povo brasileiro.

Uma célula do comando PIG, mais precisamente o telejornal terrorista RJ TV, da tv globo, está empenhado na defesa da privatização do Maracanã, o que irá beneficiar grupos  ligados ao comando.

Cabe lembar ao caro leitor, que a privatização do Maraca será por  35 anos, e que a empresa vencedora pagará, ao estado do RJ, algo próximo de 6 milhões de reais por ano, além dos custos de manutenção do estádio.

O leitor sabe que já foram gastos mais de 1 bilhão de reais nas obras do Maraca, dinheiro público.

A empresa que vencer a privatização, pagará, em 35 anos, pelo "aluguel" do estádio, algo em torno de 20% do custo da reforma.

Segundo informações da  ID -Inteligência Digital -, organização que monitora as ações do comando PIG, os supostos problemas do Engenhão seriam para retirar o Botafogo da administração do estádio.






 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Quando um Ato de Terror é Apenas um Tiroteio

Polícia divulga vídeo que mostra um dos suspeitos do tiroteio em Nova Orleans

  • Recompensa para quem informar pistas dos criminosos será de US$ 10 mil
  • Ataque em desfile do Dia das Mães deixou ao menos 19 pessoas feridas
O Globo (Email · Twitter)
Com agências internacionais
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NOVA ORLEANS - A polícia americana divulgou nesta segunda-feira um vídeo captado pelas câmeras de segurança mostrando um dos suspeitos do tiroteio ocorrido durante um desfile do Dia das Mães, em Nova Orleans. O ataque na tarde de domingo deixou ao menos 19 pessoas feridas. Nenhum suspeito foi preso, mas a polícia procura por três pessoas que estariam envolvidas no ataque. O FBI afirmou não ter qualquer indicação de que o episódio seja um ato terrorista. A recompensa para quem informar pistas dos criminosos será de US$ 10 mil.
Segundo o último informe policial, dez homens, sete mulheres e duas crianças ficaram feridos no incidente - alguns baleados e outros machucados depois de caírem em meio à confusão. Cerca de 300 pessoas estavam no local, assistindo à tradicional parada de jazz na cidade.
De acordo com informações do canal local WWLTV, nove pessoas foram levadas ao Hospital Universitário por equipes de emergência, oito com ferimentos de tiros. Três pessoas estariam em estado crítico. Pelo menos cinco delas teriam se machucado ao tentar fugir do local.
No domingo, o superintendente da polícia de Nova Orleans, Ronal Serpas, informou que um dos suspeitos é um homem de pele escura, entre 18 e 24 anos de idade, com cabelos curtos. Ele vestia uma camisa branca e shorts jeans. As autoridades acreditam que os suspeitos tenham trabalhado juntos, usando ao menos duas armas.
A polícia acredita se tratar de violência de rua e pediu a ajuda das pessoas que estavam no desfile para identificar os atiradores através de fotografias ou qualquer informação sobre os suspeitos, que foram vistos fugindo em direção à Claiborne Avenue.
Não é a primeira vez este ano que a cidade registra um episódio de violência durante uma parada. Cinco pessoas ficaram feridas após uma festa em homenagem a Martin Luther King Jr. No carnaval, outras quatro foram baleadas num tiroteio no bairro francês.

Feira de armas tem como público-alvo jovens e crianças
Observando as principais notícias na grande imprensa nesta segunda-feira de 2013, 13 de maio, vejo que o caro leitor, e os consumidores de notícias, continuam escravos de um jornalismo cada dia mais limitante, superficial e totalmente direcionado para os interesses políticos, doutrinários e econômicos desses veículos de mídia.

Revirando o lixão de informações da mídia dominante no país, surge a notícia na maioria das mídias, sobre mais um atentado nos EUA.

Dessa vez, em que não foi muito diferente de outras vezes, algumas pessoas se aproveitam de um evento em espaços públicos, com grande concentração de pessoas , para explodir artefatos ou sair atirando com armas de fogo.

O resultado é sempre o mesmo:
dezenas ou centenas de pessoas feridas, outros tantos mutilados, e claro, mortos.

O novo atentado aconteceu no domindo, ontem,  por ocasião de uma parada em comemoração ao dia das mães.

O anterior aconteceu em Boston, em uma comemoração com direito a uma prova de maratona no atletismo, mas por ocasião do dia do patriota.

Os dois em um intervalo de um mês.

Patriotismo e mães devem irritar segmentos da sociedade americana.

O que chama a atenção, em todo o lixão da grande imprensa, é a declaração do FBI de que este último atentado do dia das mães, não foi um ato terrorista.

Nenhuma mídia no lixão, se preocupou em questionar ou refletir sobre o terror, independente se acontece por motivações políticas internacionais, domésticas, ou mesmo fruto de uma violência urbana patológica.

A grande imprensa apenas reproduziu a informação do FBI de que o atentado de ontem não teve motivações terroristas, estando o mesmo inserido na violência "normal e corriqueira" dos grande centros urbanos.

Cita , ainda, o FBI, que esses atentados são comuns e acontecem regularmente nos EUA.

Toda essa "informação" é uma violência, um ato de terror contra todo e qualquer cidadão que tenha , ao menos, um QI 50.

O caro leitor, inteligente e atento , deve estar se perguntando qual o diferença entre o terror que explode um artefato e leva a tragédia e a dor à várias famílias e  o terror que sai atirando com arma de fogo e produz a mesma tragédia e dor.

Não existe diferença, ambos são atos de terrorismo, ambos não avisam quando vão atacar, o que irão atacar, como irão atacar.

Ambos tem o objetivo de causar o pânico, o terror nas populações.

A diferença que salta aos olhos e interessa ao estado americano, e por consequência interessa a grande mídia do Brasil, é que o terror da bomba, supostamente organizado e executado por pessoas muçulmanas é uma ameaça aos valores americanos, um risco para a soberania daquele país.

Em assim sendo deve ser evitado e atacado, mesmo que justifique a redução dos direitos dos cidadãos e , até mesmo, ações militares para invadir outros países que supostamente estariam contribuindo para a barbárie ao retirar a vida de pessoas inocentes.

O caro leitor deve ainda se lembrar, pois aconteceu em abril deste ano, da cobertura midiática na perseguição dos bárbaros que explodiram a bomba de Boston. 

Também se lembra das imagens das vítimas mutiladas e o do sofrimento dos familiares dessas vítimas.

Claro, foi um grande espetáculo,  onde rios de lágrimas sinceras correram pelos olhos de espectadores por todo o mundo.

Já o atentado terrorista de ontem, ao que parecenão foi executado por algum muçulmano mas os prováveis culpados devem ser americanos pretos ou de origem latina, por exemplo, o que terá o destaque do lixão midiático como tal.

Nesse lixo de informação nehuma reflexão sobre uma violência patológica em um país onde 90% da população é propietária de , pelo menos, uma arma de fogo.

E mais ainda, pois pelo que se pode concluir sobre as informações fornecidas pelo FBI, o terrorismo é aquilo que nós, os americanos, desejamos que ele seja, independente se pessoas morrem com frequência vítimas de atos de terror nas cidades da América livre.

Voltando para a país do cruzeiro, nossa grande mídia não questiona  nem muito menos faz qualquer tipo de reflexão sobre uma cultura que se pretende hegemônica e que , a cada dia, vai se revelando violenta e doentia.

Cabe ainda lembrar que os valores americanos são predominantes nas grades das emissoras de tv do Brasil.

Assim sendo, venho lembrar ao caro leitor, para assinar a proposta popular de  democratização dos meios de comunicaçãoo do Brasil, de maneira a garantir um equilíbrio na produção de conteúdos e que nossa cultura e valores tenham  espaço garantido nas mídias.

Participe!

Assine!

Divulgue!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Globalização da Barbárie

Fraudes no leite revelam falhas de empresas no controle de qualidade Fonte: BRASILDEFATO.COM.BR

'CUSTO BRASIL': A SOLUÇÃO É ASIÁTICA? 
Um incêndio matou sete pessoas num prédio de 11 andares da fabricante de vestuário Tung Hai Group , em Bangladesh, nesta 5ª feira. Grande exportadora de suéteres e jerseys, a empresa tem entre seus clientes algumas das maiores redes varejistas ocidentais. O incêndio é o quarto desastre de grandes proporções em fábricas de vestuário em Bangladesh, desde dezembro. Em abril, o desabamento de um condomínio vertical de tecelagens e confecções, na região metropolitana de Dacca,  chocou o mundo. No início desta semana, as autoridades locais informaram que 800 operários teriam morrido. Ontem, 5ª feira, as equipes de resgate chegaram aos porões dos edifícios: descobriram mais  100 corpos. O negócio têxtil  no entroncamento Índia/Bangladesh  rende US$ 20 bilhões anuais  em exportações; gera 3 milhões de empregos . O setor é considerado um titã  naquilo que alguns analistas enchem a boca e reviram os olhos antes de escandir em tom de admoestação ao Brasil:  ‘com-pe-ti-ti-vi-da-de' . É isso que queremos ser? Uma sucursal das linhas de montagem asiáticas, onde se confunde eficiência com extração impiedosa da mais-valia e as  relações e trabalho são pouco mais que um gigantesco moedor de carne humana? C0mo o Brasil poderá competir sem se pautar pela fita métrica conservadora que equipara competitividade a salários de US$ 40 por mês?
Fonte: CARTAMAIOR.COM.BR
 

>>A rede da fé e do dinheiro
>>Propaganda enganosa

Por Luciano Martins Costa em 10/05/2013 no programa nº 2059 |
Fonte: OBSERVATORIODAIMPRENSA.COM.BR

Procon faz operação em garagens de empresas de ônibus no Rio 

Fonte: JB.COM.BR

 

Luciana quer debater projeto popular de regulamentar comunicação 

Fonte: VERMELHO.ORG.BR

Doença renal misteriosa da América Central pode estar ligada a agrotóxicos

Pesquisas realizadas paralelamente em El Salvador e no Sri Lanka trazem resultados semelhantes em relação ao uso dos mesmos produtos
Fonte: BRASILDEFATO.COM.BR



Todas as notícias acima são de hoje, 10.05.13, e estão disponíveis em sites e portais da imprensa alternativa, com exceção do JB.

Na grande imprensa, nada, ou quase nada, aparece sobre os temas.

O caro leitor atento já percebeu que todas tem algo em comum.

O lucro máximo, independente das práticas, mesmo que para isso as empresas coloquem em risco a vida das pessoas e se utilizem de trabalho escravo, norteia o noticiário.

Os incêndios na fábricas têxteis da Ásia, fábricas que se assemelham a campos de concentração, mataram centenas de operários, ou escravos, impedindo que suas famílias recebam a renda de seus salários, 40 dólares por mês , e como isso fiquem impedidas de comprar os alimentos necessários para sobreviver, mesmo que seja um litro de leite contaminado com ureia e formol.

Desesperados e desamparados, os familiares das vítimas dos campos de concentração têxtil, recorrerão ao auxílio da fé, e, para tanto, frequentarão igrejas e templos, onde os pastores orientarão as desesperadas famílias  no caminho da prosperidade.

Para tanto, as famílias sem amparo, deverão fazer sexo com os religiosos para que possam purificar seus corpos e encontrar o caminho do sucesso, além, claro, de fazer doações às igrejas para que possam seguir no seu papel social.

As desesperadas famílias, vivendo em áreas remotas, se utilizam do transporte coletivo  para participar dos encontros religiosos.

Como o preço das passagens é elevadíssimo, em muitas ocasiões tentam negociar com os condutores dos veículos viagens gratuitas, o que acarreta mais problemas para as pessoas.

Os ônibus não passam por manutenções adequadas e periódicas o que tem acarretado frequentes acidentes , onde familiares de pessoas mortas nos campos de concentração têxtil e fiéis as orientações dos pastores da salvação, acabam morrendo.

Impossibilitados  de viver como operários, e também traumatizados com as situações que vivenciaram ao longo dos anos que trabalharam nos campos de concentração têxtil, alguns sobreviventes dos incêndios optaram por retornar para o interior e trabalhar na agricultura, como fizeram seus antepassados.

Trabalhando para grandes corporações agrícolas, já que as terras de seus antepassados foram todas adquiridas pelas corporações, manuseiam diariamente uma enorme gama de produtos tóxicos usados como defensivos agrícolas, contra pestes, nas gigantescas e melancólicas paisagens das áreas plantadas.

Independente do continente onde trabalham, já que os pesticidas são fabricados por apenas poucas corporações e distribuídos em todo o mundo, os trabalhadores do campo que sobreviveram aos incêndios nos campos de concentração têxtil e seguem disciplinadamente as orientações dos pastores de sua religião e que ainda não sofreram acidentes no transporte coletivo, agora também adquirem doenças letais em decorrência do uso excessivo e indiscriminado de substâncias altamente tóxicas que matam as pestes e contaminam os alimentos que vão para as prateleiras dos supermercados das cidades e que  a maioria dos trabalhadores do campo não pode comprar.

Assim como não podem comprar os produtos têxteis, muitos de marcas famosíssimas, que ajudaram a fabricar com um salário de 40 dólares por mês

 

 
Assim como não podem pagar as passagens de ônibus para frequentar , diariamente, a igreja que os salvará da tormenta.

Felizmente, ainda sobra uns míseros trocados para comprar o leite contaminado com ureia e formol para as crianças e um tempinho para assistir as maravilhas da propaganda sobre o  mundo civilizado que aparece nas telinhas dos aparelhos de tv.


O caro leitor percebeu que o texto acima retrata uma realidade fictícia, mas que em nada difere da realidade de muitas localidades da atualidade.

Os acidentes com trabalhadores da indústria têxtil que aconteceram por esses dias na Ásia era uma tragédia anunciada.

Por mais de uma década que já se tem conhecimento das precárias condições de trabalho dessas fábricas  que mais se assemelham a campos de concentração.

A jornalista, escritora e ativista dos direitos humanos, a canadense Naomi Klein, esteve em vários países da Ásia investigando as condições de trabalho nas fábricas têxteis.

Seu trabalho investigativo rendeu um livro - No Logo - onde relata os horrores e a violência que sofrem os trabalhadores, além das péssimas condições das instalações, no tocante a segurança e higiene.

A maioria dos produtos por lá fabricados são de grandes marcas, tanto no campo esportivo quanto no vestuário, que serão vendidos em sofisticadas lojas de grandes shopping centers em todo o mundo.

É a tão elogiada competitividade do capitalismo hegemônico, onde os trabalhadores não tem nenhum direito trabalhista.

Em uma passagem de seu livro, a escritora relata caso de mulheres que chegaram a dar a luz no local de trabalho, impossibilitadas pelos gerentes de se ausentarem de seus postos.

Casos de abortos também foram relatados, além de violências físicas que muitos trabalhadores sofreram.

Diante dessa realidade, como falar em controle de qualidade dos produtos nas empresas ?

O controle da qualidade dos produtos ou mesmo o compromisso com a qualidade nas empresas, não pode ser eficaz em ambientes que agridem os trabalhadores e que ainda não oferecem as mínimas condições de trabalho decente, e mais, a qualidade deve ser uma política da empresa, em todos os aspectos e não apenas na verificação de atendimento dos produtos às especificações técnicas de fabricação.

A obsessão pelo lucro máximo acaba sempre por comprometer a qualidade
.
A ureia e formol no leite não são apenas exemplos de práticas fraudulentas.

Nesse caso o consumidor é totalmente ignorado para que poucos possam lucrar mais.

Se Qualidade pode ser definida como satisfação do consumidor, como deve se sentir um consumidor que ao adquirir um litro de leite descobre que também está bebendo ureia e formol ?

Ou ainda, ao comprar um par de tênis famoso, como se sente o consumidor ao saber que aquele produto foi fabricado por pessoas em situação de escravidão ?

Como o caro leitor notou , a qualidade é percebida e pode variar de pessoa para pessoa , em um mesmo produto.

É provável que algumas pessoas , na intenção de defender a barbárie mundial vigente, gostem de leite com ureia e admirem seu par de tênis que foi confeccionado por escravos.

Infelizmente, nas grandes mídias nada se falou ou se fala sobre as condições de trabalho dos trabalhadores das indústrias têxteis asiáticas.

Por outro lado, essas mesmas mídias que se calam diante da barbárie, são , talvez, os maiores veiculadores de  propaganda desses produtos, o que rende, para as mídias, generosas receitas.

Nas propagandas de roupa ou material esportivo  que o caro leitor assiste nas emissoras de tv, não aparecem as mulheres trabalhadoras que pariram, abortaram, ou até mesmo morreram por conta da violência no trabalho.

De certa forma, ou de todas as formas, toda propaganda é uma enganação, a ponto de programas de tv de cunho religioso prometerem a salvação, quando na realidade os fieis são obrigados a manter relações sexuais com o pastor.

O caso do evangélico tântrico aconteceu no Rio de Janeiro e, para surpresa de muitas pessoas, o pastor que foi preso ainda é defendido e elogiado por muitas pessoas, principalmente políticos eleitos pelo povo e com assentos no congresso nacional.

No universo da realidade surrealista, um dos defensores do pastor tântrico, é um deputado, também evangélico, que preside a comissão de direitos humanos e minorias da câmara dos deputados.

A qualidade desapareceu, não só dos produtos , mas também do noticiário das grandes mídias.

Nessa corrida insana por mais lucros, os ônibus do transporte coletivo da cidade do Rio de Janeiro, a cidade maravilha, veem cometendo atrocidades com a população e ainda matando pessoas quase que diariamente.

As empresas de transporte coletivo ignoram a legislação  e algumas, que são muitas, não permitem a gratuidade do transporte para idosos e crianças da rede pública de ensino, chegando ao ponto de não parar nos pontos ,quando solicitado por essa parcela da população que tem o transporte gratuito assegurado por lei.

A propósito, lei que não é cumprida pelas empresas de transporte coletivo, diante das evidências diárias, de domínio e conhecimento  de toda a população, mas que não recebe o tratamento adequado nas mídias de grande porte.

Fatos criminosos de domínio público são ignorados pela justiça enquanto fatos sem provas específicas são apresentados como de domínio de pessoas acusadas injustamente.
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Enquanto isso, corporações que fabricam pesticidas usados na agricultura estão matando trabalhadores rurais em escala globalizada.

Casos de doenças renais raras em trabalhadores de El Salvador e Sri Lanka tem em comum o contato , exposição e manuseio de produtos químicos altamente tóxicos usados na agricultura.

E ainda admitir que as grandes plantações do agronegócio são direcionadas, na maioria, para a fabricação de rações que vão  para a engorda do gado, aves e suínos.

A carne animal, bem nutrida, será saboreada pelos mesmos consumidores que compram os caros produtos têxteis em sofisticadas lojas de shopping centers.

E as grandes mídias nada apresentam sobre esses temas , afinal, segundo a maioria das propagandas de produtos e serviços veiculadas nas emissoras de tv ,vivemos em mundo civilizado, feliz, democrático e próspero para todos.